I SEMINÁRIO ESTADUAL SOBRE

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Prevenção através da ergonomia
Advertisements

O que o CEREST faz?.
POLÍTICAS DE SAÚDE em Atenção à Criança e ao Adolescente
ERGONOMIA CIÊNCIA QUE ESTUDA A ADAPTAÇÃO DO POSTO DE TRABALHO AO HOMEM BEM COMO A FORMA DAS FERRAMENTAS DE ACORDO COM A SUA FUNÇÃO.
POLÍTICAS INTERSETORIAIS EM SAÚDE DO TRABALHADOR
LER/DORT TENDINITE.
Exercício Profissional
ACIDENTES DE TRABALHO Prof. Joaquim Eduardo Bana Nascimento
Rede Nacional de Prevenção da Violência e Promoção da Saúde
Descentralizando a Saúde para o Desenvolvimento Regional
Bioimecânica - LER / DORT Conselhos ergonômicos
Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos
REDE DE ATENÇÃO A SAÚDE DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA NO ESTADO DO TOCANTINS
Desmistificando o ensino de odontologia na sua relação com o SUS
Forum Regional Sul de Saúde do Trabalhador
IV ENCONTRO NACIONAL DA RENAST – CONSTRUINDO A POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE DO TRABALHADOR NO SUS Brasília-DF NORDESTE I 30 de junho e 01 de julho de 2010.
16ª Dires – Jacobina 21ª Dires – Irecê
LER/DORT Dr. Rodrigo Rodarte.
Lesões por Esforços Repetitivos
Contexto Acidentes do trabalho em 2004: Diversas formas de vínculo
ESTRUTURA E FUNÇÃO SOCIAL.
CURSO DE FORMAÇÃO DE GUARDAS MUNICIPAIS SANTA CRUZ DO SUL/2012 SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHADOR:   OS ATUAIS DESAFIOS.
I Encontro Nacional sobre Tuberculose em Hospitais
GINÁSTICA LABORAL Um incentivo à prática.
Que é LER/DORT? Mária de Araújo Rodrigues Téc. de Seg. do Trabalho
política nacional de saúde do trabalhador e da trabalhadora - pnstt
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ
Controvérsias que persistem
A atuação do Psicólogo em Saúde Pública.
Política Nacional de Saúde do Idoso
Fórum experiências exitosas em 2013
Lesões por Esforços Repetitivos Enter Enter Sair.
A lei 8080 que dispõe sobre as condições para promoção, proteção, e recuperação da saúde organização e funcionamento de serviços. A lei 8080 regulamenta.
SAÚDE NO TRABALHO As transformações no mundo do trabalho Globalização
PROGRAMA DE SAÚDE DO TRABALHADOR DE NITERÓI
Médias de CPO-D aos 12 anos no Brasil em 2003 de acordo com macrorregião Perdido 3,5 3,19 Obturado 3,13 3,16 Obt/Cariado 3,0 Cariado 2,78 2,5 2,30.
Os servidores estaduais estão ficando doentes...
RENAST Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador
Angelo Augusto Paula do Nascimento
REGULAÇÃO EM SAÚDE SUPLEMENTAR E OS MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE
COMISSÃO INTERSETORIAL DE SAÚDE DO TRABALHADOR CIST - CURITIBA
MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE
Regionalização Solidária.
Programa de controle médico de saúde ocupacional PCMSO – NR 7
Curso de Especialização para Formação de Gestores e Equipes Gestoras do SUS Módulo I: Políticas de Saúde e os Desafios Contemporâneos Para a Gestão do.
PROGRAMA DE CONTROLE DO TABAGISMO
ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE
DST/Aids e Rede Básica : Uma Integração Necessária
1 w w w. c a p l a b. o r g. p e Rio de Janeiro, 20 e 21 de maio de 2008 Painel 3: Desenvolvimento e promoção de políticas, estratégias e serviços integrados.
Governo do Estado da Bahia Secretaria de Saúde do Estado da Bahia Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde Diretoria de Vigilância Epidemiológica.
O QUE SÃO E PARA QUE SERVEM OS SISTEMAS DE SAÚDE ?
Sônia Trajano Fisioterapeuta
FÓRUNS DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA ESTRATÉGIA DE FORTALECIMENTO DA GESTÃO DO SISTEMA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA NO SUS AVANÇOS: Existência de canais.
O Papel do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador
PREVENÇÃO DE DOENÇAS PROFISSIONAIS
Estratégia de Saúde da Família
UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
Enfermagem em Trauma e Emergência
A essencialidade da Gestão em Saúde Publica
POLÍTICA E AÇÕES EM SAÚDE DO TRABALHADOR PARA O SUS
Manipulação / Anatomia e Fisiologia /
SAÚDE DO TRABALHADOR.
Serviço Cirurgia da Mão - Hospital Ortopédico / BH.
FÓRUNS DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA ESTRATÉGIA DE FORTALECIMENTO DA GESTÃO DO SISTEMA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA NO SUS AVANÇOS: Planos Municipais já.
ERGONOMIA.
Programando o Atendimento das Pessoas com Diabetes Mellitus
Prof Canaveira HSST ERGONOMIA. Prof Canaveira HSST A ERGONOMIA é o estudo das relações entre o trabalhador e a máquina, visando uma maior segurança e.
Baixo investimento em estratégias de promoção da qualidade de vida e saúde. Modelo assistencial ainda fortemente centrado na oferta de serviços e não.
INTRODUÇÃO A SAÚDE OCUPACIONAL
Transcrição da apresentação:

