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Transcrição da apresentação:

O MODERNISMO Século XX: estado de insatisfação do homem em relação à civilização (=caminho traçado pelo homem, pela humanidade); Ruptura com o passado para levá-lo de volta às origens primitivas, a sua formação pura; Estado de insegurança em relação aos aconteci- mentos dos últimos anos do século XIX: expansão e/ou industrialização dos países europeus; Primeira Guerra Mundial - início do século XX => transformações na maneira de pensar do homem moderno (idéia de nacionalismo / nazismo, fascismo e comunismo => intensas agitações; 1939-1945: Segunda Guerra Mundial / (EUA x URSS).

ARTES Ruptura com o passado. MÚSICA ARTES LITERATURA Ruptura com o passado. Molda-se às transformações históricas => tendências que adotam a ingenuidade e o sentimento dos povos primitivos (=volta a sua origem). Anseio de independência e renovação profunda, marcando o desgosto e a decepção do homem com o passado. PINTURA ESCULTURA

FUTURISMO MOVIMENTOS DA VANGUARDA EUROPÉIA EXPRESSIONISMO CUBISMO DADAÍSMO SURREALISMO

PRÉ-MODERNISMO BRASILEIRO Início do século XX: necessidade de transformação nas artes (na temática e na linguagem literária), ruptura com os moldes simbolistas e parnasianos Euclides da Cunha Monteiro Lobato Lima Barreto Graça Aranha Augusto dos Anjos Coelho Neto

MODERNISMO BRASILEIRO Em nome do progresso, o Brasil busca transformações na vida política, econômica e social da nação. Imigração desenvolvimento industrial expansão territorial avanço nas pesquisas científicas 1910-1929: ideais firmados apenas em algumas manifestações precursoras. 1922: Semana de Arte Moderna => Movimento Artístico-Literário - marco do Modernismo no Brasil.

OS ANTECEDENTES DA SEMANA DE ARTE MODERNA

“Nós não sabíamos o que queríamos, mas sabíamos o que não queríamos”. (Mário de Andrade) 1911 - Oswald de Andrade funda o semanário humorístico O Pirralho. 1912 - Oswald de Andrade traz da Europa idéias futuristas de Marinetti - Último passeio de um tuberculoso, pela cidade, de bonde. 1913 - Lagar Segall realiza sua primeira exposição no país => expressionismo => sem grande repercussão. 1914 - Primeira exposição de Anita Malfatti.

1915 - Marco inicial do Modernismo em Portugal => Revista Orpheu (Ronald de Carvalho, Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro). 1916 - Primeira redação de Memórias Sentimentais de João Miramar, de Oswald de Andrade. 1917: - Oswald de Andrade conhece Mário de Andrade. - Mário de Andrade (=Mário Sobral) publica o livro Há uma gota de sangue em cada poema. - Menotti del Picchia publica o poema regionalista Juca Mulato. - Guilherme de Almeida publica Nós, poesia de cores passadistas. - Manuel Bandeira estréia com o livro Cinza das Horas.

- Cassiano Ricardo publica A frauta de Pã (moldes par- nasianos). - O Pirralho publica a primeira versão de Memórias Sentimentais de João Miramar, com ilustrações de Di Cavalcanti. - Di Cavalcanti realiza exposição de caricaturas em São Paulo. - Rumorosa exposição de Anita Malfatti / Crítica de M. Lobato => Paranóia ou Mistificação ? / Apoio de Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Menotti del Picchia, Guilherme de Almeida e Di Cavalcanti. 1918 - Publicação de Messidor, de G. de Almeida. - Publicação de Carnaval, de M. Bandeira. 1920 - O grupo de jovens modernistas descobre um jovem escultor, Victor Brecheret, criador do “estado de espírito”, segundo os modernistas.

1921 - Manifesto do Trianon, em homenagem a Menotti del Picchia, por ocasião do lançamento de seu livro As Máscaras / Crítica de Oswald de Andrade aos passadistas em defesa da arte moderna. - Mário de Andrade escreve as poesias de Paulicéia Desvaiarada. - Mestres do Passado => série de artigos críticos, escritos por Mário de Andrade, sobre os poetas parnasianos, que ainda dominavam o ambiente literário oficial => escândalo. - Exposição de Di Cavalcanti - Fantoches da Meia-Noite. / Encontro com Graça Aranha => idealização da Semana de Arte Moderna.

A SEMANA DE ARTE MODERNA 1922 - Marco do Modernismo no Brasil. Movimento: artístico político social Intenção de colocar a cultura brasileira a par das correntes de vanguarda do pensamento europeu e pregava a tomada de consciência da realidade brasileira. A SEMANA DE ARTE MODERNA

PROGAMAÇÃO DA SEMANA DE ARTE MODERNA 13/02 Graça Aranha => Emoção Estética na Arte Moderna Ernani Braga => sátira à Chopin Ronald de Carvalho => A Pintura e a Escultura Moderna no Brasil Guilherme de Almeida e Villas-Lobos 15/02 Conferência de Menotti del Picchia sobre a arte e a estética, ilustrada com a leitura de textos de Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Plínio Salgado e outros. Ronald de Carvalho => faz leitura de Os Sapos (Manuel Bandeira) => crítica aberta ao molde parnasiano. Mário de Andrade lê, das escadarias do teatro, A escrava que não é Isaura. 17/02 - Músicas de Villa-Lobos.

