MEDICINA NUCLEAR Engenharia Elétrica - EESC - São Carlos Universidade de São Paulo - USP MEDICINA NUCLEAR
Sumário Breve Histórico; Conceitos Importantes: Radioatividade; Radiação Gama; Interação da Radiação com a Matéria; Meia – Vida. Definição Medicina Nuclear; Características Básicas; Importância; Exame em Geral; Indicações; Contra Indicações; Diferenças Básicas em Relação as Demais Técnicas de Diagnóstico por Imagem.
Sumário Radiofármacos: Definição; Administração; Processos gerais; Características; Classificação; Radionuclídeos; Gerador de Tecnécio; Ciclotron; Calibrador de Dose; Rejeitos Radioativos. Normas e Leis; Referências Bibliográficas.
Histórico
Histórico 1896 Antonie-Henri Becquerel “Pai da radioatividade”. Observou a existência de “raios” emitidos pelo urânio capazes de impregnar um filme fotográfico; “Pai da radioatividade”. 1859 - 1906
Histórico 1898 Marie e Pierre Curie Rádio; Polônio Descoberta de novos elementos químicos: Rádio; Polônio
Histórico 1926 Hermann Blumgart Pioneiro no uso de radiotraçador no homem; Bismuto 214: avaliou a velocidade do fluxo sanguíneo de um braço a outro; “Pai do uso diagnóstico dos radiotraçadores”.
Histórico Ernest Lawrence 1929: Cíclotron 1901 - 1958 Físico americano; 1929: Cíclotron 1939: Prêmio Nobel de física pela invenção do Cíclotron.
Histórico Emílio Segre Físico italiano; 1936/37: descobriu o Tc-99m; 1905 - 1989
Histórico Sam Seidlin “Pai da radioterapia” 1949: Demonstrou a erradicação de metástase de CDT pelo Iodo-131; “Pai da radioterapia”
Histórico Benedict Cassen 1949: 1º protótipo de scanner linear; “Pai da Imagem na Medicina Nuclear”
Histórico Hal Anger 1957: câmara de cintilação; 1905 - 1989 1957: câmara de cintilação; Estudos dinâmicos e de corpo inteiro; “Pai da imagem dinâmica”. ponto de partida PET/SPECT
Histórico 1962 Radiofármacia especialidade farmacêutica substâncias utilizadas em Medicina Nuclear; Gerador de tecnécio.
Conceitos Importantes
Radioatividade
Radioatividade
Radioatividade - Definição É a capacidade que certos átomos possuem de emitir radiações e partículas de seus núcleos instáveis com o objetivo de adquirir estabilidade. A emissão de partículas faz com que o átomo radioativo de determinado elemento químico se transforme num átomo de outro elemento químico diferente.
Radioatividade
Radioatividade – Áreas de Aplicação
Radioatividade – Áreas de Aplicação Medicina Nuclear: Diagnóstico/Terapia substâncias radioativas: oral; endovenosa; inalação Mapeamento de órgãos/ tecidos. Tratamento de enfermidades.
Radiação Gama Emissão Gama: Alfa, beta excesso de energia; Emissão onda eletromagnética; Maior poder de penetração.
Interação da radiação com a matéria Efeito Fotoelétrico Efeito Compton Produção de Pares
Meia Vida
Definição Medicina Nuclear
Definição “Especialidade médica relacionada à Radiologia que se ocupa das técnicas de imagem, diagnóstico e terapêutica, utilizando nuclídeos radioativos”. Medicina Nuclear Fisiologia Radiologia Anatomia
Características Básicas
Características Básicas Anatomia e Fisiologia dos órgãos e tecidos; Diagnóstico e terapêutico; Paliativo;
Características Básicas Seguro e Eficiente; Não invasivo; Indolor;
Características Básicas Substâncias radioativas; Baixo índice efeitos colaterais.
Importância
Importância Passado: doenças manifestações físicas Atual: evoluções constantes Detecção precoce & Cura Processos fisiológicos; Radiação menor;
Importância Paciente conforto Redução no tempo de exame; Definição do planejamento; Acompanhamento etapas do tratamento; Maior precisão (órgão / estágio) maior segurança ao paciente.
Exame
Exame - Geral
Indicações
Indicações Câncer; Tratamentos cirúrgicos; Nódulos tireoidianos;
Indicações Áreas cardíacas; Pulmonar; Neurologia e Psiquiatria.
Indicações Estudos mamários.
Contra-indicações
Contra-indicações Gestantes Lactantes
Medicina Nuclear & Demais Técnicas
Diferenças Medicina Nuclear: Demais técnicas de imagem: Imagem funcional; Detecção precoce doenças malignas; Substâncias radioativas; Raios Gama. Demais técnicas de imagem: Imagem morfológica / anatômica; Detecção tardia doenças malignas; Contrastes menos específicos; Raios X.
Radiofármacos
Radiofármacos - Definição +
Radiofármacos - Administração Os radiofármacos podem ser administrados por: Via intra-venosa; Via oral; Inalação.
Radiofármacos - Processos - Geral
Radiofármacos - Processos - Geral Excreção: Decaimento físico; Eliminação biológica. Meia vida efetiva
Radiofármacos - Processos - Geral Meia vida efetiva: Curta: Minimizar a exposição do paciente à radiação. Longa: Permita adquirir e processar as imagens.
