Migrações internas no Brasil Fluxos migratórios internos brasileiros nos últimos 400 anos tiveram uma característica comum uma região torna-se de atração populacional e posteriormente passa a ser de repulsão populacional: Atividade econômica em desenvolvimento, atrai migrantes, posteriormente, ao entrar em declínio passa a ser região de repulsa
Migrações internas no Brasil Séculos XVI e XVII: Nordeste ciclo da cana-de-açúcar Século XVIII Regiões de MG ciclo do ouro Regiões do MA algodão Século XIX Região amazônica ciclo da borracha Região sudeste ciclo do café
Migrações internas no Brasil Café no Brasil Iniciou no Sudeste, principalmente em SP (regiões mogiana e oeste paulista), passou para o sul de MG (depois para o Triângulo Mineiro) e também para o PR Quebra da bolsa de NY e safra recorde em 1929 crise do café
Migrações internas no Brasil Café no Brasil Movimentou a economia da região sudeste incentivou a industrialização, principalmente em SP atração de brasileiros de outras regiões (principalmente nordestinos)
Migrações internas no Brasil Governo de Juscelino Kubistchek (1956–1961) “Cinquenta anos em cinco” grande desenvolvimento no pais Brasília atração de trabalhadores para GO desenvolvimento da região Centro-Oeste Período militar (1984-1985) obras públicas (“faraônicas”) grandes rodovias 1967 criação da Zona Franca de Manaus
Migrações internas no Brasil Após 1980 principal movimento migratório interno brasileiro agropecuária moradores da região Sul que migraram para o Centro-Oeste (soja) e para a região Norte (gado) grandes danos ambientais Década de 1990 região Sudeste apresenta “saldo migratório interno negativo”
Migrações internas no Brasil Migração rural-urbana urbanização brasileira intensificou-se a partir de 1960, devido a: Mecanização da agricultura Concentração fundiária Falta de política agrária Falta de incentivos aos produtores rurais Esperança de melhores condições de vida Excesso de mão-de-obra (Sul e Sudeste) Reação dos proprietários rurais ao Estatuto do Trabalhador Rural (1963)
Migrações internas no Brasil Surgimento dos bóias-frias trabalhadores que eram contratados por períodos específicos, sem vínculos empregatícios
Migrações internas no Brasil Movimentos pendulares movimentos diários, de vai e volta, com os trabalhadores migrando de uma região a outra, diariamente, para trabalharem Cidades dormitórios
Migrações internas no Brasil Transumância movimentos sazonais, de vai e volta, com os trabalhadores migrando de uma região a outra, periodicamente ou em ciclos Moradores do Nordeste migram para o Sudeste nos meses de colheita da cana e depois retornam Trabalhadores de grandes obras como estradas Migrações internas no Nordeste, motivadas pela seca
Correntes migratórias para o Brasil Ocorreram em 3 fases distintas: De 1808 a 1850 De 1850 a 1930 De 1930 até atualmente
Correntes migratórias para o Brasil Primeira fase (1808 a 1850) Antes de 1808 o Brasil já recebia portugueses e escravos africanos Vinda da família real (1808) incentivo a imigração para o Brasil: 1808 – açorianos (Sul) 1818 – 1824 – suíços (RJ) e alemães (Sul e ES) Imigrantes europeus desenvolveram a agropecuária na região Sul
Correntes migratórias para o Brasil Segunda fase (1850 a 1930) Vinda de escravos de outros países cessou com a Lei Euzebio de Queiroz (1850) fim da mão-de-obra escrava na cultura cafeeira incentivo a vinda de imigrantes europeus (em especial italianos) Sul e Sudeste
Correntes migratórias para o Brasil Terceira fase (1930 até atualmente) Revoltas de 1930 e 1932 e II Guerra Mundial acabaram interferindo nos fluxos migratórios Aprovação da Lei de Cotas de Imigração (1934) vinda de 2% do total de imigrantes vindos nos últimos 50 anos Reconstrução européia pós-guerra área de atração populacional
Correntes migratórias para o Brasil Terceira fase (1930 até atualmente) Atualmente recebemos imigrantes asiáticos (Coréia), africanos (Angola, Moçambique e Nigéria) e sul-americanos (Paraguai, Peru, Bolívia e Argentina)
Migração de brasileiros para o exterior Final dos século XX Brasil torna-se zona de repulsão populacional Década de 1980 e 1990 recessão econômica, desemprego, queda de renda média deslocamento de brasileiros para o exterior
Migração de brasileiros para o exterior Década de 1980 EUA Década de 1990 Europa (Portugal, Espanha e Itália) e depois Japão Deslocamentos para países vizinhos, principalmente para trabalhar com agricultura brasiguaios