EXAME OTORRINOLARINGOLÓGICO

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
BOCA A boca é revestida por uma membrana mucosa de epitélio escamoso estratificado queratinizado.
Advertisements

Exames complementares e relatórios médicos
ANATOMIA DAS FOSSAS NASAIS E SEIOS DA FACE
OTORRINOLARINGOLOGIA ouvidos – nariz - garganta
FARINGE.
Distúrbios do trato respiratório
Anatomia e propedêutica da orelha
Corpos Estranhos em Otorrinolaringologia
Diagnóstico e tratamento de fraturas nasais
SONDAGEM NASOGÁSTRICA
PROCEDIMENTOS COMUNS EM OTORRINOLARINGOLOGIA
TUMORES NASO-SINUSAIS
EPISTAXE Prof. Dr. Lucio A. Castagno Otorrinolaringologia
OTITES 1. Otite Externa Prof. Dr. Lucio A. Castagno
LARINGITES Prof. Lucio A. Castagno Otorrinolaringologia
LARINGITES Prof. Lucio A. Castagno Otorrinolaringologia
Prof. Lucio A. Castagno Otorrinolaringologia
FRATURAS NASAIS Prof. Dr. Lucio A. Castagno Otorrinolaringologia
ENFERMIDADES DE AMÍGDALAS E ADENÓIDES
Mini-curso: OUVIDO E AUDIÇÃO
Prof. Lucio A. Castagno Otorrinolaringologia
Ambulatório de Otorrinolaringologia
OTITES 1. Otite Externa 2. Otite Média
ANATOMIA NASO-SINUSAL
Crânio e Face Milena kurzava Edmara Marques Prof: Claudia Paredes
Caso clínico 2 Identificação:
Alunas: Luciane Garcia Marcia Pickarski
Prof. Dr. Sergio Albertino otoneurologia.uerj.br
ANESTESIA EM OTORRINOLARINGOLOGIA
SE AS CRÍTICAS DIRIGIDAS
SEMIOLOGIA EM ORL Dra. Renata C. Di Francesco Dr. Olavo de Godoy Mion
O que é o câncer de boca? É um tumor maligno que pode ser encontrada nos lábios, na língua, na garganta ou na parte posterior da boca. Como ele se desenvolve?
Aluna: Monique A. de Souza C. Barreto
Academia Brasileira de Laringologia e Voz
SEIOS PARANASAIS.
Ouvido (Orelha), Nariz e seios paranasais
Nariz.
SISTEMA RESPIRATÓRIO CONJUNTO DE ORGÃOS QUE PROMOVEM O RÁPIDO
Cefaléias Dra Norma Fleming.
Prof. Dr. Marcelo R. Guerino
Câncer de Cabeça e Pescoço
Discentes Gleyce Kelly Ribeiro R.A
Curso do 3° ano.
AFECÇÕES DE VIAS AÉREAS SUPERIORES
OTITES MÉDIAS CRÔNICAS
OTITES E SINUSITES GISELE GUIMARÃES MACIEL.
SISTEMA RESPIRATÓRIO.
Morena Morais Rezende Hungria!!
SISTEMA RESPIRATÓRIO.
Patologias da Orelha Externa e Média
Anatomofisiologia da Orelha
Epistaxe Dr. Rogério Brandão.
Distúrbios do Equilíbrio
EVA MARIA DE MORAIS CASTANHA
DISCIPLINA DE ORL PUCSP
CASOS CLÍNICOS FOSSAS NASAIS E CAVIDADADES PARANASAIS
ORELHA BOCA E GARGANTA ILANA S. MARTINS.
Patologias da Orelha Média
Músculos da órbita Ana Cristina Antunes.
Sistema Respiratório Profa: Marta Adorno.
RINOSSINUSITE FÚNGICA
RINOSSINUSITE AGUDA Camila Brandão Camila Sampaio Crislaine Siston.
PATOLOGIA DAS GLÂNDULAS SALIVARES
CASO CLINICO OTOLOGIA CASO 1 Nome: E.S.MIdade: 35 anosOcupação: Secretária Procedência: Marica - RJ.
PATOLOGIA NASOSINUSAL
RINOSSINUSITES Dra. Adriana De Carli
Perda Auditiva Induzida Por Ruído Ocupacional (PAIR-O)
Transcrição da apresentação:

EXAME OTORRINOLARINGOLÓGICO Prof. Dr. Lucio A. Castagno Otorrinolaringologia luciocastagno@hotmail.com

Objetivos no ambulatório de otorrinolaringologia Exposição geral a pacientes com enfermidades de ouvidos, nariz e garganta. Capacitar a obtenção de uma história clínica otorrinolaringológica. Habilitar a realização do exame ORL básico. Informações gerais de manuseio e tratamento desses pacientes.

