PUBLICIDADE INSTITUCIONAL EM ANO ELEITORAL

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Transcrição da apresentação:

PUBLICIDADE INSTITUCIONAL EM ANO ELEITORAL   www.pgof.com.br

1) PUBLICIDADE DE ATOS OFICIAIS E PUBLICIDADE INSTITUCIONAL: a) ATOS OFICIAIS: PUBLICAÇÃO OBRIGATÓRIA Exigência do princípio constitucional da publicidade que determina sejam publicados seus atos administrativos. www.pgof.com.br

A regra é que a publicidade seja realizada pela imprensa oficial. Exceções nos pequenos municípios que não tenham jornal oficial e que a matéria não transcenda dos interesses do município. A publicidade dos atos oficiais é garantia do cidadão, seja para que possa exercer seus direitos perante a Administração, seja para que tenha condições de controlar a própria atividade administrativa. www.pgof.com.br

A publicidade do ato constitui condição para sua eficácia e validade. Princípio da publicidade: Constituição Federal - art. 37, caput, e art. 5º, XIV (garantia de acesso à informação) XXXIII (obtenção de informações de interesse particular e geral perante os órgãos públicos) e LX (publicidade dos atos processuais) e art. 93, IX (julgamentos públicos do Poder Judiciário). A publicidade do ato constitui condição para sua eficácia e validade. www.pgof.com.br

b) PUBLICIDADE INSTITUCIONAL: PUBLICAÇÃO NÃO OBRIGATÓRIA A Publicidade Institucional tem por objetivo a prestação de contas do planejamento e das ações tomadas pela Administração Pública, como a divulgação de Campanhas, Programas e Notícias sobre as atividades desenvolvidas pela Administração. Vide art. 2º da Lei de Licitações de Serviços Publicitários n. 12.232/2010. www.pgof.com.br

2. PUBLICIDADE INSTITUCIONAL: BASE LEGAL Constituição Federal - Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e também, ao seguinte: ................................................................................ Parágrafo 1º. A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. “ www.pgof.com.br

3. FORMAS DE PARTICIPAÇÃO DO USUÁRIO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E INDIRETA (parágrafo 3º, incisos I, II e III do art. 37 da Constituição Federal): “I – as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manutenção de serviço de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços; www.pgof.com.br

II – o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII; (vide art. 16 da Lei 12.232). III – a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na Administração Pública.” www.pgof.com.br

4. RESTRIÇÕES À PUBLICIDADE INSTITUCIONAL EM ANO ELEITORAL:   Art. 73 da Lei Eleitoral n. 9.504/97 – São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as seguintes condutas tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais: .................................................................................... VI – nos três meses que antecedem o pleito: (............) www.pgof.com.br

b) Com exceção da propaganda de produtos e serviços que tenham concorrência no mercado, autorizar publicidade institucional dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos federais, estaduais ou municipais, ou das respectivas entidades da administração indireta, salvo em caso de grave e urgente necessidade pública, assim reconhecida pela Justiça Eleitoral (....)” ................................................................................... VII – realizar, em ano de eleição, antes do prazo fixado no inciso anterior, despesas com publicidade dos órgãos públicos federais, estaduais ou municipais, ou das respectivas entidades da administração indireta, que excedam a média dos gastos nos três últimos anos que antecedem o pleito ou do último ano imediatamente anterior à eleição: “ www.pgof.com.br

Do ponto de vista do direito eleitoral, essa ilicitude ocorrerá sempre que a ação intervier no processo político-eleitoral, beneficiando ou podendo beneficiar partido político, coligação ou candidato ou procurando influenciar a consciência eleitoral do cidadão, frustrando a legitimidade do voto como expressão da soberania popular. www.pgof.com.br

5. PRINCÍPIO QUE REGE AS RESTRIÇÕES À PUBLICIDADE INSTITUCIONAL PÚBLICO EM ANO ELEITORAL O princípio protegido é o da ISONOMIA. Constituição Federal – art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos e nos termos da lei (....) www.pgof.com.br

O princípio da isonomia, neste caso, protege a normalidade e a legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. A desigualdade entre candidatos a cargos eletivos ainda permanece, ainda que de forma mais restrita, em face da desnecessidade de desincompatibilização dos titulares de cargos executivos, para concorrer à reeleição. www.pgof.com.br

