16 A África dos grandes reinos e impérios Capítulo

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Cultura Africana Alunos:ALISSON e LUCAS R.G N:30 E N:15 PROF:ANDRESSA.
Advertisements

Qual foi a contribuição da África?
19 Racionalismo e empirismo Capítulo
10 Entre o bem e o mal Capítulo Capítulo 10 – Entre o bem e o mal
16 Razão e fé Capítulo Capítulo 16 – Razão e fé
17 A ciência na Idade Média Capítulo
Aspectos Geograficos da Africa
EXÉRCITO BRASILEIRO DECEx – DEPA – CMF DISCIPLINA: HISTÓRIA 1º ANO DO ENSINO MÉDIO ASSUNTO: IMPÉRIO ÁRABE I OBJETIVOS RELACIONAR.
REINOS E IMPÉRIOS AFRICANOS
13 O nascimento da filosofia Capítulo
13 de maio – Abolição da escravatura
1 A construção da história Capítulo
COLÉGIO CEME Profº Bergson Morais Vieira Disciplina: História
Os impérios “esquecidos” pelo ocidente europeu.
14 A expansão ultramarina europeia e o mercantilismo Capítulo
2 Da origem do ser humano à formação dos primeiros Estados Capítulo
24 Das Revoluções Inglesas à Revolução Industrial Capítulo
8 Alta Idade Média Capítulo Capítulo 8 – Alta Idade Média
38 A Era Vargas ( ) Capítulo
15 As culturas indígenas americanas Capítulo
25 A Revolução Francesa e o Império Napoleônico Capítulo
11 Baixa Idade Média Capítulo Capítulo 11 – Baixa Idade Média
4 Mesopotâmia, Egito e o Reino de Cuxe Capítulo
13 O Renascimento e as reformas religiosas Capítulo
12 A consolidação das monarquias na Europa moderna Capítulo
31 O governo de d. Pedro II ( ) Capítulo
9 Nascimento e expansão do Islã Capítulo
10 A civilização bizantina Capítulo
6 Grécia: berço da civilização ocidental Capítulo
22 Religião e sociedade na América portuguesa Capítulo
27 O processo de independência da América portuguesa Capítulo
29 As revoluções liberais e o nacionalismo Capítulo
34 O Brasil na Primeira República Capítulo
46 Desafios sociais e ambientais do século XXI Capítulo
7 O esplendor de Roma Capítulo Capítulo 7 – O esplendor de Roma
5 Hebreus e fenícios Capítulo Capítulo 5 – Hebreus e fenícios
20 A economia na América portuguesa e o Brasil holandês Capítulo
17 A colonização da América espanhola Capítulo
3 A identidade do homem americano Capítulo
18 A colonização da América inglesa e francesa Capítulo
O NEGRO NO ENGENHO ۩ A solução para se chegar a um custo baixo de produção foi a utilização do trabalho escravo. Os portugueses já exploravam o mercado.
21 A mineração no Brasil colonial Capítulo
Os Domínios de Filipe II
História do Brasil trabalho e riqueza na empresa colonial
CONTEÚDOS: 1º BIMESTRE O Feudalismo
A África dos grandes reinos e impérios
MAPA DA ÁFRICA.
Civilização Maia.
18 Rupturas da modernidade Capítulo
ÁFRICA Aspectos gerais da África Colonização Descolonização
Trabalho de Geografia Diversidade étnica, Linguística e cultural
Tema 4: A África dos reinos ocidentais
Livro p.132. Exercícios 1 ao 7/ 10 ao 19
África: Aspectos Naturais.
1 Introdução: a experiência filosófica Capítulo
Grupos etnolinguísticos africanos O mundo africano até o século XVIII pode ser dividido entre rural e urbano e o processo de escravidão existente confunde-se.
História cultural dos povos africanos
Herança Cultural Afro Brasileira
LEI No 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:         Art.
África antes dos europeus
Grandes reinos e impérios
OS ÁRABES E O ISLAMISMO.
Alunas;Jéssica & larissa Prof.: Andressa 7ºanob
A África Antiga Há duas Áfricas: uma é a região do Egito, onde surgiram as primeiras sociedades e segunda é a subsaariana, ao sul do deserto do Saara.
8 Instrumento do pensar: a lógica Capítulo
21 Concepções políticas Capítulo Capítulo 21 – Concepções políticas
A EXPANSÃO MARÍTIMA E COMERCIAL EUROPEIA
O PERÍODO POMBALINO E A CRISE DO SISTEMA COLONIAL PORTUGUÊS
Vetores Módulo-1 Professor Antenor Araújo ANOTAÇÕES EM AULA
OS REINOS AFRICANOS.
Transcrição da apresentação:

