AS VÁRIAS FACES DA AMÉRICA LATINA

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
AS GRANDES NAVEGAÇÕES SÉCULO XV
Advertisements

O CICLO DO OURO SÉCULO XVIII PERÍODO DA MINERAÇÃO BRASILEIRA
A INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA ESPANHOLA
Independência da América Latina
A ocupação da América e do Brasil
Ideais Iluministas invadem a América
Independência do Brasil
EXPANSIONISMO MARÍTIMO
Colégio Marista Nossa Senhora de Nazaré Professora: Kátia Duarte
Pacificação interna e externa. Acordos de paz com países vizinhos.
EXÉRCITO BRASILEIRO DECEx – DEPA – CMF DISCIPLINA: HISTÓRIA 2º ANO DO ENSINO MÉDIO ASSUNTO: REVOLUÇÃO AMERICANA OBJETIVOS.
EXÉRCITO BRASILEIRO DECEx – DEPA – CMF DISCIPLINA: HISTÓRIA 2º ANO DO ENSINO MÉDIO ASSUNTO: A ECONOMIA COLONIAL – MINERAÇÃO.
A América Espanhola Formação.
Processos de independência na América Espanhola
O I L U M N S Professora: Marta.
Uma corrida em busca do enriquecimento através do comércio e da criação de colônias.
O I L U M N S Professora: Marta. O I L U M N S Professora: Marta.
MERCANTILISMO.
EXPANSIONISMO MARÍTIMO
América Espanhola O QUE OS ESPANHÓIS ENCONTRARAM POR AQUI?
Professor Bruno Barreira
1 – Conquista ou Descobrimento: “A visão Eurocêntrica da História.”
As bases históricas do Subdesenvolvimento ( I )
Capítulo 10 O mercantilismo e a colonização da América
Multimídia em aulas de História
Independência da América Espanhola
IMPERIALISMO E PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL Prof. Cap Queiroz.
O MERCANTILISMO: Definição: conjunto de práticas econômicas dos Estados Absolutistas. Quando: aproximadamente entre os séculos XV e XVIII. Onde: vários.
MUNDO DO TRABALHO.
A SOCIEDADE MINERADORA Lavagem do Ouro, de Rugendas, 1835
A GUERRA COMO INSTRUMENTO DOS REIS
Inconfidência Mineira Professor Ulisses Mauro Lima
CONTEÚDOS: 1º BIMESTRE O Feudalismo
COLONIZAÇÃO ESPANHOLA DA AMÉRICA
Atualmente a África do Sul garante o maior PIB do continente.
"A burguesia não pode existir sem constantemente revolucionar os instrumentos de produção e, portanto, as relações de produção e, com elas o total das.
PROCESSOS DE INDEPENDÊNCIAS NA AMÉRICA
Livro p.132. Exercícios 1 ao 7/ 10 ao 19
Aula Independência na América Latina
INDEPENDÊNCIA DO MÉXICO
A Colonização Inglesa Ideias Gerais:
Colonização das Américas
TRABALHO DE HISTORIA TEMA:A ERA NAPOLEÔNICA
Independência na América ESPANHOLA
A AMÉRICA ESPANHOLA Profª Helena Profº Gugu.
Expansão marítima.
Independência da América Espanhola Webster Pinheiro
Objetivos Centrais: Entender a inserção da América no contexto mundial da europeização; Compreender a exploração das terras americanas por parte das potências.
Colonização Africana Colonização Africana.
Revisão P3 História pontos importantes!
A MARCHA DA COLONIZAÇÃO NA AMÉRICA PORTUGUESA
18 DE BRUMÁRIO - O GOLPE EM NOME DA BURGUESIA
Luta pela emancipação política nas Américas
LUTAS SOCIAIS NO MÉXICO
Mineração e Revoltas no Brasil Colonial
O CONTEXTO HISTÓRICO DO NASCIMENTO DA SOCIOLOGIA
PROCESSOS DE INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA.
As colônias da América Prof. Filipe Carota. Regras de Sala 1)Respeitar 2) Pedir 3) Cumprir.
Independência da América Espanhola Prof. Alan
Processo de Independência brasileiro: o declínio colonial Prof. Alan.
A INDEPENDÊNCIA DA COLÔNIAS AMERICANAS DA ESPAPANHA
Da formação do Estados Modernos ao absolutismo Caps. 25 e 30.
E.E.M PLACIDO ADERALDO CASTELO 2º Ano “B” HISTORIA Professora: Raquel Equipe: Ana Géssica Daniele Cristina Gabriela Gabriel Emanuel.
A AMÉRICA COLONIAL.
O PERÍODO POMBALINO E A CRISE DO SISTEMA COLONIAL PORTUGUÊS
Como informado em sala de aula a 1ª prova é uma revisão de conteúdo - AULA 69 e 70. O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DO BRASIL Relembrando fatos importantes.
A Independência dos Estados Unidos da América Prof. Alan.
MERCANTILISMO – Aula 35. Com a Formação do Estado moderno, e rei tendo poder absoluto respaldado pela igreja católica, para proteger os interesses da.
O processo da Independência do Brasil Principais conceitos.
AS REVOLTAS COLONIAIS (SÉCULOS XVII E XVIII) Prof. Rafael Chaves -
Transcrição da apresentação:

