Carta aos Romanos.

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Transcrição da apresentação:

Carta aos Romanos

Contexto Os cristãos de Roma, convertidos do judaísmo e do paganismo, corriam o perigo de se desentender quanto às questões referentes à necessidade dos ritos e do culto judaico, como aconteceu com os Gálatas.

São Paulo viu a necessidade de expor, agora com mais moderação e maturidade do que na carta dirigida aos cristãos da Galácia, a solução do problema judaísmo-cristianismo. Quis retomar as idéias dos Gálatas, de modo mais ordenado e matizado.

O Apóstolo, que não conheceu pessoalmente os cristãos de Roma, quis, por esta carta, começar também a relacionar-se com esta comunidade, de cuja colaboração precisaria para a evangelização da Espanha, que ele intencionava realizar. Foi por esse motivo que ele quis apresentar-se aos cristãos de Roma, dizer-lhes quem era e o que pregava, tendo assim oportunidade de explanar verdades fundamentais do cristianismo.

A autenticidade de Romanos 1-15 como epístola paulina não é problema A autenticidade de Romanos 1-15 como epístola paulina não é problema. O capítulo 16, entretanto, apresenta dificuldades importantes crítico-textuais. A destinatária certamente é a comunidade de Roma, cujos inícios teriam sido na década de 40. Com a expulsão dos judeus de Roma pelo Imperador Cláudio em 49 d.C., a proporção de gentio-cristãos aumentou muito, podendo-se ter como certo que eram a maioria no final da década de 50.

Na época em que São Paulo escreveu a sua carta, parece, portanto, haver um número maior de cristãos gentios na capital. De qualquer forma, são os gentios, de modo particular, os destinatários das palavras do Apóstolo, conforme se pôde verificar em Rm 1,5-7.13-15; 11,13.1 15,15-18.

Esta carta foi escrita pouco depois da carta aos Gálatas Esta carta foi escrita pouco depois da carta aos Gálatas. São Paulo estava em Corinto, onde permaneceu três meses (At 20,3), no inverno de 57-58. A carta foi muito provavelmente levada por Febe, diaconisa da Igreja de Cencréia (Rm 16,1).

A Bíblia TEB (Tradução Ecumênica da Bíblia) considera esta carta inegavelmente como a mais importante das epístolas paulinas. Não só por ser a mais extensa, mas sobretudo por ser das mais ricas do ponto de vista doutrinal e a mais notavelmente estruturada.

Conteúdo

W. G. Kümmel (cf. Introdução ao Novo Testamento, parágrafo 19 W. G. Kümmel (cf. Introdução ao Novo Testamento, parágrafo 19. Epístola aos Romanos, pp. 395-415) diz que “embora a Epístola aos Romanos tenha surgido de uma necessidade concreta que, uma vez atendida, iria favorecer a sua obra missionária, ela constitui a confissão teológica de São Paulo, que foi, com grande propriedade, caracterizada como ‘o testamento teológico de São Paulo”, citando Bornkamm. Podemos estudar em seis tópicos esta carta:

1 - Todos, judeus e gentios, são salvos gratuitamente pela fé Depois de apresentar-se e saudar os destinatários, São Paulo dá ações de graças por sua fé, “celebrada em todo o mundo’ e pede a Deus que possa visitá-los e compartilhar com eles a fé (1,1-15). Começa enunciando o tema central da carta: o Evangelho de Deus para a salvação de todo aquele que crê, tanto judeu como gentio (1,16-17). A condição dos pagãos é a de quem, pelas luzes naturais da razão, poderia ter chegado ao conhecimento de Deus, mas que, pelo contrário, trocou a verdade de Deus pela mentira e se entregou à idolatria e às paixões vergonhosas (1,18- 32).

A condição dos judeus não é melhor, pois agem como os pagãos A condição dos judeus não é melhor, pois agem como os pagãos. Não escaparão ao julgamento de Deus. Nem a Lei nem a circuncisão podem salvá-los. Os pagãos, que não receberam a Lei, espontaneamente a seguem, porque está escrita nos seus corações. Os judeus, que se apóiam na Lei, ensinam aos outros, mas não a praticam (Rm 2). São Paulo interroga-se sobre a vantagem dos judeus em relação aos pagãos e conclui que eles têm o privilégio e a responsabilidade de terem recebido a revelação de Deus. Não há, entretanto, superioridade de uns sobre outros, pois “todos estão sob o pecado” (3,1-20). Todos, entretanto, sem distinção, são gratuitamente justificados pela fé em Jesus Cristo (3,2 1-31), como o foi Abraão, do qual somos herdeiros (Rm 4).

