Prof. Rodrigo Trigueiro Morais de Paiva DSGU Data: 22/03/2011

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
HTLV 1 Dr. Francisco Coutinho (TiSBU)
Advertisements

Fisiologia cardiovascular
Sondagem Vesical.
ENFERMAGEM NA SAÚDE DO HOMEM
Disfunção miccional Bexiga Neurogênica.
Infecções do Trato Urinário
O Sistema Nervoso Autônomo
DISCIPLINA ANATOMIA HUMANA
Hiperplasia Prostática Benigna
Caso Clínico - Cloaca A. O. B., 4 anos, branca, natural de RJ, nascida de parto cesáreo, a termo. HDA: Sialorréia, impossibilidade de progressão de SOG.
INFECÇÃO URINÁRIA – ABORDAGEM CLÍNICA
AULA PREPARADA POR:.
Reabilitação em Traumatismo Raqui-Medular
Anamnese e exame físico em urologia
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
Lesão Medular Espinhal
Exercícios terapêuticos em Grupo
DISFUNÇÃO NEUROGÊNICA
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
Aluno: Everson Ricardo Bertacini Supervisora:
UNICEP-CENTRO UNIVERSITÁRIO CENTRAL PAULISTA
Incontinência Urinária no Idoso
CANCER DE PROSTATA ARNILDO HASPER TEL CEL
Avaliação Prostática Anual
Prof. Dr. Carlos Alberto Fornasari
INCONTINÊNCIA URINÁRIA
Continência.
Terminologia Urológica
Escola S/3 São Pedro | Vila Real
Conceitos atuais sobre Incontinência Urinária
Patologias do Aparelho Genital Masculino
SAÚDE PROSTÁTICA.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS NECESSIDADES DE ELIMINAÇÃO VESICAL
Infecção urinária na infância
URONEUROLOGIA ? ? ? Considerações: O trauma raqui medular (TRM)
Dr GUSTAVO FRANCO CARVALHAL DR JORGE A PASTRO NORONHA
Fisioterapia para Incontinência Urinária
Patologia do Sistema Urinário II
Anatomia da Uretra.
Monitoria de Laboratório Clínico Patologias da Próstata
Seminário Andressa Brunheroto Bruno Mendonça Grilo Érica Ribeiro Cruz
Sondagem gastrica e enteral Cateterismo vesical
Faculdade de Ciências Médicas Disciplina de Urologia
INCONTINÊNCIA URINÁRIA
Hiperplasia Prostática Benigna
Faculdade de Ciências Médicas Disciplina de Urologia
Infecções do trato urinário
Thaís Sciulli Provenza
Avaliação Clínica e Laboratorial da Função Renal
SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA SONDA VESICAL DE DEMORA
URONEFROSE.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM CIRURGIAS UROLÓGICAS E GENITURINÁRIAS
AVALIAÇÃO Caroline Rodolfi.
Cateterismo Vesical Masculino e Feminino
PARTE URINÁRIA Caroline Rodolfi.
Necessidade de Eliminação Profa. Livia Perasol Bedin.
Caso clínico 2.
DEPARTAMENTO DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA DISCIPLINA DE GINECOLOGIA
Necessidade de Eliminação
Necessidade de Eliminação
Profa. Maria Luiza Barros Fernandes Bezerra
Tumores da Próstata Sociedade Brasileira de Urologia
Transcrição da apresentação:

Prof. Rodrigo Trigueiro Morais de Paiva DSGU Data: 22/03/2011 Retenção Urinária

Objetivo da Aula Situar o aluno sobre a importância do tema Demonstrar modo de apresentação e diagnóstico Conduta na urgência

Definição e patogenia Inabilidade para esvaziar a bexiga http://kidney.niddk.nih.gov/kudiseases/pubs/pdf/UrinaryRetention.pdf A incapacidade de esvaziamento satisfatório da bexiga Ocorre quando a força de contração detrusora é inferior à resistência uretral durante a micção ou tentativa de micção http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/3491/dificuldade_miccional_retencao_urinaria.htm

