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Transcrição da apresentação:

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Brasil: Modernização e Conflito

Em Busca da Modernização A modernização no Brasil começou em 1930, com a derrubada da República Oligárquica. No início do século XX, havia grande insatisfação dos brasileiros em alguns aspectos da sociedade. A área rural, esquecida pelo poder público, convivia com doenças muitas vezes provocadas pela falta de higiene e de saneamento básico. Uma grande transformação Na primeira metade do século XX o Brasil passou por grandes transformações de infraestrutura e deixou de ser um país essencialmente rural para se urbanizar e industrializar.

Entre 1930 e 1960 Entre as décadas de 1930 e 1960 ocorreram as grandes transformações que mudaram o perfil da sociedade brasileira. Na década de 1960, o Brasil já havia deixado de ser um país agrário. A indústria e o setor de serviços passaram a ser as principais atividades econômicas do país. Surgiram também novos hábitos e novos padrões de consumo que transformaram a vida social e cultural da população. A modernização, entretanto, somente favoreceu alguns grupos sociais, como as elites e os setores das classes médias urbanas. A maioria da população, tanto urbana quanto rural, recebeu poucos benefícios da modernização.

O Movimento Armado de 1930 Antes de 1930, o governo brasileiro era controlado por grupos de grandes produtores e agricultores, principalmente oligarcas ligados à produção de café nos estados de São Paulo e Minas Gerais. Na eleição de 1930, o candidato apoiado pelo estado de São Paulo e pelo presidente era Júlio Prestes, já o candidato apoiado pelos estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba era Getúlio Vargas. Prestes foi vitorioso na eleição, fato que deixou os aliados de Vargas descontentes. Essas pessoas alegavam que teria havido fraude nas eleições e que era necessário uma luta armada para impedir a vitória de Júlio Prestes. Naquele momento, nada aconteceu, e Vargas reconheceu a vitória de Prestes.

Ano de 1930 Júlio Prestes, candidato apoiado pelo presidente Washington Luís, vence as eleições. No Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraíba ocorre um movimento armado para derrubar o presidente Washington Luís e colocar Getúlio Vargas no poder. março julho outubro novembro João Pessoa, candidato a vice na chapa de Getúlio Vargas é assassinado. Partidários de Getúlio culpam Washington Luís. Vargas toma posse como presidente da República.

Governo Constitucional Um Governo em Três Fases Getúlio Vargas foi o presidente que governou o país durante mais tempo. Governo Provisório (1930-1934) Iniciou com o movimento de 1930 e terminou com a promulgação de uma nova constituição e a eleição de Vargas à presidente da República. Governo Constitucional (1934-1937) Período com diversas lutas políticas. Terminou com um golpe de Estado dado por Vargas e apoiado pelo Exército. O Congresso Nacional foi fechado e os partidos políticos extintos. Estado Novo (1937-1945) Vargas anuncia uma nova constituição e submete o país a uma ditadura. A partir de 1943, setores da população mobilizam-se e em 1945 o Estado Novo foi derrubado por um movimento militar.

Primeiras Mudanças Vargas era apoiado por alguns oligarcas, por militares, por setores da classe média e por muitos trabalhadores urbanos. A proposta política de Vargas era muito diferente dos governos anteriores e respondia, em grande parte, aos interesses da classe trabalhadora. Entre as medidas adotadas por Vargas estão: o estabelecimento de uma legislação trabalhista que assegurasse os direitos dos trabalhadores urbanos; uma política de estímulo à industrialização e à produção para o mercado interno; o incentivo à ocupação do interior do país.

Primeiras Mudanças Um dos objetivos de Vargas foi a instalação de uma indústria siderúrgica. Para isso ele adquiriu empréstimos nos Estados Unidos e iniciou a construção de uma grande fábrica em Volta Redonda (RJ), que foi inaugurada em 1946. Construção da Companhia Siderúrgica Nacional, em Volta Redonda (RJ), 1941.

Primeiras Mudanças O resultado da política de incentivo à industrialização rendeu um aumento da produção industrial brasileira de 11% ao ano de 1933 a 1939. A expansão industrial também incentivou a migração de pessoas do campo para as cidades – principalmente São Paulo – em busca de emprego. Segunda classe, pintura de Tarsila do Amaral, 1933. Ela representa um grupo de migrantes no momento do desembarque em uma cidade grande.

