ANESTÉSICOS LOCAIS Disciplina de Anestesiologia Prof.Dra.ENEIDA VIEIRA

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
FADIGA PERIFÉRICA BERNARD SILVA KYT.
Advertisements

INTRODUÇÃO AO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
Anestésicos gerais Flávio Graça.
O SISTEMA NERVOSO Centro de controle.
Profª Deyse Conceição Santoro
Seminário ME1 Anestésicos Locais.
Recuperação Pós Anestésica
DRA. LÚCIA MIRANDA M. DOS SANTOS
ANESTÉSICOS LOCAIS CRIS BMF USP.
IV- CLASSIFICAÇÃO PARA ANESTESIA (ESTADO FÍSICO)
Dra Eneida de Paula Departamento de Bioquímica, IB/Unicamp
Anestésicos Locais Monitoria da Disciplina de Técnicas Operatórias e Cirúrgicas Murilo Fonseca Rebouças.
ANESTÉSICOS LOCAIS Marcos Vinicius Mota Pires.
FAMACOLOGIA CARDIOVASCULAR
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS PROF. DR. J. B. PICININI TEIXEIRA
PSICOFARMACOLOGIA DE CRIANÇA E ADOLESCENTE
FARMACOCINÉTICA Fundação Universidade Federal do Rio Grande
Danielle Cesconetto RA Eduardo Perrone RA Marcela Margato RA
ANESTÉSICOS LOCAIS Lyvia Gomes
Fatores que influem na Toxicidade
Prof: Ueliton S. Santos.
Mecanismo de Ação Agem inibindo a condução dos nervos periféricos por um decréscimo na permeabilidade ao sódio, impedindo a despolarização da membrana;
Anestésicos Não Voláteis
FARMACOCINÉTICA E FARMACODINÂMICA
Neurônios e células da glia
Farmacodinâmica Prof: Ueliton S. Santos.
ANESTÉSICOS LOCAIS Maria Cristina S. de Almeida
Escola de Educação Física e Esporte de Ribeirão Preto (EEFERP)
Fisiologia Cardiovascular
FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR
MEDICAÇÃO PRÉ ANESTÉSICA
Adrenérgicos Fundação Universidade Federal do Rio Grande
Anestésicos Inalatórios
Anestésicos Locais Drogas com capacidade de bloquear impulsos neurais de forma reversível e localizada. Interferem na propagação do potencial de ação nos.
Segurança Lidocaina: Classe B para Gestação – pode causar bradicardia
ANESTÉSICOS LOCAIS Prof. Dr. Maria Cristina S. de Almeida
FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR
ANESTÉSICOS LOCAIS.
NEUROFISIOLOGIA IV - Sensibilidade.
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
ANESTESIA GERAL INALATÓRIA.
Anestésicos Locais.
ANESTESIA SUBARACNOÍDEA E PERIDURAL
ANESTÉSICOS LOCAIS Prof. Dr. Maria Cristina S. de Almeida
ANESTÉSICOS LOCAIS Guilherme Martins RA Virgínio Rubin RA
ANESTESIA GERAL ANESTESIOLOGIA - UFPE.
ANESTÉSICOS LOCAIS Prof. Dra. Rúbia Maria Monteiro Weffort de Oliveira
CIRURGIA AMBULATORIAL
Anatomia da Medula Espinhal
ANESTESIA GERAL ANESTESIOLOGIA - UFPE.
ANESTESIA DISSOCIATIVA
ANESTESIAS NO CANAL RAQUIDIANO
Peridural e Raquianestesia Prof.a: Fátima Carneiro Fernandes, TSA/SBA
Disciplina de Farmacologia
ICC TRATAMENTO NÃO FARMACOLOGICO
Márcio C . Vieira HUCFF-UFRJ
Tecido Nervoso.
SISTEMA NERVOSO Fisiologia Humana Curso de Nutrição
FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR.
Aula 03 – Farmacocinética
ANESTÉSICOS INALATÓRIOS
Prof. Oscar Kenji Nihei Disciplina de Fisiologia Humana e Biofísica
Sistema Nervoso. Sistema Nervoso Células NEURÔNIOS IMPULSO NERVOSO SALTATÓRIO FORMADA PELOS OLIGODENTRÓCITOS – SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC) FORMADA.
CURSO: BACHARELADO EM ENFERMAGEM Disciplina: Saúde do Adulto
ANESTÉSICOS LOCAIS Ø ESTRUTURA QUÍMICA CADEIA INTERMEDIÁRIA
FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR
Transcrição da apresentação:

ANESTÉSICOS LOCAIS Disciplina de Anestesiologia Prof.Dra.ENEIDA VIEIRA Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto Disciplina de Anestesiologia

O que é um anestésico local?

SUBSTÂNCIAS QUE BLOQUEIAM OS IMPULSOS EFERENTES, DE MANEIRA REVERSÍVEL E LOCALIZADA, ESPECIALMENTE AQUELES QUE CONDUZEM OS ESTÍMULOS DOLOROSOS, SEM ALTERAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA.

NH+ ESTRUTURA QUÍMICA- BASE FRACA cadeia intermediária éster amida Anel benzeno LIPOFÍLICA amina quaternária hidrofílica ácido p-aminobenzóico acido benzoico , xilidina http://application.webmeeting.com.br/WebMeeting2009/Viewer/?peid=69619062-f516-4bcf-b1f4-b85e4b0b5709&idUser=995&Email=&idProjeto=SBA&Presentation_id=978afb56-c6c0-4eb6-ae63-423cad20b440

ESTRUTURA QUÍMICA Cadeia intermediária ESTER COO-(CH2)n ESTERES ÉSTER Metabolizaçao plasmatica - hidrólise- (pseudocolinesterase) Acido paraminobenzoico (PABA) –potencial alergenico Meia vida mais curta AMIDA NHCO-(CH2)n AMIDAS AMIDA NHCO-(CH2)n Metabolização hepatica (citocromo P450) N dealquilação e hidrólise Meia vida mais prolongada

(quanto a cadeia intermediária) CLASSIFICAÇÃO (quanto a cadeia intermediária) AMIDAS Lidocaina(xylocainaR) Prilocaina (citanestR) Etidocaina Mepivacaina Bupivacaina(marcainaR) Ropivacaina(naropinR Levobupivacaina ÉSTERES -Benzocaina -Tetracaina (PantocainaR) -Cloroprocaina (NesacaínaR -Procaina (NovacainaR)

CLASSIFICAÇÃO (quanto a duração) CURTA Procaina Cloroprocaina INTERMEDIARIA Lidocaina Mepivacaina Prilocaina LONGA Bupivacaina Ropivacaina Levobupivacaina Etidocaina Tetracaina

BH+ B + H+ + Equilibrio de dissociação de AL C2H5 R-CH2-NH+ C2H5 BASE FRACA + ACIDO FORTE= SOLUVEL Equilibrio de dissociação de AL BH+ B + H+ C2H5 R-CH2-NH+ C2H5 R-CH2-NH + H+ C2H5 Amina terciária Amina quaternária

difusão Formas de ação Base (B) Cátion (BH+) ligação ao canal de sódio Mecanismo de Ação Formas de ação difusão Base (B) Cátion (BH+) ligação ao canal de sódio

BH + B + H+ B + H+ BH+ B + H+ BH+ Mecanismo de Ação Epineuro extracelular BH+ Intracelular B + H+ BH+

Mecanismo de Ação pH baixo - abcessos BH + B + H+ Abcesso pH

Peso molecular difusao Propriedades físico-químicas Lipossolubilidade potência Lipossolubilidade potencia toxicidade pKa início de ação pKa baixo = grande fração na forma não ionizada Ligaçao Protéica duração de ação Ligaçao protéica tempo de ação Peso molecular difusao

Estereoisômeros Dextrógiro (+) Levógiro (-) Quiral - grego Cheir Compostos diferentes & mesma fórmula molecular Quiral - grego Cheir Assimetria molecular Desvia a luz polarizada Dextrógiro (+) Levógiro (-)

