Inclusão Produtiva das Populações em Situação de Pobreza Extrema Apresentação em Sessão Temática na Conferência Regional Nordeste sobre Determinantes Sociais.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
BASES DE SERVIÇO DE COMERCIALIZAÇÃO – BSC’s caminhos e estratégias para constituição dos SISTEMAS ESTADUAIS DE COMERCIALIZAÇÃO – SECAFES.
Advertisements

SEMINÁRIO: POLÍTICAS PÚBLICAS DE ECONOMIA SOLIDÁRIA
SECRETARIA DE RELAÇÕES DO TRABALHO
SECRETARIA NACIONAL DE ECONOMIA SOLIDÁRIA AGENDA TERRITORIAL – EJA
Conceito O Fome Zero é uma estratégia impulsionada pelo Governo Federal para assegurar o direito humano à alimentação adequada, priorizando as pessoas.
“A Previdência Social e a População Negra”
MPS – Ministério da Previdência Social SPS – Secretaria de Políticas de Previdência Social Evolução da Proteção Social e Impactos sobre a Pobreza – 1992.
Ministério da Previdência Social Evolução da Proteção Social e Impactos sobre a Pobreza Evolução da Proteção Social e Impactos sobre a Pobreza 1992 a 2008.
1 Evolução da Proteção Social e Impactos sobre a Pobreza – 1992 a 2009 BRASÍLIA, SETEMBRO DE 2010.
Seminário SANTA CATARINA ECONOMIA E MEIO AMBIENTE Macro diretriz: Aumentar, de forma sustentável, a competitividade sistêmica do estado Áreas de.
UMA ECONOMIA EMANCIPATÓRIA NA PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
CONTRIBUIÇÃO EMANCIPATÓRIA PARA A SUPERAÇÃO DA POBREZA EXTREMA
A intersetorialidade no contexto do SUAS e do Brasil sem Miséria
Programa Bolsa Família
Perfil das Famílias Beneficiárias do Programa Bolsa Família
SECRETARIA NACIONAL DE ECONOMIA SOLIDÁRIA
Apresentação do Projeto
Análise dos Resultados Preliminares do Universo e da Amostra
Ação Social do Governo do Estado de São Paulo
1.
Diálogos com Movimentos Sociais
SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO RURAL, PESCA E COOPERATIVISMO
1 Evolução da Proteção Social e Impactos sobre a Pobreza – 1992 a 2011 BRASÍLIA, OUTUBRO DE 2012.
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
2012 A ERRADICAÇÃO DA POBREZA NOS MUN ICÍPIOS CEARENSES
Quem é o jovem brasileiro?
INCLUSÃO PRODUTIVA URBANA
Conceito e medidas da pobreza
PLENÁRIA FINAL.
QUEM SOMOS Agência de Desenvolvimento da ONU, criada
O CONTEXTO DAS FAMILIAS EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE SOCIAL
I CONFERÊNCIA ESTADUAL DE EMPREGO E TRABALHO DECENTE
ESTADO DE SANTA CATARINA SECRETARIA DE ESTADO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL, TRABALHO E RENDA - SST DIRETORIA DE JUVENTUDE, TRABALHO, EMPREGO E RENDA – DJER.
A Secretaria Estadual do Trabalho, foi criada pela lei em 11 de novembro de 2003, com o objetivo de implantar Políticas Públicas de qualificação.
AGRICULTURA FAMILIAR IICA-BR Março/2006.
Plano Pela Superação da Extrema Pobreza DF Sem Miséria
08/02/2013 FAMURS.
Discussão sobre o dicionário do Censo IBGE 2010 Projeto: MÉTRICAS TERRITORIAIS DE PROTEÇÃO SOCIAL: A CAPACIDADE PROTETIVA DE FAMÍLIAS RESIDENTES EM METROPÓLES.
Silval da Cunha Barbosa Governador de Mato Grosso “Fazer a inclusão social da população em condição de vulnerabilidade econômica, dando mais oportunidades,
O Perfil Socioeconômico das Famílias Atendidas pelo Bolsa Família
CONTRIBUIÇÃO PARA SUPERAÇÃO DA POBREZA EXTREMA
PRONATEC: PERSPECTIVAS E DESAFIOS
AULA 2 Evolução da Proteção Social. AULA 2 Evolução da Proteção Social.
“Contra a fome e a violência sexista”
Evolução da Proteção Social e Impactos sobre a Pobreza – 1992 a 2013
Integração de Políticas Públicas e seus desafios
“OS JOVENS E A PREVIDÊNCIA SOCIAL” BRASÍLIA, ABRIL DE 2005 MPS - Ministério da Previdência Social SPS - Secretaria de Previdência Social Programa de Educação.
MPS – Ministério da Previdência Social SPS – Secretaria de Previdência Social DRGPS – Departamento do Regime Geral de Previdência Social A PREVIDÊNCIA.
Reduzindo Fome, Pobreza e Desigualdade
Produtividade, Formação Profissional e Crescimento Inclusivo
EXPANSÃO E CONSOLIDAÇÃO DO ENSINO MÉDIO.
TransFormação: Habilidades para Produtividade
ÁREA SOCIAL Grupo 2 Objetivos 1 e 2. PROJETOS 1 - MELHORAR A QUALIDADE DA EDUCAÇÃO BÁSICA: 1.1 Fortalecer projetos que visem atender as necessidades integrais.
29 janeiro de 2013.
MARCELA ARAUJO NOVEMBRO,2012
30 de junho de PLANO BRASIL SEM MISÉRIA  Instituído pelo Decreto nº 7.492, de 02/06/2011  Destaques: art. 1º - Fica instituído o Plano Brasil.
POLÍTICA SOCIAL IV UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PELOTAS TRABALHO E RENDA Aluno: Cléber Tadeu Moraes Castro Profª: Cristine Jaques Ribeiro POLÍTICAS PÚBLICAS.
AGRICULTURA FAMILIAR NO BRASIL
Juventude, Trabalho e Renda. Funil da Educação Média Dos 10,6 milhões de jovens 15 a 17 anos 8,2 milhões estão na escola 4 milhões no Ensino Médio 1,8.
Gestão de Políticas de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável
Universidade de Brasília. CDT Criação do CDT Ato da Reitoria nº 011/86 de 24 de Fevereiro de 1986, assinado pelo Reitor Cristovam Buarque. Regimento Interno.
SISTEMA NACIONAL DE EMPREGO / BRASIL SEM MISÉRIA
Desenvolvimento Agrário e Industrial: Oportunidades para o Brasil
PLANO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA UNIDADE FAMILIAR
Meta 1: universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação.
Indicadores Socioeconômicos Professora Edir Antunes Carvalho.
SISTEMA CONTAG DE ORGANIZAÇÃO DA PRODUÇÃO – SEC. DE POLÍTICA AGRÍCOLA - CONTAG –- 1 SISCOP SISCOP.
Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social 3ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação 16 a 18 de novembro de 2005 Brasília.
Planejamento Estratégico PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Secretaria de Relações Institucionais Subchefia de Assuntos Federativos PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA.
Brasília 24 de agosto de Fonte: IBGE, Censo Demográfico. Elaboração: SESEP/MDS. % da População em Pobreza Extrema: Brasil
Transcrição da apresentação:

