DESENVOLVIMENTO HUMANO

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Transcrição da apresentação:

DESENVOLVIMENTO HUMANO Prof. Msc. Luiz Guilherme Psicologia Empresarial Processos Biológicos

Provérbio Popular “Pau que nasce torto, não tem jeito, morre torto!”

Hereditariedade e comportamento Em 1860, Francis Galton – investigou a influência da genética em gênios, pesquisou famílias de homens célebres nas ciências Concluiu que a hereditariedade é a responsável pela inteligência. Galton depois estudou o temperamento ( a sociabilidade e emotividade). Pesquisou a diferença entre gêmeos dizigóticos e monozigoticos .. O fato de o comportamento temperamental de gêmeos idênticos variar muito indica que alem da genética a experiência também é responsável por essas diferenças. Estudo com animais – cruzamento consangüíneos, na seleção de raças de cães. Estudo com doenças genéticas –

O MEIO E O COMPORTAMENTO O psicólogo Donald Hebb enumerou 5 influências do meio no ser humano. 1 – O meio químico pré-natal – As influências químicas que agem antes do nascimento, tais como drogas, nutrição e hormônios. 2 – O meio químico pós-natal – As influências químicas que agem após o nascimento, tais como o oxigênio e a nutrição. 3 – As experiências sensoriais constantes – Os eventos processados pelos sentidos tanto antes como depois do nascimento, são em geral inevitáveis para todos os membros de uma mesma espécie. 4 – Experiências sensoriais variáveis – Eventos processados pelos sentidos e que diferem de um animal para o outro da mesma espécie, dependendo das circunstâncias particulares de cada indivíduo. 5 – Eventos físicos traumáticos – Experiências que resultam na destruição de células de um organismo, antes ou depois do nascimento.

DESENVOLVIMENTO A psicologia do desenvolvimento estuda o desenvolvimento do ser humano em todos os seus aspectos: Aspecto Físico-motor – refere-se ao crescimento orgânico, à maturação neurofisiológica, à capacidade de manipulação de objetos e de exercício do próprio corpo. Ex.: A criança leva a chupeta à boca ou consegue tomar a mamadeira sozinha, por volta dos 7 meses, porque já coordena os movimentos da mão. Aspectos Afetivo-emocional – é o modo particular de o indivíduo integrar as suas experiências. É o sentir. A sexualidade faz parte desse aspecto. Aspecto Intelectual – é a capacidade de organizar o pensamento e o raciocínio. Aspecto Social – é a maneira como o indivíduo reage diante das situações que envolvem outras pessoas. Estes aspectos estão interligados.

O MEIO INTRA-UTERINO E O DESENVOLVIMENTO. 1 entre 360 milhões de espermatozoides se unem a célula da mãe formando o zigoto.. Em 8 semanas (2 meses), o zigoto torna-se feto. Este já vira-se, dá pontapes, cambalhotas, pisca, sorri, soluça, cerra os punhos, chupa o polegar e responde a tons e vibrações. No útero o feto recebe estimulação sensorial constante do borbulhante líquido amniótico que o cerca. Os movimentos diários da mãe fornecem as experiências sensoriais variáveis. Influências químicas pré-natais, potencialmente destrutivas, podem funcionar como acontecimentos traumáticos. São eles: A saúde da mãe – doenças maternas crônicas, como a diabete, a tuberculose, a sífilis, gonorréia e as afecções urinárias. A dieta da mãe – a nutrição inadequada é a maior ameaça isolada ao desenvolvimento ótimo da criança in útero. O uso de produtos químicos pela mãe – drogas ilegais e o uso de remédios, podem alterar o meio intra-uterino e influenciar o feto indiretamente. O estado emocional da mãe – mulheres grávidas respondem às emoções, tais como cólera ou ansiedade, com uma secreção maciça de hormônios da supra-renal. Essa secreção pode penetrar na corrente sangüínea do feto.

A MATURAÇÃO O termo maturação refere-se ao surgimento de padrões de comportamento que dependem em grande parte do crescimento do corpo e do sistema nervoso. Em grande parte, a maturação depende de fatores genéticos, o treinamento especial pode desacelerar ou acelerar a maturação, por exemplo, mas não altera a sua ordem seqüencial. No mundo inteiro o comportamento da criança se desenvolve praticamente na mesma ordem. Quase todos os bebês normais, independentemente das circunstâncias, viram-se antes de sentar-se com apoio, um pouco mais tarde sentam-se sozinhas. Mais tarde ainda ficam de pé, segurando-se em alguma coisa. Muitos poucos bebês sentam-se antes de aprender a rolar ou ficam de pé antes de sentar-se. As capacidades social, de linguagem, percepção e intelectual, também tendem a aparecer em ordem previsível. O impacto das privações sensoriomotoras – impossibilidade de pegar algo, não ser estimulada visualmente, não estabelecer contatos sociais. Tudo isso dificulta o desenvolvimento cognitivo, afetivo e motor.