I SEMINÁRIO ESTADUAL SOBRE LER/DORT E ASSÉDIO MORAL 30 a 31 de maio de 2006 Natal, RN

Aspectos Conceituais e Estratégias para Atenção Diferenciada às LER/DORT: Prevenção, Diagnóstico e Tratamento. O Papel do CEREST Maria Goretti de Morais Coordenadora do CEREST/RN

Centro Estadual de Referência em CEREST Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador Natal/RN 2006

Histórico Século XVII => 1º registros – LER B. Ramazzini 1982 – 1º registro no Brasil – BB P. Alegre - RS 1987 – Tendossinovite reconhecida como D. Tb => MPAS 1990 – aumento explosivo LER 1991 - 1ª Norma sobre LER – MTPS 1998 – novo texto da N. Téc. da LER, rebatizada de DORT- MPAS

O QUE É LER-DORT? LER: Lesão por Esforço Repetitivo DORT: Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho.

DEFINIÇÃO As LER/DORT por definição são um fenômeno relacionado ao trabalho, caracterizado pela ocorrência de vários sintomas concomitantes ou não, tais como dor, parestesia, sensação de peso, fadiga, de aparecimento insidioso, geralmente nos membros superiores.

LER-DORT Entidades neuro-ortopédicas: como tenossinovites, sinovites, compressões de nervos periféricos podem ser identificadas ou não. Freqüentemente são causa de incapacidade laboral temporária ou permanente. São resultado da superutilização das estruturas anatômicas do sistema osteomuscular e da falta de tempo de recuperação.

QUAIS SÃO OS FATORES DE RISCO? • Trabalho automatizado.  • Ritmo de Tb acelerado para garantir a produção.  • Trabalho onde cada um exerce uma única tarefa de forma repetitiva.   • Tb sob pressão permanente das chefias.  • Quadro reduzido de funcionários, jornada prolongada e realização de horas extras.

continuação Falta de pausas na jornada de trabalho.  Tb realizado em ambientes frios, ruidosos e mal ventilados.  Postos de Tb e máquinas inadequadas, que obrigam a adoção de posturas incorretas Equipamentos com defeito.  Tempo excessivo na mesma posição em pé.

Distribuição 2º local das queixas Partes mais afetadas no Corpo Humano pela LER/DORT Distribuição 2º local das queixas Mão 12.3 Parte afetada % antebraço 15.1 mão 12.3 cervical 11.8 ombro 8.9 braço 7.7 quirodáctilo 4.9 cotovelo 3.5 dorsal/lomb 3.1 Outros 1,6 cervical 11.8 Braço 7.7 Antebraço 15.1

TIPOS de LER/DORT + frequentes: TENOSSINOVITE: inflamação do tecido que reveste os tendões. • TENDINITE = inflamação tendões. • EPICONDILITE: inflamação cotovelo BURSITE: inflamação de bolsas entre os ossos e tendões das articulações do ombro • MIOSITE: inflamação do músculo.

continuação SÍNDROME TÚNEL DO CARPO: compressão nervo mediano altura punho. • SÍND. CERVICOBRAQUIAL: compressão nervos em coluna cervical • SÍND. DO DESFILADEIRO TORÁCICO: compressão do plexo = nervos e vasos • SÍND. DO OMBRO DOLOROSO: compressão de nervos e vasos em região do ombro.

Algumas funções mais atingidas Digitadores Operadores de caixa Açougueiro Padeiros Recepcionistas/Telefonistas Copeiras Remarcadores de mercadorias Ascensoristas, etc

CEREST Criado através da Portaria n° 135 de 23 de Abril de 2004, o CEREST – RN pertence à SESAP, estando vinculado à Coordenadoria de Promoção à Saúde. primeiro Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador no Estado é o órgão do SUS/RN responsável pela coordenação da Política Estadual de Saúde do Trabalhador atua em áreas de formação e capacitação de recursos humanos, normalização técnica, vigilância e assistência.

O CEREST Nesses 2 primeiros anos de existência, o CEREST estadual vem investindo na sua estruturação com vista a implantação das ações de promoção e proteção da saúde do trabalhador, mediante a descentralização para 2 municípios das ações de assistência e vigilância em saúde em 2006.

