Influenza A H1N1 PROF. DR. RENZO FREIRE DE ALMEIDA PROF. DA FF/UFG

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Transcrição da apresentação:

Influenza A H1N1 PROF. DR. RENZO FREIRE DE ALMEIDA PROF. DA FF/UFG DOUTOR EM CIÊNCIA ANIMAL (HEMATOLOGIA) CONSELHEIRO DO CRF-GO COORDENADOR DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM HEMATOLOGIA (UFG)

Medo da gripe causa corrida a hospitais Prontos-socorros de Goiânia, sobretudo de pediatria, vivem aumento de demanda pelo medo da gripe suína. Em pânico com o avanço do vírus H1N1, pais procuram as emergências ao menor sintoma de doença e, às vezes, levam filhos saudáveis.

HISTÓRICO DA INFLUENZA É uma infecção viral aguda do sistema respiratório, causada pelo vírus influenza, de distribuição global e elevada transmissibilidade. Pneumonia é a principal complicação

HISTÓRICO DA INFLUENZA As primeiras suspeitas de infecção pelo vírus Influenza ocorreram por volta do século V a.C. por Hipócrates, conhecido como pai da medicina, que relatou casos de uma doença respiratória que em algumas semanas matou muitas pessoas e depois desapareceu.

HISTÓRICO DA INFLUENZA 1889 Epidemia de gripe 300 mil pessoas morreram, principalmente idosos, em decorrência de complicações (pneumonia bacteriana) 1918 Gripe Espanhola acometeu cerca de 50% da população mundial e vitimou mais de 40 milhões de pessoas No Brasil, cerca de 65% da população foi infectada e por volta de 35.240 pessoas morreram.

HISTÓRICO DA INFLUENZA 1957 Gripe asiática Espalhou pelo mundo em seis meses Matou cerca de um milhão de pessoas 1968 A gripe de Hong Kong 2003 Gripe aviária na Ásia levou as autoridades a ordenarem o sacrifício de dezenas de milhões de aves de criação Atingiu 121 pessoas e matou 62 naquele continente.

INFLUENZA A (H1N1) É uma doença respiratória aguda (gripe), causada pelo vírus A (H1N1). Este novo subtipo do vírus da influenza é transmitido de pessoa a pessoa principalmente por meio da tosse ou espirro e de contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas. H=proteína hemaglutinina (16) N=proteína neuramidase (9)

INFLUENZA A (H1N1) RNA de hélice única Família dos Ortomixovírus Subdividem-se em três tipos A, B e C, de acordo com sua diversidade antigênica. Os tipos A e B causam maior morbidade (doença) e mortalidade (mortes) que o tipo C. Geralmente as epidemias e pandemias (epidemia em vários países) estão associadas ao vírus influenza A.

INFLUENZA A (H1N1) Transmissão Alta transmissibilidade Maior gravidade entre Idosos, crianças, imunodeprimidos, cardiopatas e pneumopatas Período de Incubação 1 a 4 dias. Período de Transmissibilidade Até dois dias antes e até cinco dias após o aparecimento dos sintomas.

INFLUENZA A (H1N1) Apresenta-se como zoonose entre aves, suínos, focas e eqüinos que, desse modo, também constituem-se em reservatórios dos vírus.

INFLUENZA A (H1N1)- Evolução Clínica Clinicamente, a doença inicia-se com a instalação abrupta de febre alta, em geral acima de 38oC, seguida de: mialgia dor de garganta prostração dor de cabeça tosse seca

INFLUENZA A (H1N1)- Evolução Clínica A febre É o sintoma mais importante Dura em torno de três dias. Com a sua progressão, os sintomas respiratórios tornam-se mais evidentes e mantém-se em geral por três a quatro dias após o desaparecimento da febre.

Distribuição de casos confirmados de SRAG segundo classificação etiológica e sinais e sintomas. Brasil, 2009.

PROTOCOLO DE MANEJO CLÍNICO E VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA INFLUENZA OBJETIVOS Detectar casos de doença respiratória aguda grave de maneira oportuna; Reduzir a ocorrência de formas graves e de óbitos; Monitorar as complicações da doença

PROTOCOLO DE MANEJO CLÍNICO E VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA INFLUENZA DEFINIÇÃO DE CASO DE SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE (SRAG) Indivíduo de qualquer idade com doença respiratória aguda caracterizada por febre superior a 38ºC, tosse e dispnéia, acompanhada ou não de manifestações gastrointestinais ou dos sinais e sintomas abaixo: Aumento da freqüência respiratória (> 25 IRPM - Incursões Respiratórias por Minuto) Hipotensão em relação à pressão arterial habitual do paciente Em crianças além dos itens acima, observar também batimentos de asa de nariz, cianose, tiragem intercostal, desidratação e inapetência. O quadro clínico pode ou não ser acompanhado de alterações laboratoriais e radiológicas

PROTOCOLO DE MANEJO CLÍNICO E VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA INFLUENZA Importante: Para menores de 18 anos de idade é contra-indicado o uso de salicilatos em casos suspeitos ou confirmados de infecção por vírus influenza, por causa do risco de desenvolvimento da Síndrome de Reye (inflamação do cérebro e um rápido acúmulo de gordura no fígado)

PROTOCOLO DE MANEJO CLÍNICO E VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA INFLUENZA Grupo de risco Imunodepressão Transplantados, pacientes com câncer, em tratamento para Aides ou em uso de medicação imunossupressora; Condições crônicas Hemoglobinopatias, cardiopatias, pneumopatias, doenças renais crônicas, doenças metabólicas (diabetes mellitus e obesidade móbida (Índice de Massa Corporal > 40)) Idade inferior a 02 ou superior a 60 anos de idade; Gestação independente da idade gestacional.

