Inovar para Sustentar o Crescimento

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Transcrição da apresentação:

Inovar para Sustentar o Crescimento Café & Debate Escola Nacional de Administração Pública – ENAP                                                      Inovar para Sustentar o Crescimento Glauco Arbix Depto. de Sociologia USP Brasília, 19 de abril de 2007

China: volta ao patamar natural? Data População/mundo Participação/ produção 1800 33% 33% 1950 25% <1% 2005 22% 7% 2040 20% 20% Custo do Trabalho de 3º mundo com infra-estrutura de 1º Longa trajetória de mudança da matriz de commodities para bens com maior intensidade tecnológica

China: baixo custo do trabalho Mais Infra-estrutura Baixo custo do capital Forte investimento estatal Pragmatismo no aprendizado das experiências de desenvolvimento na Ásia Subsídios Regulação frágil Herança de descentralização. O que permite a competição entre regiões e cidades em diferentes níveis de governo, mesmo nas áreas de monopólio natural. Combinação de grandes empresas estatais com dinâmicas empresas privadas

China: Investimento em P&D (desagregados) Pesq. Básica Aplicada Desenvolvimento 1990-1995 25% 55% 20% 1996-2000 20% 35% 45% 2001-2005 6% 28% 72% Crescimento acelerado do investimento em Desenvolvimento. Diversificação Dragonomics, 2007

Dinamismo da economia chinesa tem sua fonte numa atividade incessante de pequenas mudanças, na cópia, clonagem e reprodução de avanços alcançados em outros países. Não está nos setores de alta tecnologia. Ainda.

Apple iPod é símbolo atual da cultura e tecnologia americana, produzido por uma das empresas mais inovadoras do planeta. Pouca gente sabe, porém, que foi criado por várias mãos e cabeças. Em especial por uma rede de empresas localizadas no Vale do Silício, Taiwan, China, Israel.

Crescimento da Economia Brasileira Fonte: IBGE

Crescimento do PIB continua baixo Desempenho recente do PIB: 0,5% em 2003 4,9% em 2004 2,3% em 2005 2,9% em 2006 1930-1980: taxa média de crescimento de mais de 4%, uma das mais altas do mundo. 1980 a 2006: 0,3% ao ano. Mas a economia e as condições para o crescimento estão mudando.

Inflação controlada IPCA (IBGE) % % Fonte: IBGE

Melhoria nas contas externas Transações Correntes e Saldo Comercial - ac. 12m (US$ bi) Fonte: Banco Central do Brasil Fonte: Banco Central do Brasil

Balança Comercial Fluxos acumulados em 12 meses – US$ bi Fonte: MDIC *2006 – valores acumulados em doze meses de novembro/05 a outubro/06.

Melhoria nas contas externas Dívida Externa Bruta / Exportações de Bens e Serviços Fonte: Banco Central do Brasil 2006* = Estoque da Dívida Externa Total em jun-06 / Saldo das Exportações acumulado em 12 meses até jun-06

Aumento da Reservas Internacionais Reservas Internacionais Líquidas1, 2000 a 2006 (novembro) (US$ bilhões)

Custo do Crédito1, Meta SELIC e TJLP, 2000 – 2006 (% a.a.) Redução da Taxa Selic e do Custo do Crédito Custo do Crédito1, Meta SELIC e TJLP, 2000 – 2006 (% a.a.)

Redução da incerteza fiscal Fonte: Banco Central do Brasil

Superávit Primário por esfera de Governo Fonte: Banco Central do Brasil

Inversão da trajetória da dívida pública Dívida Pública Líquida (% PIB) Fonte: Banco Central do Brasil

Redução do Risco-País Fonte: J P Morgan

Aumento do Emprego Fonte: IBGE (regiões metropolitanas)

Aumento do Salário Mínimo  Salário Mínimo Real, a preços de outubro/2006 (deflator INPC) 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 out/94 fev/95 jun/95 out/95 fev/96 jun/96 out/96 fev/97 jun/97 out/97 fev/98 jun/98 out/98 fev/99 jun/99 out/99 fev/00 jun/00 out/00 fev/01 jun/01 out/01 fev/02 jun/02 out/02 fev/03 jun/03 out/03 fev/04 jun/04 out/04 fev/05 jun/05 out/05 fev/06 jun/06 out/06 Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego e IBGE Obs.: Valores em R$, a preços constantes.