16 A África dos grandes reinos e impérios Capítulo 16.2 – A África pré-colonial Aulas 16.3 – A vida cotidiana e a escravidão africana HISTÓRIA: DAS CAVERNAS AO TERCEIRO MILÊNIO Capítulo 16 – A África dos grandes reinos e impérios

16.2 – A África pré-colonial Os reinos sudaneses África pré-colonial: período entre os séculos IX e XIX → surgimento de importantes civilizações com língua, política, economia, cultura e costumes diversos. Na África subsaariana se desenvolveram importantes reinos, beneficiados pelo próprio comércio transaariano: Reino de Gana → surgiu no século III graças ao comércio com os árabes → seu apogeu se deu entre os séculos VII e XI → a expansão da cultura islâmica e as revoltas dos povos dominados enfraqueceram o Reino de Gana, incorporado ao Reino do Mali no século XIII. Reino do Mali → desenvolveu-se entre os séculos XIII e XVI → constituiu-se no principal centro cultural da África subsaariana, em especial na cidade de Timbuctu: com universidades, bibliotecas e magníficas mesquitas.

Os reinos iorubas Iorubas → povos de língua e cultura semelhantes que ocupavam a região da atual Nigéria e do Benin → a maioria dos escravos trazidos à Bahia eram iorubas → importantes para a cultura afro-brasileira. Entre as sociedades dos povos iorubas, destacamos: Cidade-Estado de Ifé Vestígios arqueológicos indicam que Ifé surgiu como um conjunto de aldeias por volta do século VI. Ganhou importância pela posição geográfica estratégica, transformando-se num entreposto comercial. Foi um centro religioso tradicional e tinha uma arte refinada com esculturas em bronze, cobre e terracota.

Os reinos iorubas Reino do Benin Surgiu a sudeste de Ifé entre os séculos XII e XIII. Habitada pelos povos edos, a região do Benin se dividia em diversos miniestados que, aos poucos, foram unidos por alianças ou conquistas até surgir uma monarquia. No século XV, Benin expandiu o seu território e ampliou o comércio com os europeus, fornecendo, em especial, escravos, tecidos, marfim e pimenta. A riqueza do reino se traduziu na arte, com a confecção de esculturas em cobre e bronze. O reino foi desintegrado apenas no fim do século XIX, pelos ingleses.

O povo banto O povo banto tem origem pré-histórica e ocupou o centro-sul africano por volta do ano 1000 a.C. → muitos dos escravos trazidos para o Brasil eram bantos. Reino do Congo Estabeleceu fortes relações com os portugueses desde o século XV, quando o navegador Diogo Cão esteve na região e estreitou relações entre os dois reinos por meio do comércio. Portugal passou a influenciar o manicongo (nome dado ao rei do Congo) e manteve comércio ativo com o reino congolês. Os portugueses converteram o manicongo ao cristianismo, o Congo se tornou um reino cristão e expandiu a nova fé por outras partes da África. Na segunda metade do século XVI, as relações entre Portugal e Congo entraram em declínio.

