Uniões Monetárias Que lições podemos retirar?

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Mobilidade de capitais, ataques especulativos e crises financeiras
Advertisements

Equilíbrio no mercado monetário:
MACROECONOMIA INTRODUÇÃO.
Faculdade de Economia do Porto Ano Lectivo de 2005/2006
Preços variáveis: o modelo AS-AD
FINANÇAS INTERNACIONAIS
Uniões aduaneiras e áreas de comércio livre
Moeda e mercado cambial
Ciclos Económicos e a Teoria da Procura Agregada
Preços e produto numa economia aberta
Convertibilidade e estabilidade cambial: o padrão-ouro
Convertibilidade e estabilidade cambial: o padrão divisas-ouro
Trajectórias da mundialização financeira Aferir a integração financeira 1- Montante de investimento estrangeiro 2- Taxas de juro de activos entre diferentes.
Convertibilidade e estabilidade cambial: o padrão-ouro
História Monetária e Financeira Apresentação
Uniões Monetárias Objectivo da análise do tema: retirar ensinamentos da história para a integração monetária europeia da actualidade (1 de Janeiro de 1999).
Convertibilidade e estabilidade cambial: Bretton Woods
Política Orçamental da União Europeia
Convertibilidade e estabilidade cambial: o bimetalismo
Convertibilidade e estabilidade cambial: O SMI depois de 1971 Fim do Sistema de Bretton Woods => 2 características: 1 – A passagem para câmbios flutuantes.
Instituições Financeiras e crescimento económico
Alargamento Vs Aprofundamento
ECONOMIA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA
Prepared by: Fernando Quijano and Yvonn Quijano 21 C A P Í T U L O © 2004 by Pearson EducationMacroeconomia, 3ª ediçãoOlivier Blanchard Regimes Cambiais.
Fundamentos de Economia
Anos 1980: Rumo perdido.
Anos 1990: Desestabilização e crise
Integração econômica regional
Crise do Euro União monetária faz dez anos na Europa
Porquê Regular? . Leituras de interesse: Viscusi, ch. 10 (pp ), Church e Ware, ch. 24, J. Fernandes Soares, 2007 e Rui Cunha Marques, 2005 (bibliografia.
ÓRGÃOS EUROPEUS Banco Central Europeu Comité das Regiões
UNIÃO EUROPÉIA A BANDEIRA AZUL, SALPICADA DE ESTRELAS DOURADAS, JÁ PODE SER VISTA JUNTO ÀS BANDEIRAS NACIONAIS DE ALGUNS PAÍSES EUROPEUS. É A BANDEIRA.
Instrumentos de Política Macroeconômica
Latin American Business Outlook Parte do Global Business Outlook Latin American Business Outlook Duke University / FGV / CFO Magazine Mar Uma pesquisa.
O que é a União Européia? A UE é um bloco econômico, político e social de 27 países europeus que participam de um projeto de integração política e econômica,
TENDÊNCIAS Consultoria Integrada
Celso Furtado FEB Cap. XXVI – XXVIIII.
Zona Euro Espaço monetário homogéneo constituído por todos os países (membros da EU), que decidiram adaptar o Euro como unidade monetária em 2002 e cumpriram.
CAPITULO 1 A MACROECONOMIA
A experiência portuguesa com a adopção do euro. A experiência portuguesa com o euro 1)Desenvolvimentos económicos antes e após a adopção do euro 2)O Impacto.
Economia Internacional CEAV Parte 7
II - A Evolução Recente da Economia Portuguesa. II - A Evolução da Economia Portuguesa 1) Os choques políticos e internacionais em e os Acordos.
DIREITO EMPRESARIAL.
“ A BALANÇA COMERCIAL SOBRE O REGIME DE CÂMBIO FLUTUANTE” Barros & Giambiagi. Brasil globalizado: o Brasil em um mundo surpreendente. Ed. Campus, 2008.
Zonas Monetárias Óptimas. Teoria das Zonas Monetárias Óptimas, o Euro e Portugal 1. Introdução: Motivação do Tema. 2.Teoria das Zonas Monetárias Óptimas:
Universidade do Vale do Itajaí Curso de Geografia
COMÉRCIO INTERNACIONAL
Aula de Economia Política
1999 / Junho António Marques 1999 / Junho António Marques UBI.
1 TEORIA MACROECONÔMICA II ECO1217 Aula 16 Professores: Márcio Gomes Pinto Garcia Márcio Janot 08/05/07.
Evolução da União Europeia Formação da moeda comum Antony P. Mueller UFS 2013.
EXEMPLOS DO CÂMBIO EURO R$ 3,20 R$ 80,00 R$ 4.800,00R$ 1.600,00R$ 480,00.
Finalidade: desenvolver o comércio de determinada região.
Como funciona a União Europeia
Introdução à Macroeconomia
A MACRO E MICRO ECONOMIA
Trabalho Elaborado Por: Beatriz Gateira João Piteira.
O PROCESSO DE INTEGRAÇÃO ECONÓMICA E MONETÁRIA NA EUROPA
Carolina Boniatti Pavese San Tiago Dantas Unesp – Unicamp e Puc -SP
Professor Luiz Felipe Geografia
Politica Monetária Comum Direito Comunitário Docente: Dra. Paula Almeida.
TEORIA ECONÔMICA Objetivo: Analisar como são determinados os preços e as quantidades dos bens e serviços produzidos em uma economia Teoria Neoclássica.
A crise está no Mundo inteiro, mas os países mais afectados da Europa são Portugal e Grécia.
POSSÍVEIS CENÁRIOS ECONÔMICOS : UMA VISÃO PANAMERICANA.
I Jornadas de Contabilidade e Finanças “Contabilidade e Finanças no Séc. XXI” Vasco Salazar Antonieta Lima Maio/2009 Modelo da Micro-Estrutura de Mercado.
© 2009 Pearson Addison Wesley. Todos os direitos reservados.slide 1 Resumo 17 1.Mudanças no balancete de um banco central resultam em mudanças na oferta.
Amaury Gremaud HEG II Sistema Monetário Internacional: conceitos e definições.
O O caminho para a União Europeia. Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA) França Alemanha Itália Holanda Bélgica Luxemburgo1951 Assinatura do Tratado.
Inflação Aula 9.
ECONOMIA – Micro e Macro 1 Definição: inflação é o aumento contínuo e generalizado no nível geral de preços. Custos gerados pela inflação: a distribuição.
Transcrição da apresentação:

