PROJECT FINANCE Apresentação elaborada para disciplina de Projetos de Investimento de Capital – Mestrado em Administração – UFU, com o objetivo de discutir o uso do Project Finance como arranjo de financiamento em investimentos de infra-estrutura. Professor: Dr. Kléber Carlos Ribeiro Pinto Alunos: Ana Paula Pinheiro Zago, Bruno Roberto Martins Arantes e Railene Oliveira Borges
SUMÁRIO Definições Por que o Project Finance? Vantagens e desvantagens Estrutura do Project Finance (SPE) Project Finance em investimentos de geração de energia: o caso da UHE Cana Brava* * Faria (2003)
Portanto difere das modalidades de Corporate Finance DEFINIÇÕES Uma operação financeira? Uma forma de engenharia financeira? Uma modalidade de financiamento? Financiamento de projeto economicamente viável através de SPE. Atenuação dos riscos via compartilhamento entre as partes. Complexos arranjos de garantias. Portanto difere das modalidades de Corporate Finance
POR QUE O PROJECT FINANCE? Quando o projeto for grande e caro (notadamente os de infra-estrutura) para ser implementado por uma única empresa (ou governo), os riscos forem consideráveis, porém o potencial de retorno for muito atrativo; o Project Finance pode ser a resposta (baseado em Finnerty: 1998).
QUAIS AS VANTAGENS? Aumento da alavancagem financeira dos patrocinadores, permi-tindo que participem de diversos projetos (aumento da capacidade de endividamento), alocando um volume menor de capital e reduzindo o risco. A segregação e o compartilhamento do risco entre os participantes torna o projeto (com intensiva necessidade de capital) mais atrativo. Substituição de parte das garantias reais por garantias de desempenho do projeto (convenants). Os investidores possuem o controle sobre o destino do retorno de seus investimentos.
QUAIS AS DESVANTAGENS? A complexidade contratual, devido a participação de várias partes, de se fechar um arranjo de financiamento com responsabilidades e garantias de cada um dos envolvidos, eleva os custos de transação e demanda uma quantidade de tempo superior ao exigido pelos financiamentos corporativos.
A ESTRUTURA DO PROJECT FINANCE Patrocinador Ass. Financeiro Construtor Financiador Fornecedor SPE Comprador Operador NOMENCLATURA DOS PARTICIPANTES NA LINGUA INGLESA Patrocinador = sponsor Comprador = off-taker Financiador = lender Operador = operator Fornecedor = supplier Construtor = constructor Seguradora = insurance company Assessor financeiro = financial advisor Assessor jurídico = legal advisor Ass. Jurídica Seguradora Poder Concedente
ALGUMAS ESTRUTURAS DE PROJECT FINANCE: BT: financia, constrói e transfere. BLT: após a conclusão o projeto é locado e entregue ao governo. BOT: constrói, opera e transfere ao poder concedente após período de tempo predeterminado. BOO: constrói, opera e detém a propriedade do projeto. BTO: constrói, transfere e depois presta serviços na operação. Para a legislação brasileira, os contratos são diferentes (supre-macia do interesse público sobre o particular), ocasionando uma deformação nessa estruturação.
O PROJECT FINANCE EM INVESTIMENTOS EM ENERGIA Apresentação do caso da UHE Cana Brava (GO)* Primeiro projeto financiado via project finance no Brasil. O projeto envolveu um produtor (concessão) e um comprador privado onde as tarifas de energia elétrica foram fixadas livremente entre as partes. A produção que exceder a energia contratada poderá ser vendida no mercado (MAE). Foi criada uma SPE (a CEM – Cia Energética Meridional) para desenvolver, projetar, financiar, segurar, construir, operar e manter a UHE Cana Brava. * Faria (2003)
O PROJECT FINANCE EM INVESTIMENTOS EM ENERGIA Apresentação do caso da UHE Cana Brava (GO)* Construção via contrato de EPC (Engenharia, Suprimento, Construção) com consórcio de 4 empresas: Odebrecht, Andrade Gutierrez, Voith e Siemens. A patrocinadora participou com 30% dos recursos necessários. Os Financiadores: BNDES, BID, DrKW (banco de investimento), Fortis (seguradora e banco de investimento), ANZ (instituição financeira). Alguns dos consultores contratados: * Faria (2003)
A ESTRUTURA DO PROJECT FINANCE UHE CANA BRAVA Patrocinador Tractebel Energia Construtores CNO Andrade Gutierrez Financiadores BNDES BID Fortis Bank ANZ DrKW Fornecedores Voith-Siemens CEM Operador Tractebel Energia Consultores UFG Machado Meyer AON Risk Service NOMENCLATURA DOS PARTICIPANTES NA LINGUA INGLESA Patrocinador = sponsor Comprador = off-taker Financiador = lender Operador = operator Fornecedor = supplier Construtor = constructor Seguradora = insurance company Assessor financeiro = financial advisor Assessor jurídico = legal advisor Comprador Tractebel Energia Poder Concedente ANEEL
UHE CANA BRAVA – RISCOS LEVANTADOS
UHE CANA BRAVA – RISCOS LEVANTADOS
UHE CANA BRAVA – RISCOS LEVANTADOS
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UHE CANA BRAVA – RISCOS LEVANTADOS
UHE CANA BRAVA – RISCOS LEVANTADOS
UHE CANA BRAVA – RISCOS LEVANTADOS
UHE CANA BRAVA – RISCOS LEVANTADOS
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UHE CANA BRAVA – RISCOS LEVANTADOS
UHE CANA BRAVA – RISCOS LEVANTADOS
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UHE CANA BRAVA – RISCOS LEVANTADOS
UHE CANA BRAVA – RISCOS LEVANTADOS
UHE CANA BRAVA – RISCOS LEVANTADOS
UHE CANA BRAVA – CONTRATOS E GARANTIAS
UHE CANA BRAVA – CONTRATOS E GARANTIAS
UHE CANA BRAVA – CONTRATOS E GARANTIAS
UHE CANA BRAVA – CONTRATOS E GARANTIAS
UHE CANA BRAVA – CONTRATOS E GARANTIAS
UHE CANA BRAVA – CONTRATOS E GARANTIAS
UHE CANA BRAVA – CONTRATOS E GARANTIAS
UHE CANA BRAVA – CONTRATOS E GARANTIAS
UHE CANA BRAVA – CONTRATOS E GARANTIAS
UHE CANA BRAVA – CONTRATOS E GARANTIAS
UHE CANA BRAVA – CONTRATOS E GARANTIAS
UHE CANA BRAVA – CONTRATOS E GARANTIAS MERCADO Localização estratégica Custo da Geração ESTRUTURA FINANCEIRA Alavancagem de 70% do valor do projeto Vantagem – ganho financeiro referente a desvalorização cambial Negativo – descasamento do fluxo de caixa ECONOMIA BRASILEIRA Taxas de Juros alta, inflação e instabilidade cambial
REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO CHAGAS, L.B. Project finance no Brasil: um estudo de caso múltiplo nos setores de concessão rodoviária e geração de energia elétrica. Dissertação (Mestrado em Administração de Empresas). Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2002. FARIA, V. C. S. O papel do project finance no financiamento de projetos de energia elétrica: caso da UHE Cana Brava. Tese (Mestrado em Ciências em Planejamento Energético) – COPPE/UFRJ. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2003. FINNERTY, J.D. Project finance: engenharia financeira baseada em ativos. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1998. MARQUES, M.C.M. A utilização de project finance em países em desenvolvimento: as experiências brasileira e asiática no setor de óleo/gás e energia elétrica. Dissertação (Mestrado em Administração de Empresas). Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2001.