Vera Lúcia Menezes de Oliveira e Paiva (UFMG)

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Transcrição da apresentação:

Vera Lúcia Menezes de Oliveira e Paiva (UFMG) A TECNOLOGIA NA DOCÊNCIA EM LÍNGUAS ESTRANGEIRAS: CONVERGÊNCIAS E TENSÕES Vera Lúcia Menezes de Oliveira e Paiva (UFMG)

CONVERGÊNCIA DE TECNOLOGIAS Discute as inovações tecnológicas na área de ensino de L2 na perspectiva da convergência e da tensão. As TCC, em forma de dados, vídeo, voz, imagem, convergiram para o computador e para o telefone celular, permitindo ao usuário o acesso às informações de qualquer lugar e em qualquer horário. O computador e seus periféricos + celular + conexão a Internet funcionam hoje como: máquina de escrever, gráfica, editora, caderno, livro, arquivo, gravador, filmadora, câmera fotográfica, câmera de vídeo, telégrafo, telefone, vídeo-conferência, correio, retroprojetor, cinema, rádio, televisão, jornal, tocador de música, videogame, biblioteca, diário pessoal, agenda e até mesmo escola e sala de aula.

As velhas mídias se reconfiguram com as tecnologias digitais Jenkins (2001): convergência das mídias = Renascimento na Europa (imprensa), que ele denomina de “um período de transição de transformação”. Siqueira (2008): em 2006 o mundo produziu 161 milhões de gigabytes = 3 milhões de vezes o conteúdo de todos os livros já escritos = a distância que separa a Terra do Sol. Para cada habitante caberiam 24 gigabytes. Previsão para 2010: serão produzidos 150 gigabytes por habitante. (+6 x a mais) Os leitores estão convergindo para a produção de textos – e-mails, blogs, chat, mensagens no twitter, SMS, participação em fóruns – graças à convergência das mídias. Repensar: o uso das TIC na educação. Nossos alunos são consumidores ativos, barulhentos e públicos dessas mídias.

O conhecimento assume várias formas e o mesmo tema pode ser encontrado e disponibilizados de várias formas (ex.Twitter, youtube, slideshare, power point), ou postado e discutido em um blog ou em uma lista de discussão. Os computadores tornaram-se centrais na administração escolar e a convergência fez-se sem tensões. As bibliotecas informatizaram seus sistemas e em muitas delas a pesquisa assim como a renovação de empréstimo pode ser feita da casa do usuário. A grande maioria das escolas já tem seus registros escolares informatizados, a caderneta do professor e a matrícula feitas on-line e o acesso aos dados por alunos e pais acessados pela Internet.

Convergência na políticas governamentais Os governos estão preocupados em possibilitar o acesso às tecnologias digitais a todas as camadas das populações, especialmente, no setor educacional. Foram criados inúmeros no Brasil projetos mundo afora. O MEC tem procurado investir na informatização das escolas desde os anos 90. O Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo) foi criado em 1997 para promover o uso pedagógico das TIC na rede pública de ensino fundamental e médio. Os objetivos do PROINFO eram: Melhorar a qualidade do processo de ensino/aprendizagem. Possibilitar a criação de uma nova ecologia cognitiva nos ambientes escolares mediante incorporação e adequação das novas tecnologias de informação pelas escolas. Propiciar uma educação voltada para o desenvolvimento científico e tecnológico.

· Aproveitar as TIC na educação objetivando preparar o novo cidadão a colaborar na criação de um novo modelo de sociedade, em que a tecnologia seja utilizada para auxiliar o processo de evolução humana. Diminuir a lacuna existente entre a cultura escolar e o mundo ao seu redor. Aproximar a escola da vida, expandindo-a em direção à comunidade e tornando-a facilitadora das interações ente os atores humanos, biológicos e técnicos. Em 2009 o ProInfo beneficiará cerca de dez milhões de alunos da educação básica (26 mil lab de informática: 19 mil escolas urbanas e 7 mil rurais). A meta até 2010: atender todas as escolas urbanas + suporte e garantia de 36 meses. Apesar dos esforços, o número de computadores ainda é pequeno e não gerou uma convergência na apropriação da tecnologia pelos professores.

