Narrativas de histórias de vida

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Transcrição da apresentação:

Construção da memória e identidade de pessoas idosas abrigadas no Lar Torres de Melo Narrativas de histórias de vida Percepção dos idosos acerca da velhice (sentidos atribuídos a velhice) Dimensões importantes no universo dos idosos ( experiência do trabalho, família, corpo, aposentadoria, gênero, qualidade de vida, expectativas futuras, etc

Dados Bibliográficos do Narrador Nome ( permissão do entrevistado ) Idade Naturalidade Estado civil Escolaridade Tempo de moradia no abrigo Profissão Data entrevista semiestruturada

Riqueza das narrativas ( Universo investigativo) Memória Viva Transmissão de legados (experiência) Evocação das origens Reflexões sobre si e sobre o mundo Códigos simbólicos Material empírico Revisão de vida (Olhar retrospectivo) Construção identidária Enraizamento no mundo contemporâneo

OLHAR ATENTO (observação) Prática de saúde Trato do corpo Mudanças culturais Hábitos Diferenças geracionais Comportamentos adotados no cotidiano Pertencimentos e oposições Confrontos morais Contextos relacionais

Ainda... Autonomia Necessidade de cuidado Reconhecimento Mudanças dos costumes Rotina Atividade Inatividade

Desafios Responsabilidade do envelhecimento Ausência de solidariedade Abandono e negligência Limites físicos Trajetórias de gênero Liberdade Ausência de constrangimento Exclusão Estigma do idosos

Como lidam com o envelhecimento Manutenção de vínculos Isolamento Garantia de direitos Solidão Falta de cuidados consigo Integridade física Provedor, transmissor de uma herança Vazio de sentido

Significados importantes Corpo envelhecido Mundo exterior Universo cultural Direitos em sua velhice Relação com a sociedade contemporânea Participação social Incapacidade de compreender o mundo atual Experiência do envelhecimento

Eixos simbólicos construídos nos relatos Conjunto de representações acerca da velhice Vocabulários e signos na trajetória Significado desse fenômeno complexo Tarefa importante porém não simples Heterogeneidade

Perguntas que podem ser norteadoras Quando pensa em velhice , o que vem à sua mente. Qual o significado da velhice pra você

Análise do Material Empírico O discurso dos sujeitos é uma posição social As representações ideológicas são materializadas na linguagem Estudar os elementos discursivos, mostra a visão de mundo dos sujeitos

Observar os sentidos para o fenômeno Finitude Dependência Aposentadoria Medo Doença Experiência Problemas Limitações Feiúra

Dificuldades de aceitação da Velhice Disfuncional idades corporais Preconceito Social Produção ideológica do social ( dificuldade dos não velhos na compreensão e solidariedade )

Modelo Normativo de Velhice Proposta de Velhice Saudável aceito e propalado pela sociedade atual (identidade nova e positiva para a velhice- estímulos a adoção de práticas, hábitos e linguagem que possam desfazer ou atenuar a associação entre velhice e signos estigmatizantes, como doença, desabilidade, desengajamento, declínio, ocultando, de algum modo, o envelhecer.

Exemplos= (...) Mesmo seu corpo estando velho,você pode ter um espírito juvenil ( Sr. H, 68 anos ) Sr. H reconhece que a velhice existe mas não se sente velho. Segundo Motta ( 1999) é difícil reconhecer-se como velho... (...) sabe eu não senti que envelheci porque minha vida é muito atarefada.( Sra. B,83 anos ) Para Bassit (2004) a forma pela qual a vida é vivida irá refletir nos significados atribuídos a velhice.

Cont.exemplos (...) é péssima a solidão, é muito ruim principalmente depois de você ser casada muitos anos ,é péssimo. ( Sra. E, 77 anos ). A senhora E acha a velhice péssima, pela experiência da solidão determinada pela viuvez. Motta (2005) afirma que a viuvez guarda uma condição ambígua e ambivalente de sentimentos, ambivalência de situações, principalmente para a mulher.

Considerações Mesmo em um grupo com características homogeneizadoras observamos que o discurso dos sujeitos evidência a heterogeneidade da velhice e do ser velho, tanto presente em seu imaginário como em sua vivência Vale salientar que outras variáveis se encontram interpostas, não permitindo um modelo padrão para a experiência da velhice