Rede Temática de Pesquisa em Modelagem Ambiental da Amazônia

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Transcrição da apresentação:

Rede Temática de Pesquisa em Modelagem Ambiental da Amazônia Museu Goeldi, INPA, IDSMamirauá, LNCC, INPE, IMPA, CBPF Apresentação MMA Junho de 2005

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Desafios do Desenvolvimento Sustentável Ao contrário de outros fatores de produção (como capital e trabalho), os recursos naturais são inflexíveis em termos de localização. A Floresta Amazônica está onde ela está; os recursos hídricos para nossas cidades não podem ser transportados. O dilema colocado pelo desenvolvimento sustentável é que não podemos mais tratar estes fatores como substituíveis, e mover pessoas e capital para novas áreas quando os recursos naturais tornam-se escassos ou exauridos: não há novas fronteiras num mundo globalizado.

Porque Modelagem Ambiental? Políticas Públicas na Amazônia Conflito entre as ações humanas e preservação ambiental Decisões de Governo necessitam de cenários prospectivos Exemplos de Questões O que vai acontecer se pavimentarmos a rodovia Cuiabá-Santarém? Qual é a distribuição da biodiversidade na Amazônia?

Desmatamento…

Fogo...

Cenários e Modelos Cenários requerem modelos! Modelos Descrever quantitativamente um fenômeno e predizer sua evolução, integrando suas escalas temporal e espacial Um modelo deve responder: O que muda ? Quando? Onde? Porquê?

Modelos: Uma Visão Geral tempo Políticas Públicas Demanda Econômica Mudanças População Alocação Uso Terra Produtividade Terra Atores Sociais

Uma Nova Forma de Atuação Cooperação Institucional Formação de redes temáticas Junção de competências LNCC, CBPF, IMPA: Modelagem Matemática INPE: Geoinformação, Sensoriamento Remoto, Modelos Climáticos INPA, MPEG, Mamirauá: Biodiversidade, Ciências da Natureza, Ecologia GEOMA é o único projeto cooperativo entre os institutos do MCT

O Desafio Atual do GEOMA: GT-11 1.7 - DESENVOLVIMENTO DE MODELOS DE MUDANÇA NO USO DA TERRA (DESMATAMENTO) PARA DIFERENTES CENÁRIOS DE POLÍTICAS PÚBLICAS Resultados Esperados Caracterizar a dinâmica do desmatamento em bases georreferenciadas; Avaliar os impactos sócio-ambientais das políticas públicas e dos investimentos da Amazônia, comparando os cenários prospectivos de diferentes políticas públicas, como subsídio para tomada de decisão; Desenvolvimento de um projeto piloto de modelagem ambiental na região do Arco do Desmatamento; Consolidar o Projeto Geoma (Geoprocessamento e Modelagem Ambiental na Amazônia) e outros estudos prioritários sobre dinâmicas do desmatamento na Amazônia brasileira. Indicador de Resultado: Modelos apresentados a tomadores de decisão e publicados em artigos interdisciplinares e multi-institucionais.

Áreas de Atuação Modelos de mudanças do uso e cobertura da terra na Amazônia. Modelos da dinâmica populacional da Amazônia. Modelos de distribuição da biodiversidade na Amazônia. Modelos de ecossistemas inundáveis amazônicos. Modelos das bacias hidrográficas da região. Modelos de mudanças climáticas e acoplamento bioma-clima Banco de dados socioambiental da Amazônia e modelos integrados multi-escala que incorporem diferentes dimensões da sustentabilidade na Amazônia

Modelos de Uso da Terra e Dinâmica de Ocupação FOCO 1: Aplicação de Modelo CLUE para toda a Amazônia. FOCO 2: Pará/Terra do Meio: combinação de modelos empíricos e de processos para projeção de cenários como apoio a políticas públicas. Dinâmica Territorial e Socioambiental das Frentes de Ocupação e Áreas Consolidadas: O Caso da Região de Marabá Dinâmica Territorial e Socioambiental das Frentes de Ocupação e Áreas Consolidadas: O Caso de São Felix do Xingu e da Frente Iriri Foco 3: BR-163 Cenários de expansão com base em diagnóstico de campo