TENSÕES NO TRABALHO O surgimento de uma nova tecnologia é sempre gerador de tensões e polêmicas, assim como o foi o livro didático. O livro era caro e privilégio das elites e, no que diz respeito à aprendizagem de língua, o livro didático também sofreu oposição ferrenha. Na metodologia áudio-visual, a leitura do texto impresso era visto de forma negativa e interferia no desenvolvimento da compreensão oral. A abordagem previa muitas horas de atividade oral antes de ter contato com o texto escrito Como a tecnologia já faz parte das atividades sociais, a escola acaba por incorporá-la em suas práticas pedagógicas. Entretanto, é frequente a proibição de acesso a determinadas páginas (ex. Orkut, Twitter, YouTube).

Após a resistência vem a inserção e, em seguida, o estágio da normalização, definido por Chambers e Bax (2006) como um estado em que a tecnologia se integra de tal forma às práticas pedagógicas que deixa de ser vista como cura milagrosa ou como algo a ser temido. Bax (2003), acredita que os computadores ainda vão se integrar à sala de aula como a caneta e o livro e serão usados sem medo ou exagero. Ele descreve os estágios de normalização da tecnologia da seguinte forma: 1. Adeptos Iniciais. Alguns professores/escolas adotam-na por curiosidade. 2. Ignorância/Ceticismo. A maioria das pessoas continua cética, ou desconhecem a sua existência. 3. Tentam uma vez. As pessoas experimentam mas rejeitam por causa de problemas iniciais. Não conseguem ver seu valor – a tecnologia não parece acrescentar nenhuma ‘vantagem relativa ’. 4. Alguém lhes diz que realmente funciona. Tentam novamente e vêem que, de fato, há uma vantagem relativa no uso. 5. Medo/veneração. Mais pessoas começam a usar, mas ainda há (a) medo, alternando com (b) expectativas exageradas.

6. Normalização. Gradualmente ela é vista como algo normal, se integra às nossas vidas e torna-se invisível. (BAX, 2003) O computador usado para a produção de textos se tornou natural para um número grande de pessoas, mesmo que eles não utilizem todos os seus recursos. Outras tecnologias aparecem e somem tão rapidamente que não há tempo suficiente para passar por todos esses estágios. A multiplicidade de novas tecnologias que surgem a cada dia na web impedem que mesmo os professores mais experientes acompanhem todas as inovações. Assim, torna-se inevitável a convivência com as tensões e ciclos concomitantes de adeptos iniciais, resistências, tentativas, medo ou veneração, normalização ou morte de uma tecnologia.

Formação docente e práticas educacionais Os professores, incluindo os de línguas estrangeiras, não dominam todo o conhecimento que ensinam em virtude da rapidez da produção e da informação. O mesmo ocorre com as tecnologias. O sucesso do uso das tecnologias na educação depende de sua integração com o projeto pedagógico e os professores precisam ter suporte tecnológico e pedagógico. (CHAMBERS e BAX, 2006) Para Chapelle (2006) não se pode mais deixar a tecnologia fora dos currículos e os professores de L2 precisam saber escolher, usar e até recusar tecnologias. A produção sobre o ensino e aprendizagem on-line é substancial mas o desenvolvimento de conteúdo on-line e a formação de professores para essa atividade ainda engatinha. Caminhos (KESSLER, 2006) onde o professor aprende e continua aprendendo a usar a tecnologia: lista de discussão, congressos, páginas na web, com colegas, em periódicos, cursos na universidade, bibliotecas universitárias e públicas, e com os próprios alunos (nativos digitais).

Os propósitos dos parâmetros para os professores são: Segundo(HEALEY et al., 2009), [O] uso da tecnologia no ensino/aprendizagem de L2 pode também encorajar o desenvolvimento de estratégias necessárias para a sobrevivência moderna: comunicação, colaboração, reunião e recuperação de informação. Preparar os alunos para a sociedade da informação deve ser um dos objetivos fundamentais da educação hoje. Os propósitos dos parâmetros para os professores são: reconhecer a importância de se integrar à tecnologia no ensino; saber o que se espera deles em termos de conhecimento, habilidades e de implementação de currículo; entender a necessidade de aprendizagem continuada em suas carreiras profissionais; e ser desafiado a alcançar um nível maior de proficiência no uso da tecnologia na docência.

