A distribuição do desmatamento na Amazônia: vetores, áreas críticas e mapeamento de fronteiras Ane Alencar Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia
Evolução da taxa de desmatamento O desmatamento tem estacionado no patamar dos 24 mil nos 3 ultimos anos Tendo o Mato Grosso o município que mais desmatou com um crescimento médio nos ultimos dois anos de _____%
Focos de Calor NOAA 12 (2000-2005) Acre Mato Grosso Pará Rondônia Maranhão Acre Amazonas Fonte: MCT - INPE/DSA - MONITORAMENTO DE FOCOS DE CALOR / SATELITE - NOAA-12 ASCENDENTE (MOSAICO). Adaptado IPAM
Áreas Críticas (“Hotspots”)
Vetores
Principais Causas Tipos de uso da terra Pecuária extensiva Plantio de grãos Agricultura de corte e queima Obras de infra-estrutura Estradas Especulação de terras públicas (pecuária) Tem pontencial de piorar Fonte: Alencar et al. Desmatamento na Amazônia: Indo Além da Emergência Crônica. IPAM. Belém, 2004.
Evolução do Rebanho Bovino Fonte: IBGE
Evolução do Rebanho Bovino 1998-2003
Área Plantada principais cultivos anuais mecanizáveis
Concentração da produção de cultivos anuais mecanizáveis
Municípios onde predominam a Pecuária e Agricultura Mecanizada (soja)
Tamanho do desmatamento (Mapeamento de fronteiras)
Intervenção nos tipos de fronteira 1. Intervenção em fronteiras sob a ação da produção familiar A meta principal da gestão de paisagens constituídas principalmente pela produção familiar deve ser a criação de condições mínimas para que a viabilidade econômica, ecológica e social das famílias que as ocupam seja possível 2. Intervenção em fronteiras sob expansão da agroindústria A meta da governança em fronteiras empresariais deve ser a proteção da funcionalidade ecológica das paisagens onde a agricultura e a exploração madeireira estão avançando rapidamente. Isso implica na manutenção da saúde das bacias hidrológicas, a conectividade entre fragmentos florestais e na redução dos incêndios florestais, entre outras metas. 3. Intervenção nas fronteiras em fase explosiva As “forças tarefa” emergenciais implementadas pelo IBAMA, INCRA, Polícia Federal, Ministério Público e Ministério da Justiça, seguidas logo pela representação efetiva dessas instituições, podem inserir o governo na fronteira nova e exercer um comando e controle que ordene o uso dos recursos naturais Fonte: Alencar et al. Desmatamento na Amazônia: Indo Além da Emergência Crônica. IPAM. Belém, 2004.
O desafio de mapear o desmatamento ilegal visa apenas justificar a posse da terra, sendo usado de forma especulativa para “mostrar produtividade” aos órgãos governamentais, tais como o INCRA; ocorre em terras inapropriadas ao cultivo agrícola e à criação de gado (p. ex. relevo acidentado, solos inapropriados, sob alto índice de precipitação, distantes de mercados e estradas), levando a sistemas agropecuários de baixa produtividade; fere o Código Florestal (desmatamento de reserva legal e/ou das áreas de proteção permanente, Lei no. 4.771, de 15 de novembro de 1965), ou seja, é ilegal; ocorre em unidades de conservação, terras indígenas, ou em áreas de elevado valor para a conservação ou a utilização sustentável da biodiversidade (áreas ainda não protegidas por unidades de conservação); ocorre em áreas onde a melhor opção econômica de uso da terra é a florestal – seja para a produção madeireira, seja para a produção não-madeireira, ou para ambas. Fonte: Alencar et al. Desmatamento na Amazônia: Indo Além da Emergência Crônica. IPAM. Belém, 2004.
Desmatamento ilegal?
Distribuição dos Assentamentos na Amazônia Fonte: Alencar et al. Desmatamento na Amazônia: Indo Além da Emergência Crônica. IPAM. Belém, 2004.