AS VÁRIAS FACES DA AMÉRICA LATINA “Para os que concebem a História como uma disputa, o atraso e a miséria da América Latina são o resultado de seu fracasso. Perdemos, outros ganharam. Mas acontece que aqueles que ganharam, ganharam graças ao que nós perdemos: a história do subdesenvolvimento da América Latina integra, como já se disse, a história do desenvolvimento do capitalismo mundial. Nossa derrota esteve sempre implícita na vitória alheia, nossa riqueza gerou sempre a nossa pobreza para alimentar a prosperidade dos outros: os impérios e seus agentes nativos. Na alquimia colonial e neocolonial, o ouro se transformou em sucata e os alimentos se convertem em veneno. Potosí, Zacatecas e Ouro Preto caíram de ponta do cimo dos esplendores dos metais preciosos no fundo buraco dos filões vazios, e a ruína foi o destino do pampa chileno do salitre e da selva amazônica da borracha; o nordeste açucareiro do Brasil, as matas argentinas de quebrachos ou alguns povoados petrolíferos de Maracaibo têm dolorosas razões para crer na mortalidade das fortunas que a natureza outorga e o imperialismo usurpa. A chuva que irriga os centros do poder imperialista afoga os vastos subúrbios do sistema. Do mesmo modo, e simetricamente, o bem-estar de nossas classes dominantes – dominantes para dentro, dominados para fora – é a maldição de nossas multidões, condenadas a uma vida de bestas de carga”. GALEANO, Eduardo. As Veias Abertas da América Latina. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982. p 14.

O Memorial da América Latina, fundado no dia 18 de março de 1989, no bairro paulistano da Barra Funda, é um núcleo de cultura, política e lazer construído com o objetivo de disseminar as expressões criativas da América Latina, visando estabelecer laços culturais, políticos e sociais entre as nações dessa região continental. O edifício foi arquitetado por Oscar Niemeyer, e seu planejamento cultural foi desenvolvido pelo antropólogo Darcy Ribeiro, árduo defensor da causa da integração latino-americana. Esta instituição de caráter público, suficientemente independente, está ligada à Secretaria de Estado de Relações Institucionais. Na Praça Cívica está localizada a escultura moldada em concreto conhecida como ‘A Grande Mão’, a qual representa o sangue vertido pelos mártires da América Latina que combateram e muitas vezes deram a vida pela conquista da liberdade; este é um dos símbolos mais significativos do Memorial.

