Jornalismo Científico

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Transcrição da apresentação:

Jornalismo Científico Os desafios do século XXI Eliane Valente – junho 2004

Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica - CePOF Comunicações Ópticas Novos materiais para fotônica Ciências da vida Física atômica e molecular Transferência de Tecnologia Disseminação e Educação

Jornalismo Científico “Divulgar ciência é ter o privilégio de ser porta-voz da fronteira do conhecimento humano” Steve Mirsky (1988)

Por que Jornalismo Científico? “Pesquisa inglesa mostra que 30% da população do mundo acredita que o Sol gira em torno da Terra, que os humanos e dinossauros eram contemporâneos e que antibióticos podem matar vírus” – (Richard Dawkins – 2003)

Por que Jornalismo Científico? “Apenas 21% dos brasileiros sabem mencionar o nome de um cientista do Brasil” (Bueno, 1988)

Por que Jornalismo Científico? Agora, falar ao celular em posto de gasolina vai dar multa de 400 reais A prefeita Marta Suplicy regulamentou a lei na semana passada. Quem for pego usando celular pagará a multa, cujo valor dobra em caso de reincidência. O motivo seria evitar que ondas eletromagnéticas ou mesmo uma faísca produzida pelo aparelho venham a explodir os tanques de combustível, o que é considerado muito improvável por especialistas. André Valentim . Veja SP, 12/05/2003. http://veja.abril.com.br/vejasp/140503/misterios.html

Por que Jornalismo Científico?

Por que Jornalismo Científico? Democracia, justiça Cultura Científica Prestação de Contas Ajudar a sociedade a decidir Demanda Campo promissor ...

Desafios do Jornalismo Científico (Marcelo Leite) Vencer a ignorância: base:células, substância, equação... sobre o que está acontecendo das implicações do que se publica Se vacinar contra o maniqueísmo

Desafios do Jornalista de Ciência Tempo escasso x precisão Didatismo x espaço Metáforas e analogias Métodos e processos científicos

Desafios do Jornalista de Ciência História da ciência Política de C&T Atualização constante Perda de contato com as fontes

O jornalista de ciências Apura Entende, interpreta, critica e contextualiza Descreve com propriedade e conhecimento Dialoga com cientista Respeita a inteligência do leitor

Linguagem Texto segue normas gerais do jornalismo: diferentes leads, contextualização, siglas,datas, títulos, retrancas, box, ilustrações etc) Pirâmide invertida com objetividade

Linguagem “Decodificar” as informações do cientista e transforma-las em algo claro, preciso e de interesse do leitor Usar analogias com o cotidiano do público alvo da publicação e seu provável nível de compreensão.

Linguagem Escrever de forma interessante o que é importante Fórmulas matemáticas: quando puder explicar com exemplos Porcentagens devem ser acompanhadas da grandeza total: não existe parte sem todo

Modelos de criatividade Não existem modelos Leveza com seriedade A qualidade do texto vai depender do material coletado: Entrevistas Observação atenta dos fatos Leituras de matérias semelhantes Pesquisadores diferentes

Modelos de criatividade Não existe mágica sem conteúdo: a arte do bom jornalista de ciência está na qualidade da apuração Redação depende da lógica de produção de cada um Não copie modelos de outros Criatividade x fiçcão

Modelos de Criatividade Informações contextualizadas e uma discussão das implicações sociais, políticas e econômicas Não confie na memória: anote tudo

Decálogo de Cassio Leite (Pequeno Manual de divulgação científica 1998) A simplicidade da linguagem não é incompatível com a riqueza de conteúdo Adeque forma e linguagem ao seu público Agarre o leitor no primeiro parágrafo Distinguir especulações de resultados. Atenção aos resultados de pesquisas médicas. Não dê falsas esperanças aos leitores

Decálogo de Cassio Leite (Pequeno Manual de divulgação científica 1998) 5. Cuidado com o excesso de didática: não trate o leitor como um “descerebrado”, não ofenda sua capacidade de entendimento 6. Tenha sempre em mente o leitor padrão, ponha-se no papel dele. Pergunte ao editor qual o público para o qual você vai escrever, não escreva para seus pares.

Decálogo de Cassio Leite (Pequeno Manual de divulgação científica 1998) 7. A popularização da ciência não é incompatível com a precisão científica. 8. Texto agradável de ler, descontraído. Ninguém quer ler um texto com dicionário de ciências na mão! 9. Evite jargões, fórmulas e abreviaturas 10. Ilustrações, infográficos são ferramentas importantes

Sites Interessantes www.abjc.org.br www.comciencia.br www.jornaldaciencia.org.br www.labjor.unicamp.br www.jornalismocientifico.com.br www.eca.usp.br/nucleos/njr/ www.eurekalert.org www.press.nature.com www.scielo.org www.nature.com www.sciencemag.org

Bibliografia VIEIRA, Cássio Leite. Pequeno Manual de Divulgação Científica: Dicas para cientistas e divulgadores de ciência. São Paulo: Coordenadoria de Comunicação Social da USP, 1999. EPSTEIN, Isaac. Divulgação Científica: 96 Verbetes. Campinas: Pontes Editores, 2002. NELKIN, Doroty. Selling Science: How the press covers science and technology. New York: W. H. Freeman and Company, 1995. MASSARANI, Luisa; MOREIRA, Ildeu de Castro; & BRITO, Fátima (orgs.). Ciência e Público: Caminhos da divulgação científica no Brasil. Rio de Janeiro: Casa da Ciência, 2002. OLIVEIRA, Fabíola de. Jornalismo Científico, Ed. Contexto 2002