Sequência de bloqueio Bloqueio das fibras simpáticas ( fibras B) Perda da sensibilidade térmica e dolorosa ( fibras C) Perda da sensibilidade ao tato e pressao ( fibras A) Paralisia motora ( fibras A ) Perda da propriocepção profunda ( fibras A )

Bloqueio diferencial das fibras nervosas Fibras de menor diâmetro mais fácil de serem bloqueadas Bloqueio diferencial arranjo das fibras dentro do nervo Plexo braquial fibras externas parte proximal (ombro) fibras internas parte distal (mao) Bloqueio seletivo das fibras sensitivas Analgesia de parto Fibras A – delta e C

Tipos de fibras A α motora e propriocepçao Aß motora e propriocepçao Aχ Tonus muscular A∂ Dor, temperatura e tato Mielinizadas B Sistema nervoso autônomo finamente mielinizada C Dor, temperatura e tato amielinicas

Tipos de administraçao Tópica Gel, spay , pomada ( mucosa e pele) Oral, nasal, arvore traqueobronquica Infiltrativa infiltrativa direta nos tecidos utilizada em pequenas cirurgias Venosa ( anestesia de Bier ) Troncular Raquianestesia Peridural Combinada Peridural sacral Plexo

Toxicidade dos Anestesicos Locais Nível plasmático Absorção Local de administração mucosas / plexos Caracteristica farmacológica do AL lipossolubilidade Presença de vasoconstritor Dose administrada

Vasoconstritor Contra- indicação Hipertensão arterial grave Doença vascular cerebral isqu~emica Coronariopatas Hipertireoidismo descompensado PROIBIDO uso em locais de circulação terminal dedo / pênis / ponta de nariz / orelha

- Reduzir absorção dos AL Prolongar ação dos AL Vasoconstrição local Vasoconstritor Finalidade - Reduzir absorção dos AL Prolongar ação dos AL Vasoconstrição local

Dose Lidocaina – 7,0 a 10 mg/Kg Bupivacaina – 2,0 a 3,0 mg?kg

Efeitos tóxicos no SNC Formigamento de lábios e língua (* niveis elevados de AL no tec frouxo e vascularizado ) Zumbidos Distúrbios visuais Abalos musculares Convulsões Inconsciência Coma Parada respiratória Depressão CV

Toxicidade Cardovascular do AL Depressao do inotropismo cardíaco Força contrátil Depressão do cronotropismo cardíaco Bradicardia Vasodilatação periférica

Desnutrição / debilitados / choque Doença hepática Disfunção renal Elevam a toxicidade dos AL Febre Desnutrição / debilitados / choque Doença hepática Disfunção renal Anenia grave Tireotoxicose Idosos Anamnese

Tratamento da convulsão VENTILAÇÃO E OXIGENAÇAO OXIGENAR TECIDO CEREBRAL CORRIGIR ACIDOSE CIRCULAÇÃO MANTIDA

Lipossomas Estratégia para controlar liberaçao de AL Função- liberar determinada concentração de droga evitando toxicidade Trabalhos apresentaram resultados satisfátorios tratamento da dor cronica e pos-operatória permite controle dos níveis sistemicos da droga

FARMACOCINÉTICA Cardiovascular Concentrações extremamente elevadas deprimem atividade marca-passo do nó sinusal = bradicardia sinusal a PC AL potentes ( alta solubilidade, e afinidade protéica) + cardiotóxicos Também exercem profundo efeito depressor sobre a atividade mecânica do miocárdio Injeção rápida de Al potente = (fibrilaçao ventricular/ taquicardia ventricular/ assistolia ou bloqueio AV)- imediatamente após.

FARMACOCINÉTICA LEMBRAR AL – sempre depressor da membrana celular - fenômenos excitatórios depressão SNC evitar outros agentes depressores no tratamento Substrato fisiopatológico da intoxicação – predomínio da atividade excitatória aumento do consumo de O2 local e acidose Medidas terapeuticas- visar oxigenação do tecido cerebral e correção acidose