Aumento do Poder de Compra Percentual do Salário Mínimo Gasto para Comprar a Cesta Básica

Aumento da Massa Salarial Massa Salarial Real, 2003 a 2006 (outubro) (taxa real de crescimento; % em relação ao mesmo mês do ano anterior)

Transferências de Renda Bolsa Família Valor transferido (R$ bilhões) (taxa de crescimento) 34% 23% 56% 31% No de famílias atendidas (milhões) n.d. 3,6 6,5 8,7 11,2 (meta) Fonte: Secretaria de Orçamento Federal/MP e MDS * Estimativa

Valores aplicados no PRONAF (R$ bilhões) Plano Safra 2006/2007 Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrário * Inclui outros créditos à agricultura familiar

Redução da vulnerabilidade externa. Queda do risco País Oportunidades Mais de 13 anos com inflação baixa. Regime de metas consolidado. Juros declinantes Redução da vulnerabilidade externa. Queda do risco País Ajuste fiscal dos últimos 8 anos reverteu trajetória de crescimento da relação dívida/PIB Apesar de alta, desigualdade de renda diminuiu. Nível mais baixo dos últimos 30 anos A pobreza e a extrema pobreza atingiram os níveis mais baixos da história

Várias razões são apontadas para o baixo desempenho da economia. A questão de fundo é que, para acelerar e manter o ritmo de crescimento é preciso implementar políticas de longo prazo. Na área econômica e social. A continuidade e a sustentabilidade desse processo no longo prazo dependem de um aumento do investimento e de um salto de qualidade na estrutura produtiva brasileira

Indústria diversificada e heterogênea Inovam para o mercado e são exportadoras 25% do faturamento (1,7% das empresas) 13% do emprego Gastam 3,6% do faturamento em P&D Empresas que inovam e diferenciam produtos (A) São exportadoras ou potenciais exportadoras 63% do faturamento (21% das empresas) 49% do emprego Gastam 0,99% do faturamento em P&D Empresas especializadas em produtos padronizados (B) Não exportam 11,5% do faturamento (77% das empresas) 38% do emprego Gastam 0,39% do faturamento em P&D Empresas com baixa produtividade (C)

Especialização brasileira Agribusiness Têxteis, sapatos, papel, vidros, móveis Aço Motores, autos, motores elétricos, eletrodomésticos Eletrônicos, aviões, químicos, fármacos

Exportações por intensidade tecnológica 1996-2005 (US$ bi) Fonte: IPEA 2005, 2006 De Negri et al. 2006 Metodologia: Unctad Commodities Alta Rec. Naturais e Trabalho Média Baixa

na indústria brasileira? Pesquisa: o que há de novo na indústria brasileira?

Quais as características das empresas brasileiras que mais crescem? O IPEA acompanhou os indicadores econômicos de 15.694 empresas industriais brasileiras no período de 7 anos (1997-2003. Acima de 30 pessoas ocupadas). Classificação por crescimento em 4 grupos (quartis): Inferior Médio inferior Médio superior Superior Crescimento foi definido como a taxa de crescimento do faturamento da firma em relação ao seu setor industrial (CNAE 3 dígitos) no período 1997/2003 Características analisadas: escala, exportação, inovação, investimento e mão de obra

Elevação do padrão produtivo na indústria Inovação e Exportações Inovação e Emprego Empresas inovadoras tem 16% a mais de chances de exportar. Firmas que inovam e diferenciam produtos exportam 116% a mais do que as não-inovadoras. Inovadoras recebem preço-prêmio de no mínimo 30% nas exportações. Inovadoras têm maior rentabilidade. O aumento no gastos em P&D / faturamento aumenta o coeficiente de exportação das firmas brasileiras. Empresas inovadoras geram postos de trabalho de melhor qualidade. Empresas inovadoras pagam salário 23% superiores à média da indústria. Escolaridade é maior nas que inovam. Tempo de permanência no emprego é maior. Entre 2000 e 2004 o emprego nessas firmas cresceu 29% contra 19% de crescimento do emprego industrial.

