UTILIZAÇÃO DA METODOLOGIA DOS TRÊS SINAIS DE AXIAL OFFSET PARA MONITORAÇÃO E CONTROLE DAS OSCILAÇÕES AXIAIS DE XENÔNIO NO REATOR NUCLEAR DE ANGRA 1.

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UTILIZAÇÃO DA METODOLOGIA DOS TRÊS SINAIS DE AXIAL OFFSET PARA MONITORAÇÃO E CONTROLE DAS OSCILAÇÕES AXIAIS DE XENÔNIO NO REATOR NUCLEAR DE ANGRA 1

TRIAX - O NOVO CONCEITO DE AXIAL OFFSET n Uma nova metodologia para o acompanhamento e o controle de Oscilações de Xenônio tem se mostrado efetivo em reatores do tipo PWR de Grande porte no Japão, através do processamento direto dos sinais dos canais da faixa de potência de uma usina. n Esse conceito é baseado no cálculo de dois valores adicionais da Assimetria Axial, aqui normalmente referenciado como Axial Offset de Potência (AO P ), são os: Axial Offset de Iodo (AO I ) Axial Offset de Xenônio (AO Xe )

No Módulo TRIAX foram desenvolvidas as seguintes funções: n I(I o, P, t) - determina a concentração de Iodo em átomos/cm 3 n Xe(Xe o, I o, P, t) - determina a concentração de Xenônio em átomos/cm 3

Separando o reator em Duas Metades

Considerando o reator em equilíbrio

Quando a distribuição de Iodo é conhecida, ou seja, as concentrações de Iodo na parte superior e inferior do núcleo são conhecidas, pode-se avaliar a potência relativa da parte superior ( P t ) e da parte Inferior ( P b ) que daria a distribuição de Iodo em condições de equilíbrio.

Quando o valor de P t for igual ao valor da potência nuclear de equilíbrio (P eq ) para a parte superior do núcleo e o valor de P b for igual ao valor P eq para a parte inferior do núcleo, então, o reator estará em equilíbrio com os três valores de Axial Offset iguais.

Método Direto para o Controle Ótimo da Oscilação de Xenônio Monitorando os sinais de AO P ( medido ), AO I e AO Xe (sinais calculados) de modo on-line durante as oscilações. Controlando a distribuição de potência de modo que os valores de AO I e AO Xe se encontrem. Quando os valores de AO I e AO Xe se encontrarem, ajustar o valor de AO P através da movimentação de barras de controle para o mesmo valor de AO I e AO Xe.

Comportamento do transiente dos três sinais de Axial Offset durante o Oscilação de Xenônio e o seu controle através da técnica do Bang-Bang em um reator de 4 loops no Japão.

Procedimento Guia de Movimentação de Barras de Controle para o Controle de Oscilações de Xenônio O método direto visto anteriormente pode determinar a escolha do momento ideal para iniciar a movimentação dos bancos de controle para se atingir o valor alvo de AOp. Entretanto este método não orienta o Operador do reator no que se refere à direção e à quantidade de deslocamento das barras de controle, para a eliminação de Oscilação de Xenônio. Para compensar tal desvantagem, foi proposto um método que fornece informações sobre as Oscilações de Xenônio, através da visualização on line da relação dos três sinais de Axial Offset, pela trajetória da curva (AO P – AO Xe ) versos (AO I – AO Xe ) em um plano X-Y.

Através do comportamento característico desta curva foi desenvolvido um procedimento operacional para controlar a oscilação de Xenônio, onde salienta-se as seguintes características Quando a Oscilação de Xenônio for estável (não for convergente ou divergente) a trajetória da curva é uma elipse cujo eixo principal está a um ângulo fixo do eixo X. O eixo principal recai sobre o primeiro e o terceiro quadrante. A direção de visualização da curva é sempre no sentido anti- horário e percorre uma elipse completa durante um ciclo de Oscilação de Xenônio. Quando a Oscilação for divergente a curva será uma espiral que se tornará cada vez maior. O contrário ocorrerá se a oscilação for convergente.

Quando as barras de controle são movimentadas a trajetória da curva responde do seguinte modo: Quando a barras de controle são inseridas, de um passo, de modo a efetuar uma mudança negativa de AO P a curva se move em uma direção negativa paralela ao eixo X. O contrário ocorre quando as barras de controle são retiradas do reator. Quando as barras de controle param a curva novamente se torna uma elipse com as mesmas características anteriores, a partir do ponto da parada da movimentação das barras de controle. Quando a curva está na sua origem a oscilação de Xenônio não mais existe.

A seguinte estratégia de controle pode ser aplica: Identificar a posição atual das correntes na curva, se ela está abaixo ou acima do eixo principal. Se o valor de (AO I – AO Xe ) for positivo provocar uma mudança negativa no valor de AOp, inserindo barras de controle. Se o valor de (AO I – AO Xe ) for negativo provocar uma mudança positiva no valor de AOp, retirando barras de controle. Esperar que a curva se aproxime do eixo X. Quando a curva alcançar o eixo X, fazer a mesma se aproximar da origem através da mudança no valor de AOp: retirando bancos de controle se a curva atingir o eixo X pelo lado positivo de (AO I – AO Xe ) e inserindo bancos de controle se o inverso ocorrer.

Os sinais provenientes do SICA foram processados do seguinte modo pelo módulo TRIAX ANGRA 1 para o mês de setembro de 2000: MEDIA_NS= (N41S+N42S+N43S+N44S)/4 MEDIA_NI =(N41I+N42I+N43I+N44I)/4 K = TMRM07*2 / ( MEDIA_NS + MEDIA_NI) POT_ SUP = MEDIA_NS*K POT_ INF = MEDIA_NI*K AOP=(POT_SUP-POT_INF)/(POT_SUP+POT_INF)*100 Um estudo utilizando dados reais da usina foi desenvolvido para testar a metodologia TRIAX:

CONCLUSÕES O módulo TRIAX ANGRA 1 poderá ser uma ferramenta útil para a visualização e o controle rápido e efetivo das Oscilações de Xenônio evitando que o valor de o I (AO P ) saia da faixa permitida de +- %5 do valor alvo e que a potência do reator tenha que ser reduzida para cumprir as penalidades previstas nas especificações técnicas, aumentando assim a disponibilidade de geração da usina.