Brucelose em cavalos carroceiros de Curitiba e Região mETROPOLITANA

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Transcrição da apresentação:

Brucelose em cavalos carroceiros de Curitiba e Região mETROPOLITANA João Marcelo A. de Paula Antunes1 ; Tassiana Barros Neves2 ; Jane Megid3 ; Ariani C. da Silva Almeida4 ; Ivan R. de Barros Filho5 ; Ivan Deconto5 ; Alexander W. Biondo5; Mariane A. P. Finger 6 1-Pós-Graduando em Medicina Veterinária da FMVZ UNESP- Botucatu; 2- Graduanda em Medicina Veterinária da UFPR; 3- Docente FMVZ UNESP- Botucatu;4- Residente da Moléstias Infecciosas da UNESP; 5- Docente DMV UFPR; 6- Pós graduanda em Medicina Veterinária da UFPR _______________________________________________ Discussão Os resultados evidenciam a presença da Brucella sp. nos cavalos carroceiros, alarmando a problemática da saúde pública , já que para a espécie humana, a brucelose tem como única fonte de infecção os reservatórios animais, e pode ser transmitida pelos eqüinos através do contato da pele ou mucosas. A fase inicial de bacteremia é extremamente fugaz na primo-infecção, e os animais tornam-se assintomáticos por meses, manifestando tardiamente os processos lesionais. Portanto, a doença muitas vezes pode estar presente e sua incidência é desconhecida devido ao período sub clínico e a situação econômica e cultural dos proprietários, que não possuem remuneração suficiente para custear possíveis diagnósticos e tratamentos veterinários. Conclusão Em conclusão, os animais analisados tiveram contato com o agente, que pode estar sendo mantido no meio urbano, tendo os cavalos de coletores de recicláveis como reservatórios. Além disso, o presente estudo alerta para a brucelose veiculada por eqüinos em centros urbanos, tendo em vista que o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PNCEBT) não dispõe de normas detalhadas para a brucelose eqüina, o que dificulta, sobremaneira, as ações de controle e profilaxia da doença nesta espécie. Contato: tassianaufpr@hotmail.com / (41) 96300237 Apoio: Introdução A brucelose é uma doença infecto-contagiosa causada por bactérias do gênero Brucella e é de grande impacto sobre a saúde pública e animal, por possuir grande potencial zoonótico. Os cavalos que tracionam carroças coletoras de recicláveis percorrem longas distâncias, mantendo contato direta ou indiretamente com a população. O objetivo deste estudo é identificar eqüinos carroceiros de Curitiba e região metropolitana sorologicamente positivos para a doença e evidenciar sua relação com a Saúde Pública. Material e métodos Amostras de sangue foram coletadas, aliquotadas, e processadas por sorologia baseada no teste ATA (Antígeno tamponado acidificado) como triagem e posteriormente para o teste SAL (soroaglutinação lenta) e 2-ME (2 mercaptoetanol) para confirmação, seguindo os mesmos critérios utilizados para bovinos e búfalos segundo instruções do Ministério da Agricultura, pecuária e abastecimento do Brasil - MAPA. Resultados Foram processadas 223 amostras, das quais 26 (11,65%) foram positivas para o teste ATA enquanto que destas, 21 (9,41%) foram positivas no teste SAL e somente 2 (0,89%) reagiram no 2-ME. O teste do ATA limita a aglutinação com imunoglobulinas (Ig) da classe IgM, priorizando reações com a classe IgG, que é considerada a Ig específica de doença. Os outros dois testes seguem como confirmatórios e diferenciadores de infecções agudas e crônicas, já que a SAL reage mais especificamente com IgM enquanto 2-ME com IgG.