Propósitos para os formadores de professores diagnosticar conhecimentos e habilidades; desenvolver cursos para professores em serviço e pré-serviço; oferecer oportunidade para praticar o uso das tecnologias; integrar a tecnologia de forma apropriada nos cursos de formação de professor; assegurar que os futuros professores tenham conhecimento dos parâmetros e de como implementa-los.

Os parâmetros sugeridos incluem: o domínio de ferramentas; a adequação da tecnologia às ações pedagógicas; o uso da tecnologia para arquivamento de dados e avaliação; para a melhoria da comunicação, da colaboração entre os atores educacionais, e da eficiência do processo educacional. Impossível dominar todas as ferramentas, mas precisamos pelo menos saber que existem vários tipos delas. O Centre for Learning and Performance Technologies http://www.c4lpt.co.uk/recommended/2009toolbox.html elegeu as 100 melhores ferramentas para aprendizagem em 2009, divididas em 10 categorias: institucionais (Moodle); atividades ao vivo (Second Life); documentos e apresentação (Google Docs); Blogs, página web e wiki (Blogger); imagem, áudio e vídeo (YouTube); comunicação (gmail); micro-blogging (Twitter); colaboração (Wikipedia); rede social & espaços colaborativos (Ning) e pessoais (Google Search)

Paiva (2010) discorda de algumas classificações como incluir na categoria “instrucional” um software de captura de tela, como o Captivate, ao lado de um ambiente virtual de aprendizagem, como o Moodle, mas acredita que a listagem dá uma noção da dimensão da tarefa que se tem pela frente. Outra categorização (+aceitável) é feita em uma listagem de 25 ferramentas (chave para a área de aprendizagem). São elas: navegador; bookmarking; bloging; leitores de RSS; micro-blogging; e-mail; mensagem instantânea; pessoais; mapas conceituais; apresentações; compartilhamento de apresentações; conjunto para escritório on -line; conferência on-line; produção de material didático; captura de tela; screencasting;criação de páginas; wiki; tratamento de imagens; vídeo; áudio e podcasting; vídeo; dashboard (painel de indicadores); ambiente virtual de aprendizagem; redes sociais; e plataformas de mídias sociais integradas. A listagem é acompanhada de sugestões em cada categoria e de tutoriais, o que constitui uma excelente fonte de aprendizagem.

Na página do projeto (http://www. ict4lt. org/en/index Na página do projeto (http://www.ict4lt.org/en/index.htm), é possível encontrar cursos gratuitos nos níveis básicos, intermediário e avançado. Básico: introdução às novas tecnologias, noções sobre hardware e software, processador de texto e de software de apresentação de conteúdo, introdução ao ensino de línguas mediado pelo computador (ELMC) e introdução à Internet. Intermediário: metodologia do ELMC; introdução à multimídia em ELMC; concordanceadores e programas de autoria. Avançado: foco => gerenciamento de centros de língua multimídia; design e implementação de software para ELMC; linguística de corpora, e tecnologias para linguagem humana. ( ex. tradução automática e tecnologias de fala). Módulo adicional: inclui discussão sobre feedback, avaliação, plágio, etc.

Outro exemplo citado pela autora é a Taba Eletrônica criado pela UFMG, que é um projeto de ensino, pesquisa e extensão com foco na utilização de recursos tecnológicos para interação, aprendizagem e desenvolvimento de materiais didáticos no contexto de aprendizagem de línguas, implementado por uma equipe de professores e pesquisadores da área da Linguística Aplicada. Portanto, as ferramentas são muitas e o mais importante é o casamento das práticas sociais com as práticas escolares. Precisamos nos apropriar rapidamente da tecnologia que nossos alunos utilizam em sua vida cotidiana de forma a diminuir a lacuna existente entre a cultura escolar e o mundo ao seu redor.