PRINCIPAIS REINOS AFRICANOS (SÉCULO IX A XVII) Fonte: PARKER, Geoffrey. Atlas Verbo de história universal. Lisboa: Verbo, 1997. p. 54-55. CARTOGRAFIA: ANDERSON DE ANDRADE PIMENTEL/FERNANDO JOSÉ FERREIRA 650 km

A vida familiar e religiosa 16.3 – A vida cotidiana e a escravidão africana A vida familiar e religiosa Família A fertilidade era aspecto essencial → mulheres férteis eram disputadas. Homens ricos podiam se casar com várias mulheres e ter centenas de filhos. Religião Muitos povos africanos cultuavam elementos da natureza, como os rios, as pedras, os animais, as árvores e o Sol. Acreditavam na vida após a morte e alguns deles sepultavam os mortos com seus pertences. Entre os iorubas havia os orixás, divindades vinculadas a elementos da natureza, aos quais se atribuíam poderes divinos. Muitas regiões da África foram islamizadas durante o processo de expansão árabe → sincretismo do islã com as práticas e crenças das religiões tradicionais.

A escravidão na África e o comércio transatlântico de escravos A escravidão na África era praticada desde os tempos mais remotos. Os escravos eram considerados bens que podiam ser comprados e vendidos → a escravidão teve início na África com a prática das guerras → os prisioneiros eram escravizados. Obtinham-se escravos também pelo sequestro e como pena pela condenação de crimes.

A escravidão na África e o comércio transatlântico de escravos Com a chegada dos europeus, o comércio de escravos se tornou o negócio fundamental do Atlântico, mudando a história da África. Os portugueses, primeiros exploradores, estabeleceram acordos com as elites africanas para organizar o que ficou conhecido como tráfico negreiro. Entre os séculos XV e XIX, milhões de africanos foram trazidos à América como escravos.

O comércio transatlântico de escravos Negros no porão do navio, de Johann Moritz Rugendas, gravura retirada da obra Viagem pitoresca através do Brasil, de 1835. Note as condições em que os africanos escravizados eram transportados para a América. REPRODUÇÃO - FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL, RIO DE JANEIRO

América britânica e Estados Unidos Desembarque de africanos na América (1601-1850)* Antilhas Francesas América britânica e Estados Unidos América Espanhola Brasil 1601-1625 — 75,0 150,0 1626-1650 2,5 20,7 52,5 50,0 1651-1675 28,8 69,2 62,5 185,0 1676-1700 124,5 173,8 102,5 175,0 1701-1720 166,1 179,9 90,4 292,7 1721-1740 191,1 249,1 312,4 1741-1760 297,8 367,8 354,5 1761-1780 335,8 421,1 121,9 325,9 1781-1810 457,4 691,0 205,3 652,1 1811-1830 76,7 12,4 281,3 759,1 1831-1850 0,6 10,2 261,6 712,7 * Em milhares de indivíduos Fonte: ALENCASTRO, Luiz Felipe. O trato dos viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. p. 43.

Elaboração: Leandro Torelli e Gabriel Bandouk ANOTAÇÕES EM AULA Coordenação editorial: Maria Raquel Apolinário, Eduardo Augusto Guimarães e Ana Claudia Fernandes Elaboração: Leandro Torelli e Gabriel Bandouk Edição de texto: Maria Raquel Apolinário, Vanderlei Orso e Gabriela Alves Preparação de texto: Mitsue Morrisawa Coordenação de produção: Maria José Tanbellini Iconografia: Aline Reis Chiarelli, Leonardo de Sousa Klein e Daniela Baraúna   EDITORA MODERNA Diretoria de Tecnologia Educacional Editora executiva: Kelly Mayumi Ishida Coordenadora editorial: Ivonete Lucirio Editoras: Jaqueline Ogliari e Natália Coltri Fernandes Assistentes editoriais: Ciça Japiassu Reis e Renata Michelin Editor de arte: Fabio Ventura Editor assistente de arte: Eduardo Bertolini Assistentes de arte: Ana Maria Totaro, Camila Castro, Guilherme Kroll e Valdeí Prazeres Revisores: Antonio Carlos Marques, Diego Rezende e Ramiro Morais Torres   © Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados. Rua Padre Adelino, 758 – Belenzinho São Paulo – SP – Brasil – CEP: 03303-904 Vendas e atendimento: Tel. (0__11) 2602-5510 Fax (0__11) 2790-1501 www.moderna.com.br 2012 HISTÓRIA: DAS CAVERNAS AO TERCEIRO MILÊNIO