REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
M. Just, M. Ribera, E. Monsó, J.C. Lorenzo and C. Ferrándiz
Advertisements

Transformação para o Espaço Latente
DIABETES MELLITUS Farmacologia Nutrição
A busca das mulheres para alcançar seu espaço dentro das organizações
Folding de Proteínas (Parte B-Lessandra) )
Capa Disciplina: Ajustamento de Observações
GESTAÇÃO Suplementação nutricional
1 INQUÉRITOS PEDAGÓGICOS 2º Semestre 2003/2004 ANÁLISE GERAL DOS RESULTADOS OBTIDOS 1.Nº de RESPOSTAS ao inquérito 2003/2004 = (42,8%) 2.Comparação.
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
CÉLULAS TRONCO Fatos, Ficção e Futuro
Eixo Hipotálamo-Hipófise
Genes & Drogas Dr. Cláudio C Silva Módulo VI
Curso de ADMINISTRAÇÃO
TNF- and IL-1 inhibit through different pathways IFN- -induced antigen presentation, processing and MHC class II surface expression on astrocytes, but.
BIOQUÍMICA COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS SERES VIVOS
SVM Support Vector Machines
Pediatria Ambiental Rio de Janeiro – maio/09
Crescimento Econômico Brasileiro : Uma Visão Comparada de Longo Prazo Prof. Giácomo Balbinotto Neto UFRGS.
Crescimento celular CESCAGE - Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais.
FIGURA 13.2Quatro modos principais de transdução de sinal intercelular.Redesenhado com base em figuras de Alberts, B., et al. Essential Cell Biology, 2nd.
Estrutura dos Ácidos Nucléicos
ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL do GENOMA
Introdução à expressão gênica
FOS.
1 Evolução da Proteção Social e Impactos sobre a Pobreza – 1992 a 2011 BRASÍLIA, OUTUBRO DE 2012.
QUIMIOTERAPIA NO USUÁRIO DE BLOQUEADOR DE TNF-alfa
Vírus A maior de todas as pragas virtuais.
Ciclo celular : transição G2 M Inês Marques, Isabel Pinto, Ivo Cruz, Jacinta Fonseca Laboratório de Biologia Celular e Molecular, Faculdade de Medicina.
Regulação da Expressão Genética
Ação das vitaminas no sistema imunológico
QUANDO PENSAMOS EM BIOTECNOLOGIA, O QUE SURGE EM NOSSA MENTE???
Oral – o que é o escorbuto
COBERTURAS COM ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS
PESQUISA SOBRE PRAZO MÉDIO DA ASSISTÊNCIA NA SAÚDE SUPLEMENTAR
Maria Eugênia Duarte Leite, MD, PhD
CREATINA Paula Maki Otani R1.
Radicais livres e poluição aquática
2EGA107 Economia da Regulação
Aula 9 – Proteínas III – Enzimas
AULA 7 Sobre “Enzimas”, importante saber: Conceito;
ESTUDO MOLECULAR DOS GENES NA GAGUEIRA
As proteínas 1ª parte.
NUTRIÇÃO CLÍNICA I SAÚDE
Proteínas e Noções de Metabolismo
Glomeruloesclerose nodular associada ao tabagismo
BIOLOGIA MOLECULAR (BIOQUÍMICA DA CÉLULA)
Caracterização da doença; Bases bioquímicas da doença.
Capítulo 18 – Stryer, Biochemistry, 5ª edição
Contatos: – AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO COGNITIVA DE PACIENTES RENAIS CRÔNICAS EM FUNÇÃO DA IDADE Tzanno-Martins.
Introdução ao metabolismo
A genética e os genes.
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Olhe fixamente para a Bruxa Nariguda
Desintoxica Nutre Fortalece o sistema Imunológico.