COMO ERA A EUROPA QUE “DESCOBRIU A AMÉRICA? O final do século XIV marca o início de uma série de mudanças políticas, econômicas, sociais e culturais na Europa. Essas transformações, que continuaram a acontecer por todo o XV (1401 – 1500), modificaram praticamente todas as dimensões da vida dos europeus. Dentre elas podemos destacar: • No campo político, o fortalecimento e a centralização do poder nas mãos dos reis. Esse processo histórico ficou conhecido como absolutismo; • Na esfera econômica, as atividades comerciais passaram a ser bastante valorizadas e surgiu o desejo de se consumir produtos vindos do Oriente (especiarias). As medidas tomadas para se incentivar o comércio receberam o nome de mercantilismo; • No campo social, tivemos o surgimento de um novo grupo social, na medida em que uma parcela dos plebeus passou a se dedicar ao comércio e a viver nos burgos (cidades). Este grupo, os burgueses, surgiu e se fortaleceu neste período. • No campo cultural, duas grandes mudanças aconteceram: o Renascimento e a Reforma protestante. Com eles a Igreja Católica perdeu o monopólio da explicação das coisas do mundo tanto do ponto de vista cultural e científico, quanto do ponto de vista religioso. Todos esses novos elementos contribuíram para que acontecesse uma série de expedições marítimas que receberam o nome de Grandes Navegações.

Com esse contexto histórico em mente, observe a imagem-síntese abaixo:

Por que ficamos tão diferentes? “Existe uma questão que mexe demais com os brasileiros: por que os Estados Unidos da América se tornaram o país mais rico do Mundo? Por que o Brasil e seus companheiros da América Latina e do Caribe ficaram “para trás”? Talvez você já tenha ouvido alguém dizer assim: “Demos azar, fomos colonizados por Portugal”. Ah... se tivéssemos sido colonizados pela Inglaterra, nós hoje estaríamos muito melhor...” mas será mesmo que estaríamos melhor? Pense um pouco. Alguns dos países mais pobres foram colônias da Inglaterra: a Índia, várias nações da África, a Jamaica... A maioria de sua população é mais pobre ainda do que os brasileiros. Será que as pessoas famintas desses países poderiam dizer: “Ah, ainda bem que fomos colônias da Inglaterra.”

A INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA ESPANHOLA Grafite, Caracas – (Venezuela)

Contexto Geral INFLUÊNCIAS EXTERNAS CONTEXTO INTERNO ►Iluminismo; ► Independência dos EUA; ► Revolução Francesa; ► Período Napoleônico e Bloqueio Continental; ► Revolução Industrial. ► Crise do Sistema Colonial ; ► Crise na mineração; ► Descontentamento da elite criolla .

Crise na Espanha e mudanças na América Na segunda metade do século XVIII... Esgotavam-se os recursos minerais explorados na América, como a prata; A Espanha combateu o contrabando; Ampliou tributos sobre o comércio colonial; Manteve a proibição de instalação de manufaturas. Apesar da restrições impostas pela Coroa, nas colônias... a pecuária e a agricultura se expandiram; a população cresceu; as elites locais enriqueceram e se fortaleceram; A resistência indígenas à intensificação do regime de trabalhos forçados provocou reações e revoltas em várias comunidades.

Napoleão Bonaparte invade a Espanha... Maio de 1808: Napoleão invade e ocupa a Espanha; O povo espanhol reagiu à ocupação e criou as juntas provinciais de governo com o objetivo de organizar a resistência espanhola; Na América, as elites dominantes seguiram o exemplo da metrópole e criaram as Juntas Governativas: governo local autônomo que governaria em nome do rei espanhol destronado. A lacuna de poder favoreceu o fortalecimento dos poderes locais...

Em 1814, após a queda de Napoleão... Fernando VII retornou ao trono espanhol adotando: medidas restritivas de liberdade nas colônias; maior centralização do poder; Essas medidas provocaram uma resistência maior das elites coloniais, dando início ao processo de independências das colônias espanholas na América. Imagem de fundo: Retábulo da independência, de Juan O’Gorman, 1960-1961.

Para refletir...