Interpretação dos gêneros bíblicos

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Transcrição da apresentação:

Interpretação dos gêneros bíblicos

Não é por que algo é uma verdade bíblica que significa que seja aplicável a nós. J.I.Packer

A NECESSIDADE DA INTERPRETAÇÃO O alvo da boa interpretação é simples: chegar ao “sentido claro do texto” (p.14). Todo leitor é ao mesmo tempo um intérprete, porém não podemos pensar que nosso entendimento é a mesma coisa que a interpretação do Espírito Santo ou do autor humano.

A tarefa de interpretar envolve o leitor em dois níveis A tarefa de interpretar envolve o leitor em dois níveis. Primeiramente, é necessário escutar a Palavra que eles ouviram; devem procurar compreender o que foi dito a eles lá e então. Em segundo lugar, devemos aprender a ouvir essa mesma Palavra no aqui e agora (STUART&FEE, p.19).

Não devemos pensar em regras, mas em diretrizes ou princípios de interpretação.

1) AS EPÍSTOLAS – APRENDENDO A PENSAR CONTEXTUALMENTE

Começamos com as epístolas, pois são mais fáceis de interpretar, porém essa “facilidade” pode ser enganosa. Devemos notar que as Epístolas são uma coletânea homogênea.

Distinção entre cartas e epístolas: “As primeiras, as cartas verídicas, conforme as chamava, eram não-literárias (não escritas para o público e a posteridade), visavam apenas a pessoa ou pessoas para quem foram endereçadas. A epístola, porém, era uma forma literária artística ou uma espécie de literatura destinada para o público” (Adolf Deissmann).

FORMA DAS CARTAS ANTIGAS 1. Escritor 2. Destinatários 3. Saudação 4. Oração: um desejo ou ações de graças (Doxologia). 5. Corpo 6. Saudação final e despedida

Deve ser notado que as Epístolas do NT que não têm os elementos formais 1-3 ou 6 são aquelas que deixam de ser verdadeiras cartas, embora parcialmente epistolares (Hebreus, p.ex., foi descrita como sendo três partes tratado e uma parte carta).

A natureza epistolar se caracteriza por ser um documento ocasional. A natureza ocasional das Epístolas quer dizer que não são, em primeiro lugar, tratados teológicos; não são compêndios de teologia de Paulo ou Pedro. Há teologia subtendida, mas é sempre “teologia da tarefa”.

A questão do contexto histórico A questão do contexto histórico. A primeira coisa que devemos fazer com qualquer das Epístolas é formar uma reconstrução tentativa, porém bem fundamentada, da situação para a qual o autor está falando. Dois caminhos necessários: 1) Consulte seu dicionário da Bíblia ou a introdução de um comentário; 2) Leia a carta inteira do começo ao fim numa só sentada.

A questão do contexto literário A questão do contexto literário. O argumento deve ser seguido parágrafo por parágrafo até ser possível explicar o argumento global. É necessário aprender a pensar em parágrafos. Para isso, será preciso aprender a continuamente perguntar: Qual a razão de ser disto? Assim, duas etapas são exigidas: 1) Declare o conteúdo de cada parágrafo; 2) Procure explicar por que Paulo diz isto.

Um exemplo (Fp 1.27-2.13). Leia toda a Epístola aos Filipenses, se possível várias vezes. Note o argumento de Paulo: A ocasião é que Paulo está na prisão (1.13,17) e os filipenses lhe enviaram uma oferta por Epafrodito (4.14-18). Parece que ele ficou doente e a igreja soube disto, e se entristeceu (2.25-30); Deus, porém, o poupou, de modo que Paulo o envia de volta (2.25-30) com esta carta a fim de (1) contar aos membros como estão as coisas com ele, (2) agradecer-lhes a oferta (4.10,14-19) e (3) exortá-los sobre várias questões: viverem em harmonia (1.27-2.17; 4.2,3) e evitarem a heresia judaizante (3.1-4.1).

Paulo acaba de completar a seção, dizendo-lhes como está passando na prisão (1.12-26). Esta nova seção (1.27-2.17) faz parte da exortação, pois já não fala de si mesmo (da 1ª p/s para a 2ª p/pl). Qual a razão de ser de cada parágrafo nesta seção (1.27-2.17)? 1.27-30: Início da exortação. A lição é a de “ficar firmes em um só espírito”. Uma exortação à união, pois certamente enfrentam oposição.

2.1-4: Esse tema se relaciona com união? Sim! Paulo repete a exortação do parágrafo anterior (vs.1,2). Agora, porém, Paulo destaca que a humildade é a atitude apropriada para os crentes terem união. 2.5-11: Qual é a lição? Por que Paulo cita este hino acerca da humilhação e exaltação de Cristo? 2.12,13. Agora qual é a lição? Perceba a expressão: “Assim, pois”.