Estratégias para atenção diferenciada – LER/DORT Fortalecer a Atenção Básica no cuidado com a LER/DORT Incluir na PPI atendimento MAC Ampliar o acesso a rede de serviços aos Tb na rede do SUS para diagnóstico da LER/DORT Assegurar a referência e contra-referência Garantir oferta de serviços de fisioterapia, acupuntura,etc Vigilância em Saúde do Trabalhador Ampliar o acesso dos Tb ao Sistemas de Informação em Saúde do Trabalhador Descentralização das ações de saúde do trabalhador Construir parcerias intrasetorial e intersetorial Qualificar a assistência para atendimento ao trabalhador adoecido por LER

Sistemas de Informação em Saúde Acompanhamento e análise de informações sobre acidentes e doenças do trabalha nos seguintes sistemas de informação do SUS: Sistema de Informações de Mortalidade – SIM Sistema de Informações Hospitalares – SIH Sistema de Informações de Agravos de Notificação – SINAN Comunicação de Acidente do Trabalho - CAT

Sistemas de Informação em Saúde do Trabalhador Estudo da demanda do Ambulatório do CEREST em relação a LER/DORT; Acompanhamento das notícias sobre LER/DORT veiculadas nos principais jornais do Estado. Utilização de informações de estudos e pesquisas.

Dados Epidemiológicos % Distribuição 2º ramo de atividade Bancário 35.5% Metalúrgico 33.7% Serv.Púb/privados 13.7% Comércio 3.1% Confecção/vestuário 2.1% Gráfico 1.5% Comunicações 1.0% Outros 9.5%

Incidência A incidência de LER/DORT em mmss aumentou dramaticamente ao longo das últimas décadas em todo o mundo. Estudos realizados nos EUA apontam que cerca de 65% de todas as patologias registradas como ocupacionais são de LER/DORT, nas empresas com mais de 11 empregados do setor privado daquele país, a incidência estimada da LER é de 10 por 10.000 homens. A relação horas trabalhadas/ano pode determinar incidência mais alta em alguns setores: atividades que exigem uso de força e de repetição comum em linhas de produção de frigoríficos, em bancos, caixas de supermercado, empacotamento, etc.

Descentralização Cooperação técnica e treinamento das equipes dos municípios que participam dos projetos: Rede de Cuidados Integrais em LER/Dort Treinamento destas equipes em: Vigilância à saúde identificação de riscos ergonômicos Sistemas de informação Diagnóstico Tratamento Reabilitação

Atenção à Saúde do Trabalhador CEREST Regionais estão sendo implantados com propósito de prestarem atenção à saúde do trabalhador através de ambulatórios dotados de atendimento básico e especializado e referência para policlínicas e hospitais. Realizar tratamento específico para LER: Fisioterapia, Médica, Psicologia Serviço Social e Terapia ocupacional. Outros profissionais

Atenção à Saúde do Trabalhador Desenvolver atividades coletivas de orientação e acolhimento nos espaços da sala de espera e de triagem coletiva. Realizar atividades coletivas de educação em saúde de Grupos de Terapia Ocupacional de Qualidade de Vida

Cont. Vigilância à saúde dos trabalhadores - exames médicos: aspectos clínicos e osteoarticulares; Acordos que privilegiem a prevenção de doenças do Tb ou profissionais, tratamento e reabilitação dos trabalhadores; Postura ética dos médicos da empresa e peritos do INSS no atendimento aos trabalhadores vítimas de D.P ou AT.

Educação e Comunicação em Saúde do Trabalhador Desenvolve programas de capacitação de recursos humanos nas formas de: Estágios curriculares Treinamentos em serviço Estágios profissionais Residência Médica Curso de especialização

Educação e Comunicação em Saúde do Trabalhador Produzir material informativo: Vídeos, Jornal, Cartilhas, Folhetos e Cartazes.

Educação e Comunicação em Saúde do Trabalhador Realizar eventos que visem a disseminação de informações LER/DORT e outros assuntos pertinentes à saúde do trabalhador. Desenvolver campanhas educativas nas empresas, sindicatos, CIPAS, SESMT sobre LER/DORT.

COMO PREVINIR AS DOENÇAS DO TRABALHO: Controle do ritmo de trabalho Definir jornada de Trabalho, eliminação horas extras.  Pausas durante a jornada de trabalho; Adequação dos postos de trabalho, evitar adoção de posturas corporais incorretas. Ambiente de trabalho com temp, ruído e iluminação adequados ao bem-estar;

Parcerias e atuação intersetorial O CEREST vem trabalhando em conjunto com diversos órgãos, estabelecendo formas de debate e negociação no campo da saúde do trabalhador. Os principais parceiros têm sido:

Secretarias Municipais de Saúde Vigilâncias: VE, VS, VA Laboratório Central - LACEN Delegacia Regional do Trabalho Instituto Nacional de Seguro Social Ministério Público do Estado Ministério Público do Trabalho Secretaria do Trabalho e Ação Social Secretaria da Agricultura Sindicatos, Empresas ONGs Universidades

Acesso ao CEREST Estadual - RN Endereço: Av. Deodoro da Fonseca, 730, 13° andar Natal – RN Telefone: (84) 3232-2709 Fax: (84) 3232-2887 e-mail: cerestrn@rn.gov.br