Anamnese ORL Mais curta e objetiva do que a anamnese da medicina interna Pontos importantes: Histórico de fumo e álcool Recorrência de infecções ORL nos últimos anos Tratamentos prévios (antibióticos? quando? cirurgias?) OUVIDOS: hipoacusia; otalgia; tinitus; vertigem

Anamnese ORL FARINGE: dor de garganta LARINGE: rouquidão; dispnéia NARIZ: obstrução; prurido; espirros; facialgia/cefaléia; rinorréia; epistaxe FARINGE: dor de garganta LARINGE: rouquidão; dispnéia PESCOÇO: entumescimentos

Exame otorrinolaringológico Suplementa as informações obtidas com uma anamnese ORL adequada Mantenha sempre uma rotina Pratique, pratique, e pratique!

ROTINA DE ATENDIMENTO 1. Anamnese ORL 2. Inspeção 3. Palpação: Orelhas, seios paranasais, mastóide, e linfonódios submandibulares e cervicais 4. OTOSCOPIA (com otoscópio) 5. RINOSCOPIA ANTERIOR (com espéculo nasal; rinoscopia posterior apenas em alguns casos)

ROTINA DE ATENDIMENTO 6. OROSCOPIA 7. LARINGOSCOPIA INDIRETA 8. PROVAS ACUMÉTRICAS (diapasão) 9. Provas de equilíbrio (nistagmo; teste de Romberg; index-nariz) 10. Hipótese-diagnóstica 11. Conduta

Exame ORL

ORL examina cavidades com “iluminação” e visão binocular Aprenda a usar o fotóforo ou o Espelho Frontal

4. OTOSCOPIA Comece o exame pelo ouvido “bom”

Otoscopia Tracione a orelha para traz, para cima e para fora (melhora exposição do conduto auditivo e tímpano)

Otoscopia Gentilmente introduza a ponta do especulo no meato auditivo

Exame dos ouvidos

Otoscopia normal OD Martelo Imagem vista no otoscópio Pars flacida CAE Diâmetros: Hor = 9,6-10,2mm Ver = 8,5-9,0mm CAE Pars tensa Triângulo luminoso Imagem vista no otoscópio Ânulo

Tímpano normal

Otite Média Aguda (OMA) Hiperemia timpânica severa

Otite Média Secretora (OMS) Martelo MT normal Bolhas de ar e secreção Ausência de triângulo luminoso

Otite Média Crônica (OMC) PERFURAÇÃO MARGINAL PERFURAÇÃO CENTRAL Perfuração timpânica

OMC colesteatomatosa COLESTEATOMA resulta da invasão do epitélio do conduto auditivo para dentro do ouvido médio, através de uma perfuração marginal. É GRAVE E DESTRÓI AS ESTRUTURAS ÓSSEAS DO OUVIDO MÉDIO! COLESTEATOMA

Perfuração Timpanosclerose Retração Granuloma

Alterações no conduto externo OSTEOMAS CERUMEM

Otite externa FÚNGICA (aspergillus niger) BACTERIANA (pseudomonas/stafilococcus aureus)

5. RINOSCOPIA Introduza o espéculo gentilmente no vestíbulo nasal Observe a região do assoalho da fossa nasal, parede lateral (com corneto inferior) e parede septal A seguir observe o andar superior da fossa nasal (corneto médio) Coloração da mucosa; rinorréia; sangramento; lesões

Exame das fossas nasais 2- Rinoscopia anterior 1- Inspeção 3- Endoscopia nasal

Exame nasal (para o clínico)

Alterações a rinoscopia

Endoscopia nasal PÓLIPO MEATO MÉDIO E

6. OROSCOPIA

Amigdalite aguda EXUDATOS AMIGDALIANOS (“placas”) ABCESSO PERIAMIGDALIANO EXUDATOS AMIGDALIANOS (“placas”)

Alterações nas amigdalas HIPERTROFIA SEVERA CASEUNS AMIGDALIANOS

Alterações a oroscopia TORUS PALATINO FIBROMA TRAUMÁTICO

Alterações a oroscopia PAPILOMA NA MUCOSA JUGAL HEMANGIOMA NA LINGUA

Alterações a oroscopia CARCINOMA DE LÍNGUA

7. LARINGOSCOPIA Laringoscopia indireta (com espelho de Garcia) Aqueça o espelho para não embaçar Teste a temperatura no dorso de sua mão