Foliculite Dissecante do Couro Cabeludo
VITAMINA D Hormônio Esteroide VDR – Receptor da Vitamina D
O que há de novo no tratamento Marcus B. Conde Universidade Federal do Rio de Janeiro Faculdade de Medicina de Petrópolis Encontro.
Grupo: Maria de Fátima, Marilda, Michele, Priscilla, Rafaela
Marcílio C. P. de Souto DIMAp/UFRN
Diante da ingestão de uma dieta hipoglicídica, o seguinte processo é ativado: Glicólise Lipogênese Gliconeogênese Glicogênese Glicogenólise muscular.
MECANISMOS DE SOBREVIVÊNCIA E ADAPTAÇÃO DE BACTÉRIAS
Diferenciação Celular
Metabolismo Nutricional
METABOLISMO DE CARBOIDRATOS
Mecanismos da hemostasia sanguinea
Linha Redubío® A linha Redubío® é a linha de emagrecimento e nutrição estética mais completa no mercado brasileiro. Composta por alimentos, vitaminas e.
Ciclo do Ácido Cítrico Thais Larissa Araújo O. Silva.
Citocinas O ELO da resposta imune Resposta imune Inata
SO6 ESCORBUTO Ana Cláudia Paiva Ana Sofia Nina Carolina Neves Daniela Pato Pais Eduarda Neves Flávia Oliveira João António Neves João Miguel Oliveira Lúcia.
Transcrição da apresentação:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS VITAMINA C PASIN I 1 , BEDIN GL², GREGORINI HNV³, GOUVEIA MF³ BEDIN V 4 (1) Médica Assistente do CIPE (2) Médico Residente do Hospital Heliópolis –SP (3) Pós Graduando do BWS-Pele Saudável (3) Mestre e Doutor - Diretor do CIPE e do BWS –Pele Saudável INTRODUÇÃO Há muito o papel do ácido ascórbico (AA) no metabolismo do tecido conjuntivo tem sido reconhecido, sobretudo a partir do século 16, quando o escorbuto começou a ser prevenido com sumo de frutas cítricas. As primeiras publicações referentes ao uso tópico da vitamina C, inicialmente em cobaio, datam da década de 1960. Entretanto, só mais recentemente tem-se dado valor a essa via de aplicação. O trabalho apresenta uma revisão sobre o assunto, discorrendo sobre o histórico da vitamina C, seus efeitos no metabolismo do tecido conjuntivo, no processo de cicatrização, sobre sua atividade antioxidante e mecanismos de ação. A vitamina C ou, simplesmente, ácido ascórbico (AA) é vitamina hidrossolúvel e termolábil. Os seres humanos e outros primatas, bem como o cobaio, são os únicos mamíferos incapazes de sintetizar o AA. Neles, a deficiência, geneticamente determinada, da gulonolactona oxidase impede a síntese do ácido L-ascórbico a partir da glicose. A dose recomendada para manutenção de nível de saturação da vitamina C no organismo é de cerca de 100mg por dia. Em situações diversas, tais como infecções, gravidez e amamentação, e em tabagistas, doses ainda mais elevadas são necessárias. A vitamina C encontra-se na natureza sob duas formas: reduzida ou oxidada (ácido deidroascórbico); ambas são igualmente ativas, porém a forma oxidada está muito menos difundida nas substâncias naturais MECANISMOS DE AÇÃO O ácido L-ascórbico é vital para o funcionamento das células, e isso é particularmente evidente no tecido conjuntivo, durante a formação do colágeno. Na pele, colágenos tipos I e III contribuem com 85 a 90% e 8 a 11% do colágeno total sintetizado, respectivamente. O AA é co-fator para duas enzimas essenciais na biossíntese do colágeno. A lisil e a prolil hidroxilases catalisam a hidroxilação dos resíduos prolil e lisil nos polipeptídeos colágenos, e essas modificações pós-translacionais permitem a formação e estabilização do colágeno de tripla hélice, e sua subseqüente secreção no espaço extracelular como procolágeno.1 O procolágeno