Agricultura e risco Roberto Rodrigues Coordenador do GV Agro.

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Transcrição da apresentação:

Agricultura e risco Roberto Rodrigues Coordenador do GV Agro

A natureza dos riscos na agricultura brasileira Risco de produtividade Risco de preços Risco cambial Risco sanitário Risco ambiental

Risco de produtividade Zoneamento agrícola Seguro agrícola Fundo de catástrofe

Risco de preços Mercado futuro Opções Leilões de prêmios (garantia de preços) Operações de mercado de troca de insumos e produto

Risco sanitário É preciso ampliar os recursos e esforços no setor de defesa sanitária. É preciso ampliar as relações entre o setor público e privado no país no sentido de somar esforços para lidar com os desafios de segurança sanitária.

Risco cambial É um problema que afetou severamente a agricultura brasileira (ver gráfico de variação cambial nos últimos anos). Consiste em uma questão complexa pois é um preço determinado pela macroeconomia. A variação da taxa de câmbio nos últimos anos foi extremamente severa.

Evolução da taxa de câmbio no Brasil A perda de capital após 2002 com a valorização do real foi muito severa

Risco cambial É preciso mostrar ao país que o regime de câmbio flexível introduziu um risco elevado no agronegócio brasileiro. O tempo entre plantio e colheita (custo e receita) é elevado na agricultura o que a torna especialmente vulnerável a variações cambiais. A alta liquidez e velocidade dos mercados financeiros acabam por ampliar as incertezas quanto ao movimento da taxa de câmbio.

Risco cambial O Banco Central tem operado no mercado de câmbio elevando significativamente as reservas brasileiras. Ocorre que as intervenções do Banco Central vem se mostrando insuficientes para conter a valorização do real. A compra de moeda estrangeira apresenta um custo fiscal na medida em que é preciso esterilizar o montante de reais que entra na economia como conseqüência da compra de moeda estrangeira.

Risco cambial O problema é que a taxa de juro brasileira é extremamente elevada e, como conseqüência, torna elevado o custo fiscal da compra de reservas. Nesse sentido, caso se queira imaginar em uma política cambial que evite grandes flutuações torna-se imperioso que as taxas de juro caiam para patamares compatíveis aos internacionais.

Risco cambial Em nosso entender, a melhor forma de reduzir as taxas de juro no país é promover um ajuste fiscal e ampliar a poupança pública e privada do país. A redução do juro além de reduzir o custo fiscal das intervenções no mercado de câmbio, ampliará o crédito privado aos agricultores.

Risco cambial A redução do juro permitirá, também, o aumento do investimento em infra-estrutura, elemento central para reduzir o risco de variação de preços aos agricultores, na medida em que menor custo de transporte implica em maiores margens. Entendemos que o melhor caminho para o problema cambial é a redução da taxa de juro. Para tanto é preciso avançar no entendimento das questões fiscais brasileiras e propor medidas concretas para controlar os gastos do setor público.