Radiofármacos - Características Os radiofármacos devem: ter localização rápida no órgão-alvo; metabolização e excreção eficiente: aumentar o contraste da imagem; reduzir a dose de radiação absorvida pelo paciente. fácil produção; fácil acesso aos centro de Medicina Nuclear: distância geográfica limitação: meia vida curta.
Radiofármacos - Desenvolvimento Escolha do radionuclídeo para desenvolvimento do radiofármaco diagnóstico ou terapia: Características físicas, como: Tipo de emissão nuclear; Tempo de meia vida; Energia das partículas e/ou radiação eletromagnética emitida.
Radiofármacos - Classificação
Classificação - Diagnóstico são considerados traçadores radioativos. Finalidade: Visualização da anatomia de um órgão ou sistema; Avaliação do comportamento fisiológico dos tecidos e órgãos.
Classificação - Diagnóstico Imagem diagnóstica: isótopo radioativo emite raios gama; Raios gama detectados por um dispositivo de imagem denominado: câmara gama. CINTILOGRAFIA
Classificação - Diagnóstico Energia: Raios gama 80 – 300 keV: Inferior a 80 absorção dos raios gama pelos tecidos e não são detectados exteriormente; Superior a 300 baixa eficiência dos detectores; Imagens de qualidade inferior.
Classificação - Diagnóstico Se subdividem em: Perfusão (1ªGeração): maioria de uso diagnóstico. Transportados pelo sangue e atingem o órgão alvo na proporção do fluxo sanguíneo. Específico (2ªGeração): São direcionados por moléculas biologicamente ativas (ex: anticorpos), que se ligam a receptores celulares ou são transportados para o interior de determinadas células.
Classificação - Diagnóstico Específico (2ªGeração): São classificados de acordo com o receptor / alvo especifico. Objetivo: Alterações na concentração de tecidos biológicos especificamente: tecidos tumorais
Classificação - Terapia são administrados ao paciente irradiar tecido interno. Valor Terapêutico: Efeito da radiação sobre o tecido; Seletividade da localização da fonte radioativa.
Classificação - Terapia Utiliza isótopos que emitem partículas:alfa e beta: altamente seletiva atingem tecidos/células; destruição celular (tumoral) efeitos da radiação sobre o tecido ou órgão-alvo.
Classificação - Terapia Tipo de partícula a utilizar depende: Tamanho do tumor; Distribuição intra-tumoral; Características do radiofármacos.
Radionuclídeos Preparação de Radiofármacos IODO: tireóide 123I : ideal para diagnóstico T1/2 13,3 hs = 159 KeV 131I : ideal para terapia T1/2 8,06 hs = 192 KeV
Radionuclídeos Preparação de Radiofármacos GÁLIO: infecção e oncologia 67Ga : ideal para diagnóstico T1/2 72 - 78 hs = 184 KeV
Radionuclídeos Preparação de Radiofármacos TÁLIO: área cardíaca 201Tl : T1/2 3 dias = 80 KeV
Gerador de Tecnécio – 99m GERADOR: sistema de obtenção de uma radionuclídeo de meia vida curta, produzido por um radionuclídeo de meia vida longa. Gerador de tecnécio: 99Mo (t1/2 = 66 hs) 99mTc (t1/2 = 6 hs)
Ciclotron Objetivo: Produção de radioisótopos sintetizar radiofármacos. Exemplos: carbono-11; oxigênio-15; flúor-18
Ciclotron: acelerador de partículas Canhão circular produção de prótons câmara (campo magnético) aceleradores (órbita circular) ganham energia Colisão (alvo) átomos do alvo bombardeamento transformados isótopos instáveis radioativos.
Calibrador de dose - Curiômetro Função: medir a atividade dos radiofármacos – antes da administração ao paciente. Garantia: dose correta
Contador Geiger Radiação contador ioniza gás elétrons multiplicação de elétrons amplificação sinal indicação: visual ou sonora.
Rejeitos Radioativos “....são todos aquele materiais gerados nos diversos usos dos materiais radioativos, que não podem ser reaproveitados e que contêm substâncias radioativas em quantidades tais que não podem ser tratados como lixo comum.”
Classificação de Rejeitos Radioativos Sólidos; Líquidos; Biológicos.
Gerência de Rejeitos Radioativos Conjunto de atividades administrativas e técnicas envolvidas na coleta, segregação, manuseio, tratamento, acondicionamento, transporte, armazenamento, controle e deposição de rejeitos radioativos.
Etapas do Gerência de Rejeitos Radioativos
Medicina Nuclear – Leis e Normas Radiofármacos; Gerador de Tecnécio; Calibrador de Dose; Câmara – Gama; Qualidade da Imagem; Dose de Radiação. www.cnen.gov.br
Referências Bibliográficas CHERRY, S. R.; SORENSON, J. A.; PHELPS, M. E.; Physics in Nuclear Medicine. Ed. Saunders, 2003. ROCHA, A. F. G. “Medicina Nuclear”. Editora: Guanabara Koogan, 1976 SOARES, F. A. P.; LOPES, H. B. M.; Radiodiagnóstico – Fundamentos Físicos. Ed. Insular, 2003. CARDOSO, E. de Moura, Apostila educativa - Radioatividade, CNEN. OLIVEIRA, R.; SANTOS, D.; FERREIRA, D.; COELHO, P.; VEIGA, F.; Preparações radiofarmacêuticas e suas aplicações. Revista Brasileira de Ciências farmacêuticas. Vol. 42, n. 2, 2006. www.cnen.gov.br http://www.ipen.br