Modelos de Uso da Terra: Áreas Previstas de Expansão do Desmatamento Terra do Meio South of Amazonas State Hot-spots map for Model 7: (lighter cells have regression residual < -0.4)

Fatores Correlacionados ao Desmatamento Sete fatores estão relacionados à variação de 83% das taxas de desmatamento na Amazônia nos últimos anos: (a) Estrutura Agrária (2 fatores): percental de área ocupada por grandes fazendas e número de pequenas propriedades. (b) Ocupação Populacional (1 fatores): densidade de população. (c) Condições do Meio Físico (2 fatores): Precipitação média e percentual de solos férteis. (d) Infraestrutura (1 fator): distância a estradas. (e) Presença do Estado (1 fator): percentagem de áreas indígenas

Efeito de Tenaz na Terra do Meio

Apropriação de Terras na Amazônia

Dinâmica Populacional Redistribuição Espacial da População

Dinâmica Populacional Redistribuição Espacial da População

Biodiversidade Modelos de distribuição de espécies 1. As espécies respondem a gradientes ambientais de uma forma previsível; 2. A forma da relação para uma parte da área de distribuição reflete a forma desta relação em toda a área; 3. É possível estimar a forma desta distribuição e extrapolar este resultado para toda a área de ocorrência Workshop “Ferramentas para a modelagem de distribuição de espécies em ambientes tropicais” 11 modelos apresentados Mais recomendado GARP (menor efeito de ausências)

Estimativa de conversão O desmatamento foi computado entre 2000 – 2002 A porcentagem de desmatamento de cada tipo de floresta refere-se somente à área onde existe informação disponível

25 Fisionomias Florestais (Fonte IBGE/PROBIO)

Florestas Ombrófilas Florestas Estacionais Zonas de Contato Campinaranas

Desmatamento entre 2000 – 2002 e Área sem dados

Florestas Ombrófilas Florestas Estacionais Zonas de Contato Campinaranas

Resultados - Conversão As maiores porcentagens de desmatamento foram nas Florestas Estacionais As Florestas Estacionais tem grande porcentagem de áreas sem dados Entre estas, somente a Floresta Estacional Decidual Montana tem menos de 10% desmatado (mas para quase 40% dos pixels desta formação não há dados) As Florestas com maior porcentagem de desmatamento não possuem representantes em outras regiões da Amazônia

Fisionomias Florestais agrupadas de acordo a porcentagem desmatada Fl. Est. Decidual de Terras Baixas e Fl. Est. Decidual Aluvial Fl. Est. Decidual de Terras Baixas

Análise de insubstituibilidade (Ferrier et al 2000) realizada utilizando ecorregiões e tipos de vegetação, com metas de 10% para cada unidade ambiental gerada. Análise com Terras Indígenas excluídas e áreas de uso sustentável como reservadas, com as APAs disponíveis e polígonos do ARPA sobrepostos. Idealmente, os polígonos deveriam estar sobre as áreas vermelhas, que são as que apresentam feições ainda não incluídas no sistema atual de Unidades de Conservação. Notar que as áreas ao longo do “Arco do desmatamento”, possuem fitofisionomias com altas proporções de perda e sua proteção não está contemplada no sistema atual de UCs nem no ARPA.

Meta = 10% de cada UA UC = prot. Integral + US TI nao disponivel Análise de insubstituibilidade (Ferrier et al 2000) realizada utilizando ecorregiões e tipos de vegetação, com metas de 10% para cada unidade ambiental gerada. Análise com TI excluidas e áreas de uso sustentavel como reservadas, com as APAs diponíveis e polígonos do ARPA sobrepostos. Idealmente, os polígonos deveriam estar sobre as áreas vermelhas, que são as que apresentam feições ainda não incluídas no sistema atual de Unidades de Conservação. Notar que as áreas ao longo do “Arco do desmatamento”, possuem fitofisionomias com altas proporções de perda e sua proteção não está contemplada no sistema atual de UCs nem no ARPA. Meta = 10% de cada UA UC = prot. Integral + US TI nao disponivel

Conclusões De acordo com os resultados otidos até agora, as fitofisionomias que estão com maiores proporções desmatadas não estão protegidas ainda em nenhuma unidade de conservação e nem está previsto pelo ARPA que sejam.