é então transformado em tropocolágeno, e finalmente fibras colágenas são formadas por um rearranjo espacial espontâneo das moléculas tropocolágenas. Dessa forma, promove a síntese de uma trama colágena madura e normal por meio da perfeita manutenção da atividade das enzimas lisil e propil hidroxilases.18 Além de atuar como importante cofator para as enzimas já citadas, tem sido demonstrado que a vitamina C regula também a síntese de colágeno tipo I e III, pelos fibroblastos dérmicos humanos. Trabalho recente demonstrou que, embora a capacidade proliferativa e a síntese de colágeno sejam idade-dependentes, o ácido ascórbico é capaz de estimular a proliferação celular, bem como a síntese de colágeno pelos fibroblastos dérmicos, independente da idade do paciente. O AA foi capaz de vencer a capacidade proliferativa reduzida dos fibroblastos dérmicos de indivíduos idosos (78-93 anos), assim como aumentar a síntese de colágeno em níveis similares aos de células de recém-natos (três a oito dias de vida). USO TÓPICO O mecanismo pelo qual o AA atua na síntese de colágeno é complexo e ainda não totalmente esclarecido. Ficou demonstrado que a vitamina C tópica aumenta o nível de RNA-m dos colágenos I e III, suas enzimas de conversão e o inibidor tissular das metaloproteinases matriciais do tipo 1, na derme humana. As proteínas da matriz do tecido conjuntivo são degradadas por várias proteases, principalmente as metaloproteinases, dentre as quais se destacam as colagenases intersticiais, que mediam o passo inicial da degradação do colágeno. Estudos conduzidos com cultura de fibroblastos de pele humana demonstraram que o AA estimularia a síntese de colágeno preferencialmente sem afetar a síntese de proteínas não colágenas. Esse efeito não estaria relacionado à propriedade de co-fator, do AA, nas reações de hidroxilação pós-translacionais envolvendo a síntese de colágeno, mas sim mediante transcrição genética. A mensuração dessa atividade revelou aumento das cadeias pró-alfa1(I) e pró-alfa 2(I) de quatro vezes e da próalfa1(III) de três vezes, na presença de AA sem aumento na atividade transcritora de genes não colágenos CONCLUSÃO Em adição a seus efeitos antioxidantes, o AA é importante na cicatrização das feridas, essencial na síntese de colágeno, atuando como co-fator para as enzimas lisil e propil hidroxilases, e estimulando a transcrição dos genes do colágeno. Tem sido utilizado também como clareador cutâneo, inibindo a tirosinase e provê suplemento seguro e efetivo de armazenamento nos tecidos, melhorando a fotoproteção e aumentando as defesas antioxidantes. Com tantas qualidades e benefícios, sem dúvida alguma, a vitamina C merece continuar a ser investigada em todas as suas implicações, sobretudo em sua forma tópica, no nível cutâneo, criando linhas de pesquisa nas áreas de fotoenvelhecimento e fotocarcinogênese. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Alberts B, Johnson A, Lewis J, Raff M, Roberts K, Walter P. Molecular Biology of the Cell. 4th ed. New York: Garland Publishing; 2002. Balz, F. (1995) Lipids and LDL rancidity and you: targets of free radicals. Oxigen 95`, Sunrise Free Radical Scholl, Congresso de Radical Livre, Passadena. Bates CJ. Vitamin C deficiency in guinea pigs: variable sensitivity of collagen at different sites. Int J Vitam Nutr Res, 1979; 49(1):77-86. Beckamn, J.S. & Koppenol, W.H. (1996) Nitric oxide, superoxide, and peroxynitrite: the good, the bad, and the ugly. The American Physiology Society, C1424-1437. Boyera N, Galey I, and Bernard BA. Effect of vitamin C and its derivatives on collagen synthesis and cross-linking by normal human fibroblasts. International Journal of Cosmetic Science, 1998;20:151-8. Burkitt HG, Young B, Heath JW. Wheater’s Functional Histology. 