Inovar é bom para quem trabalha Remune- ração (R$/mês) Escolaridade (anos) Tempo de emprego (meses) Prêmio Salarial* (%) Inovam e diferenciam produto 1.255 9,13 54,09 23 Especializadas em produtos padronizados 749 7,64 43,90 11 Não diferenciam e têm produtividade menor 431 6,89 35,41 IPEA, 2005

Cresce quem tem escala de produção e é mais produtiva IPEA, 2005

Cresce quem exporta e inova IPEA, 2005

Cresce quem emprega mão-de-obra mais qualificada IPEA, 2005

Cresce quem investe em inovação IPEA, 2005

Investimento em inovação IPEA, 2005

Empresas brasileiras ainda inovam pouco em relação aos padrões internacionais Entre 2000 e 2003 houve redução dos investimentos em P&D de 0,75% para 0,6% do faturamento total das firmas. Na Alemanha este percentual é de 2,7% e na França é de 2,5% Em 2000 cerca de 7.000 empresas realizaram gastos com P&D. Em 2003, esse número caiu para 5.000 Apenas 2,8% das empresas industriais brasileiras fizeram alguma inovação de produto para o mercado em 2003, em comparação com 4,2% em 2000 Das 28.036 empresas pesquisadas apenas 177 inovaram para o mercado internacional (0,6 %) Fonte: PINTEC2000 e 2003

Mas o esforço para inovar é maior nas empresas nacionais Empresas nacionais investem 80,8% a mais em P&D como proporção do faturamento do que as filiais das estrangeiras no Brasil. Transnacionais apresentam menos gastos internos e mais aquisições externas. 79% das Transnacionais são especializadas em produtos padronizados. Gastos internos de P&D / faturamento 0,75% nas firmas nacionais X 0,62% nas filiais de estrangeiras (TNCs) TNCs apresentam menos gastos internos e mais aquisições externas TNCs têm impacto positivo sobre o esforço inovativo das nacionais + 1% de part. mercado das TNCs  + 9% gasto total de P&D das nacionais + 1% de gasto de P&D num setor  + 4% gasto total de P&D das nacionais 79% das TNCs não inovam e diferenciam produto Esforço tecnológico concentrado nas matrizes Subsidiárias brasileiras estabelecidas para o mercado interno

Brasil, Argentina e México Os 3 países continuam exportando fortemente commodities. No Brasil, as firmas de elite são responsáveis por uma boa parcela do emprego, das vendas e da manufatura, diferentemente do México e da Argentina. As firmas mexicanas tipo B são muito mais produtivas que as de tipo A. Nos 3 países o investimento em inovação é baixo. O Brasil e Argentina tem mais pessoas nas empresas trabalhando em P&D. No México, a relação dos gastos em P&D / vendas é a menor dos 3 países (sem as Maquilas). Nos 3 países, a inovação está ligada à compra de máquinas. No México, esse indicador é o maior. No Brasil, o gasto em P&D interno às empresas e muito maior. Fonte: PINTEC2000 e 2003

Conclusão da comparação Ainda que o Brasil seja reconhecido por sua competitividade em produtos standards e pelo agronegócio, há um número relevante de empresas que participam do mercado mundial via produtos com alto e médio conteúdo tecnológico. Diferentemente da Argentina e do México, há uma singularidade no caso brasileiro, que nao confirma as previsões mais tradicionais para o lugar a ser ocupado por países em desenvolvimento (especializados em produtos intensivos em trabalho e recursos naturais). O novo ambiente competitivo permitiu o desenvolvimento de um pequeno – ainda que importante – grupo de empresas brasileiras. Sinais de uma nova onda de empreendedorismo Fonte: PINTEC2000 e 2003

