TURISMO RURAL II.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Algumas provocações para se pensar DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL
Advertisements

POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A AGRICULTURA FAMILIAR
DIFERENTES PAISAGENS E INTERESSES NA ORGANIZAÇÃO DO CAMPO
PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO NA REFORMA AGRÁRIA – PRONERA
A FETRAF-SUL avalia que vive-se uma crise de MODELO AGRÍCOLA PRODUTIVO. Esta crise é caracterizada por: Uma agricultura que causa grande impacto ambiental,
Agroturismo como Geração de Trabalho, Renda e Preservação Cultural: APL de Agroturismo das Montanhas Capixabas (ES) Leandro Carnielli - Associação de Agroturismo.
SECRETARIA NACIONAL DE ECONOMIA SOLIDÁRIA AGENDA TERRITORIAL – EJA
Resolução n°51 EJA e ECONOMIA SOLIDÁRIA. Formação de Educadores Ministério da Educação Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade.
Seminário SANTA CATARINA ECONOMIA E MEIO AMBIENTE Macro diretriz: Aumentar, de forma sustentável, a competitividade sistêmica do estado Áreas de.
Atuação do nutricionista no Sistema Único de Saúde
SECRETARIA NACIONAL DE ECONOMIA SOLIDÁRIA
Projeto “Articulação para a geração e transferência de tecnologia, produtos e serviços, de base ecológica, para o desenvolvimento endógeno do Território.
SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO RURAL, PESCA E COOPERATIVISMO
Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas
AGRICULTURA FAMILIAR AGRICULTURA FAMILIAR NO BRASIL NO RS
O futuro das regiões rurais – implicações para projetos alternativos de desenvolvimento rural sustentável Arilson Favareto.
Plano Safra – PRONAF /06 INTRODUÇÃO
AGROINDÚSTRIA E TURISMO RURAL
Estratégias e Comercialização de um Mercado Consolidado
ABAV-RR e ICCABAV Parte 3: Turismo Rural Estratégias e Comercialização de um Mercado Consolidado.
2012 A ERRADICAÇÃO DA POBREZA NOS MUN ICÍPIOS CEARENSES
Correção da Prova 4° Bimestre.
TEMA – 1- OS ESPAÇOS PARA VENDA DIRETA DE ORGÂNICOS EM SÃO PAULO
Participação Juvenil e a Luta por Políticas Públicas de Juventude no Brasil A EXPERIÊNCIA.
ÁREA SOCIAL Grupo 1.
Profª MS Maria Salete Ribeiro - UFMT
Histórico Até 2003 Projetos de Financiamento pelo PRONAF Cama e Café
O PROCESSO DE AUTO-AVALIAÇÃO NA GESTÃO ESCOLAR E O PRÊMIO NACIONAL DE REFERÊNCIA EM GESTÃO ESCOLAR Heloísa Lück.
Plano Estratégico Regional de Turismo
ALENTEJO XXI DIVERSIFICAÇÃO DA ECONOMIA E CRIAÇÃO DE EMPREGO 3.2 MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA 3.1.1Diversificação de Actividades na Exploração.
AGRICULTURA FAMILIAR IICA-BR Março/2006.
Conceito de Cultura A Cultura é produto e meio da vida em suas
Agroturismo como Estratégia para o Desenvolvimento Territorial Sustentável: o Caso da Associação de Agricultores Acolhida na Colônia. Anna Cecilia Amaral.
A formação e a diversidade cultural da população brasileira
12º Concurso Inovação na Gestão Pública Federal Título da Iniciativa: MINIBIBLIOTECAS DA EMBRAPA Data de Início: Dezembro/2003 Área Temática: Outros: DEMOCRATIZAÇÃO.
Engª. Agrª. Bruna Obes Corrêa
Capítulo 24 – As cidades e a urbanização brasileira
Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar - CONDRAF Grupo Temático: Educação do Campo.
PLANEJAMENTO MDA Ministério do Desenvolvimento Agrário.
FETAG-PB.
EIXO - 02 – SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO, CULTURA E ECONOMIA SOLIDÁRIA: PERSPECTIVAS PARA UM OUTRO MODELO DE DESENVOLVIMENTO. Utopia Concreta1 –
Prof.ª Ianny Cristina de Campos Oliveira e Carvalho
Pronaf Microcrédito Rural
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DE TERRITÓRIOS RURAIS
Plano Nacional de Assistência Técnica e Extensão Pesqueira e Aqüícola
Associação de Agroturismo Acolhida na Colônia: turismo comunitário em territórios rurais Salão do Turismo 2009.
IDESTUR IDESTUR Instituto de Desenvolvimento do Turismo Rural TURISMO RURAL ESTRATÉGIAS DE MERCADO Promoção ABAV SP 2011.
Segmentação em Turismo (Mtur)
 Econômica com destaque para a dinamização das economias locais, basedas nos princípios da economia solidária  Sociocultural, na qual sobressai o reconhecimento.
Emater–MG Minas cada vez melhor para se viver Missão Promover o Desenvolvimento Sustentável, por meio da Assistência Técnica e Extensão Rural, assegurando.
ANTECEDENTES HISTÓRICOS
AGRICULTURA FAMILIAR NO BRASIL
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Uma Escola do Tamanho do Brasil
Universidade de Brasília. CDT Criação do CDT Ato da Reitoria nº 011/86 de 24 de Fevereiro de 1986, assinado pelo Reitor Cristovam Buarque. Regimento Interno.
SECRETARIA DE ESTADO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO - SEAPA
P RONATEC C AMPO Acadêmicos: Cristiano, Lenise, Jonathan, Rodrigo.
Pronaf Produtivo Orientado. Ministério do Desenvolvimento Agrário Plano Safra da Agricultura Familiar 2015|2016 MCR – Pronaf Produtivo Orientado.
Os principais problemas atuais das áreas rurais em Portugal são:
TURISMO NO ESPAÇO RURAL (TER)
A definição da agricultura familiar como público estratégico e prioritário vem seguido de uma serie de elementos norteadores das ações: O enfoque sistêmico.
PROGRAMA DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA PROEXT 2013 – MEC/SESu MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO MINISTÉRIO DA CULTURA MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL MINISTÉRIO DA.
POLÍTICA DE APOIO À COMERCIALIZAÇÃO, AO ASSOCIATIVISMO E AO COOPERATIVISMO PARA A PRODUÇÃO AGROECOLÓGICA Ministério do Desenvolvimento Agrário Secretaria.
A ÇÕES E VISÃO DO BID NO CAMPO DO TURISMO NA A MÉRICA L ATINA Alexandre Meira da Rosa Gerente do Setor de Infra-Estrutura e Meio Ambiente – BID Fortaleza,
SECRETARIA DE REORDENAMENTO AGRÁRIO MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO – MDA 1.
Turismo Rural: Uma oportunidade de negócio Marina Reis Deusdará Leal Agosto 2008.
Agricultura Familiar Produzindo alimentos para um Brasil sem fome.
SISTEMA CONTAG DE ORGANIZAÇÃO DA PRODUÇÃO – SEC. DE POLÍTICA AGRÍCOLA - CONTAG –- 1 SISCOP SISCOP.
Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social 3ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação 16 a 18 de novembro de 2005 Brasília.
Planejamento Estratégico PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Secretaria de Relações Institucionais Subchefia de Assuntos Federativos PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA.
Transcrição da apresentação:

