ASSISTÊNCIA AO POLITRAUMATIZADO.

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O traumatizado deve ser considerado como um paciente prioritário,pela potencialidade de sua gravidade,pois pode ter suas funções vitais deterioradas em.
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Dr. Luiz André Nadler Lins PEPEAV
Transcrição da apresentação:

ASSISTÊNCIA AO POLITRAUMATIZADO

ASSISTÊNCIA AO POLITRAUMATIZADO Objetivos: . Discutir os objetivos e o programa ATLS . Determinar as fases do atendimento do paciente politraumatizado . Determinar as prioridades deste atendimento . Demonstrar o atendimento secundário ao paciente traumatizado

O trauma é a principal causa de morte nas primeiras quatro décadas ATENÇÃO: O trauma é a principal causa de morte nas primeiras quatro décadas de vida.

TRAUMA Colocar o slide da SIS sobre a distribuição trimodal da mortalidade no trauma

TRAUMA MORTALIDADE: DISTRIBUIÇÃO (TRIMODAL): INSTANTÂNEA À ALGUNS MINUTOS ALGUNS MINUTOS ÀS PRIMEIRAS HORAS TARDIA (DIAS OU SEMANAS APÓS)

TRAUMA A - Advanced T - Trauma L - Life S - Support 1978

TRAUMA ATLS: . ATUAR NO SECUNDO PICO DE MORTALIDADE . Ex: HEMATOMAS SUBDURAIS E EPIDURAL HEMOPNEUMOTORAX LESÕES DE ORGÃOS ABDOMINAIS FRATURAS PÉLVICAS PERDAS SANGUÍNEAS CONSIDERÁVEIS

ATLS OBJETIVOS: . AVALIAR RAPIDAMENTE AS CONDIÇÕES DO PACIENTE . RESSUSCITAR E ESTABILIZAR O PACIENTE NAS SUAS PRIORIDADES BÁSICAS . EQUACIONAR A TRANSFERÊNCIA DO PACIENTE DENTRO DO PRÓPRIO HOSPITAL OU ENTRE HOSPITAIS . ASSEGURAR UM ATENDIMENTO ADEQUADO EM TODAS AS ETAPAS DO ATENDIMENTO . INICIAR O TRATAMENTO DEFINITIVO

ASSISTÊNCIA AO POLITRAUMATIZADO FASES: . ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR . ATENDIMENTO HOSPITALAR . Atendimento inicial . Ressuscitação . Atendimento secundário . Reavaliação . Tratamento definitivo

ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR . Desobstruir as vias aéreas . Ventilar adequadamente . Imobilizar o paciente . Controlar sangramentos externos significativos . Reposição inicial da volêmia . Triagem

ATENDIMENTO INICIAL PRIORIDADES: . A - VIAS AEREAS E CONTROLE DA COLUNA CERVICAL . B - RESPIRAÇÃO . C - CIRCULAÇÃO . D - STATUS NEUROLÓGICO . E - EXPOR

A - VIAS AÉREAS E CONTROLE DA COLUNA CERVICAL OBJETIVO: . VIAS AÉREAS DESOBSTRUIDAS . Corpo estranho e fraturas de face . Falar com o paciente . CONTROLAR A COLUNA CERVICAL

A - VIAS AÉREAS E CONTROLE DA COLUNA CERVICAL Considerar que todo paciente traumatizado é portador de lesão de coluna cervical, especialmente se: . politraumatizado . alteração do nível de consciência . lesões acima da clavícula

A - VIAS AÉREAS E CONTROLE DA COLUNA CERVICAL . Não mobilizar a coluna cervical, para permear as vias aéreas . Manter o pescoço imobilizado até excluir lesões de coluna cervical - Radiografias - Parecer do especialista

B - VENTILAÇÃO A permeabilidade da via aérea, por si só, não assegura uma boa ventilação. Ventilação envolve: . Pulmões - funcionalidade . Parede torácica . Diafragma

B - VENTILAÇÃO OBJETIVO: . OXIGENAÇÃO . VENTILAÇÃO

B - VENTILAÇÃO ATENÇÃO: . Pneumotorax hipertensivo . Torax instável . Contusão pulmonar . Pneumotorax aberto . Hemotorax maciço

C - CIRCULAÇÃO OBJETIVO: . CONTROLE DA HEMORRAGIA (compressão direta) . AVALIAR: - PERDA SANGUÍNEA - NÍVEL DE CONSCIÊNCIA - COR DA PELE - PULSO

D - STATUS NEUROLÓGICO OBJETIVO: . AVALIAR NÍVEL DE CONSCIÊNCIA A - Alerta V - Responde à estímulo verbal P - Responde à estímulo doloroso U - Não responde . PUPILAS

OBJETIVO: E - EXPOR . RETIRAR TODA ROUPA PARA EXAME DETALHADO . CONTROLAR HIPOTERMIA

RESSUSCITAÇÃO A ressucitação do paciente traumatizado deve ser iniciada de maneira simultânea ao atendimento inicial, ou seja: A - entubação, cricotiroidostomia B - drenar torax, pericardiocentese C - controlar hemorragia, puncionar veias D E - controlar hiportermia

RESSUSCITAÇÃO FASES: . VIAS AÉREAS . VENTILAÇÃO/OXIGENAÇÃO . CIRCULAÇÃO . CATETERES . MONITORIZAÇÃO . RADIOGRAFIAS . CONSIDERAR TRANSFERÊNCIA