Alternativa: inovar ou inovar

Diretrizes de Política Industrial Fortalecer e ampliar a Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior – PITCE. Melhorar o ambiente de investimento e geração de inovação, tanto para o mercado interno quanto para o externo. Facilitar o surgimento de pequenas empresas inovadoras. Priorizar as atividade de P&D que têm maior impacto econômico e potencial comercial. Estimular a interação empresa universidades e centros de pesquisa. Concentrar a PITCE num grande programa de longo prazo voltado para o financiamento da inovação. Meta: aumentar o esforço inovativo do nível atual (0,6%) para 1,5% / faturamento das empresas. Integrar as políticas de inovação e tecnologia com o PAC.

Os países devem manter a todo custo o dinamismo de seu sistema produtivo... As políticas públicas devem estar voltadas para garantir esse dinamismo. Ou seja, orientadas para a diversificação da produção e a entrada em novas áreas de produtos tradables. Sem isso, o crescimento fenece. O “milagre asiático” foi baseado num esforço contínuo de diversificação tecnológica. As forças de mercado não são suficientes para garantir esse dinamismo. Por isso, dificilmente haverá crescimento sustentado sem uma política industrial centrada na inovação, diferenciação de produtos, capacitação e tecnologia. Desse prisma, a implementação de um programa de Política Industrial não deve ser passageira nem contingente. É necessidade permanente para um País que precisa aumentar o número de empresas tipo A e a sua participação no comércio internacional.

...e aumentar coesão interna da sociedade Estado de direito. Império da lei Instituições democráticas Sistemas de participação social Redes de proteção social orientadas para a eliminação da pobreza e diminuição das desigualdades Fazer o mercado de trabalho trabalhar para todos Expandir o sistema educacional e investir na qualidade da educação

Observatório da Inovação e Competitividade para o Desenvolvimento Projeto da ABDI, IEA e IPEA Analisar, monitorar, mensurar e avaliar processos de competitividade e inovação no Brasil. Desenvolver pesquisas, novas metodologias e métricas específicas. Apoiar a elaboração, acompanhamento e execução de políticas de inovação. Divulgar avanços e resultados dos estudos. Construir rede de pesquisadores e instituições preocupadas com inovação Gastos internos de P&D / faturamento 0,75% nas firmas nacionais X 0,62% nas filiais de estrangeiras (TNCs) TNCs apresentam menos gastos internos e mais aquisições externas TNCs têm impacto positivo sobre o esforço inovativo das nacionais + 1% de part. mercado das TNCs  + 9% gasto total de P&D das nacionais + 1% de gasto de P&D num setor  + 4% gasto total de P&D das nacionais 79% das TNCs não inovam e diferenciam produto Esforço tecnológico concentrado nas matrizes Subsidiárias brasileiras estabelecidas para o mercado interno

Estabilidade Social Estabilidade Econômica Crescimento Emprego Educação Redução da pobreza e desigualdade Democracia Redução dos custos de investimento. Montagem de um sistema de crédito barato e de longo prazo. Incentivo à inovação tecnológica. Políticas para o emprego e a pequena empresa. Continuidade das reformas Tributária, Previdenciária, Trabalhista, Política e do Judiciário. Melhorar ambiente de negócios, com regras estáveis e marcos regulatórios claros. Estabilidade Social Democracia. Coesão social e redução da desigualdade. Fortalecer Rede de Proteção Social. Estabilidade Econômica Aumentar o investimento para estimular o crescimento e a criação de empregos. Desenvolver potencial de inovação e de tecnologia das empresas para requalificar o sistema produtivo e gerar emprego e renda.

                                      Obrigado