Distribuição de óbitos de SRAG pela nova Influenza A (H1N1), segundo presença de fatores de risco. Brasil, 2009. 

Distribuição de casos de SRAG e Influenza A (H1N1) por unidade federada. Brasil, 2009

No Brasil, entre 25 de abril e 1º de agosto Pessoas com sintomas de algum tipo de gripe 17.277 Confirmados como influenza A (H1N1). 2.959 (17,1%) Sintomas leves 71,5% SRAG 844(28,5%) 96 morreram A taxa de pessoas que vão a óbito em relação ao número de casos graves, portanto, é de 11,4%. A taxa de mortalidade dos casos confirmados de SRAG pelo novo vírus, no Brasil, é de 0,05/100.000 habitantes.

Número de casos notificados de Influenza A (H1N1) em Goiás, segundo local de residência e critério de classificação por município - 19/08/2009

Distribuição de óbitos por influenza A(H1N1) por Unidade Federada. 2009.

PROTOCOLO DE MANEJO CLÍNICO E VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA INFLUENZA ASPECTOS LABORATORIAIS Os agentes infecciosos prioritários para investigação etiológica são vírus influenza agentes etiológicos responsáveis por quadros de pneumonia bacteriana. As amostras de secreções respiratórias devem ser coletadas preferencialmente entre o 3º (terceiro) e 7º (sétimo) dia, após o início dos sintomas. A técnica de diagnóstico preconizada pela OMS para confirmação laboratorial do novo vírus Influenza A(H1N1) é o RT-PCR.

PROTOCOLO DE MANEJO CLÍNICO E VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA INFLUENZA Laboratórios de Referência (LR): Instituto Adolfo Lutz (IAL/SP) em São Paulo; Instituto Evandro Chagas (IEC/PA) no Pará; Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ/RJ) no Rio de Janeiro.

PROTOCOLO DE MANEJO CLÍNICO E VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA INFLUENZA 4.b) Indicação para a coleta de amostras no indivíduo doente Diante de um caso suspeito de doença respiratória aguda grave (apresentando ou não fator de risco para complicações) poderão ser coletadas amostras clinicas de: Secreção nasofaringeana: para detecção de vírus influenza Sangue para hemocultura: para realização de pesquisa de agentes microbianos e avaliação da resistência antimicrobiana. Outras amostras clínicas: serão utilizadas apenas para monitoramento da evolução clínica do paciente e/ou para realização de diagnóstico diferencial, conforme hipóteses elencadas pelo médico do hospital de referência e as evidências geradas pela investigação epidemiológica.

PROTOCOLO DE MANEJO CLÍNICO E VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA INFLUENZA ATENÇÃO O Ministério da Saúde alerta aos profissionais de saúde e aos familiares de indivíduos com doença respiratória aguda grave que as condutas clínicas não dependem do resultado do exame laboratorial específico para influenza A(H1N1).

OSELTAMIVIR- TAMIFLU

PROTOCOLO DE MANEJO CLÍNICO E VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA INFLUENZA 5. INDICAÇÕES PARA O USO DO OSELTAMIVIR 5.a) Para tratamento Segundo orientações do fabricante e da Organização Mundial da Saúde, o tratamento deve se iniciar o mais breve possível dentro das primeiras 48 horas após o início dos sintomas. Este medicamento pode ainda induzir resistência dos vírus influenza, se utilizado de forma indiscriminada. Segundo a orientação do fabricante, o Oseltamivir deve ser usado durante a gravidez somente se o benefício justificar o risco potencial para o feto.

PROTOCOLO DE MANEJO CLÍNICO E VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA INFLUENZA 5.a.1. Indicação para tratamento: Todos os indivíduos que apresentarem Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) O Ministério da Saúde reitera que todos os indivíduos que compõem o grupo de risco ou que apresentem fatores de risco para complicações de influenza requerem - obrigatoriamente - avaliação e monitoramento clínico constante de seu médico assistente, para indicação ou não de tratamento com Oseltamivir; além da adoção de todas as demais medidas terapêuticas. Complementarmente a atenção especial deve ser dada às grávidas, independentemente do período de gestação.

PROTOCOLO DE MANEJO CLÍNICO E VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA INFLUENZA Importante: Se for afastado o diagnóstico de infecção por qualquer vírus influenza, suspender a administração do Oseltamivir; Notificação anvisa@saude.gov.br. Maiores Informações www.anvisa.com.br

PROTOCOLO DE MANEJO CLÍNICO E VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA INFLUENZA 6. Medidas preventivas - Freqüente higienização das mãos. - Utilizar lenço descartável para higiene nasal; - Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir; - Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca; - Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;

PROTOCOLO DE MANEJO CLÍNICO E VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA INFLUENZA Evitar tocar superfícies com luvas ou outro EPI contaminados ou com mãos contaminadas. Não circular dentro do hospital usando os EPI; estes devem ser imediatamente removidos após a saída do quarto, enfermaria ou área de isolamento; Restringir a atuação de profissionais de saúde com doença respiratória aguda na assistência ao paciente.

PARA DEBATE Qual o papel do farmacêutico frente a nova gripe Influenza A H1N1? Quais informações são essenciais para a população?

Salmos 91:1 AQUELE que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará.

OBRIGADO! renzo@farmacia.ufg.br