Quem está envolvido no Desenvolvimento de um Sistema Pericial

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
VERIFICAÇÃO FORMAL DE BLOCOS COMPLEXOS
Advertisements

ENGENHARIA DE SOFTWARE Garantia de Qualidade de Software
Amintas engenharia.
Matemática para todos Educação Básica
Resolução de um Problema
Rational Unified Process
Engenharia de Software
Protótipo de Simulador de Elevadores
> Fases de Engenharia de SW > Gestão de Projectos de SW
Planeamento Temporal e Monitorização do Projecto de SW
Exploração GSI :: Gestão da Mudança, Uso e Impacto dos SI
Introdução aos Estudos Linguísticos
INVESTIGAÇÃO OPERACIONAL
Adriano Teixeira João Vide Luís Silva Maria Pedroto
ESTUDO ACOMPANHADO.
Sistemas Especialistas Inteligência Artificial Profa. Ligia Flávia A. Batista.
Sistemas Baseados em Conhecimento
Técnicas de Apoio ao Processo de Engenharia de Requisitos
Sistemas Especialistas
A maioria dos fenômenos psicológicos – como o pensamento, a motivação, as emoções, a aprendizagem, a memória, o conhecimento, o raciocínio, a percepção,
Introdução Visão Geral do Método.
Como Desenvolver Sistemas de Informação
Engenharia de Software
METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS DOS DIPLOMADOS DO IST
José Roberto Blaschek Gerência do Escopo José Roberto Blaschek.
Propostas de layout Modelo 1
Cap 2 – Processo de Software
November 13, 2004 Sistemas Baseados em Conhecimento Sistemas Periciais Helena Sofia Pinto ( )
PMBOK 5ª Edição Capítulo 3
Análise e Projeto de Sistemas Levantamento de Requisitos
CV cronológico Apresenta, cronologicamente, a experiência profissional do candidato Estrutura-se, normalmente, da experiência mais antiga para a mais recente.
Análise e Projeto de Sistemas
Démarche de Referencialização Trabalho Prático de Cariz Cooperativo Metodologia de Resolução de Problemas.
PMBOK 5ª Edição Capítulo 9
OS MODELOS O modo de implementação do trabalho de projecto, como metodologia de aprendizagem tem sido objecto de várias aproximações que se centram em.
Análise e Projeto de Sistemas
Prof. Alexandre Vasconcelos
Introdução e Fundamentos Engenharia de Requisitos
Marcílio C. P. de Souto DIMAp/UFRN
Pesquisa Científica Metodologia Científica na Ciência da Computação
Software engineering, the software process and their support M.M. Lehman Apresentadora: Tarciana Dias da Silva.
Processo de Aquisição Adilson de Almeida Cezar Meriguetti
Como Programar? Dicas para começar a programar bem
CURSOS EFA – NS.
AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
Aula de 10 de Janeiro de 2013 Escola Secundária da Boa Nova 2013
A Gestão da Tomada de Decisão
O Processo Unificado (UP)
Um Problema várias estratégias… Leonor Simões. Na sequência da prática diária do cálculo mental, com o objectivo de: ffomentar a capacidade de raciocínio,
Terapia comportamental
1 TEORIA DA COMPUTAÇÃO Motivação Licenciatura em Ciência e Tecnologia da Computação Licenciatura em Engenharia Informática e de Computadores (Prep.)
Agentes Inteligentes e Sistemas Multi- agente (UD5) Construção de Sociedades de Agentes IST- 2004/2005.
ETAPAS DE INVESTIGAÇÃO EM SOCIOLOGIA
Conceitos Básicos Introdução.
Matemática Aplicada às Ciências Sociais
Gestão das Competências Jorge Marques. O crescimento económico não vai resultar do facto de termos muitas pessoas a trabalhar, nem sequer da procura dos.
© 2002 Universidade do Porto Engenharia de Software 1 Engenharia de Software.
Engenharia de Requisitos
Introdução à Inteligência Artificial Fundamentos Prof. Horácio.
1 Linguagens de Programação Pedro Lopes 2010/2011.
ENTREVISTA COMPORTAMENTAL
Engenharia de Conhecimento
Informação e conhecimento organizacional Os ambientes organizacionais complexos são apoiados por informação e conhecimento, o que de fato traduz a importância.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL Grupo: Amora Figueiredo Érika Diniz
Inteligência Artificial Nadilma C. V. N. Pereira Aula 5– Sistemas Especialistas.
Apresentação Leonardo Brussolo de Paula
Modelização do sistema – Envolvimento da Direcção Concepção e desenvolvimento; Direcção da empresa Técnicos de RH / DRH Questões; Decisões.
Processos Decisórios Aula Apresentação do Plano de Ensino. 2. Unidade 1 – Definição de Processos Decisórios.
Processos Decisórios A função do Administrador - Estamos sempre tomando decisões na vida pessoa e profissional; - A função principal do administrador.
Jerry Medeiros Graduação Tecnológica em Jogos Digitais.
Transcrição da apresentação:

Quem está envolvido no Desenvolvimento de um Sistema Pericial Perito Especialista ou Fornecedor de Conhecimento Engenheiro de Conhecimento Responsável pelo desenho e arquitectura do Sistema Pericial Implementador do Sistema Domina as ferramentas usuais no desenvolvimento de um Sistema Pericial Traduz as especificações do Engenheiro do Conhecimento para o Sistema Pericial Introdução aos Sistemas Periciais

Quem está envolvido no Desenvolvimento de um Sistema Pericial Utilizador Quem irá usufruir do Sistema Pericial em alguns casos é alguém com poucos conhecimentos, noutros poderá ser até o próprio perito Gestor do Projecto Faz o acompanhamento de todo o desenrolar do projecto Gestor do Conhecimento Formula a estratégia de conhecimento ao nível do “negócio” ou actividade Responsável pelo desenvolvimento e distribuição do conhecimento Introdução aos Sistemas Periciais

As 6 funções num projecto de Gestão e Engenharia do Conhecimento Introdução aos Sistemas Periciais

Introdução aos Sistemas Periciais O Perito Elemento central no desenvolvimento de um Sistema Pericial Detém competência e logo conhecimento (mais ou menos profundo) acerca de um dado domínio Sabe quando, como, aonde e porquê deve usar esse conhecimento é experiente sobre um dado domínio Um perito é um especialista, e não um generalista O valor acrescentado de um perito pode ser visto como: Valor_acrescentado(perito) = f(conhecimento_correcto(perito) – conhecimento_correcto(não_perito)) Sistema Pericial baseado no conhecimento de “não-peritos” :  só conseguirá resolver casos triviais  acabando por se traduzir num fracasso Introdução aos Sistemas Periciais

Introdução aos Sistemas Periciais Um Sistema Pericial terá garantidamente sucesso pelo facto de incluir um Perito? Apesar do perito deter competência, nada nos garante que ele seja capaz de nos fornecer o conhecimento que de facto pretendemos: o perito tem dificuldade em explicitar o conhecimento que utiliza o engenheiro do conhecimento não percebe o perito o perito é alguém muito ocupado o perito não acredita no projecto do Sistema Pericial o perito desconfia do projecto, tem receio dos objectivos reais do projecto o perito tem dificuldade em explicitar o seu conhecimento Introdução aos Sistemas Periciais

Desempenho do Sistema Pericial poderá ser Superior ao do Perito? Projectos de Sistemas Periciais que envolvam vários peritos, a cobertura do conhecimento que se obtém pode ser superior ao conhecimento que um determinado perito detenha, exemplo MYCIN Um perito é um ser humano pode estar cansado, sujeito a “stress” ou bloquear o seu raciocínio em situações críticas Sistema Pericial, imune a este tipo de problemas, pode ser um auxiliar valioso para o próprio perito, como confirmador do seu raciocínio O perito é alguém muito ocupado, a disponibilidade plena do Sistema Pericial apresenta vantagens Introdução aos Sistemas Periciais

