Iluminação nos edifícios

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Transcrição da apresentação:

Iluminação nos edifícios Iluminação natural em 3 edifícios de habitação plurifamiliar do arquitecto Agostinho Ricca no Porto Ana Isabel Pinheiro Rita Araújo Sara Guedes

-o edifício Montepio na Rua Júlio Dinis (1961); “la lumière naturelle es la seule lumière qui fait l’architecture être architecture”. Louis Kahn 3 obras de habitação plurifamiliar PORTO Do arq. Agostinho Ricca sendo as selecionadas: -o edifício Montepio na Rua Júlio Dinis (1961); -Edifício residencial da Boavista (1962) -Edifício residencial Quinta de Miramar (1991)

A Luz no tempo  Architectura sine luce nulla architectura est (A arquitectura sem Luz, nada é e menos do que nada é), BAEZA, A. Campo in Architectura Sinne Luce Nulla Architectura Est. 1993 Architécti nº18 pág. 36-37   “Quando o arquitecto descobre, finalmente, que a Luz é o tema central da Arquitectura, então começa a entender algo, começa a ser um verdadeiro arquitecto.” BAEZA, A. Campo, A Ideia Construída, 4º Edição, Fevereiro 2011, edição Caleidoscópio, Op. Cit. pág. 17 Grande parte da história do arquitecto pode ser vista como uma tentativa de transformar a Luz horizontal (proveniente dos meios de captação de luz dos planos verticais) em Luz que pareça vertical. Na Idade Média, o tratamento da Luz reflectiu-se numa arquitectura tectónica, que tratava esta problemática de forma muito pontuada e com um carácter de divino: Primeiramente no período Românico, caracterizado por construções quase monolíticas, de paredes espessas e com aberturas muito pontuais Mais tarde no período Gótico, com a alteração dos paradigmas da construção, possibilitou-se a materialização de paredes mais finas e de vãos que rasgavam as mesmas, quase na sua totalidade, em altura.

Renascimento foi um período de grande debate em torno da temática da natureza da luz, vindo assim liberta-se da forte conotação religiosa, que carregou durante o período da idade Média. As intervenções do período Barroco podem ser vistas como uma tentativa de converter a luz captada nos planos verticais (Luz horizontal) e transforma-la em Luz difusa o que criava a ilusão da existência exclusiva de luz vertical. Mais tarde o Iluminismo, ou a Época das Luzes, caracteriza-se por um conjunto de inovações tecnológicas e técnicas e acima de tudo por uma nova abertura de espírito e de ideias – o homem procurava ser iluminado através da razão. Esta nova postura atirou o homem para uma nova busca por uma luz mais pura (à semelhança da arquitectura clássica), sem grandes artifícios nem espetáculos, pela depuração das linhas. O Movimento Moderno resume-se como uma inundação de luz. Quando foi possível construir o plano superior horizontal perfurado e envidraçado, possibilitou introduzir a luz vertical da forma mais pura possível, sem artifícios nem ilusões de óptica. As inovações técnicas na arquitectura permitiram rasgar vãos em comprimentos, fachas completas de vidro, claraboias em coberturas planas, pátios escavados...

Falar de Luz natural em arquitectura será, portanto, falar também dos artifícios que permitem que ela chegue de forma “sábia e correcta”, até ao interior dos espaços, adequando-a aos diferentes lugares, culturas, programas, condições sociais, ou seja à vida do homem. “Se me pedissem três formas para destruir a Arquitectura, sugeria que se tapasse o óculo do Panteão, que se colocassem tabiques na fachada de “pavês” da Maison de Verre ou que se tapassem as aberturas que iluminam a capela de la Tourette. (...) O Sol começaria a chorar, e com ele a Arquitectura (...). É que, tapando o óculo do Panteão, colocando tabiques na parede de pavês da Maison de Verre e fechando os vãos da Capela de la Tourett, teríamos conseguido destruir a Arquitectura e com ela a História. E o Sol não quereria voltar a sair. Para quê? É que a Arquitectura sem LUZ, ainda é menos que nada.” BAEZA, A. Campo, in Architectura Sinne Luce Nulla Architectura Est. 1993. Architécti nº 18, pág. 36-37  

Biografia Agostinho Ricca Agostinho Ricca nasceu no Porto em 9 de Julho de 1915. Estudou arquitectura na ESBAP, onde teve como professor o arquitecto Marques da Silva Concluído o curso de Arquitectura, iniciou o estágio no gabinete do arquitecto Januário Godinho No início da sua carreira trabalhou com o professor Rogério de Azevedo, tendo colaborado no restauro do Paço dos Duques de Bragança, em Guimarães. Em 1943 iniciou a sua actividade profissional de arquitecto liberal, assim exercendo até à sua morte. Trabalhou no gabinete de urbanismo da Câmara Municipal do Porto Em 1953 foi convidado pelo arquitecto Carlos Ramos para lecionar Arquitectura na ESBAP Em 1952 participou na Bienal Internacional de Arte de São Paulo e em 1991 na "Exposição de Arquitectura Portuguesa Contemporânea: Anos 60 - Anos 80” na Fundação de Serralves Em 1959 foi convidado pelo Conselho de Administração da Sociedade de Construções, para a realização do plano de pormenor e projecto dos edifícios do Parque Residencial da Boavista Entre 1955 e 1960 concorreu a vários concursos de arquitectura, tendo obtido o primeiro prémio nos concursos para o Hotel de Turismo de Viseu (construído), concurso dos edifícios do lado Nacente da Rua Sá da Bandeira e concurso dos edifícios da zona do Bom Sucesso (Rua de Júlio Dinis e Praça Mouzinho de Albuquerque) promovidos pela Câmara Municipal do Porto. Morreu a 17 de Janeiro de 2010, em Matosinhos, com 94 anos.

Habitação plurifamiliar 3 OBRAS NO PORTO Habitação plurifamiliar

EDIFÍCIO MONTEPIO 1961

Parque Residencial da Boavista- Edifício Residencial 1962

Urbanização da Quinta de Miramar – Edifício F (1991)

Em conclusão Dificuldade de conduzir a luz solar até aos espaços interiores Importância da orientaão solar dos edifícios, forma e aberturas de vãos, geografia do local Relação quantidade/qualidade = conforto Programa/Luz- carácter variável