RESSUSCITAÇÃO VIAS AÉREAS . Levantar queixo . Retificar mandibula . Guedel . Determinação de via aérea definitiva

RESSUSCITAÇÃO VIA AÉREA DEFINITIVA . Conceito . Tipos . Indicações: - Apneia - Risco de apiração - TCE fechado - Baixa oxigenação - Necessidade eminente - Insegurança

RESSUSCITAÇÃO VENTILAÇÃO/OXIGENAÇÃO . Todo paciente traumatizado deve receber oxigênio suplementar . Evitar tentativas prolongadas de entubação . Hemopneumotorax --> dreno de torax Tamponamento cardíaco --> pericardiocentese Torax instável --> entubar . Oximetria de pulso

RESSUSCITAÇÃO OXIMETRIA DE PULSO . Função . Particularmente indicado: - entubações difícies - transporte - adequar oxigenação . Limitações

RESSUSCITAÇÃO CIRCULAÇÃO . Dois cateteres venosos - 2 litros Ringer . Colher sangue . Controle de hemorragias externas (pressão externa)

RESSUSCITAÇÃO CATETERES . Urinário - objetivo - precauções - contraindicações . Gástrico

RESSUSCITAÇÃO MONITORIZAÇÃO . Sinais vitais . Débito urinário . Gasimetria . ECG . Temperatura . Oximetria de pulso Opcional - Capinografo

RESSUSCITAÇÃO RADIOGRAFIAS OBRIGATÓRIAS . Coluna cervical - lateral . Torax - AP . Pelve - AP OPCIONAIS . Dependerá do exame físico do paciente e do julgamento do médico

RESSUSCITAÇÃO CONSIDERAR TRANSFERÊNCIA Ao final da ressucitação o médico é capaz de determinar se o paciente necessitará ou não de transferência. Caso necessário determina-se: . local a ser transferido . contato com equipe médica que recebera paciente

AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA A avaliação secundária só deve ser iniciada após: . avaliação inicial estar concluida . iniciado a ressucitação . reavaliar o A,B,C,D,E

AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA . HISTÓRIA - Paciente - Trauma . EXAME FÍSICO Alergias Medicamentos Patologias associadas Última refeição Eventos que antecederam o trauma - Trauma Mecanismo da lesão . EXAME FÍSICO

AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA EXAMINAR “DA CABEÇA AOS PÉS” . cabeça/maxilo-facial . pescoço . torax . abdome . períneo/reto/vagina . músculos/esqueleto . neurológico . toque retal/vaginal

AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA CABEÇA/MAXILO-FACIAL . Acuidade visual . Pupilas . Conjuntiva - retirar lentes de contato . Superfície da pele . Maxilo-facial se não há obstrução de vias aéreas ou sangramentos importantes, tratar após a estabilização do paciente

AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA NEUROLÓGICO ESCALA DE COMA DE GLASGOW RESPOSTA OCULAR 0 - 4 pontos RESPOSTA VERBAL 0 - 5 pontos RESPOSTA MOTORA 0 - 6 pontos Severo 0 - 8 Moderado 9 - 12 Leve 13 - 15

AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA PESCOÇO . Manter imobilização . Completar a avaliação secundária . Lesão penetrante Cirurgia ??? . Capacete - retirada

AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA Coluna cervical: . Previnir iatrogenias PESCOÇO Coluna cervical: . Previnir iatrogenias . Considerar lesão durante atendimento A ausência de deficit motor não exclui a existência de lesão medular.

TORAX AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA . Inspeção . Palpação . Ausculta . Percussão

AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA TORAX TRAUMA: FECHADO < 10% necessitam de cirurgia PENETRANTE 15-30% necessitam de cirurgia A maioria das lesões torácicas são tratadas com procedimentos simples.

AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA TORAX Pneumotorax hipertensivo Contusão pulmonar Pneumotorax aberto Contusão miocardica Hemotorax maciço Ruptura diafragmática Torax instável Lesão traqueobrônquica Tamponamento cardíaco Lesão de esôfago

AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA ABDOME EXAME FÍSICO . Inspeção . Palpação . Ausculta . Percurssão REAVALIAÇÃO CONSTANTE EXAMES ESPECIAIS

AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA ABDOME EXAMES ESPECIAIS: . Lavado peritoneal x TC . Urografia excretora . Uretrografia . Cistografia . Estudo contrastado do Tracto GI

AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA PERÍNEO/RETO/VAGINA PERÍNEO . contusões, hematomas, lacerações sangue na uretra RETO . tônus do esfincter, prostata, osso pélvico integridade da parede VAGINA . sangue, lacerações

AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA MÚSCULO/ESQUELETO . Esqueleto contusão, deformidade, dor . Vascular . Ligamento . Nervos

AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA MÚSCULO/ESQUELETO . Pode atrair a atenção . Avaliar todos os elementos do exame físico . Lembrar lesões ocultas: - mão e punho - pé e tornozelo - ombro - pelve - nervos

ASSISTÊNCIA AO POLITRAUMATIZADO REAVALIAÇÃO

ASSISTÊNCIA AO POLITRAUMATIZADO TRATAMENTO DEFINITIVO

ASSISTÊNCIA AO POLITRAUMATIZADO Conclusão: . Se firmar ao ABCDE . Coluna cervical . Reavaliações frequentes . Avaliação secundária minunciosa . Tratamento definitivo