Comparação entre um Perito e um Sistema Pericial Introdução aos Sistemas Periciais

O Engenheiro do Conhecimento responsável pelo processo de aquisição do conhecimento poderá ser o Implementador do Sistema (pequenos projectos de Sistemas Periciais) deve ser capaz de lidar com incertezas sobre o conhecimento em causa – problemas não-estruturados deve conhecer os métodos de Representação do Conhecimento deve conhecer as metodologias de estruturação do conhecimento deve ser alguém com capacidades humanas e sociais adequadas à motivação do perito e ao estabelecimento de um diálogo profícuo com este deve saber quais as necessidades dos utilizadores do Sistema Introdução aos Sistemas Periciais

O Implementador do Sistema responsável pela a construção do Sistema Pericial deverá ter bons conhecimentos de métodos de Representação do Conhecimento deverá saber utilizar ferramentas de construção de Sistemas Periciais. construir um Sistema Pericial de raiz com base numa linguagem adequada (Prolog, Lisp, em alguns casos C++ ou outra linguagem mais convencional) exige muitos conhecimentos de Inteligência Artificial domínio de ferramentas básicas (linguagens da IA) usar um Gerador de Sistemas Periciais (Nexpert, KEE, Knowledge Kraft, G2, etc). Introdução aos Sistemas Periciais

O Utilizador do Sistema Pericial Tipos de utilizadores de um Sistema Pericial: O próprio Perito Alguém que substitui o Perito na sua ausência Alguém que está a treinar para ser Perito Sistema Pericial evoluí para um Sistema Tutorial Inteligente Alguém que faz um pré-processamento Os Sistemas Periciais podem dedicar-se: a apenas um utilizador a um tipo homogéneo de utilizadores  a tarefa de modelação fica mais simplificada a um tipo heterogéneo de utilizadores  devem ser definidos perfis de utilizadores: as interfaces os diálogos, questões colocadas pelo sistema as explicações, os conceitos dados pelo sistema  devem ser adaptados aos perfis de utilizadores Introdução aos Sistemas Periciais

Métodos de Aquisição do Conhecimento Processos de aquisição de conhecimento conduzidos pelo Engenheiro do Conhecimento Entrevistas com o Perito Observação do Perito em actuação Transmissão ao Perito de uma linguagem de especificação do conhecimento Processos de aquisição de conhecimento conduzidos pelo Perito Método de aquisição conhecimento guiado pelo Perito Ferramenta informática para aquisição do conhecimento Introdução aos Sistemas Periciais

Entrevistas com o Perito método de aquisição de conhecimento mais usado envolve diálogo explícito entre os participantes informação e o conhecimento são recolhidos através dos mais diversos meios - questionários, anotações, gravações são posteriormente transcritos, analisados e codificados a marcação das entrevistas fica sujeita à disponibilidade do perito em norma são necessárias várias entrevistas ou sessões de trabalho o espaçamento entre as entrevistas deverá permitir: que o Engenheiro do Conhecimento possa processar todo o conhecimento adquirido na entrevista anterior que o conhecimento adquirido seja representado, codificado e testado por um protótipo do sistema Introdução aos Sistemas Periciais

Entrevistas com o Perito Entrevistas Não-estruturadas são conduzidas informalmente (embora possam assentar em métodos formais) não são simples e podem ser problemáticas de analisar após a interacção com o perito frequentemente as descrições dos processos cognitivos do perito aparecem incompletas ou mal organizadas complexidade do domínio não relacionamento da informação e conhecimento adquiridos através das entrevistas falta de treino dos Engenheiros do Conhecimento na condução das entrevistas Pode-se estabelecer uma relação professor/aluno entre o Perito/Engenheiro do Conhecimento. O Perito: faz o acompanhamento de casos explica o que faz e porque o faz explicita conceitos, habilidades e estratégias que usa aconselha a leitura de documentos, bibliografia Introdução aos Sistemas Periciais