3rd ed. London:Longman Group UK Limited, 1994. Flaherty, J.T. and Weisfeldt, M.L. (1988). Reperfusiom injury. Free radicals in biology and Medicine.; 5: 409-419. Freeman, B.A. & Crapo, J.D. (1982) Biology of disease: free radicals and tissue injury. Lab. Invest. 47: 412-426. Fuchs E, Raghavan S. Getting under the skin of the epidermal morphogenesis. Nature Reviews Genetics 2002, Mar (3):199-209. Gambardella L, Barrandon Y. The multifaceted adult epidermal stem cell. Current Opinion in Cell Biology 2003, 15:771-7. Garcia-Mercier C, Richard A, and Rougier A. Effect of a water/oil emulsion containing ascorbic acid on collagen neosynthesis in human full thickness skin discs in culture. EJD, 2002; 12(4):XXX-XXXI. Gelse K, Pöschl E, Aigner T. Collagens - structure, function, and biosynthesis. Advanced Drug Delivery Reviews 2003, 55:1531-46. Halliwell, B & Gutteridge, J.M.C. (1999). Free Radicals in Biology and Medicine, 3rd ed., Oxford University Press, NY. Hohmeier, H-E.; Thigpen, A.; Vien, V.; Davis, R. And Newgard, C.B. (1998). Stable expression of manganese superoxide dismutase (MnSOD) in insulinoma cells prevents IL-1-induced citotoxicity and reduces nitric oxide production. Journal Clinical Investigation;.101(9):1811-1820. Hornig D, Metabolism and requirements of ascorbic acid in man. S Afr Med J, 1981;60(21)818-23. Huggett, R.J., Kimerie, R.A., Mehrie, P.M.JR & Bergman, H.L. (1992) Biomarkers: biochemical, physiology and histological markers of anthropogenic stress. Society of environmental toxicology and chemistry SETAC, special publications series. Humbert P. Topical vitamin C in the treatment of photoaged skin. Eur J Dermatol, 2001;11(2):172-3. Balz, F. (1995) Lipids and LDL rancidity and you: targets of free radicals. Oxigen 95`, Sunrise Free Radical Scholl, Congresso de Radical Livre, Passadena. Imai Y, Usui T, Matsuzaki T, Yokotani H, and Mima H. The antiscorbutic activity of L-ascorbic acid phosphate given orally and percutaneously in guinea pigs. Jpn J Pharmacol, 1967;17(2): 317-24. Junien C, Weil D, Myers JC. et al. Assignment of the human pro alpha 2(I) collagen structural gene (COLIA2) to chromosome 7 by molecular hybridization. Am J Hum Genet, 1982;34(3):381-7. Kameyama K, Sakai C, Kondoh S, et al. Inhibitory effect of magnesium L-ascorbyl-2-phosphate (VC-PMG) on melanogenesis in vitro and in vivo. J Am Acad Dermatol, 1996;34(1):29-33. Kekrer, J.P. (1993) Free radicals as mediators of tissue injury. Crit. Rev. Toxicol. 23: 21-48. Lodish H, Berk A, Zipursky SL, Matsudaira PB, David D, James E. Molecular Cell Biology. 4th ed. New York: W. H. Freeman & Co.; 2000. Maeda K. and Fukuda M. Arbutin: mechanism of its depigmenting action in human melanocyte culture. J Pharmacol Exp Ther, 1996;276(2):765-9. Manna, L., Valvo, L. & Betto, V. (1999) Determination of oxidezed and reduced glutathione in pharmaceuticals by reversed-phase high performance liquid chromatography with dual electrochemical detection. Journal of Chromatography A. 846: 59-64. Myllyharju J, Kivirikko KI. Collagens, modifying enzymes and their mutations in humans, flies and worms. TRENDS in Genetics 2004, Jan 20(1):33-43.