AFOGAMENTOS Prof ª. Dra. Taís Tinucci Socorros de Urgência

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Transcrição da apresentação:

AFOGAMENTOS Prof ª. Dra. Taís Tinucci Socorros de Urgência Vasily Perov, 1867 AFOGAMENTOS Prof ª. Dra. Taís Tinucci Socorros de Urgência

(D Szpilman, 1998)

(D Szpilman, 1998)

Em 2009, o afogamento foi: 2ª causa geral de óbito entre 1 e 9 anos, 3ª causa nas faixas de 10 a 19 anos, 4ª na faixa de 20 a 24, 6ª entre 25 e 29 anos, e 7.152 brasileiros (3.7/100.000 habitantes) morreram afogados. D Szpilman, 2012

MORTALIDADE POR AFOGAMENTO BRASIL - 1976 a 2007

(D Szpilman, 1998)

afogamento Morte por asfixia consequente à aspiração pela submersão ou imersão em meio líquido. Refere-se a entrada de líquido na via aérea.

quase afogamento Sobrevida inicial após submersão em meio líquido

afogamento secundário Morte que ocorre nas primeiras 24-72 horas após submersão inicial devida a complicações: Insuficiência Respiratória (SARA) Encefalopatia Anóxica Broncopneumonia

causas de afogamento Primário Mais comum Sem fator incidental ou patológico como desencadeante

causas de afogamento Secundário 13% dos afogamentos Causado por patologia ou incidente precipitante Drogas : quase sempre álcool (36%) Crise convulsiva (18%) Traumas (16%) Doenças cardio-pulmonares (14%) Mergulho livre ou autônomo (4%) Outras (12%)

afogamento Sequência de eventos: Pânico ou luta seguido de apneia voluntária Aspiração de líquido Aspiração ou laringoespasmo Inconsciência* Morte *Breath-hold breakpoint: pCO2 > 55 mmHg

afogamento Fatores predisponentes: Incapacidade de nadar, fadiga, exaustão Supervisão inadequada (crianças) Intoxicação álcool/medicamento (40-50%) Doenças agudas (crise convulsiva, infarto do miocárdio, hipotermia) Traumatismo Craniano, Trauma Raqui-medular Acidentes (esportes aquáticos)

afogamento Classificação Molhado (80-90%) - Aspiração de líquido Seco (10-20%) - Espasmo de laringe * Ambos aspiram pouco líquido

afogamento Fisiopatologia Submersão Aspiração Asfixia Hipóxia (Edema pulmonar)

afogamento em água doce

afogamento em água doce HIPOTÔNICO - 90% DOS CASOS Aspiração Absorção rápida pelos alvéolos para a circulação Alteração qualitativa e quantitativa do surfactante Colapso alveolar (maior grau de atelectasia) Alveolite e edema pulmonar não cardiogênico Hipóxia Insuficiência respiratória, alterações na troca alveolo-capilar e distúrbios do equilíbrio acido-básico REVERSIBILIDADE TOTAL DAS LESÕES COM TERAPIA ADEQUADA

afogamento em água salgada

afogamento em água salgada HIPERTÔNICO - 10% DOS CASOS Aspiração Retirada de líquido da circulação para os alvéolos Alvéolos perfundidos mas cheios de líquido Comprometimento quantitativo do surfactante Lesão da membrana alvéolo-capilar Alveolite e edema pulmonar não cardiogênico Hipóxia Insuficiência respiratória, alterações na troca alveolo-capilar e distúrbios do equilíbrio acido-básico REVERSIBILIDADE TOTAL DAS LESÕES COM TERAPIA ADEQUADA

condutas no quase afogamento Retirada da água Respiração Impacto contra a água Circulação Hipotermia

retirada da água Rápida aproximação (barco, balsa, prancha) Cautela para minimizar risco para o socorrista Manter a vítima em posição horizontal Posição vertical pode reduzir fluxo cerebral

respiração Snorkel (águas profundas, socorrista treinado) Boca a boca (água rasa ou fora da água) Snorkel (águas profundas, socorrista treinado) Iniciar de imediato respiração boca a boca * Não é necessário remover a água dos pulmões

ventilação dentro da água

retirada da água

abordagem da vítima fora da água

ativar o resgate

abrir via aérea e verificar respiração

ventilação boca a boca

compressões torácicas 1 2 3 4

Pensar em trauma cervical impacto contra a água Pensar em trauma cervical Manter pescoço em posição neutra Vítima colocada para boiar antes de removê-la da água Se precisar virá-la, fazê-lo em monobloco

hipotermia Todos apresentam algum grau de hipotermia Aquecimento corporal externo

posição de recuperação