TURISMO RURAL II

Turismo Rural (TR)/Turismo no Espaço Rural (TER) Atividade de turismo no espaço rural relacionadas ou não a tradição rural TE R TR Atividade relacionada a tradição rural

Agricultura Familiar

AGRICULTURA FAMILIAR - OBJETIVO Promover o desenvolvimento rural, através da implantação e fortalecimento das atividades turísticas pelos agricultores familiares, integrada aos arranjos locais, agregando renda e gerando postos de trabalho no meio rural, com consequente melhoria das condições de vida.

1 - A prática do Associativismo; AGRICULTURA FAMILIAR – PRINCÍPIOS (Programa de Turismo Rural na Agricultura Familiar - MDA) 1 - A prática do Associativismo; 2 - A valorização e resgate do patrimônio cultural (saberes e fazeres) e natural dos agricultores familiares; 3 - A inclusão dos agricultores familiares e suas organizações, respeitando as relações de gênero, geração, raça e etnia, como atores sociais; 4 - A gestão social da atividade, priorizando a interação dos agricultores familiares e suas organizações; 5 - O estabelecimento das parcerias institucionais;

AGRICULTURA FAMILIAR - PRINCÍPIOS 6. A manutenção do caráter complementar dos produtos e serviços do Turismo Rural na Agricultura Familiar em relação as demais atividades típicas da agricultura familiar; 7. O comprometimento com a produção agropecuária de qualidade e com os processos agroecológicos; 8. A compreensão da multifuncionalidade da agricultura familiar em todo território nacional, respeitando os valores e especificidades regionais; 9. A descentralização do planejamento e gestão deste Programa.

O AGROTURISMO O Programa de Agroturismo teve início na Rede Cepagro em 1993, inspirado na experiência francesa, onde a atividade é desenvolvida há mais de 40 anos. O Agroturismo é uma modalidade de turismo praticada no meio rural, por agricultores familiares dispostos a compartilhar seu modo de vida com os habitantes do meio urbano. Os agricultores, mantendo suas atividades agropecuárias, oferecem serviços de qualidade, valorizando e respeitando o meio ambiente e a cultural local.

Gerar novas oportunidades de emprego, de renda e de lazer; OBJETIVOS DO PROGRAMA: Preservar e melhorar os recursos econômicos, sociais e naturais dos agricultores familiares; Gerar novas oportunidades de emprego, de renda e de lazer; Estimular a manutenção e a ampliação das atividades das famílias rurais; Reforçar laços de cooperação e solidariedade; Ampliar os espaços e possibilidades para os turistas.

