Uso de Albumina Humana na Prática Clínica Hemocentro-Unicamp Angela Cristina Malheiros Luzo
Albumina na prática clínica Fisiologia Bioquímica Polipeptídio pobre em triptofano (600 aminoácido). Peso molecular ao redor de 69.000 Forma elipsóide Baixa viscosidade (1 g de albumina atrai 15 a 18 ml de água)
Albumina na prática clínica Fisiologia-Metabolismo Síntese Hepatócitos (20 a 30%) Retículo endoplasmático (9 a 12 g em 24 horas) Não é armazenada Estímulo máximo eleva 2-3 vezes
Albumina na prática clínica Fisiologia- Metabolismo Síntese Produção alteração da pressão coloidosmótica osmolalidade do espaço extra vascular concentração de insulina, cortisol e tiroxina.
Albumina na prática clínica Fisiologia- Catabolismo Endotélio vascular dos tecidos (9 a 12 g/24h) Meia vida 18 a 21 dias Pinocitose [ ] peptídeo natriurétrico atrial tirosina aa essenciais
Albumina na prática clínica Fisiologia Distribuição e Circulação Extra-vascular Concentração sérica 40g.l-1 Relação intra 1/3 extra 2/3 vascular Circulação sistema linfático Escape trans capilar 16-18 horas ( 3 - 4%)
Albumina na prática clínica Fisiologia
Albumina na prática clínica Propriedades Clínicas Transporte de íons Manutenção pressão coloidosmótica Eliminação de radicais livres Efeito anti-coagulante Alteração da permeabilidade capilar
Albumina na prática clínica Indicação Terapêutica Estados de hipoproteinemia com instabilidade hemodinâmica queda na filtração glomerular e alteração na função renal, albumina sérica menor que 2g.
Albumina na prática clínica Situações Clínicas - Hipopoproteinemia Nefropatias Síntese de albumina normal, , IRC procedimentos de diálise Hemodiálise maior perda no prime Diálise peritoneal perda pequena Instabilidade hemodinâmica
Albumina na prática clínica Situações Clínicas - Hipopoproteinemia Insuficiência Hepatocelular (Arroyo et al, Dig Liver 2003;Maor,Isr Med Asssoc J, 2005; Avidan et al, 2003;Maor,Isr Med Asssoc J,2005;) Cirrose baixos níveis séricos Ascite masssiva paracentese +diuréticos Disfunção circulatória pós paracentese Síndrome hepato-renal (Gines et al, Gastroenterol Hepatol, 2005) Peritonite bacteriana espontânea (Fernandez et al, J Hepatol. 2005)
Albumina na prática clínica Situações Clínicas -Cirurgias Cirurgia Cardíaca (Riegger et al, Crit Care Med 2003) Priming da Circulação extra-corpórea Reposição de volemia
Albumina na prática clínica Situações Clínicas -Cirurgias Hepatectomias e transplante de Fígado (Hanazaki et al, Hepatogastroenterology, 2005) Hepatectomias com 40% de resseccção Ascite e edema no pós-operatório Albumina sérica 2,5g% e Pressão oncótica 12mmHg
Albumina na prática clínica Situações Clínicas - Hipopoproteinemia Enteropatias perdedoras de proteína Má absorção albumina luz do TGI hipoproteinemia Doença Celíaca Doença de Chron Hipovolemia de difícil controle
Albumina na prática clínica Situações Clínicas - Hipopoproteinemia Grande Queimado (Lehnhardt et al, Burns,2005;Sanches, Pathol Biol, 2002) Perda no local Permeabilidade da micro-circulação Síntese de albumina Nefropatia 2 ª (48 horas) perda urinária Reposição de albumina após as primeiras 24 horas
Albumina na prática clínica Situações Clínicas - Hipopoproteinemia Choque Hipovolêmico Baixos níveis séricos Grande consumo de energia Intenso catabolismo proteíco Redistribuição extra e intravascular escape trans-capilar Hipovolemia sem resposta ao tratamento albumina? outros expansores!
Albumina na prática clínica Situações Clínicas - Hipopoproteinemia Choque séptico Permeabilidade capilar Fluxo de líquido para interstício carreia albumina Uso discutível piora quadro pulmonar
Albumina na prática clínica Situações Clínicas - Hipopoproteinemia Plasmaférese Troca de volemia plasmática Reposição da volemia albumina à 4% e soro fisiológico
Albumina na prática clínica Situações Clínicas – Transporte Substâncias tóxicas, íons, ânions orgânicos Antibióticos, diuréticos, anticoagulantes Tranquilizantes, barbitúricos, analgésicos, hormônIos, hipoglicemiantes, digitoxina... Bilirrubina (Doença Hemolítica do Recém Nascido)
Albumina na prática clínica Situações Clínicas –MARS (sistema de adsorção molecular por recirculação, Campi et al, Artif. Organs, 2003)
Albumina na prática clínica Indicações Formais (Resolução RDC nº 115, de 10 de maio de 2004,visalegis) Priming em cirurgia cardíaca Paracentese em ascites volumosas Reposição volêmica em plasmaférese Cirrose hepática e síndrome nefrótica em instabilidade hemodinâmica refratárias a tratamento com diurético
Albumina na prática clínica Indicações Formais Resolução RDC nº 115, de 10 de maio de 2004,visalegis Grandes queimados, 24 horas pós queimadura Prevenção síndrome de hiper estimulação ovariana Pós transplante de fígado se albumina < 2,5%
Albumina na prática clínica Indicações Discutíveis Resolução RDC nº 115, de 10 de maio de 2004,visalegis Pacientes críticos com má distribuição hídrica Hiperbilirrubinemia do RN com DHRN Cirróticos com peritonite bacteriana espontânea
Albumina na prática clínica Contra-indicações (não fundamentadas) Resolução RDC nº 115, de 10 de maio de 2004,visalegis Correção de hipoalbuminemia Correção de perdas volêmicas agudas Tratamento de cirrose hepática e S. nefrótica Peri-operatórios, exceto os especificados
Albumina na prática clínica Apresentação comercial Obtenção Fracionamento a partir de plasma humano Método de Chon Termocoagulação na presença de álcool etílico Cromatografia Inativação viral 3 métodos (aquecimento por 10 horas à 600C , solvente e detergente)
Albumina na prática clínica Apresentação comercial Armazenamento Abrigo da luz Temperatura entre 4 a 5 0 C, validade 5 anos Temperatura 25 0 C, validade 3 anos Efeitos adversos Transmissão viral, se inativação ineficaz Reação febril e calafrios
Albumina na prática clínica Apresentação comercial Albumina hiper- oncótica à 20gr / 100ml Frascos de 10, 20, 50ml Contém 175 a 250g de proteínas totais/litro Taxa de sódio 85 a 150 mmol/l
Albumina na prática clínica Posologia Procedimentos de paracentese 6g por litro de ascite retirada Demais procedimentos ∆ de albumina (g/l) X 0,04 X PESO (Kg) X 2 ∆ de albumina = albumina desejada - albumina do paciente (não ultrapassar 2g/kg peso) 0,04 X peso (Kg) = massa plasmática 2 = constante relativa à difusão de albumina para o espaço extravascular
Albumina na prática clínica Posologia Grandes Queimados 0,2 ml x superfície corpórea de área queimada x kg peso Peritonite Bacteriana Espontânea 1,5g / kg peso do paciente