Consideração sobre os medicamentos psiquiátricos

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Transcrição da apresentação:

Consideração sobre os medicamentos psiquiátricos O tratamento psicofarmacológico deve ser integrado aos princípios da prática da enfermagem psiquiátrica. O enfermeiro tem um papel importante na criação de um programa viável de tratamento. Ninguém, na equipe de saúde, tem maior impacto diário sobre a experiência do paciente com agentes psicofarmacológicos do que o enfermeiro. Esse papel define o enfermeiro como o profissional mais importante na maximização dos efeitos terapêuticos do tratamento farmacológico e na minimização dos efeitos colaterais

Papel do Enfermeiro no tratamento psicofarmacológico Avaliação do paciente; Coordenação das modalidades de tratamento; Administração de drogas psicofarmacológicas; Monitoramento dos efeitos colaterais; Educação sobre os medicamentos; Programa de manutenção medicamentosa; Ensaio farmacológico em pesquisas clínicas Autoridade prescritiva;

Interações farmacológicas Farmacocinética: é a capacidade que uma droga tem de interferir na absorção, metabolismo, distribuição e excreção de uma outra, levantando ou abaixando, os níveis da mesma no sangue e tecidos; Farmacodinâmica: é a capacidade de uma droga em se combinar com outra para aumentar ou diminuir os efeitos das drogas no organismo.

Base biológica da psicofarmacologia Liberação; Bloqueio; Inibição da recaptação; Interferencias com vesículas de armazenamento; Interferencia na cadeia do precursor; Interferencia na enzima sináptica.

Base biológica da psicofarmacologia Liberação - mais neurotransmissor é liberado para a sinapse a partir das vesículas de armazenamento na célula pré-sináptica; Bloqueio – o neurotransmissor é impedido de se ligar ao receptor pós-sináptico; Alteração na sensibilidade do receptor torna-se mais ou menos receptivo ao neurotransmissor; Inibição da recaptação – a célula pré-sináptica não reabsorve bem o neurotransmissor, deixando mais NT na sinapse, e portanto prolongando ou aumentando a sua ação; Interferência com vesículas de armazenamento – o NT é novamente liberado na sinapse; Interferência na cadeia do precursor – o processo que forma o NT é facilitado ou perturbado; Interferência na enzima sináptica – metabolização de menos NT.

ANSIOLÍTICOS

A ansiedade como mecanismo fisiológico Devemos considerar a ansiedade uma ocorrência fisiológica e normal no reino animal. A ansiedade é a atitude biológica necessária para a adaptação do organismo a uma nova situação. Em medicina, entende-se a ansiedade como uma ocorrência global, tanto do ponto de vista físico, quanto do ponto de vista emocional. As primeiras pesquisas médicas sobre a ansiedade estudaram uma constelação de alterações orgânicas produzidas no organismo diante de uma situação de agressão.

A ansiedade como mecanismo fisiológico Fisicamente a ansiedade aparece quando o organismo é submetido à uma nova situação, tal como uma cirurgia ou uma infecção, por exemplo, ou, do ponto de vista psicoemocional, diante de uma situação entendida como de ameaça. De qualquer forma, trata-se de um organismo submetido a uma situação nova (física ou psíquica), pela qual ele terá de lutar para adaptar-se, conseqüentemente, sobreviver. Portanto, a ansiedade é um mecanismo indispensável para a manutenção da adaptação à vida, indispensável pois, à sobrevivência.

A ansiedade como mecanismo fisiológico Vejamos, por exemplo, as mudanças acontecidas em nossa performance física quando um cachorro feroz tenta nos atacar, quando fugimos de um incêndio, quando passamos apuros no trânsito, quando tentam nos agredir e assim por diante. De frente para o perigo, nosso rendimento físico ampliado pela ansiedade faz coisas extraordinárias, coisas que normalmente não seríamos capazes de fazer em situações mais calmas. Se não existisse esse mecanismo para nos colocar em posição de alerta ou alarme, talvez nossa espécie nem teria sobrevivido às adversidades encontradas pelos nossos ancestrais.