6. AGENTES PÚBLICOS AOS QUAIS SE APLICAM AS RESTRIÇÕES QUANTO À PUBLICIDADE INSTITUCIONAL: São os Agentes Públicos das ESFERAS ADMINISTRATIVAS, cujos cargos estejam em disputa na eleição. Âmbitos Federal, Estadual ou Municipal. Considerados como Agentes Públicos os que exercem, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nos órgãos ou entidades da administração pública direta, indireta ou fundacional. www.pgof.com.br

Os destinatários das hipóteses do art. 73 da Lei 9 Os destinatários das hipóteses do art. 73 da Lei 9.504 são o agente público responsável pela prática do ato e o próprio candidato, seja na qualidade de responsável pela prática do ato, seja como beneficiado, agente público ou não. O candidato pode ser ele, pessoalmente, responsável pelo ato: ele próprio o pratica, anui, concorda ou de algum modo contribui para a prática do ato. Entretanto, há situações em que o candidato não tem responsabilidade pessoal (subjetiva), mas as condutas vedadas são praticadas em seu benefício. www.pgof.com.br

Em relação ao candidato beneficiado, nas condutas vedadas dos incisos I, II, III, IV e VI (neste último caso, a realização de publicidade institucional em período vedado ou no gasto acima do permitido), basta que se prove o nexo de causalidade entre o ato praticado pelo agente público responsável e o benefício do candidato (parágrafo 5º. do art. 73). www.pgof.com.br

7. PUBLICIDADES PROIBIDAS E LIBERADAS   Proibida é qualquer publicidade institucional. Liberada é a que divulga produtos ou serviços que tenham concorrência no mercado e a institucional, em caso de grave e urgente necessidade pública, assim reconhecida pela Justiça Eleitoral. www.pgof.com.br

8. PERÍODO DE VEDAÇÃO DA PUBLICIDADE INSTITUCIONAL A publicidade institucional é vedada nos três meses que antecedem o pleito e até seu encerramento (caso haja segundo turno, inclusive). Após, pode voltar a ser produzida e veiculada normalmente, dentro das condições do contrato administrativo. www.pgof.com.br

9. GASTOS EM PUBLICIDADE INSTITUCIONAL EM ANO DE ELEIÇÃO ANTES dos três meses que antecedem o pleito, os gastos em publicidade institucional são limitados à média dos gastos dos três últimos anos que antecedem o pleito ou do último ano imediatamente anterior à eleição. Vale o que for menor. www.pgof.com.br

10. QUANTO SE PODE GASTAR EM PUBLICIDADE APÓS O ENCERRAMENTO DA ELEIÇÃO, DENTRO DO ANO CIVIL ? www.pgof.com.br

11. PENALIDADES POR DESCUMPRIMENTO DAS REGRAS ACIMA: Suspensão da publicidade; Aplicação de multa aos responsáveis no valor de cinco mil a cem mil UFIR; Se o agente público for candidato, ficará sujeito à cassação do registro ou do diploma; Multa duplicada em caso de reincidência; www.pgof.com.br

Caracterização de ato de improbidade administrativa, sujeito às penalizações específicas da Lei 8.429/92 (Lei de Improbidade Administrativa), tais como ressarcimento integral do dano, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos. www.pgof.com.br

12. MATERIAIS DE MÍDIA EXTERIOR INSTALADOS ANTES DO PRAZO DE TRÊS MESES QUE ANTECEDEM AS ELEIÇÕES: PODEM OU NÃO PERMANECER FIXADOS APÓS ESSE PRAZO ? www.pgof.com.br

www.pgof.com.br Paulo Gomes de Oliveira Filho pgof@pgof.com.br Av. dos Eucaliptos, 530 (11) 5044-7580 Paulo Gomes de Oliveira Filho pgof@pgof.com.br Mariana Sceppaquercia Galvão mariana.galvao@pgof.com.br Letícia Mara Vaz Livreri leticia.livreri@pgof.com.br Eduardo Fonseca Martins eduardo.fonseca@pgof.com.br www.pgof.com.br