Entrevistas com o Perito Entrevistas Estruturadas processo sistemático orientado a objectivos a comunicação entre o Engenheiro do Conhecimento e o Perito é organizada o Engenheiro do Conhecimento prepara previamente as sessões de aquisição do conhecimento identificando as questões mais relevantes o Engenheiro do Conhecimento deve motivar o Perito e sugerir que este se prepare para as sessões o Engenheiro do Conhecimento deve tentar manter o controlo da entrevista de modo a manter a estrutura que tinha sido planeada Introdução aos Sistemas Periciais

Aquisição de Conhecimento usando Acompanhamento do Raciocínio técnica popular na Psicologia Cognitiva na qual se tenta efectuar o seguimento do raciocínio do Perito (concluir o modo como o perito raciocina) os métodos podem ser mais ou menos formais Análise do Protocolo - método formal mais conhecido o Perito é solicitado a resolver problemas concretos e a verbalizar o raciocínio que utiliza na resolução desse problema fica registado o o processo de tomada de decisão efectuado pelo Perito passo-a-passo pode ser efectuada a gravação daquilo que o Perito diz processo essencialmente unidireccional, ao contrário das entrevistas que são bidireccionais Introdução aos Sistemas Periciais

Aquisição de Conhecimento com observação do Perito modo mais natural de efectuar aquisição do conhecimento pode ser complexo Perito pode dirigir uma equipa de várias pessoas Perito pode resolver vários problemas simultaneamente  Comportamento do perito pode ser diferente pelo facto de saber que está a ser observado - o conhecimento que se adquire não corresponde exactamente ao que era pretendido Introdução aos Sistemas Periciais

Aquisição de Conhecimento guiada pelo Perito os Engenheiros do Conhecimento costumam não cobrir bem o conhecimento do domínio os seus serviços podem ser onerosos podem surgir problemas na comunicação com o perito aquisição de conhecimento pode ser um processo demorado, com várias iterações Os Peritos podem agir também como Engenheiros do Conhecimento: codificando directamente o seu conhecimento Manualmente: através de relatórios e questionários Automaticamente: através de uma ferramenta computacional que ajuda o perito a introduzir o conhecimento e procura detectar falhas nesse mesmo conhecimento (incoerências, ambiguidades, redundâncias, etc). Introdução aos Sistemas Periciais

O que se espera de um Sistema Pericial Resolução de problemas para o domínio para o qual foi concebido  Facilidade de manutenção incremental da sua Base de Conhecimento Conhecimento apresentado de forma atraente e legível alguns Geradores de Sistemas Periciais permitem a inclusão do conhecimento numa língua quase natural Desempenho semelhante a um Perito: capacidade de explicar como chegou a uma dada conclusão porque razão não foi possível chegar a uma dada conclusão ou porquê está a pôr uma dada questão ao utilizador Introdução aos Sistemas Periciais

O que se espera de um Sistema Pericial Mecanismo de raciocínio eficiente em domínios nos quais a quantidade de conhecimento seja elevada, através de metaregras Exemplo: activação de um subconjunto de regras (rule set) em função de um facto que se sabe ser verdade ou de uma conclusão que se pretenda provar Interface que se adapte ao tipo de utilizador (especialista ou novato) e à situação em causa (normal ou crítica) Capacidade de efectuar raciocínios considerando o raciocínio com incertezas: Raciocínio Bayesiano Factores de Certeza Factores de Crença/Descrença Teoria de Dempster-Shafer Conjuntos Difusos Assistência nas fases de aquisição, estruturação e transferência de conhecimento, ou nas fases de verificação e validação do conhecimento. Introdução aos Sistemas Periciais