Prof. Rodrigo Trigueiro Morais de Paiva DSGU Data: 22/03/2011 Retenção Urinária
Objetivo da Aula Situar o aluno sobre a importância do tema Demonstrar modo de apresentação e diagnóstico Conduta na urgência
Definição e patogenia Inabilidade para esvaziar a bexiga http://kidney.niddk.nih.gov/kudiseases/pubs/pdf/UrinaryRetention.pdf A incapacidade de esvaziamento satisfatório da bexiga Ocorre quando a força de contração detrusora é inferior à resistência uretral durante a micção ou tentativa de micção http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/3491/dificuldade_miccional_retencao_urinaria.htm
Classificação – duração Retenção urinária aguda Emergência médica Todo médico envolvido em atendimento de urgência deve estar capacitado para tratar de maneira adequada http://kidney.niddk.nih.gov/kudiseases/pubs/pdf/UrinaryRetention.pdf Retenção urinária crônica Importante reconhecer pois pode levar a dano de função renal
Fisiologia A micção normal ocorre em resposta aos sinais aferentes originários do trato urinário inferior Shefchyk, 2002; Holstege, 2005; Sugaya et al, 2005; Groat, 2006 O cérebro, a medula espinhal e os gânglios periféricos Coordenam a atividade da musculatura lisa do detrusor da bexiga e da uretra com a atividade dos músculos estriados do esfíncter uretral e do assoalho pélvico Karl-Erik, 2010
Fisiologia O enchimento da bexiga e a micção envolvem um padrão complexo de sinais aferentes e eferentes gerados pelas vias: Parassimpáticos (pélvicos) Simpáticos (hipogástricos) Somáticos (pudendos) Karl-Erik, 2010
Fisiologia
Fisiopatogenia da obstrução infra-vesical Fase de Compensação Estágio de irritabilidade Hipertrofia da musculatura vesical Equilíbrio entre a capacidade expulsiva vesical e a resistência uretral Bexiga parece ser hipersensível Primeiros sintomas são os irritativos: urgência e frequência Emil A. Tanagho, urologia geral de smith, Chapter 11
Fisiopatogenia da obstrução infra-vesical Estágio de compensação Aumento da hipetrofia das fibras musculares Manutenção da capacidade de esvaziamento vesical completo Paciente inicia quadro de hesitância, diminuição da força e tamanho do jato Emil A. Tanagho, urologia geral de smith, Chapter 11
Fisiopatogenia da obstrução infra-vesical Fase de Descompensação Desequílibrio, presença de urina residual Descompensação aguda Tônus do músculo vesical é afetado temporariamente Alta ingesta líquida Adiamento voluntário da micção Hesitância acentuada, esforço miccional, jato fraco, esvaziamento incompleto e retenção urinária aguda e súbita Emil A. Tanagho, urologia geral de smith, Chapter 11
Fisiopatogenia da obstrução infra-vesical Descompensação crônica Desequílibrio entre a capacidade da musculatura vesical e a resistência uretral Sintomas de obstrução se acentuam Volume de urina residual aumenta gradualmente Bexiga distendida – 1000 à 3000 mL Incontinência por transbordamento Emil A. Tanagho, urologia geral de smith, Chapter 11
Quadro clínico – Retenção urinária aguda Dor e tensão em hipogástrio Forte desejo miccional Agitação Anúria Tremores Sudorese TR: Atonia esfincteriana, endurecimento ou aumento prostático Globo vesical palpável Emil A. Tanagho, urologia geral de smith, Chapter 11
Quadro clínico – Retenção urinária crônica Quadro insidioso Dificuldade miccional Sensação de esvaziamento vesical incompleto Esforço miccional Hesitância Jato fraco e/ou fino Oligo/anúria Urgência Incontinência urinária Insuficiência renal TR: Atonia esfincteriana, HBP, endurecimento prostático Globo vesical palpável Emil A. Tanagho, urologia geral de smith, Chapter 11
