TEORIA DO CONCEITO A Teoria do Conceito possibilitou bases mais sólidas para o entendimento do que consideramos conceito para fins de representação/recuperação.

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Transcrição da apresentação:

TEORIA DO CONCEITO A Teoria do Conceito possibilitou bases mais sólidas para o entendimento do que consideramos conceito para fins de representação/recuperação da informação.

Dahlberg, nas décadas de 70 e 80 fez importantes considerações a respeito da Teoria do Conceito, evidenciando a ligação entre teoria do conceito e teoria da classificação, e posteriormente com as linguagens documentárias para a elaboração de tesauros, isto porque fornecem bases seguras tanto para o estabelecimento de relações, e sobretudo para o plano verbal.

ORIGEM DO TERMO TESAURO Etimologicamente vem do grego e latim e “significa tesouro”. A palavra popularizou-se a partir da publicação do “thesaurus of english words and phases” de Pete Mark Roget, em Londres no ano de 1852. O seu objetivo estava expresso em seu subtítulo: “palavras classificadas e arranjadas para facilitar a expressão das idéias e para ajudar na composição literária”.

Ao contrário dos dicionários tradicionais, o thesauros de Roget não trazia o significado das palavras, mas partia de um significado ou idéia para chegar às palavras que melhor representassem seguindo a “trilha da árvore”, ou seja, a partir da estrutura dos conceitos relacionados entre si, através de vários significados. O thesaurus de Roget era dividido em duas partes: a primeira classificatória e a segunda em índice alfabético, especificava divisões e subdivisões das categorias.

Nos anos 50, Hans Peter Luhn foi o primeiro a utilizar o termo thesaurus para nomear um sistema de palavras, e percebeu que uma listagem alfabética não solucionava o problema de localizar a palavra/ idéia mais adequada; alguma relação devia ser estabelecida. Assim, o tesauro revolucionou as linguagens documentárias, sendo auxílio dos sistemas que utilizavam um único termo.

Vickery, na década de 60, demonstrou algumas definições diferentes usadas na Ciência da Informação para designar Tesauro: Lista alfabética de palavras relacionadas; Vocabulário de termos relacionados semântica e genericamente cobrindo área específica do conhecimento; Controle terminológico para traduzir a linguagem natural dos documentos, usuários e indexadores para a linguagem do sistema, mais restrita.

EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO TESAURO DE RECUPERAÇÃO Padronizar a linguagem de indexação sempre foi propósito de profissionais da informação, que buscaram diversas alternativas para fazê-lo. A evolução do Tesauro pode ser traçada a partir de duas vertentes: a que toma como base o sistema Unitermo e que é influenciada pela Teoria da Classificação Facetada.

OS TESAUROS NA AMÉRICA DO NORTE A partir da Segunda Guerra Mundial, o enorme avanço científico, tecnológico e literário passou a exigir representações que cabeçalhos de assunto não conseguiam acompanhar. Isto porque o sistema Unitermo representava o assunto por palavras únicas extraídas do texto na hora da indexação sem nenhum controle. Durante a década de 60, os tesauros foram aperfeiçoados, com destaque para a defesa americana, como o Centro de Informação do Ministério da Defesa dos EUA e do Engenieers Joint Council, que estabeleceram acordo para reunir ambos os tesauros, cujo manual foi usado como fonte para elaboração e diretrizes da Unesco para normas nacionais e internacionais.

OS TESAUROS NA EUROPA A vertente européia se fixou principalmente na Indexação Alfabética de Assuntos, como no caso de Coates e no PRECIS (Preserved Context Indexing System), desenvolvido por Austin; ambos influenciados pela Teoria da Classificação de Ranganathan, baseadas em categorias.

Outra divisão desta vertente é o Thesaurofacet, que usa a Teoria de Ranganathan a organização de conceitos em uma dada área do conhecimento. Na Europa formaram-se grupos de pesquisa para o aprimoramento das Linguagens Documentárias, como o Classification Research Group (RCG), que se concentrou em três áreas: 1. Desenvolvimento de esquemas especializados de classificação; 2. Pesquisa de Sistemas Notacionais para Tabelas de Classificação; 3. Análise de relações entre conceitos.

O Thesaurofacet é fruto da GRC em trabalho desenvolvido para a Otan, que contratou o grupo para viabilizar uma nova Tabela Geral de Classificação. Ele apresentava duas seções: A tabela de Classificação Facetada; 2. Tesauro Alfabético. Sendo as duas partes complementares entre si. Aitchinson repete esse modelo no Unesco Thesaurus.

TENDÊNCIAS: TESAUROS COM BASE EM CONCEITOS Há divergências nas abordagens dos tesauros produzidos pela vertente americana e européia. A primeira considerava a organização alfabética, enquanto a segunsa privilegiava a classificação de termos. Em 1978, Dahlberg em sua Teoria Analítica do Conceito voltada para o Referente, junto com o uso de categorias, formou a Teoria do Conceito ligada à Teoria da Classificação.

A teoria do Conceito possibilitou um método para a fixação do conteúdo e para seu posicionamento em um sistema de conceitos, ou seja, é estabelecido uma equivalência entre o termo e as características do conceito, a fim de delimitar o uso do termo e as características do conceito, a fim de delimitar o uso do termo em um discurso, definindo-o dentro de um sistema.

MODELO PARA A CONSTRUÇÃO DO CONCEITO O conceito, segundo Dahlberg, é uma “unidade de conhecimento” e é formado por três elementos: referente, características e forma de apresentação.

O processo de determinação do conceito se dá a partir da seleção de um item de referência, em seguida atribuem-se predicados segundo características relevantes para chegar-se a uma forma aprimorada. CATEGORIZAÇÃO E RELAÇÕES CONCEITUAIS O uso de categorias foi introduzido por Ranganathan, e possuem a propriedade de possibilitar a sistematização do conhecimento. “Estruturam de fato os elementos do conhecimento e unidades do conhecimento. Fornecem o esqueleto, os ossos e tendões para estruturar todo nosso conhecimento”.