O psicólogo e biólogo Jean Piaget (1896-1980) demonstrou que existe formas de perceber, compreender e se comportar diante do mundo, próprias de cada faixa etária, isto é, existe uma assimilação progressiva do meio ambiente, que implica uma acomodação das estruturas mentais a este novo dado do mundo exterior Piaget considerava os seguintes fatores: Hereditariedade - Maturação Neurofisiológica Crescimento Orgânico - Meio Este autor divide os períodos do desenvolvimento humano de acordo com o aparecimento de novas qualidades do pensamento, o que por sua vez, interfere no desenvolvimento global.

Período Sensório-Motor ( 0 a 2 anos No recém-nascido, a vida mental reduz-se ao exercício dos aparelhos reflexos, de fundo hereditário, como a sucção. Por volta dos cinco meses, a criança consegue coordenar os movimentos das mãos e olhos e pegar objetos, aumentando sua capacidade de adquirir hábitos novos. No final deste período, a criança é capaz de usar um instrumento como meio para atingir um objeto. Ao longo desse período, irá ocorrer na criança uma diferenciação progressiva entre o seu eu e o mundo exterior. Isso permiti que a criança, por volta de 1 ano, admita que um objeto continue a existir mesmo quando este não se encontra presente no seu campo visual. Esta diferenciação também ocorre no aspecto afetivo, pois o bebê passa das emoções primárias (os primeiros medos) para uma escolha afetiva dos objetos, quando já manifesta preferências. Por volta de 2 anos, a criança evolui de uma atitude passiva em relação ao ambiente e pessoas de seu mundo para uma atitude ativa e participativa. Sua integração no ambiente dá-se, também, pela imitação de regras. E a própria fala é imitativa.

Período Pré-operatório ( 2 a 7 anos) O que de mais importante acontece é o aparecimento da linguagem, que irá acarretar modificações nos aspectos intelectual, afetivo e social da criança. No início do período, ele exclui toda a objetividade, a criança transforma o real em função dos seus desejos e fantasias; posteriormente, utiliza-o como referencial para explicar o mundo real, a sua própria atividade, seu eu e suas leis morais; e no final do período, passa a procurar a razão causal e finalista de tudo (é a fase dos “porquês”). É um pensamento mais adaptado ao outro e ao real. No aspecto afetivo, surgem os sentimentos interindividuais, sendo um dos mais relevantes, o respeito que a criança nutre pelos indivíduos que julga superiores a ela. Mais tarde, adquire uma noção mais elaborada da regra, concebendo-a como necessária para organizar o brinquedo. Surge também uma escala de valores próprios da criança. Ela passa a avaliar suas próprias ações a partir dessa escala. É importante considerar, que a maturação neurofisiológica completa-se, permitindo o desenvolvimento de novas habilidades, como a coordenação motora fina.

Período das Operações Concretas (7 a 11 ou 12 anos) O aparecimento de uma nova capacidade mental : as operações, isto é, ela consegue realizar uma ação física ou mental dirigida para um fim(objeto) e revertê-la para o seu início. O desenvolvimento mental, caracterizado pelo egocentrismo intelectual e social, é superado neste período pelo início da construção lógica, isto é, a capacidade da criança de estabelecer relações que permitam a coordenação de pontos de vista diferentes. No plano afetivo, isto significa que ela será capaz de cooperar com os outros, de trabalhar em grupo e, ao mesmo tempo, de ter autonomia pessoal. No aspecto afetivo, ocorre o aparecimento da vontade como qualidade superior e que atua quando há conflitos de tendências ou intenções. A criança adquiri uma autonomia crescente em relação ao adulto, passando a organizar seus próprios valores morais. O sentimento de pertencer ao grupo de colegas torna-se cada vez mais forte. Este fortalecimento do grupo implica em não considera mais as opiniões dos adultos passando a “enfrentá-los”.

Período das Operações Formais ( 11 ou 12 anos em diante) Neste período, ocorre a passagem do pensamento concreto para o pensamento abstrato. O adolescente domina, progressivamente, a capacidade de abstrair e generalizar, cria teorias sobre o mundo, principalmente sobre os aspectos que gostaria de reformular. No aspecto afetivo, o adolescente vive conflitos. Deseja libertar-se do adulto, mas ainda depende dele. Deseja se aceito pelos amigos e pelos adultos. O grupo de amigos é um importante referencial para o jovem, determinando o vocabulário, as vestimentas e outros aspectos de seu comportamento. Há uma modificação orgânica, que o deixa feliz e ao mesmo tempo confuso, por não saber como devera lidar com essas novas necessidades e transformações. Os interesses do adolescente são diversos e mutáveis, sendo que a estabilidade chega com a proximidade da idade adulta.