Uniões Monetárias Que lições podemos retirar? Unificação monetária => antes da unificação política (Alemanha, segundo algumas perspectivas); em termos das outras uniões monetárias (Latina e Escandinava) => não ocorreu unificação política. A renúncia de soberania sobre a unidade monetária nacional (Escandinava). Acordos de relação fixa entre as moedas garantia que o valor da moeda não podia ser manipulado pelos Estados (Latina). Poder político no centro (Alemanha vs União Monetária Latina).

Uniões Monetárias União Monetária Europeia (1999 - ...) Elementos de uma união monetária nacional e elementos de uma união monetária multinacional – Porquê? Integração comercial -> integração monetária -> unificação política? Zona Monetária Óptima à priori? Factores de aferição: - mobilidade do factor trabalho - flexibilidade salarial - grau de abertura - integração financeira

Uniões Monetárias UME não é à priori uma zona monetária óptima. A causalidade vai da união monetária para a zona monetária óptima e não o inverso. Limites da teoria da Zona Monetária Óptima - variáveis explicativas das integrações ↓ custos de transacção; acesso a mercados alargados; < necessidade de reservas cambiais;

Uniões Monetárias afirmação do Euro como uma das principais moedas internacionais a par do dólar e do iene. - Os custos de ajustamento países europeus com choques muito assimétricos, sobretudo periferias (caso de Portugal, Grécia, ...) união monetária => maior variabilidade da produção e do emprego com políticas orçamentais limitadas.

Uniões Monetárias UME Estabilidade cambial / a estabilidade procurada na Europa desde a década de 1970 A independência a oferta de moeda em relação ao Estado

Uniões Monetárias Da história à prospectiva: Cenários possíveis Uma Europa transformada num estado federal e numa economia nacional, tal como a Alemanha em finais do século XIX. ou Estabilização da União Europeia numa fase do processo de integração anterior ao do outro cenário possível => uma nova realidade.

Uniões Monetárias Mas, lições da história também demonstram que mesmo o período do padrão-ouro clássico apresentou um sistema monetário que não funcionou espontaneamente => flexibilidade e cooperação (vd texto de Michael Bordo, 1981).

Uniões Monetárias Bibliografia (ver slides 112-113) Marc Flandreau; Mathilde Maurel (2001), “Monetary Union, Trade Integration, and Business Cycles in 19th century Europe: just do it”, CEPR, Discussion Paper nº 3087. Tamin Bayoumi; Barry Eichengreen (1996), “Operationalizing The Theory of Optimum Currency Areas”, CEPR, Discussion Paper nº 1484.

Uniões Monetárias Tommaso Padosa-Schioppa (1988), “The European Monetary System: A long-term View”, in Francesco Giavazzi, Stefano Micossi and Marcus Miller (eds), The European Monetary System, Cambridge, Cambridge University Press, 369-84.