Capital natural Uma das primeiras definições de capital natural, utilizada por diversos autores, foi apresentada por Daly (1991: 18) como sendo o "estoque.

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Transcrição da apresentação:

Capital natural Uma das primeiras definições de capital natural, utilizada por diversos autores, foi apresentada por Daly (1991: 18) como sendo o "estoque que permite o fluxo de recursos naturais". Como exemplos de capital natural o autor cita as populações de peixes que permitem o fluxo de pescado, as florestas que possibilitam o fluxo de madeiras e o estoque de petróleo que permite o fluxo de óleo cru que é extraído. Com o intuito de evidenciar a existência da complementariedade entre capital natural e capital produzido pelo homem (human-made capital), Daly (op. cit.) e Constanza (1994), fazem as seguintes argüições: de que serve um barco de pesca sem as populações de peixes? Qual a utilidade das serrarias sem as florestas? Qual a importância de uma refinaria sem os estoques de petróleo? Ou seja, os autores buscam reforçar a idéia de que o capital natural e o capital produzido pelo homem (capital manufaturdo) são complementares e não substitutos.

Capital manufaturado Segundo Berkes & Folke (2000), o capital manufaturado é aquele produzido por meio da atividade econômica e das mudanças tecnológicas (engenhosidade humana) através de interações entre os capitais natural e cultural. Ou seja, são recursos materiais produzidos pelas atividades humanas, tais como máquinas, estradas, aviões, alimentos etc., úteis ao funcionamento do sistema econômico. A produção de capital manufaturado, por meio da atividade econômica, pode causar alterações no capital natural, ambiente físico e biológico. Os sistemas do capital natural são frágeis e, uma vez degradados, podem nunca serem recuperados (irreversibilidade), trazendo conseqüências para a atividade econômica e a saúde humana. Por outro lado, o surgimento de novas tecnologias podem trazer melhorias ambientais. Uma característica importante do capital manufaturado consiste no fato de não possuir valor neutro.Enfatizam que as tecnologias que o ser humano desenvolve, não são simples ferramentas usadas para o bem ou para o mal, tais tecnologias representam os valores culturais e a visão de mundo da sociedade (capital cultural).

Diferenças capital natural e capital manufaturado No que tange as diferenças entre o capital natural e o capital manufaturado, O'Connor (2000) destaca: 1º - O capital natural é essencialmente um dom da natureza. Isto implica que ele não pode ser reproduzido pelo homem, porém modificado (ex. depósitos minerais); 2º - Os recursos ambientais não devem ser considerados estoques físicos, mas sistemas dinâmicos que servem a uma infinidade de funções (multifuncionalidade), destacando-se suporte a vida humana enão-humana. O capital manufaturado pode substituir somente parte do capital natural, usualmente a altos custos e magnitude limitada; 3º - As alterações produzidas pelas atividades humanas no meio ambiente são freqüentemente irreversíveis (ex.: perda de espécies devido a usos de defensivos).

Capital natural renovável? O "capital natural renovável" é produzido e mantido pelas funções e processos dos ecossistemas. São recursos que podem ser colhidos para a obtenção de bens, bem como podem permanecer na natureza para renderem um fluxo de serviços ecossistêmicos. Como principal característica apresentam capacidade auto-regenerativa, porém, sua exploração excessiva, superior a taxa de renovação/regeneração, pode levar o recurso a exaustão (ex.: estoque de peixes, madeiras, água potável etc.).

Capacidade de suporte Qual o nível ótimo de exploração biológica do recurso que garanta sua sustentabilidade (não exaustão) no longo prazo? Estaria o nível ótimo de exploração biológica coincidindo com o ótimo econômico? A solução, portanto, para resolver os problemas relativos a possibilidade de exaustão dos recursos naturais renováveis viria com a monopolização das atividades de extração.