Classificação – duração Retenção urinária aguda Emergência médica Todo médico envolvido em atendimento de urgência deve estar capacitado para tratar de maneira adequada http://kidney.niddk.nih.gov/kudiseases/pubs/pdf/UrinaryRetention.pdf Retenção urinária crônica Importante reconhecer pois pode levar a dano de função renal

Fisiologia A micção normal ocorre em resposta aos sinais aferentes originários do trato urinário inferior Shefchyk, 2002; Holstege, 2005; Sugaya et al, 2005; Groat, 2006 O cérebro, a medula espinhal e os gânglios periféricos Coordenam a atividade da musculatura lisa do detrusor da bexiga e da uretra com a atividade dos músculos estriados do esfíncter uretral e do assoalho pélvico Karl-Erik, 2010

Fisiologia O enchimento da bexiga e a micção envolvem um padrão complexo de sinais aferentes e eferentes gerados pelas vias: Parassimpáticos (pélvicos) Simpáticos (hipogástricos) Somáticos (pudendos) Karl-Erik, 2010

Fisiologia

Fisiopatogenia da obstrução infra-vesical Fase de Compensação Estágio de irritabilidade Hipertrofia da musculatura vesical Equilíbrio entre a capacidade expulsiva vesical e a resistência uretral Bexiga parece ser hipersensível Primeiros sintomas são os irritativos: urgência e frequência Emil A. Tanagho, urologia geral de smith, Chapter 11

Fisiopatogenia da obstrução infra-vesical Estágio de compensação Aumento da hipetrofia das fibras musculares Manutenção da capacidade de esvaziamento vesical completo Paciente inicia quadro de hesitância, diminuição da força e tamanho do jato Emil A. Tanagho, urologia geral de smith, Chapter 11

Fisiopatogenia da obstrução infra-vesical Fase de Descompensação Desequílibrio, presença de urina residual Descompensação aguda Tônus do músculo vesical é afetado temporariamente Alta ingesta líquida Adiamento voluntário da micção Hesitância acentuada, esforço miccional, jato fraco, esvaziamento incompleto e retenção urinária aguda e súbita Emil A. Tanagho, urologia geral de smith, Chapter 11

Fisiopatogenia da obstrução infra-vesical Descompensação crônica Desequílibrio entre a capacidade da musculatura vesical e a resistência uretral Sintomas de obstrução se acentuam Volume de urina residual aumenta gradualmente Bexiga distendida – 1000 à 3000 mL Incontinência por transbordamento Emil A. Tanagho, urologia geral de smith, Chapter 11

Quadro clínico – Retenção urinária aguda Dor e tensão em hipogástrio Forte desejo miccional Agitação Anúria Tremores Sudorese TR: Atonia esfincteriana, endurecimento ou aumento prostático Globo vesical palpável Emil A. Tanagho, urologia geral de smith, Chapter 11

Quadro clínico – Retenção urinária crônica Quadro insidioso Dificuldade miccional Sensação de esvaziamento vesical incompleto Esforço miccional Hesitância Jato fraco e/ou fino Oligo/anúria Urgência Incontinência urinária Insuficiência renal TR: Atonia esfincteriana, HBP, endurecimento prostático Globo vesical palpável Emil A. Tanagho, urologia geral de smith, Chapter 11

Exames complementares Exames de imagem Cateterização vesical

Exames complementares Estudo urodinâmico Sensibilidade Complacência Capacidade Estudo fluxo-pressão Resíduo pós-miccional Cistoscopia UCM EAS, hemograma, bioquímica sanguínea Emil A. Tanagho, urologia geral de smith, Chapter 11

Etiologias Obstrução do trato urinário Problemas neurológicos Infecções Cirurgias Medicações Constipação http://kidney.niddk.nih.gov/kudiseases/pubs/pdf/UrinaryRetention.pdf

Obstrução do trato urinário inferior Hiperplasia benigna de próstata Corpo estranho em trato urinário inferior Câncer de Próstata Tamponamento vesical por coágulos Câncer de bexiga Câncer de pênis Estenose de meato uretral Estenose uretral Cálculos urinários Fimose