Laringoscopia indireta Posicione o paciente, a iluminação, e solicite para abrir a boca com a lingua para fora Anestesie com xilocaina spray o palato mole e úvula

Laringoscopia indireta Reflete a luz com o espelho frontal na cavidade oral

Laringoscopia indireta Tracione gentilmente a ponta da língua com uma gaze (para não escorregar)

Laringoscopia indireta Introduza o espelho de laringe cuidadosamente (evite reflexo de vômito) A iluminação refletida no espelho permite a visualização indireta do laringe

Laringoscopia indireta A imagem do laringe é refletida no espelho no orofaringe; a técnica permite uma visão indireta das pregas vocais.

Laringoscopia indireta

Laringite crônica Diagnóstico diferencial LARINGOSCOPIA INDIRETA ou VIDEOLARINGOSCOPIA NÓDULOS PARALISIA

Laringite crônica Diagnóstico diferencial LARINGOSCOPIA INDIRETA ou VIDEOLARINGOSCOPIA CISTO INTRACORDAL GRANULOMA

Laringite crônica Diagnóstico diferencial LARINGOSCOPIA INDIRETA ou VIDEOLARINGOSCOPIA PÓLIPO EDEMA DE REINKE

Laringite crônica Diagnóstico diferencial LARINGOSCOPIA INDIRETA ou VIDEOLARINGOSCOPIA NEOPLASIAS Rouquidão permanente sem períodos de normalização !

Pregas vocais normais em repouso Videolaringoscopia FONAÇÃO “i” Pregas vocais normais em repouso

Videolaringoscopia

Recapitulando: ROTINA DE ATENDIMENTO 1. Anamnese ORL 2. Inspeção 3. Palpação: Orelhas, seios paranasais, mastóide, e linfonódios submandibulares e cervicais 4. OTOSCOPIA (com otoscópio) 5. RINOSCOPIA ANTERIOR (com espéculo nasal; rinoscopia posterior apenas em alguns casos)

ROTINA DE ATENDIMENTO 6. OROSCOPIA 7. LARINGOSCOPIA INDIRETA 8. PROVAS ACUMÉTRICAS (diapasão) 9. Provas de equilíbrio (nistagmo; teste de Romberg; index-nariz) 10. Hipótese-diagnóstica 11. Conduta

8. PROVAS ACUMÉTRICAS (usando os diapasões)

CO CA Audição Hipoacusia de condução Hipoacusia sensorineural Condução óssea CA Condução aérea Hipoacusia de condução Hipoacusia sensorineural

TESTES COM DIAPASÕES Teste de Rinne (1855) Teste de Weber (1834) Teste de Schwabach (1885)

Bata o diapasão Em uma proeminência óssea Batida uniforme e de mesma intensidade

Teste de Rinne Propósito Comparar CA e CO Técnica Bata o diapasão. Coloque o diapasão alternativamente na mastóide e junto ao conduto auditivo.

Teste de Rinne Normal Rinne positivo – som mais alto no CAE (CA > CO) Anormal Rinne negativo – som mais alto na mastóide (CA < CO)

Teste de Rinne Rinne Negativo Verdadeiro Hipoacusia de Condução (CO > CA) Rinne Negativo Falso - Hipoacusia sensorineural severa no lado testado com audição normal no outro ouvido (o som é escutado pelo ouvido bom contralateral)

Teste de Weber Propósito Diferenciar entre hipoacusia unilateral condutiva x sensorineural Técnica Bata o diapasão Coloque na linha média da cabeça Pergunte para que lado escuta o som

Teste de Weber Hipoacusia condutiva: som mais alto no lado afetado Normal – som percebido na linha média ou ambos ouvidos (= mesma audição bilateral) Anormal – som é mais alto em um lado Hipoacusia condutiva: som mais alto no lado afetado Hipoacusia sensorineural: som mais alto no ouvido com melhor audição

Teste de Schwabach Diapasão na mastóide Mede-se o tempo em que é ouvido em um e outro ouvido (segundos) Compara a CO (condução óssea) entre os dois ouvidos

Condução aérea (CA) AUDIOMETRIA TONAL Condução óssea (CO)

AUDIOMETRIA TONAL Limiar audiométrico por frequência CA (cond aérea) CO (cond óssea)

E agora... enfim: Chame seu paciente para o box e faça um bom atendimento: ANAMNESE + EXAME ORL! Atenda com convicção e responsabilidade. Após, retorne para orientações. Não esqueça de preencher a ficha de atendimento (incluindo CID) e escrever a evolução.