Exames complementares Exames de imagem Cateterização vesical
Exames complementares Estudo urodinâmico Sensibilidade Complacência Capacidade Estudo fluxo-pressão Resíduo pós-miccional Cistoscopia UCM EAS, hemograma, bioquímica sanguínea Emil A. Tanagho, urologia geral de smith, Chapter 11
Etiologias Obstrução do trato urinário Problemas neurológicos Infecções Cirurgias Medicações Constipação http://kidney.niddk.nih.gov/kudiseases/pubs/pdf/UrinaryRetention.pdf
Obstrução do trato urinário inferior Hiperplasia benigna de próstata Corpo estranho em trato urinário inferior Câncer de Próstata Tamponamento vesical por coágulos Câncer de bexiga Câncer de pênis Estenose de meato uretral Estenose uretral Cálculos urinários Fimose
Obstrução do trato urinário inferior Cálculo uretral Hiperplasia Benigna da próstata
Obstrução do trato urinário inferior Corpo estranho em uretra Estenose de uretra
Obstrução do trato urinário inferior Estenose meato uretral Fimose
Causas neurológicas Parto traumático Traumatismo Crânio Encefálico e/ou Raquimedular Infecção do cérebro e coluna espinhal Diabetes Esclerose Múltipla Acidente Vascular Encefálico Doença de Parkinson Traumatismo pélvico http://kidney.niddk.nih.gov/kudiseases/pubs/pdf/UrinaryRetention.pdf
Manobras de Valsalva e Credé Manobra de Credé Manobra de Valsalva
Auto cateterismo
Indicações do cateterismo intermitente temporário Retenção urinária pós-operatória: Pós-cirurgias de suspensão vesical Colporrafia anterior Histerectomia Cirurgias proctológicas orificiais Cirurgias neurológicas Ressecção abdomino-perineal Retenção puerperal Choque medular http://www.projetodiretrizes.org.br/8_volume/12-Bexiga.pdf
Indicações do cateterismo intermitente a longo prazo Bexiga neurogênica: Arreflexia Dissinergia Pressão de esvaziamento elevada Deterioração do trato urinário superior Baixa complacência Detrusor hipoativo Reconstruções vesicais que requeiram cateterismo intermitente via uretra ou via estoma continente http://www.projetodiretrizes.org.br/8_volume/12-Bexiga.pdf
Medicações Antidepressivos triciclicos Anticolinérgicos Opióides Imipramina, amitriptilina e nortriptilina Anticolinérgicos Hiosciamina, oxibutinina, tolterodina e propantelina Opióides Simpatomiméticos (Agonistas alfa-adrenérgicos) Efedrina e pseudoefedrina Agonistas beta-adrenérgicos Terbutalina e Isoproterenol Campbell-Walsh Urology, 9th ed. Chapter 56
Outras causas Infecções Inflamação, edema e irritação Cirurgias (ginecológicas, proctológicas e urológicas) Efeito anestésico Dor Restrição ao leito Distensão vesical Constipação http://kidney.niddk.nih.gov/kudiseases/pubs/pdf/UrinaryRetention.pdf
Tipos de cateteres Cateter de silicone tipo Foley de 03 vias Cateter de Látex tipo Foley de 02 e 03 vias
Tipos de cateteres Cateter de Robinson Cateter de Council Cateter de Coude
Tipos de cateteres Cateter de Pezzer Cateter de Malecot
SONDAGEM VESICAL:FLEXÃO DAS PERNAS COM APOIO PLANTAR
SONDAGEM VESICAL: PARAMENTAÇÃO COM LUVAS
SONDAGEM VESICAL: ANTISSEPSIA E ASSEPSIA
SONDAGEM VESICAL: EXTENSÃO DA ANTISSEPSIA
SONDAGEM VESICAL: EXPOSIÇÃO DA GLANDE
SONDAGEM VESICAL: SERINGA COM 20 ML DE XYLOCAINA GEL
SONDAGEM VESICAL: TESTE DE INSUFLAÇÃO DO BALÃO DA SONDA
SONDAGEM VESICAL: PREENSÃO DA GLANDE ENTRE O DEDO INDICADOR E MÉDIO
SONDAGEM VESICAL: INTRODUÇÃO DE 20 ML DE XYLOCAÍNA NA URETRA
SONDAGEM VESICAL: INTRODUÇÃO DA SONDA
SONDAGEM VESICAL: INTRODUÇÃO COMPLETA DA SONDA
SONDAGEM VESICAL: ENCHIMENTO DE BALÃO
SONDAGEM VESICAL: TRAÇÃO DA SONDA ATÉ ANCORAGEM DO BALÃO
SONDAGEM VESICAL: FIXAÇÃO NO ABDOMEN PARA RETIFICAÇÃO DA URETRA
CISTOSTOMIA PERCUTÂNEA
Contato: Rodrigotrigueiro@hotmail.com