Inclusão Produtiva das Populações em Situação de Pobreza Extrema Apresentação em Sessão Temática na Conferência Regional Nordeste sobre Determinantes Sociais da Saúde. (Recife/PE – 2 a 4 de setembro de 2013). Valter de Carvalho

Público Beneficiário das Ações de Inclusão Produtiva no “Brasil Sem Miséria” 1. Residentes e trabalhando em áreas urbanas. (em geral desempregados ou sub-empregados e sendo constituídos, na maioria, por pessoas com escolarização muito baixa e com formação profissional inadequada). Cidades de pequeno porte, distritos e vilas. Cidades de porte médio Grandes cidades, capitais e regiões metropolitanas (a maioria).

Público Beneficiário das Ações de Inclusão Produtiva no “Brasil Sem Miséria” - Continuação - 2. Trabalhando no campo (agricultores familiares e/ou trabalhadores em atividades não-agrícolas, residindo tanto no campo quanto em pequenos núcleos urbanos ou periferias de cidades de maior porte.) Agricultores familiares com acesso à terra, na maioria dos casos em estabelecimentos de porte muito pequeno (30%). Pessoas que vivem nos estabelecimentos familiares e que trabalham sem remuneração (membros da família e “agregados”) (30%). Empregados temporários em atividades agropecuárias e/ou extrativismo (bóias frias) (30%). Trabalhadores que se dedicam a atividades não -agrícolas, no meio rural (campo) (10%).

Brasil e Regiões População em Situação de Pobreza e Pobreza Extrema RegiãoPopulação Total Pessoas com renda até 70% mensais (1) Pessoas com renda mensal de até ¼ do salário mínimo (2) Nº% % Norte , ,3 Nordeste , ,3 Sudeste , ,6 Centro Oeste , ,9 Sul , ,2 Brasil , ,9

Brasil e Regiões População em Situação de Pobreza Extrema, nas Zonas Urbanas e Rurais Região Total de PessoasUrbana Rural Nº% % % Norte , , ,8 Nordeste , , ,4 Sudeste , , ,6 Centro Oeste , , ,4 Sul , , ,8 Brasil , , ,0

