Terrorismo e Globalização

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
O MUNDO DO TRABALHO NA ATUALIDADE
Advertisements

QUEM SÃO OS EDUCADORES HOJE?
AS INSTITUIÇÕES TOTAIS
Globalização Capítulo 3 2ª Série EM.
Para abrir as ciências sociais:
Sociologia Matemática e Letras Prof. Dr. Vidal Mota Junior
Dinâmica e Gênese dos Grupos
O Desafio Liberal na Teoria das Relações Internacionais
Quem tem direito ? Video 2:53
UNIJUI- Universidade Regional do Noroeste do Estado
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
EVOLUÇÃO DA ECONOMIA INTERNACIONAL
A GLOBALIZAÇÃO (DR 4) O espaço em que vivemos está cada vez mais “pequeno”. Hoje, temos acesso a todas as informações em directo, do furacão à guerra,
Práticas de Apoio à Gestão
O que é uma instituição social?
Sociedade Humana Trabalho realizado por : Sandra Mendes nº LECN
A GLOBALIZAÇÃO – PRÓS E CONTRA DAVID HELD E ANTHONY McGREW (2001)
A GLOBALIZAÇÃO – PRÓS E CONTRA DAVID HELD E ANTHONY McGREW (2001)
violência. trabalho. cultura. religião. educação política. modernidade
Globalização, Geopolítica e Políticas Públicas
Nova Ordem Mundial Quais são as modificações ocorridas no cenário mundial com a Nova Ordem imposta no final do século XX ? br.geocities.com.
FORMAS E DIMENSÕES DA VIOLÊNCIA 26 E 31/10/2011
Segurança Internacional e Terrorismo
Ciência Geográfica.
DIREITO CONSTITUCIONAL
Sociologia
Hedley Bull: A Sociedade Anárquica
Inteligência Competitiva & Pesquisa de Mercado
Escola Superior de Guerra
Dimensões da Globalização
Medo : o ópio do Povo.
Imperialismo e Neocolonialismo no século XIX
A identidade cultural na pós modernidade
Emile Durkheim e o fato social
A Primeira Guerra Mundial
A Nova Ordem Mundial e os Estados Unidos
FILOSOFIA POLÍTICA Para o filósofo Jean Pierre Vernant a Filosofia é filha da Pólis, pois nasceu nas discussões e debates nas praças onde os cidadãos.
O Individualismo Metodológico
Para uma visão marxista das relações internacionais
Da queda da monarquia à formação da URSS.
 A ordem internacional que se inicia após a II Guerra Mundial  O sistema que se procurou edificar em 1945, na Conferência de S. Francisco, apresentava.
Universidade do Vale do Itajaí Curso de Geografia
Universidade Federal de Goiás Faculdade de Ciências Sociais Políticas Públicas Antropologia II Prof° Dra. Janine Helfst Liccht Collaço Arthur Alves Santiago.
RELAÇÕES INTERNACIONAIS
O QUE É GLOBALIZAÇÃO? Processo econômico e social que estabelece uma integração entre os países e as pessoas do mundo todo. Através deste processo, as.
1 Filosofia Grupo ESCOLA TÉCNICA FEDERAL DE GOIÁS COORDENAÇÃO DE CIÊNCIAS HUMANAS E FILOSOFIA  PROF.: JOSÉ LUIZ LEÃO  TURMA  - Djalma.
SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL
Relações Internacionais Noções básicas Fonte: ELÍBIO JÚNIOR; MATOS, 2006.
Ambiente Político, Legal e Regulatório do Marketing Global
Revolução da tecnologia da informação e a reestruturação do capitalismo introduziram uma nova forma de sociedade, a sociedade em rede. Características:
IDEOLOGIA.
Émile Durkheim: um dos pais da sociologia moderna
HERZ e HOFFMANN Capítulos 1 e 2 Isabela Ottoni Penna do Nascimento graduanda em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília.
CULTURA ORGANIZACIONAL
Thomas Hobbes: o estado de natureza como guerra entre todos
A crise do Feudalismo. Relação da Crise do Feudalismo com a Formação dos Estados Nacionais Absolutistas.
Características Gerais do Estado – Conceitos:
Segurança Internacional
Da queda da monarquia à formação da URSS.
SOCIOLOGIA Revisão. Max Weber 1. As ideias não determinam a sociedade, mas elas são importantes, ou seja, elas influenciam. O que são os tipos ideais?
A SOCIEDADE ANÁRQUICA HEDLEY BULL
1 AULA : Unidade I Direito Coletivo do trabalho Introdução Definição Aspectos Gerais Conflitos Coletivos de trabalho e sua resolução.
DIREITO À PAZ.
CAPITULO :12 DESIGUALDADE E GLOBALIZAÇÃO
Unidade II: Contexto sócio-cultural e jurídico
UNIDADE LECTIVA 6 – Processos de reprodução e mudança nas sociedades actuais 6.1. Fenómeno da globalização GLOBALIZAÇÃO Estreitamento das relações e das.
O poder do Estado Segundo Max Weber, o Estado é a instituição social que dispõe do monopólio do emprego da força legítima (violência) sobre um determinado.
As bases do pensamento de Marx
A sociologia de Durkheim Luciano Mendes. Èmile Durkheim (1858 – 1917) Nasceu em Épinal, região nordeste da França; Formou-se em filosofia na École Normale.
Aulas 3 e 6 Instituições Sociais
Transcrição da apresentação:

Terrorismo e Globalização Camile Ravanello Fernanda Weigert Ingrid Bernardino

Histórico A relação entre terrorismo e globalização é difícil de ser explicada Tecnologia associada com a globalização tem sido explorada por terroristas. Terrorismo é uma arma dos fracos conduzido por uma minoria de indivíduos que promovem uma ideologia extremista. Terrorismo é caracterizado antes de tudo como o uso da violência, que pode ser de diferentes formas e normalmente tem como alvo não-combatentes.

Historicamente o termo ”terrorismo” descrevia a violência exercida pelo Estado contra cidadãos durante a Revolução Francesa. Atualmente, terrorismo quer dizer o uso da violência por pequenos grupos para atingir uma mudança política. Ele se diferencia da violência criminal no seu grau de legitimação política. Termo pejorativo. A legitimação dos métodos terroristas causa desacordos. Guerra Justa (Just War) Realistas: ilegítimo, pois só o Estado tem o monopólio da legitimação do uso da força física.

Terrorismo é criado para atingir uma mudança política com o objetivo de obter poder para endireitar o errado. Grupos terroristas raramente tem o apoio abrangente da população e não tem apoio exterior pois suas idéias são radicais e não interessam à muitos. Para influenciar mudanças, terroristas devem provocar respostas drásticas que se comporta como um catalisador para mudanças ou enfraquecer a moral do oponente. Campanhas terroristas normalmente levam anos ou décadas para atingir resultados significativos.

Definição atual: “Terrorismo é o uso da violência por um sub-grupo do Estado para inspirar o medo através de ataques a civis e/ou alvos significativos, com o propósito de atrair atenção e conseguir mudanças políticas”. Apesar das várias definições para a globalização, pelo menos um aspecto é geral: tecnologias permitem a transferência de mercadorias, serviços e informação para quase qualquer lugar rapidamente e eficaz. Terrorismo se tornou um fenômeno transnacional em 1960, e depois passando a ser global(1968-2001).

3 fatores levaram ao nascimento do terrorismo transnacional em 1968: A expansão da aviação comercial A disponibilidade da transmissão televisiva de noticias Uma idéia extremista em comum Grupos Leninistas-Marxistas transnacionais foram substituídos por grupos militantes globais islâmicos. Tentativas de explicar a vitalidade do terrorismo global se focam em 3 áreas ligadas a aspectos da globalização: Cultural Econômica Religião

A tecnologia tem aprimorado a capacidade dos grupos e células terroristas nas seguintes áreas: Coordenação Segurança Mobilidade Mortalidade Estados, individualmente ou coletivamente, tem vantagens políticas, militares, legais, econômicas e tecnológicas na luta contra grupos terroristas.