2 - A nova humanidade Justificados pela fé, temos paz com Deus por meio de Jesus Cristo. O amor de Deus se manifestou em Jesus Cristo, que morreu por nós, e se derramou em nossos corações pelo Espírito Santo, que nos foi dado (5,1-11). São Paulo contrapõe aí Adão e Jesus Cristo. Solidários com Adão no pecado e na morte (5,12-14), tornamo-nos agora uma nova humanidade, solidária com Cristo, que foi o segundo Adão (5,15-21).

Pelo baptismo, morremos para o pecado, para levarmos uma vida de ressuscitados, orientada unicamente para Deus em Jesus Cristo (Rm 6).

3-A Lei e o Espírito O cristão pelo baptismo fica livre da Lei, da mesma maneira que uma mulher casada fica livre dos vínculos que a uniam ao seu marido, quando este morre. Pelo baptismo também nós morremos para a Lei, para pertencermos a Cristo, que ressuscitou dos mortos. O homem, escravo da Lei, está dividido interiormente e se desintegra (Rm 7), enquanto aquele que vive do Espírito se reunifica interiormente pelo Espírito que nele habita e se torna filho e herdeiro de Deus.

Caminha para a ressurreição, para um mundo novo de glória e de felicidade. Nada e ninguém poderá separá-lo do amor de Cristo que nele habita (Rm 8). É belíssimo o hino ao amor, que encerra este tópico (Rm 8,3 1-39) e vale a pena rezá-lo, meditá-lo profundamente!

4 - A história do povo de Israel São Paulo torna-se agora historiador, analisando a situação do povo de Israel, sobre o qual Deus tinha desígnio muito elevado. Era o povo escolhido, adoptado por Deus, e dele nasceu o Cristo segundo a condição humana. Povo muito amado por Deus, ao procurar a salvação na Lei, não foi capaz de observá-la, nem de compreender que ela se realizava em Jesus Cristo (9,1-10,4).

O Filho de Deus veio para que nele acreditando de coração e confessando-o com a boca, obtivéssemos a justiça e a salvação, mas Israel não entendeu o seu Evangelho (10,5-21). Deus, entretanto, não rejeitou Israel. Conservou para si um resto fiel, apesar da obstinação do povo (11,1-10). A queda de Israel foi temporária e permitiu a salvação dos pagãos. Israel será de novo “enxertado na própria oliveira”, como os pagãos, “cortados de uma oliveira brava e contra a natureza foram enxertados na boa oliveira”. Tanto os judeus como os pagãos serão salvos dentro dos “impenetráveis caminhos” de Deus (11,11-36).

5 - Normas de vida cristã São Paulo trata de problemas da nova vida em Cristo: - deveres gerais da vida cristã: culto autêntico, união dos membros num só corpo, caridade sincera (Rm 12); - respeito às autoridades. Pede subordinação, que era para ele o espaço real que se oferecia na época e dentro da situação dada, para que o amor pudesse ser vivido também numa situação que excedesse os limites estreitos do relacionamento pessoal ou comunitário (13,1-7);

- o amor, como síntese da Lei, de modo especial o amor pelos fracos, o colocar-se a serviço do outro, o acolher- se mutuamente (13,8-15,13). Lições bebidas no exemplo do Cristo em toda a sua vida e que São Paulo quis nos transmitir!

6 - Conclusão e saudações São Paulo fala sobre seu ministério e seus planos de viagem (15,14-33). O capítulo 16 contém as recomendações e saudações, que normalmente encerram as cartas paulinas. É de se notar que, entre as pessoas saudadas, figuram oito mulheres, algumas com muitos elogios. Leia para verificar Powerpoint adaptado do português-br para português-pt. Blog “Material de Catequese” http://catequesematerial.wordpress.com