DISCIPLINARIEDADE Conhecimento Humano: 1ª fase: Pré-disciplinar 2ª fase: Multi e Pluridisciplinar 3ª fase: Interdisciplinar.

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DISCIPLINARIEDADE Conhecimento Humano: 1ª fase: Pré-disciplinar 2ª fase: Multi e Pluridisciplinar 3ª fase: Interdisciplinar 4ª fase: Transdisciplinar Fase Pré-disciplinar: Conhecimento = sensação / sentimento / razão / intuição Nível do sujeito sensação + sentimento + razão + intuição Arte = Conhecimento filosófico = Conhecimento científico = Conhecimento religioso Ciência = Tecnologia Educação / Fazer / Mestre/ Ofício

1- Fase Pré-disciplinar: Práticas Médicas: a religião + a mágica + o tratamento médico o Xamã o “médico de família” sensação, sentimento, razão e intuição

A GRECIA Corpo: não havia uma representação própria. Não havia uma palavra para indicar o corpo inteiro, corpo como tal -> SOMA: cadáver ASCLÉPIO: deus grego consagrado à medicina. HIPÓCRATES (Cós, 450 AC): família de “asclepíades” -> método clínico ->Doutrina dos Humores -> ÉTICA: previlegiava o doente X Escola de Cós: doença e sintomas. Força vital: PSICHÊ SÉC XVII DECARTES: Fragmentação cartesiana do conhecimento Conhecer = fragmentação (destruição) da coisa a ser transformada em objeto de conhecimento. Fragmentação do conhecimento na MEDICINA / fragmentação do corpo humano. Lerriche: “Se se quer entender a doença é preciso desumanizá-la”. A insânia como uma prova ao contrário da forma como a mente sabe da posse do seu corpo.

2- Multidisciplinaridade e Pluridisciplinaridade: CIÊNCIA FILOSOFIA ARTE RELIGIÃO RAZÃO SENSAÇÃO RAZÃO INTUIÇÃO INTUIÇÃO SENTIMENTO SENTIMENTO SENSAÇÃO Filosofia histórica da ciência ocidental: ANÁLISE X SÍNTESE Modernidade: ANÁLISE separar Conhecimento Científico: materialismo baseado na observação e na experimentação.

OS NOVOS PARADGMAS DA MEDICINA SÉCS XVII e XVIII: Teoria Hipocrática dos Humores + Categorias de Galeno + Autores medievais (árabes) + Alquimia (Paraselso) -> Sistematizações de teorias físicas e químicas para os fenômenos naturais. Medicina clássica: alma como corporal, com sede no corpo caloso (imaginação) e na substância branca do cérebro (memória), tendo a função de interagir e dirigir o corpo. FOUCAULT: Quem diz loucura nos sécs XVII e XVIII não diz no sentido de doença do espírito, mas algo onde o corpo e a alma estão juntos em questão” (o mesmo para as doenças corporais). SÉC XIX PASTER: abandono das idéias globalizantes -> agente etiológico estrangeiro ao doente. AUGUST COMTE: POSITIVISMO

Ciência ocidental especialidade especialista especialização DISCIPLINARIDADE: organização histórico-institucional da ciência, baseada na fragmentação do objeto e na especialização do sujeito científico. DISCIPLINA: “conjunto específico de princípios, regras e métodos característicos de uma ciência particular.” Fragmentação do conhecimento SUJEITO CONHECEDOR SUJEITO DO CONHECIMENTO OBJETO CONHECIDO H-O-M-E-M visto de forma fragmentada

O corpo: “ A sombra da minha alma é o corpo” - Clarisse Lispector - a) Medicina: Organismo/ Estatística / Nosologia médica/ Normatização/ o sadio como o doente que se ignora. b)Psicologia: Vários Corpos = Várias Psicologias Psíquico é diferente de inconsciente (A confusão entre sgte e signo idéico nas experiências de produção de neuroses experimentais). c)Psicanálise: Freud: Psicologia: entre o corpo e o mundo, um eu. O PROJETO Freud: “ O homem são vive o seu corpo, mas não pensa nele, não lhe presta atenção”. Freud: Corpo investido e construído psiquicamente, um corpo sexual (libido). Corpo erógeno. Pulsões.

O psicólogo e a interdisciplinariedade Clavreul (1978): “É inexato dizer apenas que a medicina despossui o doente da sua doença, de seu sofrimento, de sua posição subjetiva. Ela despossui, do mesmo modo, o médico, chamado a calar seus sentimentos porque o discurso médico exige. Ao mesmo tempo que o doente, como indivíduo, se apaga diante da doença, o médico enquanto pessoa também se apaga diante das exigências de seu saber. A relação “médico-doente”, é substituída pela relação “instituição médica-doença”. Wartel (1987): “Lá onde não possuímos material de resposta, endossemos essa fraqueza da não-resposta. É uma posição de ética”.

a verdade paradigmática da objetividade tem sido substituída Na atualidade: a verdade paradigmática da objetividade tem sido substituída pelo erro e pela transitoriedade da ciência a reintrodução do sujeito no processo de observação científica. A subjetividade passa a ser incluída no universo científico e cresce a consciência de que a ciência lida com problemas num mundo em constante mutação. DECARTES: “Se alguém quiser, buscar honestamente a verdade, não deve optar pela escolha de uma ciência particular; estão todas unidas entre elas e dependentes umas das outras”. O desenvolvimento de corpos teóricos e técnicos especializados obstáculo semântico (Torre de Babel) Polissemia dos distintos discursos disciplinares os conhecimentos de uma especialidade X profissionais de outra especialidade.

Transcender a disciplinariedade Prática médica atual: Avanço TECNOLÓGICO + pessoal técnico altamente qualificado objetividade visões unilaterais reducionismo na forma de pensar e atuar, distanciando o conhecimento da sua totalidade a falência do humano. Necessidade de superar reducionismo aproximação das várias disciplinas trabalhos de equipe multi e/ou pluridisciplinares. Tentativas da multi e pluridisciplinaridade superar a excessiva especialização interdisciplinaridade Transcender a disciplinariedade