UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ANÁLISES CLÍNICAS E TOXICOLÓGICAS DISCIPLINA: PARASITOLOGIA CLÍNICA.

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Transcrição da apresentação:

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ANÁLISES CLÍNICAS E TOXICOLÓGICAS DISCIPLINA: PARASITOLOGIA CLÍNICA Enterobius vermicularis e Enterobíase 1. INTRODUÇÃO 1.1. Classificação:  Classe: Nematoda  Ordem: Oxyuroidea  Família: Oxyuridae  Gênero: Enterobius  Espécie: Enterobius vermicularis

O nome desta espécie foi alterado várias vezes: 1758: Linneu 1803: Rudolphi 1816: Lamarck 1853: Leach 1.2. Sinonímia 1.6. Incidência 1.3. Popularmente conhecidos como “OXIÚROS” 1.4. Única espécie do gênero de interesse clínico 1.5. Cosmopolita idade clima condições de higiene aglomerações

2. MORFOLOGIA macho ovo embrionado fêmea adulta

 Cor branca;  Filiforme;  Extremidade anterior (lateralmente): “Asas Cefálicas”;  Dimorfismo sexual. vermes adultos Bulbo esofagiano Asas cefálicas

Fêmea: 1 cm comprimento; 0,4 mm diâmetro; Esôfago com bulbo; Cauda pontiaguda e longa; Vulva na porção anterior; Vagina; 02 úteros Macho: 0,8 comprimento; 0,2 cm diâmetro; Cauda encurvada; Espículo; 01 testículo

ovos 50 mm comprimento; 20 mm largura; Aspecto grosseiro de um “D”; Membrana dupla, lisa e transparente; Sai da fêmea com a larva.

3. BIOLOGIA 3.1. Hábitat: machos e fêmeasceco e apêndice fêmeas grávidasregião perianal Em mulheres: vagina, útero e bexiga

Parasita na região cecal

Parasitas no intestino

Parasitas no cólon

Fêmea cheia de ovos Oxiúros fêmeas grávidas na região perianal

3.2. Nutrição 3.3. Reservatório

3.4. Ciclo biológico: monoxênico

Ingestão do ovo 3.5. Transmissão:

3.6. Mecanismos de Transmissão: heteroinfecção indireta auto-infecção externa ou direta auto-infecção interna retroinfecção

4. PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA 4.1. Assintomático prurido anal e vaginal (nervosismo e perda de sono) 4.2. Sintomático: colite crônica (diarréia, perda de apetite e emagrecimento) infecções bacterianas secundárias induz eosinofilia enterite catarral

Complicações:  apendicite crônica  vulvo vaginites e cistite  salpingites  metrite  ovarite  granulomas pelvianos  infecções secundárias

Corte transversal de apêndice contendo Enterobius vermicularis

5. DIAGNÓSTICO 5.1. Clínico 5.2. Laboratorial Método de Graham ou da fita gomada ou swab anal Prurido anal noturno método de escolha

Ovos de Enterobius vermicularis presentes em fita adesiva utilizada para o teste de “Anal swab” (microscopia óptica)

Exame Parasitológico de Fezes (EPF) Ovos de Enterobius vermicularis presentes nas fezes pouco sensível

6. EPIDEMIOLOGIA cosmopolita alta prevalência em crianças em idade escolar afeta todas as classes sociais transmissão doméstica ou de ambiente coletivo

 Fatores importantes que interferem nesta alta prevalência:  apenas a espécie humana alberga o E. vermicularis;  viabilidade do ovo infectante por até 3 semanas ;  fêmeas eliminam grande quantidade de ovos na região perianal;  os ovos tornam-se infectantes em poucas horas;  hábito de sacudir roupas de cama (pela manhã).

7. PROFILAXIA A roupa de dormir e de cama não devem ser “sacudidas” pela manhã, TTT de todas as pessoas parasitadas da família; Cortar as unhas; Higiene pessoal e coletiva.

PAMOATO DE PIRVÍNIO Mecanismo de ação: Inibe captação de oxigênio, interferindo na absorção de glicose exógena. MEBENDAZOL Sem associações:100 mg, dose única; Poliparasitismo (por outros nematódios): 100 mg 2 x ao dia, por 3 dias. ALBENDAZOL: 400 mg, dose única. 8. TRATAMENTO

Trichuris trichiura e Tricuríase 1. INTRODUÇÃO 1.1. Classificação:  Ordem: Trichurida  Superfamília ou classe: Trichuroidea  Gênero: Trichuris  Espécie: Trichuris trichiura

O nome desta espécie foi alterado várias vezes: 1761: Roederer 1782: Goeze 1788: Schrank 1.2. Sinonímia 1.3. Popularmente conhecido como “TRICURO” e “TRICOCÉFALO” Cauda

1.5. Alta prevalência 1.4. Cosmopolita idade clima condições sanitárias

2.1. Vermes adultos: 2. MORFOLOGIA 3 – 5 cm; Machos menores; Boca anterior, esôfago longo e delgado (2/3) células glandulares “Esticócitos”; Posterior (1/3) alargada, sistema reprodutor simples e intestino que termina no ânus; Dimorfismo sexual.

Macho: Menor; Extremidade posterior encurvada; Espículo (protegido por uma bainha) recoberto por espinhos. Fêmea: Maior; Ovário e útero: únicos.

50 – 55 mm C; 22 mm L; Formato elíptico característico Poros salientes e transparentes em ambas as extremidades, preenchido por material lipídico: calotas mucosas polares Massa de células germinativas Casca: 3 camadas (resistência); 2.2. Ovo:

Ovos típicos

Ovos atípicos

Contraste de fase

Microscopia eletrônica de varredura

3. BIOLOGIA 3.3. Transmissão 3.2. Nutrição 3.1. Hábitat: machos e fêmeasIntestino grosso do homem Em infecções: moderadas: principalmente ceco e cólon ascendente intensas: cólon distal, reto e porção distal do íleo

3.4. Ciclo biológico: monoxênico geohelminto

4. PATOGENIA Assintomático Infecções leves: inflamação localizada (cólon) Sintomático Parasitos com a cabeça mergulhada na mucosa intestinal.

Infecções moderadas e intensas: a extensão e a intensidade da reação inflamatória, ulcerações na mucosa intestinal e sangramento constante ; colite (dores abdominais, disenteria crônica e fezes mucossanguinolentas); PROLAPSO RETAL

Infecções intensas: alterações sistêmicas (anemia, má-nutrição e retardamento do crescimento) Trichuris adults woven into the colonic mucosal epithelium of a 22-year-old Chinese female.

6. DIAGNÓSTICO 6.1. Clínico: prolapso retal e presença dos vermes 6.2. Laboratorial: Encontro de ovos (métodos de rotina) Encontro de vermes adultos (colonoscopia) 5. QUADRO CLÍNICO nervosismo, insônia, perda de apetite e de peso, eosinofilia sanguínea, diarréia, dor abdominal, tenesmo  Complicações obstrução do cólon perfuração intestinal

7. EPIDEMIOLOGIA cosmopolita 902 milhões de pessoas infectadas no mundo (CHAN, 1997) incidência maior em crianças (4-10 anos) condições sanitárias precárias acompanhado pelo parasitismo por A.lumbricoides

8. PROFILAXIA  saneamento básico;  construção de fossas sépticas;  TTT em massa da população periodicamente por 3 anos;  educação sanitária. 9. TRATAMENTO Mebendazol Pamoato de oxantel