A ansiedade como mecanismo fisiológico Apesar da ansiedade favorecer a performance e a adaptação, ela faz isso até certo ponto. Até que nosso organismo atinja um máximo de eficiência. A partir de um ponto excedente a ansiedade, ao invés de contribuir para a adaptação, concorrerá exatamente para o contrário, ou seja, para a falência da capacidade adaptativa. Nesse ponto crítico, onde a ansiedade foi tanta que já não favorece a adaptação, ocorre o esgotamento da capacidade adaptativa.

Ansiolíticos Existem medicamentos que capazes de atuar sobre a ansiedade e tensão.. Atualmente, estes tipos de medicamentos são denominados de ansiolíticos, ou seja, que "destroem" (lise) a ansiedade.

Ansiolíticos Quando falamos de ansiolíticos estamos falando, praticamente, dos Benzodiazepínicos. De longe, os Benzodiazepínicos são as drogas mais usadas em todo o mundo e, talvez por isso, consideradas um problema da saúde pública nos países mais desenvolvidos. Os benzodiazepínicos são capazes de estimular no cérebro mecanismos que normalmente equilibram estados de tensão e ansiedade. Ultimamente as pesquisas têm indicado a existência de receptores específicos para os Benzodiazepínicos no Sistema Nervoso Central (SNC), sugerindo a existência de substâncias endógenas (produzidas pelo próprio organismo) muito parecidas com os benzodiazepínicos. Tais substâncias seriam uma espécie de "benzodiazepínicos naturais", ou mais precisamente, de "ansiolíticos naturais".

(Tec. muscular e adiposo) Farmacocinética Absorção (TGI) Metabolização (Hepática) Circulação Eliminação (Renal) Redistribuição (Tec. muscular e adiposo) Tecidos Cerebrais

EFEITOS TERAPÊUTICOS COLATERAIS Hipnótico-sedativos ansiolíticos relaxante muscular anticonvulsivante Amnésia anterógrada sedação diurna residual perigo ao dirigir tonteira, ataxia depressão respiratória (com outras drogas)

REGIÕES CEREBRAIS E EFEITOS ESPERADOS Ansiólise – córtex cerebral relaxante muscular - a nível da medula espinhal; Anticonvulsivante - ocorre por inibição da atividade comicial nos circuitos neuronais no SNC e cerebelo.

EFEITOS COLATERAIS Sedação, sonolência, lentificação psicomotora e fala pastosa – devido a alta lipossolubilidade da droga pessoas com grande quantidade de tecido adiposo podem ter os efeitos colaterais prolongados. Amnésia anterógrada – este efeito colateral pode ser útil nos casos de sedação. Teratogenicidade – não existe comprovação, mas deve ser usado com cautela em mulheres férteis. Reações paradoxais podem ocorrer, irritabilidade, excitação, fala acelerada e aumento da atividade motora.

Mecanismo de ação Aparentemente o efeito ansiolítico dos Benzodiazepínicos está relacionado com um sistema de neurotransmissores chamado gabaminérgico do Sistema Límbico. O ácido gama-aminobutírico (GABA) é um neurotransmissor com função inibitória, capaz de atenuar as reações serotoninérgicas responsáveis pela ansiedade. Os Benzodiazepínicos seriam, assim, agonistas (simuladores) deste sistema agindo nos receptores gabaminérgicos. Assim, quando, devido às tensões do dia-a-dia ou por causas mais sérias, determinadas áreas do cérebro funcionam exageradamente, resultando num estado de ansiedade, os benzodiazepínicos exercem um efeito contrário, isto é, inibem os mecanismos que estavam funcionando demais e a pessoa fica mais tranqüila e menos responsiva aos estímulos externos. Como conseqüência desta ação, os ansiolíticos produzem uma depressão da atividade do nosso cérebro.

Dependência Tolerância Abstinência Após 4 semanas Alta potência Curta meia-vida Ansiedade Insônia Tremores Convulsões

Indicado : Não indicado: Insônia Transtornos de ansiedade (evitar monoterapia) Alcoolismo Epilepsia Pré-anestésico Glaucoma de ângulo fechado drogadição insuficiência respiratória ou DPOC Doença hepática ou renal grave miastenia gravis hipersensibilidade

ATENÇÃO!!!!!!!!!!!!!! Idosos: doses baixas Gestação e Lactação: só no segundo trimestre Superdosagem : risco em associação.