A globalização, em sentido mais que econômico, não é algo que acontece “lá fora”, mas também “aqui dentro”; É um processo múltiplo; Não está submetida ao controle de nenhuma nação, grupo de nações ou de grandes empresas; À medida, este processo cria cooperações e conflitos, integração e fragmentação, exclusão e inclusão, ordem e desordem, etc. O terrorismo caracteriza-se pela exacerbação da violência física e pela negação da política; Suscitar o terror é negar as regras e as instituições que instauram a política.

Ao mesmo tempo em que se desenvolviam novas condições de insegurança e incerteza, se desenvolvia também a Globalização. Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, o mundo vem presenciando uma mudança significativa no alcance espacial da ação e das organizações socais, à medida que estas deixam de refletir somente em escala local para repercutir numa escala inter-regional ou intercontinental (Held e Mcgrew, 2001).

Pode-se dizer que a revolução tecnológica, baseada nas tecnologias da informação, está transformando irreversivelmente as bases materiais da sociedade, o que permite o estabelecimento de uma nova forma de relação entre a economia, o Estado e a sociedade (Castells, 1999).

O terrorismo globalizado pode deixar a sociedade civil mundial sob constante ameaça, sob estado de sítio permanente, sobretudo em face da apreensão dos terrorismos químico, biológico ou nuclear; No contraponto barbárie x civilização, seguramente o terrorismo alimenta a barbárie. “A finalidade dos atentados é instilar o medo interno e assim intimidar ou afetar o comportamento de um público-alvo” (Hoffman, 2006). Atualmente, o neoterrorismo não possui exércitos, território e um Estado que o represente Adotou uma estratégia própria que não está vinculada a nenhuma norma ou conduta de guerra nem a nenhuma outra operação estritamente de guerra.

Albert Camus: “A política não é a religião, ou então ela é inquisição (O Homem Revoltado, 1951)”. Risco de resposta militar à ataques terroristas Um terrorista sem uma causa não é um terrorista. Com o término da Guerra Fria e o colapso da URSS uma parte dos analistas dedicados ao estudo das relações internacionais passou a acreditar que estavam lançadas as bases para uma Nova Ordem Mundial pautada no triunfo do liberalismo e, conseqüentemente, na paz. 

Eric Hobsbawm Nascido em Alexandria, 9 de Junho de 1917; Estudou história em Cambridge

Acredita que o imperialismo contribui para o aumento da disseminação do terror no mundo; O povo dominado pelo Estado: Falsa democracia participativa; Leis e regras; Diminuição da soberania com o aumento do comércio internacional Empresas transnacionais – fuga Dualismo: nacionalismo X globalização Democracia como “desculpa” para o imperialismo;

Globalização de mercadorias justificaria a globalização da democracia; Todos os impérios tem um Inimigo nacional; Distribuição desigual nas relações de intercâmbio; Televisão; Grupos terroristas com características em comum: Minorias com simpatia das massas; Conseguem fazer grandes mobilizações governamentais para combatê-los; Perigo real é desprezível. Clima de terror sem fundamentos: Minimização da publicidade.

Referências bibliográficas Globalização e Terrorismo: http://www.globalenvision.org/library/8/703 Terrorismo e Globalização: http://www.glocaleye.org/terglo.htm HOBSBAWN, Eric. Globalização, democracia e Terrorismo. Cia. Das Letras, São Paulo. 2007. CARRION, Eduardo. Terrorismo Globalizado. Graduandos em Ciências Sociais.Neoterrorismo na pós- modernidade: Uma análise sociológica. UFRJ. HELD, David e MCGREW, Anthony. Prós e contras da Gloalização. BAUMAN, Zygmund. Globalização: as conseqüências humanas.