Filosofia, retórica e democracia

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Transcrição da apresentação:

Filosofia, retórica e democracia Realizado por: Ana Catarina nº1, 11ºC

Surgimento da retórica A retórica surgiu na Grécia da Época Clássica. Com este surgimento, apareceram os sofistas. Estes, ensinavam aos jovens. A retórica era a prática que estava ligada à judiciária e ao Direito, enquanto instrumento usado nos tribunais para prevalecer a causa considerada mais justa. O triunfo e desenvolvimento da retórica só foram possíveis com o triunfo de instituições democráticas nas cidades-estado gregas. A retórica é a arte de bem falar e de bem argumentar.

Retórica e democracia O novo regime político da Grécia pressupunha a igualdade dos cidadãos perante a lei e o direito de participarem na vida pública. Sofistas – são pensadores que ensinavam, a troco de uma remuneração, as mais variadas matérias, de entre quais sobressaía o ensino da arte de falar e persuadir; eram mestres de retórica.

Na Grécia Antiga, a retórica, enquanto arte de falar com eloquência, não dizia respeito apenas ao aspecto ornamental do discurso mas também à procura dos melhores argumentos. Para persuadir os outros era importante saber falar de forma eloquente, porque falar bem ajuda a expor e a fazer ver melhor as razões. Arte de falar com eloquência Capacidade de apresentar bons argumentos dialética – arte de discutir Retórica- arte de presuadir RETÓRICA

Retórica e filosofia Platão Filósofo grego, discípulo de Sócrates, foi um dos mais importantes pensadores de todos os tempos, ao apresentar teorias sobre o conhecimento, a sociedade e a política. Sócrates e Platão não estavam de acordo com a visão lúcida da retórica e das suas potencialidades como Aristóteles. Contra a retórica e os sofistas reagiram os filósofos, muito particularmente Platão, que nela viam não um instrumento de busca da verdade, mas uma técnica que permitia fazer prevalecer uma opinião, independentemente do seu valor de verdade. 428/7 a.C – 347 a.C

Platão entendia que a retórica consistia na mera manipulação da palavra e dos argumentos, sem qualquer preocupação com a verdade. Entendia que a dialética era um processo discursivo de natureza dialógica, na qual os participantes empenhavam –se fundamentalmente na procura da verdade. Assim, Platão reconheceu a retórica enquanto instrumento que se devia colocar ao serviço da verdade. A má retórica distingue-se da boa retórica.

Eleva-se ao plano das ideias e da verdade Boa retórica Má retórica Nível de opinião Eleva-se ao plano das ideias e da verdade Boa retórica Na alegoria da caverna, platão compara os seres humanos a prisioneiros que ignoram a verdade da realidade.

Para Platão, os sofistas baseavam todas as suas acções no conhecimento de opiniões, defendendo concepções cépticas ou relativistas acerca da verdade e dos valores, e entendiam as leis como convenções resultantes de consensos negociados entre os homens. Protágoras de Abdera Defendeu a multiplicidade de pontos de vista verdadeiros. 490 a.C – 420 a.C

Protágoras, citado por Platão em Teeteto “O homem é a medida de todas as coisas, das que são, enquanto são, das que não são, enquanto não são.” Protágoras, citado por Platão em Teeteto A cada um a sua verdade; o que não deixaria de ter consequências alarmantes no domínio ético e também para a vida social. Relativismo Extremo Podemos compreender a atualidade e modernidade do seu ponto de vista. Podemos presumir que a intenção de Protágoras era a de permitir a crítica, afastando as falsas certezas e leis injustas. Platão interpretou esta frase no sentido de um relativismo extremo: a cada um a sua verdade; o que não deixaria de ter consequências alarmantes no domínio ético e também para a vida social. Isto é, Mas esta não é obrigatoriamente a única interpretação: se entendermos a afirmação de Protágoras no sentido de um relativismo moderado, bem poderemos compreender a atualidade e modernidade da sua posição. Podemos presumir que a intenção de Protágoras era a de permitir a crítica, afastando as falsas certezas e as leis injustas. Relativismo Moderado

Aspectos dos Sofistas: Os sofistas apenas ensinavam os jovens de famílias ricas e abastadas. Os sofistas preocupavam-se mais com a eficácia do discurso para atingir finalidades práticas ( nos domínios jurídico e político). Um aspecto positivo é o facto de os sofistas ensinarem os jovens. O ensino transmitido constituía-se como instrumento do saber e do poder, uma vez que habilitava os seus discípulos a participarem de maneira eficaz na vida colectiva da cidade.