PRODUÇÃO E LEITURA DE IMAGENS

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Transcrição da apresentação:

PRODUÇÃO E LEITURA DE IMAGENS Prof. Riva Qual o poder das imagens? Como elas influenciam nosso comportamento? Como ocorre seu processo de leitura? Quais as forças e elementos visuais e como operam?

VAMOS TENTAR DESCOBRIR

AS IMAGENS PODEM CHOCAR

Kevin Carter

PODEM ENCANTAR

SEDUZIR

SURPREENDER SURPREENDER

ILUDIR

anjos

DIVERTIR

A REVANCHE

ESTRUTURA Enxergamos o mundo e toda sua riqueza imagética obedecendo as limitações do nosso campo de visão, ou seja, dentro de uma moldura orgânica delimitada naturalmente. Ao observarmos imagens específicas como livros, fotografias ou pinturas nos deparamos com outro tipo de moldura, uma moldura mecânica, formada por limites de linhas ou cores. Dentro dessas molduras nosso olhar percorre um caminho de leitura semelhante àquela empregada nos textos. Assim, podemos dividir a estrutura de uma imagem em partes como: introdução, desenvolvimento, clímax e fim, conforme esquema a seguir.

Chamamos de ponto geométrico aquele resultante do cruzamento das linhas que cortam a imagem de maneira a dividi-la em partes geometricamente iguais, ou seja, é o centro verdadeiro. É o ponto que tendemos a buscar com os olhos. Centro perceptivo marca a região onde realmente enxergamos quando buscamos o centro da imagem. O centro de uma imagem é a área de maior atração visual, no entanto não significa que seja a mais pesada visualmente. Os cantos esquerdo e direito inferiores são os mais pesados. A seguir entenderemos o porquê.

Assim como ocorre em um texto, também nas imagens o canto direito superior é pouco explorado, sendo, assim, a área mais leve e discreta. O canto esquerdo superior é uma área leve, uma vez que funciona como introdução à leitura da imagem, assim como ocorre com um texto. Qualquer forma disposta no centro de uma imagem, além de ganhar destaque imediato, gera estabilidade na mesma, contribuindo para seu equilíbrio. Aqui encontramos a área mais pesada de uma imagem. É o fim de uma leitura. Área responsável pela fixação de uma forma ou idéia. Esta região configura a área de identificação com o espectador, bem como o clímax de uma narrativa, daí sua importância visual. Vale lembra a maneira como nosso cérebro capta as imagens... L E LD

VEJAMOS ALGUMAS APLICAÇÕES:

Salvador Dali, geopolítico

Munch, melancolia

ELEMENTOS DA SINTAXE VISUAL EQUILÍBRIO E PESO DINAMISMO CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS

CLAREZA X OBSCURIDADE Por CLAREZA podemos entender a eficiência da transmissão de uma mensagem visual, sendo caracterizada nas artes visuais pela maneira como a luminosidade e a harmonia se relacionam, permitindo a compreensão e assimilação e ambientes e personagens presentes. Um bom exemplo é a pintura renascentista. Por OBSCURIDADE visual compreendemos o oposto, ou seja, a dificuldade de assimilação imediata de todos os elementos presentes em uma obra, dificultando sua leitura e interpretação. Há um uso marcante de contrastes, principalmente entre luz e sombra. Podemos notar tal fator nas obras barrocas.

EQUILÍBRIO Condição essencial para o desenvolvimento humano Para a física, o resultado de forças de igual intensidade que agem sobre um corpo Para a arte, o resultante da distribuição eqüitativa de pesos visuais. Semelhante, não?

PRECISAMOS DE EQUILÍBRIO: EMOCIONAL

FINANCEIRO

ÉQUILÍBRIO NO RELACIONAMENTO

TIPOS DE EQUILÍBRIO AXIAL OU MECÂNICO – dado pela distribuição simétrica das formas. VISUAL OU ORGÂNICO – dado pelo uso de pesos visuais. HOMOGÊNEO – ampla utilização das superfícies. O equilíbrio resulta da distribuição equitativa dos pesos visuais no campo imagético.

PESO VISUAL designa formas, cores, linhas, padrões de grande destaque numa imagem, tendo como determinantes: 1 – cor 2 – profundidade espacial 3 – isolamento 4 – interesse intrínseco 5 - tamanho 6 – forma 7 - disposição * Lembre-se: cores quentes são sempre mais pesadas que as frias, pois trazem luz e proximidade, enquanto as frias geram distância, profundidade espacial

EXEMPLO DE EQUILÍBRIO MECÂNICO Rafael Sanzio é tido como o mestre do equilíbrio. A obra crucificação apresenta os principais valores plásticos renascentistas: - Equilíbrio axial (ou mecânico) - Rígida simetria, ordenamento visual e estabilidade - Clareza harmonia serenidade calma - Ritmos, movimentos e tensões controlados

Observe como a centralização de Cristo estabiliza a cena, o que é reforçado pela simetria da obra, e ao mesmo tempo destaca sua importância na cena. Note como as linhas de perspectiva convergem para sua cabeça, o que também conduz nosso olhar.

EXEMPLO DE EQUILÍBRIO ORGÂNICO Tamanho, número e disposição O fator isolamento é um dos mais pesados visualmente. Depois da cor, a profundidade espacial é o que desperta mais interesse A maior concentração de formas do lado direito da imagem tem seu peso compensado por fatores como isolamento, cores e profundidade espacial do lado esquerdo. RUBENS – MASSACRE DOS INOCENTES

Leonardo da Vinci, A Virgem dos Rochedos

EXEMPLO DE EQUILÍBRIO HOMOGÊNEO Aqui não há preocupação com simetria ou pesos, há a ampla distribuição de formas geométricas monocromáticas sobre a superfície. Cubismo Analítico

Expressionismo abstrato – Jackson Pollock

Experimente agora aplicar o processo de leitura de imagens comparando estas duas representações da Santa Ceia, a primeira de Leonardo da Vinci e a segunda de Tintoretto.

Veja como a UnB aplica os conhecimentos de leitura e produção de imagens nestes itens do PAS 2006/1ª etapa