O Brasil Moderno Designa-se moderna a sociedade que: alcança certo grau de industrialização; predomina a vida nas cidades sobre a vida no campo; oferece uma variedade de serviços (escolas, bancos, transporte coletivo, etc.); predominam as relações impessoais, ao invés dos laços de parentesco ou vizinhança. No Brasil, o processo de modernização, a partir da década de 1930, foi impulsionado pelos meios de comunicação de massa, especialmente o rádio, que era o principal veículo no período.

Os Anos Dourados Com o fim do Estado Novo, em 1945, o Brasil retomou o processo democrático que durou até 1964. Nesse período a industrialização foi ainda mais incentivada, assumindo grandes proporções no governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961), quando foi aplicado o Plano de Metas. Com esse plano o governo pretendia instalar no país indústrias de bens duráveis (automóveis, eletrodomésticos, etc.) e de equipamentos industriais. O plano possibilitou a entrada de grandes empresas estrangeiras no país, acelerando ainda mais o ritmo de modernização.

As Transformações Urbanas O aumento da produção industrial (principalmente de automóveis) provocou mudanças nas cidades. Para suportar a grande frota de veículos, foram ampliadas avenidas, construídos viadutos, pontes, etc. O maior exemplo de inovação urbanística da época é a construção de uma nova cidade para se tornar a capital federal, Brasília, inaugurada em 21 de abril de 1960. Trabalhadores construindo o aeroporto de Brasília, 1957.

Novos Comportamentos A produção industrial modificou o cotidiano das pessoas, que passaram a conviver com equipamentos, como eletrodomésticos. A mudança na forma de armazenar e preparar alimentos afetou a forma da venda dos gêneros alimentícios e a relação de consumo dos brasileiros. Empórios, quitandas, vendas e açougues foram substituídos por supermercados e a relação de confiança no pagamento posterior (fiado) aos poucos foi deixando de existir. Propaganda de geladeira a querosene, que levava a modernidade da cidade ao campo, que ainda não tinha infraestrutura necessária para energia elétrica, 1955.

A Produção Cultural O clima de otimismo influenciou a produção cultural. Em 1958, surge a Bossa Nova, um gênero musical derivado do samba e com influências do jazz norte-americano. No cinema, teve início o movimento conhecido como Cinema Novo. Inaugurado em 1955, com o filme Rio, 40 graus, de Nelson Pereira dos Santos, esse movimento passou a mostrar no cinema os problemas sociais e a vida das pessoas que não haviam sido beneficiadas com a modernização. Cena do filme Rio, 40 graus.

A Produção Cultural O teatro também passou por grandes inovações na década de 1960, iniciadas por grupos como o Teatro Experimental do Negro (TEN), Teatro de Arena e o Teatro Oficina. Assim como no cinema, o teatro também estava voltado à crítica social e à política. Cena da peça teatral Orfeu da Conceição, encenada em 1956. Em primeiro plano, Ruth de Sousa, a primeira atriz negra a subir ao palco do Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

Desenvolvimento SIM, Mas NÃO Para Todos A modernização mudou a vida de muitas pessoas, mas não chegou a resolver grande parte dos problemas do país. A desigualdade social se manteve e em algumas regiões até aumentou, pois o crescimento econômico beneficiou bem mais o Sudeste do que o Norte e o Nordeste. Com isso, muitas pessoas saíam de seu estado natal e migravam para São Paulo, pois no Sudeste se encontravam as indústrias e, com elas, oportunidades de emprego. Retirantes nordestinos em viagem à região Sul, 1952.

O Golpe Militar de 1964 Enquanto nas décadas de 1950 e 1960 a modernização trazia benefícios para a vida econômica e social do país, na política o cenário era diferente. Jânio Quadros assume a Presidência e renuncia após sete meses. João Goulart, o vice-presidente, assume o cargo. É instituído o parlamentarismo, regime em que o chefe de Estado é o primeiro-ministro, não o presidente. Forças do Exército depõem Goulart e o presidente da Câmara dos Deputados assume a Presidência do país temporariamente. 1961 1963 1964 É convocado um plebiscito para decidir se o sistema de governo permanece parlamentarista ou se volta a ser presidencialista. O presidencialismo vence. Jango inicia reformas sociais que desagradam os setores mais abastados da sociedade, incluindo os militares.

Referência Bibliográfica Projeto Teláris: História / Gislane Campos de Azevedo, Reinaldo Seriacopi. – 1ª Edição – São Paulo: Ática, 2012.

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