PRINCÍPIOS DO AGROTURISMO: A recepção dos turistas pelos agricultores familiares é parte integrante da atividade do estabelecimento rural; Os agricultores familiares que recebem turistas desejam mostrar o seu trabalho e o meio ambiente onde vivem (contato com os animais, conhecimento sobre plantas, o ritmo da estação do ano etc); O agroturismo deve praticar preços acessíveis; O agroturismo se constitui num fator de desenvolvimento local, contribuindo para manter o meio rural "vivo" - demográfica, cultural e ambientalmente - com perspectivas de futuro para os seus jovens; O agricultor garante a qualidade dos produtos e dos serviços que oferece; Os serviços de agroturismo são oferecidos em habitações adaptadas, oferecendo conforto, higiene e segurança; Os serviços agroturísticos são planejados e organizados pelos agricultores familiares.

PRINCIPAIS AÇÕES: Assessoria à municípios interessados em implantar circuitos agroturísticos; Realização de atividades de formação; Elaboração e multiplicação de materiais sobre agroturismo; Acordo de Cooperação Técnica com a Associação Francesa de Agroturismo "Accueil Paysan; Elaboração de uma metodologia de implantação de circuitos agroturísticos, através do desenvolvimento de um Projeto Piloto de agroturismo envolvendo cinco municípios;

O AGROTURISMO PODE ELEVAR A RENDA DA PEQUENA PROPRIEDADE E DIMINUIR O ÊXODO NO CAMPO Mais de cinco mil fazendas em 16 estados brasileiros já abriram suas porteiras para hospedar ou simplesmente receber visitantes da cidade. Cerca de 70 mil pessoas estão envolvidas nesse setor. Incluindo pequenos produtores, que muitas vezes têm no turismo sua principal fonte de rendimento. A procura é decorrente da rapidez com que se deu o processo de urbanização no Brasil. De meados dos anos 40 aos 80, inverteu-se a proporção de população rural e urbana. Se antes éramos um país predominantemente agrícola, hoje mais de 81% dos brasileiros vivem nas cidades. "Por isso, a memória da vida rural é tão fresca" CERCA DE 43% das atividades turísticas no campo são desenvolvidas em pequenas propriedades. Apenas 19% das fazendas apresentam mais de 300 hectares, e 7% delas têm mais de 1,5 mil hectares.

Propriedades fazem do turismo um negócio Propriedades fazem do turismo um negócio. Mas a atividade não conta com investimento e estudo próprios Cerca de cinco mil propriedades no país estão envolvidas com o turismo rural. O porte dessas propriedades oscila, sobretudo, de 50 a 250 hectares, e elas estão vinculadas a um setor que se expande há duas décadas, conforme análises do Ministério do Turismo. Mesmo com esse reconhecimento, o setor ainda sofre algumas limitações, como a carência de uma linha específica de crédito. A saída é recorrer ao financiamento tradicional dos bancos para atividades agropecuárias. A agricultura familiar, entretanto, conta com o empréstimo oferecido pelo Pronaf - Programa Nacional de Apoio à Agricultura Familiar, que inclui o agroturismo como fonte de renda no campo. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário, 200 milhões de reais foram colocados à disposição para o pequeno agricultor no ano passado. O valor mais alto não ultrapassa 36 mil reais, para um rendimento bruto anual de 80 mil reais.

O turismo rural tampouco dispõe de um estudo que contemple os diferentes perfis das regiões do país. O Senar -Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, é uma das poucas instituições que oferece um curso para capacitar profissionais e produtores rurais para a área. O conteúdo das aulas procura reforçar aos alunos que esse tipo de turista não está apenas em busca de belezas naturais. Acima de tudo, o visitante de fazendas quer se inteirar das tradições e costumes da região. De acordo com o curso do Senar, é preciso atender algumas condições para implantar a atividade numa propriedade: Oferecer uma gastronomia típica e saborosa. Ter uma ou mais atividades produtivas que caracterizem a propriedade. Oferecer belezas naturais ao redor da fazenda. Proporcionar atividades para que os hóspedes se integrem à rotina da propriedade. Promover o contato com a cultura e a tradição locais. Facilitar o acesso à fazenda.

A MAO-DE-OBRA no agroturismo está assim dividida: 28% é familiar; 69% tem origem local, como famílias de empregados ou vizinhos; e 3%é de trabalhadores de outra procedência. O setor emprega 70 mil pessoas no país, incluindo patrões e empregados; AO LONGO do tempo, a produção voltada para o turista se aperfeiçoou. As propriedades cultivam hortaliças, frutas e grãos (37%), lidam com animais de pequeno a grande portes (58%), mantêm agroindústria artesanal (29%) e comercializam artesanato local (75%); O TURISMO muda conforme a região. No Norte, o viajante vai encontrar pousadas na selva; no Nordeste, sítios que promovem vaquejadas; no Centro-Oeste, fazendas pantaneiras; no Sudeste, casarões dos ciclos da cana e do café; e no Sul, as tradições das imigrações européias.