Tentativa de definir e marcar posições 1922 a 1930 - 1ª Fase Modernista Tentativa de definir e marcar posições CARACTERÍSTICAS Rompimento com todas as estruturas do passado, necessidade de definição. Caráter anárquico => sentido destruidor. Manifestação do nacionalismo => volta às origens, à pesquisas de fontes quinhentistas, procura de uma “língua brasileira”, as paródias, valorização do índio verdadeiramente brasileiro. Final da década de 20 - postura que apresenta duas vertentes distintas: Nacionalismo crítico (denúncia da realidade brasileira/ frente da esquerda) Nacionalismo ufanista (utópico e exagerado - extrema direita).

REVISTAS E MANIFESTOS KLAXON - 1923 Fruto das agitações do ano de 1921 e da Semana de Arte Moderna. Tinha como proposta uma concepção estilística diferente, que anunciava a modernidade, o século XX, “buzinando”, pedindo passagem. MANIFESTO DA POESIA PAU-BRASIL - 1924 Escrito por Oswald de Andrade e tinha como proposta uma literatura vinculada à realidade brasileira, a partir de uma redescoberta do Brasil. A REVISTA - 1925 Publicação responsável pela divulgação do movimento modernista em Minas Gerais e tinha como um dos redatores Carlos Drummond de Andrade.

MANIFESTO REGIONALISTA DE 1926 Através do Centro Regionalista do Nordeste, lança-se o Manifesto, que procura desenvolver o sentimento de unidade do Nordeste dentro dos valores modernistas. Tinha como proposta trabalhar em prol dos interesses da região nos seus aspectos diversos: sociais, econômicos e culturais. Década de 30 - regionalismo nordestino resulta em brilhantes obras literárias com nomes que vão de Graciliano Ramos, José Lins do Rego, José Américo de Almeida, Raquel de Queiroz e Jorge Amado (romance) a João Cabral de Melo Neto (poesia). REVISTA DA ANTROPOFAGIA - 1928 / 1929 Movimento antropofágico que surgiu como uma nova etapa do nacionalismo Pau-Brasil e como resposta ao grupo verde- amarelista, que criara a Escola da Anta. Miscelânea ideológica em que o movimento modernista se transformara, com artigos que vão de Oswald e Mário de Andrade, Alcântara Machado, Drummond (1ª “dentição”)/ 2ª “dentição”- Fase mais definida ideologicamente, uma vez que se via uma época de definições. Ruptura de Oswald com Mário de Andrade.

MÁRIO DE ANDRADE - 1893 / 1945 Há uma gota de sangue em cada poema => obra de estréia => influências de escolas anteriores (rigor à métrica, rima, vocabulário...) Sua poesia manifesta-se modernista a partir do livro Paulicéia Desvairada (ruptura com os moldes do passado e objetivo de análise e constatação da cidade de São Paulo e seu provincianismo (=cidade multifacetada). Lutou por uma língua brasileira, próxima do povo (cuspe = guspe, quese = quasi). Valorizou, também, o brasileirismo e o folclore brasileiro. Obras: Clã do Jabuti / Remate de males / Amar, Verbo Intransitivo/ Macunaíma (o anti-herói).

OSWALD DE ANDRADE Trouxe idéias do Futurismo para o Brasil. Idealizador dos principais manifestos modernistas. Foi militante político. Características de sua obra: nacionalismo que busca as origens sem perder a visão crítica da realidade brasileira. A paródia como uma forma de repensar a literatura. Valorização do falar cotidiano Análise crítica da sociedade burguesa capitalista. Inovação da poesia no aspecto formal. Obras: O Rei da Vela Serafim Ponte Grande (*) Memórias sentimentais de João Miramar (*) (*) Há quebra de estrutura dos romances tradicionais: capítulos curtíssimos e semi-independentes, num misto de prosa.

MANUEL BANDEIRA - 1886 / 1968 As fatalidades da vida deixam em sua obra cicatrizes profundas (morte do pai, da mãe e da irmã, convivência e sofrimento com sua própria doença). Buscou na própria vida inspiração para os seus grandes temas: de uma lado a família, a morte, a infância no Reci- fe, o rio Capibaribe; de outro, a constante observação da rua por onde transitam os mendigos, as prostitutas, os meninos carvoeiros, os carregadores das feiras, falando o português gostoso do Brasil (humor, ceticismo, ironia, tristeza e alegria dos homens, idealização de um mundo melhor. Obras: A Cinza das Horas (0bra de estréia-influência parn./simb.) Carnaval / O Ritmo Dissoluto (engajamento moderno) Libertinagem (Modernismo)

ALCÂNTARA MACHADO - 1901 / 1935 Apesar de escrever artigos sobre cultura para o Jornal do Comércio, só tomou contato direto com os modernistas em 1925. Participou ativamente da primeira “dentição” da Revista Antropofagia. Afasta-se de Oswald de Andrade por divergências ideoló- gicas e estreita laços de amizade com Mário de Andrade. Característica da obra: retrata a cidade de São Paulo e o seu povo (imigração italiana (*), moradores de bairros mais pobres, os que vão se aburguesando) com um ar crítico, anedótico, apaixonado, mas sobretudo humano, numa linguagem intitulada como “português macarrônico”. Obras: Pathê-Baby (crônicas - sua estréia literária) Brás, Bexiga e Barra Funda Laranja da China