A CERVEJA AO LONGO DA HISTÓRIA.

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Transcrição da apresentação:

A CERVEJA AO LONGO DA HISTÓRIA

IDADE ANTIGA - SUMÉRIA Documentos vários provam que o homem começou a produzir cerveja aquando da Revolução Neolítica, associada à produção do pão, a partir dos cereais, na Suméria, há cerca de 5.000 anos. Os sumérios foram os inventores da escrita. A cerveja era sobretudo produzida por mulheres e servida em casas de divertimento. Para produzirem a cerveja, deixavam a cevada de molho até germinar e, então, era moída grosseiramente e moldada em bolos aos quais se adicionava a levedura. Os bolos, após parcialmente assados e desfeitos, eram colocados em jarras com água e deixados a fermentar.

IDADE ANTIGA - BABILÓNIA A civilização Babilónica sucedeu à Suméria , sendo tecnologicamente mais evoluída. A produção de cerveja estava generalizada, a cargo principalmente das mulheres. Havia vários tipos de cerveja. O Código de Hamurabi determinava a quantidade de cerveja atribuída a cada indivíduo de acordo com a sua classe social. Também estabelecia a pena a aplicar a quem vendesse cerveja falsificada: morte por afogamento. A cerveja não era filtrada, mas era muito apre-ciada, sendo mesmo expor-tada para o Egipto

O povo egípcio tinha uma forte apetência pelo henket ou zythum, verdadeia bebida nacional, preferida por todas as camadas sociais. Ramsés III (1184-1153 a.C.), muitas vezes designado por "faraó-cervejeiro", doou aos sacerdotes do Templo de Amón 466.308 ânforas (cerca de 1.000.000 litros) de cerveja proveniente das suas cervejarias. IDADE ANTIGA - EGIPTO Os egípcios de todas as condições sociais eram grandes apreciadores de cerveja, que além de alimento, era também usada para fins medicinais. A sua importância pode ser comprovada pelo facto de ter um papel importante na religião e no culto dos mortos. Era ofertada aos deuses e deixada como alimento para os defuntos. A cerveja era uma verdadeira bebida nacional, preferida por todas as camadas so- ciais. Ramsés III (1184-1153 a.C.), muitas vezes designado por "faraó-cervejeiro", doou aos sacerdotes do Templo de Amon 466.308 ânforas (cerca de 1.000.000 litros) de cerveja proveniente das suas cervejarias.

IDADE CLÁSSICA - GRÉCIA No período clássico a cerveja perdeu importância para o vinho, mas continuou a ser uma bebida muito apreciada. Sófocles, um dos maiores dramaturgos gregos e Heródoto, considerado o pai da História, nos seus escritos muitas vezes se referem à cerveja, que os gregos aprenderam a fazer com os egípcios. Se bebida com moderação, era apontada como fazendo parte de uma dieta equili-brada. Mas na mitologia só havia lugar para o Deus Baco.

IDADE CLÁSSICA - ROMA Os romanos apreciavam mais o vinho que a cerveja, sendo esta reservada às classes inferiores e aos povos que subjugaram, sobretudo no norte da Europa. Era considerada uma bebida dos bárbaros e mal afamada entre os escritores latinos como Tácito ou Plínio. A palavra cerveja deriva de cervisia ou cerevisia vocábulo romano, surgido para homenagear Ceres, deusa da agricultura e da fertilidade.

IDADE MÉDIA Após a queda do Império Romano, coube aos monges dos conventos, manter viva a produção de cerveja, principalmente no norte da Europa. Tornou-se numa bebida corrente, objecto de aperfeiçoamentos e de regulamentação. Entre outros aditivos, o lúpulo passou a ser usado para dar sabor à cerveja e ao mesmo tempo ajudava à conservação. A partir do século XII a cerveja começou a ser produzida por artesãos, para além da cerveja caseira, maioritariamente feita por mulheres, mas para consumo masculino nas tabernas e festas. A produção de cerveja tornou-se numa importante actividade económica, sendo objecto de leis e regulamentos, fonte de receitas fiscais. Algumas marcas alemãs actuais nasceram neste período

IDADE MODERNA A cerveja tornou-se na bebido dos povos europeus do norte, particularmente da Europa Central e do Leste, com os reis a publicarem leis em defesa da qualidade, da pureza da cerveja, proibindo certos aditivos, em favor do lúpulo. A Alemanha tornou-se o grande centro produtor e exportador de cerveja para o resto da Europa e para o mundo, recentemente descoberto, graças ao dinamismo das cidades comerciais da Liga Hanseática. Foi por essa altura que foi levada para o Novo Mundo pelos Espanhóis e portugueses, eles próprios cada vez mais convertidos à cerveja, mas sobretudo pelos ingleses, apesar do vinho continuar a ser rei nos países do sul da Europa

IDADE CONTEMPORÂNEA Com o avanço da tecnologia a produção de cerveja deixou de ser uma actividade sazonal para ser produzida de forma industrial, em qualquer época do ano, graças a invenções como a máquina a vapor por James Watt e a refrigeração artificial por Carl Von Linde. Em França, a Revolução Francesa ao rebentar com as estruturas sociais e produtivas tradicionais, afectaram decididamente a produção de cerveja, mas que acabou por sobreviver, agora numa produção mais industrial, para abastecimento das cidades. O comboio facilitou a comercialização e a internacionalização de muitas marcas. Avanços no domínio da química também foram muito importantes para o aperfeiçoamento da qualidade e sabor da cerveja, nomeadamente os trabalhos de Pasteur, que permitiram controlar a produção tendo em conta preocupações de higiene. A invenção do microscópio foi crucial para o conhecimento dos processos celulares e como tal, para avanços na indústria cervejeira.

IDADE CONTEMPORÂNEA - SÉCULO XX No século XX estava generalizada um pouco pelo mundo industrializado, a produção de cerveja. Contudo a primeira guerra mundial veio naturalmente levar à diminuição das empresas cervejeiras, afectando produção e consumo. Os anos vinte permitiram a recuperação, interrompida com a crise de 1929, particularmente nos Estados Unidos da América, devido à Lei Seca. A 2.ª Guerra Mundial veio dar um grande golpe na indústria de produção de cerveja, mas uma vez terminada, assiste-se novamente ao incremento da produção com as grandes empresas a dominarem o mercado graças a novas técnicas de comercialização e à grande aposta na publicidade. Hoje a cerveja é uma bebida democrática.