Brasil e Regiões Pessoas com 15 anos e mais que não sabem ler e escrever Região Total da População com 15 anos e mais Que não sabem ler e escrever População% em relação ao total % em relação ao país Norte ,18,7 Nordeste ,053,5 Sudeste ,424,5 Centro Oeste ,45,5 Sul ,07,8 Brasil ,5100,0

Brasil e Regiões Domicílios particulares com saneamento inadequado Região Domicílios totais Domicílios com saneamento inadequado Domicílios% em relação ao total % em relação ao país Norte ,616,8 Nordeste ,948,2 Sudeste ,217,8 Centro Oeste ,97,3 Sul ,19,9 Brasil ,1100,0

EXTREMA POBREZA = 16,2 MILHÕES DE PESSOAS 59% estão concentrados na região Nordeste = 9,6 milhões de pessoas Do total de brasileiros residentes no campo, um em cada quatro se encontra em extrema pobreza (25,5%) 40% tem até 14 anos de idade = cerca de quatro em cada dez indivíduos em extrema pobreza no Brasil. 53% dos domicílios não estão ligados à rede geral de esgoto pluvial ou fossa séptica 48% dos domicílios rurais em extrema pobreza não estão ligados à rede geral de distribuição de água e não têm poço ou nascente na propriedade. 26% são analfabetos (15 anos ou mais) * Segundo o Censo Demográfico 2010 (IBGE) – Domicílios Particulares Permanentes Ocupados PERFIL DOS EXTREMAMENTE POBRES

Eixos de Atuação do BSM MAPA DA POBREZA 16,2 milhões Aumento das capacidades e oportunistas Eixo Garantia de Renda Eixo Acesso Serviços Públicos Eixo Inclusão Produtiva - ELEVAÇÃO DA RENDA PERCAPITA - AUMENTO DAS CONDIÇÕES DE BEM- ESTAR

Eixo Inclusão Produtiva INCLUSÃO PRODUTIVA Urbano Rural Geração de ocupação e renda Aumento da produção Qualificação profissional Intermediação/oportunidades Economia solidária Microcrédito Microempreendendor individual - MEI Assistência técnica e acompanhamento das famílias Acesso aos mercados Autoconsumo

Questões de Maior Relevância 1. No campo Cerca de 70% do publico continua excluído das iniciativas geradoras de renda. Empregados temporários Trabalhadores sem remuneração (nos estabelecimentos agropecuários) Trabalhadores em atividades não agrícolas, no campo.

2. Nas áreas urbanas Somente a formação profissional e a intermediação não garantem empregabilidade, caso não haja geração de novas oportunidades de emprego para atender às demandas sociais. Ações de incentivo a pequenos negócios (formais ou informais) são insuficientes e apresentam deficiências de natureza variada (credito assessoramento técnico e gerencial, formação para o empreendedorismo, etc.). O mercado, tanto de trabalho quanto para a aquisição de bens e serviços, é muito limitado nas áreas urbanas de pequeno porte (com até habitantes). Questões de Maior Relevância - Continuação -

Proposições para a ampliação/aperfeiçoamento das atividades de inclusão produtiva 1. No campo Ampliação das ações de acesso à terra, com prioridade para filhos de agricultores familiares, agregados e empregados temporários (bóias frias). Fomento a novos sistemas produtivos, com ênfase naqueles que permitam gerar renda satisfatória em pequenas quantidades de terra. Conceder e implementar ações de fomento a pequenos negócios não agrícolas no campo e nos núcleos urbanos de pequeno porte.

2. No interior (cidades de pequeno porte). Apoio integral e sistemático a pequenos negócios, com ênfase naqueles que adotam os princípios e práticas da economia solidária. Apoio diferenciado a implantação e fortalecimento de Arranjos Produtivos com base em potencialidades locais e que demonstrem efetiva capacidade de internalizar e multiplicar benefícios. Adequação das ações de qualificação profissional as características socioculturais dos trabalhadores locais e ao perfil das demandas dos postos de trabalho gerados. Proposições para a ampliação/aperfeiçoamento das atividades de inclusão produtiva - continuação -

3. Nos grandes centros urbanos Melhor compatibilização entre a qualificação profissional e as reais ofertas de oportunidades de emprego (atuais e potenciais). Ampliar e fortalecer as ações de apoio a microempreendimentos: capacitação dos empreendedores, assessoramento técnico e gerencial, facilidades de acesso aos mercados (governamentais e privados) e ao crédito, etc. Estímulos especiais aos EES - Empreendimentos Econômicos Solidários e fomento a sua organização na forma de Redes de Cooperação. Proposições para a ampliação/aperfeiçoamento das atividades de inclusão produtiva - continuação -

Preocupação com o Futuro Sem o apoio adequado, as atuais 14 milhões de pessoas com renda mensal entre 70 reais e ¼ do salário mínimo, podem ampliar o universo daqueles que estão na situação de “Pobreza Extrema ”.