Renaturalização de cursos d’água

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Transcrição da apresentação:

Renaturalização de cursos d’água Ecologia geral Renaturalização de cursos d’água Lucas Marques Pessoa

Urbanização e manejo de cursos d’água Durante muito tempo,os cursos d’água foram alterados na zona rural e urbana com o objetivo de transformar seu curso no mais retilíneo e com maior velocidade possível. Esse tipo de planejamento foi negligente pois no período das cheias causa enchentes e diminui a variedade da biota.

A conscientização das interações entre as atividades antrópicas e o meio ambiente permite, hoje, que sejam consideradas novas estratégias dirigidas à renaturalização de rios e córregos, valorizando as condições naturais dos cursos hídricos e das baixadas inundáveis.

Porém esse método tem seus entraves,que levam em conta a dinâmica das cidades,como vias de trasnporte e as próprias construções locais.

• ampliação do leito do rio O que é renaturalização? Leva em conta os seguintes aspectos: • acesso à água; • ampliação do leito do rio • recuperação da continuidade do curso d’água • aplicação de técnicas da engenharia ambiental; • o restabelecimento de faixas marginais de proteção e da mata ciliar • a reconstituição de estruturas morfológicas típicas no leito e nas margens como depósitos de seixos rolados • a promoção de biotas especiais • a propiciação de elementos favoráveis ao lazer

Urbanização e problemas com enchentes O crescimento desordenado das cidades,aprisionou rios e córregos,que com o período de chuvas muitas vezes causou catastrófes. A canalizaçao desses cursos d’água sempre foi uma tentativa de solucionar o problema,mas apenas o amenizou. Surgiu assim a idéia de renaturalização dos rios,que cria uma área suficiente para a expansão do rio durante esse período chuvoso

Ao evitar enchentes,com áreas de vegetação nas margens,evita-se transmissão de doenças quem têm como vetor a água. Além das matas ciliares serem de grande importância para amenizar a erosão das margens e assoreamento do rio. Portanto o método de renaturalização colabora para o desenvolvimento organizado de uma cidade,melhorando sua infra-estrutura e consequentemente a qualidade de vida de seus moradores.

Medidas mais aceitas para realização do processo Os planos demonstram as possibilidades de preservar, conservar e renaturalizar o leito dos rios, as zonas marginais e as baixadas inundáveis, com objetivos ambientais, sem colocar em risco as zonas urbanas e vias de transporte, e sem causar desvantagens para a população e para os proprietários das áreas vizinhas.

Os diferentes interesses relativos à proteção à natureza e aos usos específicos da água e de áreas de baixada, devem ser levados em consideração logo no início do planejamento através da participação intensiva da sociedade civil envolvida, tais como, associações de pescadores ou de agricultores das áreas de baixadas afetadas.

O plano deve ser elaborado atendendo as peculiaridades de cada caso. Deve-se avaliar a situação dos rios e seu entorno, bem como, definir os objetivos específicos de recuperação, é preciso comparar a realidade atual com a situação ideal, considerando as condições ecológicas da zona ribeirinha.

Projeta-se então, um cenário onde as áreas agrícolas ou urbanizadas criadas sejam desocupadas para que sejam restabelecidas as condições naturais do curso do rio. As comparações entre a situação atual e a ideal apontam os problemas a resolver, e permitem uma avaliação da situação do rio.

É fundamental o mapeamento da morfologia fluvial por ser importante elemento constituinte do ecossistema do curso d’água juntamente com a vazão e a qualidade da água. O tipo de morfologia fluvial é decisivo para as condições de vida das plantas e dos animais no rio e está sujeita a modificações por obras fluviais e hidráulicas, devendo ser incluídas na avaliação da situação.

Alemanha pioneira Na Alemanha, estas idéias integram a concepção para a renaturalização de rios norteando os planos específicos de manutenção dos cursos d’água. Estes planos específicos, contendo propostas relativas à renaturalização de rios com manutenção de áreas inundáveis, são inseridos no planejamento estadual de recursos hídricos.

Rio vils, Amberg 1990

Atualmente

Conclusão A renaturalização de rios não significa a volta a uma paisagem original não influenciada pelo homem, mas corresponde ao desenvolvimento sustentável dos rios e da paisagem em conformidade com as necessidades e conhecimentos contemporâneos.