Obstrução do trato urinário inferior Cálculo uretral Hiperplasia Benigna da próstata

Obstrução do trato urinário inferior Corpo estranho em uretra Estenose de uretra

Obstrução do trato urinário inferior Estenose meato uretral Fimose

Causas neurológicas Parto traumático Traumatismo Crânio Encefálico e/ou Raquimedular Infecção do cérebro e coluna espinhal Diabetes Esclerose Múltipla Acidente Vascular Encefálico Doença de Parkinson Traumatismo pélvico http://kidney.niddk.nih.gov/kudiseases/pubs/pdf/UrinaryRetention.pdf

Manobras de Valsalva e Credé Manobra de Credé Manobra de Valsalva

Auto cateterismo

Indicações do cateterismo intermitente temporário Retenção urinária pós-operatória: Pós-cirurgias de suspensão vesical Colporrafia anterior Histerectomia Cirurgias proctológicas orificiais Cirurgias neurológicas Ressecção abdomino-perineal Retenção puerperal Choque medular http://www.projetodiretrizes.org.br/8_volume/12-Bexiga.pdf

Indicações do cateterismo intermitente a longo prazo Bexiga neurogênica: Arreflexia Dissinergia Pressão de esvaziamento elevada Deterioração do trato urinário superior Baixa complacência Detrusor hipoativo Reconstruções vesicais que requeiram cateterismo intermitente via uretra ou via estoma continente http://www.projetodiretrizes.org.br/8_volume/12-Bexiga.pdf

Medicações Antidepressivos triciclicos Anticolinérgicos Opióides Imipramina, amitriptilina e nortriptilina Anticolinérgicos Hiosciamina, oxibutinina, tolterodina e propantelina Opióides Simpatomiméticos (Agonistas alfa-adrenérgicos) Efedrina e pseudoefedrina Agonistas beta-adrenérgicos Terbutalina e Isoproterenol Campbell-Walsh Urology, 9th ed. Chapter 56

Outras causas Infecções Inflamação, edema e irritação Cirurgias (ginecológicas, proctológicas e urológicas) Efeito anestésico Dor Restrição ao leito Distensão vesical Constipação http://kidney.niddk.nih.gov/kudiseases/pubs/pdf/UrinaryRetention.pdf

Tipos de cateteres Cateter de silicone tipo Foley de 03 vias Cateter de Látex tipo Foley de 02 e 03 vias

Tipos de cateteres Cateter de Robinson Cateter de Council Cateter de Coude

Tipos de cateteres Cateter de Pezzer Cateter de Malecot

SONDAGEM VESICAL:FLEXÃO DAS PERNAS COM APOIO PLANTAR

SONDAGEM VESICAL: PARAMENTAÇÃO COM LUVAS

SONDAGEM VESICAL: ANTISSEPSIA E ASSEPSIA

SONDAGEM VESICAL: EXTENSÃO DA ANTISSEPSIA

SONDAGEM VESICAL: EXPOSIÇÃO DA GLANDE

SONDAGEM VESICAL: SERINGA COM 20 ML DE XYLOCAINA GEL

SONDAGEM VESICAL: TESTE DE INSUFLAÇÃO DO BALÃO DA SONDA

SONDAGEM VESICAL: PREENSÃO DA GLANDE ENTRE O DEDO INDICADOR E MÉDIO

SONDAGEM VESICAL: INTRODUÇÃO DE 20 ML DE XYLOCAÍNA NA URETRA

SONDAGEM VESICAL: INTRODUÇÃO DA SONDA

SONDAGEM VESICAL: INTRODUÇÃO COMPLETA DA SONDA

SONDAGEM VESICAL: ENCHIMENTO DE BALÃO

SONDAGEM VESICAL: TRAÇÃO DA SONDA ATÉ ANCORAGEM DO BALÃO

SONDAGEM VESICAL: FIXAÇÃO NO ABDOMEN PARA RETIFICAÇÃO DA URETRA

CISTOSTOMIA PERCUTÂNEA

Contato: Rodrigotrigueiro@hotmail.com