Uma Alternativa chamada Fundação Estatal Saúde da Família Alternativas de Gerência no Serviço Público - Alagoas Novembro de 2009
Por que Precisamos de uma Fundação Estatal Saúde da Família na Bahia?
A Situação hoje é Ruim para o Usuário! Mercado Predatório entre os Municípios com Alta Rotatividade dos Profissionais Quebra dos Vínculos e da Longitudinalidade do Cuidado Baixa Qualidade, Resolutividade e Impacto da Atenção Básica Insatisfação e Inadequada Situação de Saúde da População
Distribuição dos municípios segundo tempo médio de permanência dos médicos no PSF Fonte: Pesquisa Saúde da Família no Estado da Bahia – 2008 – EPSM/ NESCON/FM/UFMG 4
Ruim para o Usuário e ruim para Trabalhador... Não garantia dos Direitos Trabalhistas e Previdenciários Instabilidade das Equipes e Desestímulo à Dedicação Insegurança quanto ao Futuro Sem Perspectiva de Carreira Pouco investimento em Educação Permanente e no Desenvolvimento do Trabalhador
Distribuição dos municípios que contratam diretamente por formas de vínculo segundo profissões de nível superior que atuam no PSF. Fonte: Pesquisa Saúde da Família no Estado da Bahia – 2008 – EPSM/ NESCON/FM/UFMG 6
Ruim para o Usuário, Ruim para o Trabalhador, Ruim para o Gestor... Concorrência Predatória entre os Municípios da Região: Inflaciona o Mercado, eleva artificialmente os Salários e coloca em Risco a Sustentabilidade financeira da ESF Saem perdendo os Municípios mais Pobres e de mais difícil Acesso Alto Risco de Processos de Improbidade
Salários líquidos dos profissionais de nível superior dos 5 municípios que pagam maiores salários (Pesquisa 2007) Município Med. Enf. CirDent. Total Feira da Mata 16.000 3.000 4.000 23.000 Buritirama 15.000 3.500 22.000 Morpará 14.777 3.003 3.330 21.111 Catolândia 12.260 3.050 18.810 Ipupiara 11.275 2.800 3.650 17.725 8
Mostra de Iniquidade % Orçamento Encruzilhada 0,60 R$ 409,19 11% Município IDH Receita anual per capta % Orçamento Encruzilhada 0,60 R$ 409,19 11% Madre de Deus 0,74 R$ 7.211,51 0,56% 9
Uma Situação Irregular e Insustentável Um Risco Insustentável para a Gestão Municipal (Pessoa Jurídica) e do Gestor (Pessoa Física) frente aos órgãos de Controle Controladoria Geral da União, o Tribunal de Contas da União e o DENA-SUS definiram como Prioridade Nacional a Fiscalização do PSF Situações Trabalhistas Irregulares e Recolhimento de Impostos – Ministério Público e Auditor Fiscal Descumprimento da Carga Horária – MS (Suspensão de Recursos) e CGU (Devolução de Recursos) Lei de Responsabilidade Fiscal - Tribunal de Contas
Em Busca de Alternativas Públicas, Efetivas e Democráticas
Em Busca de uma Alternativa Não é possível fazer carreira Municipal em 90% dos Municípios O Teto Remuneratório (salário do prefeito) normalmente não é suficiente para atrair o médico Os profissionais não querem viver 30, 35 anos em municípios que aceitam trabalhar apenas um período de tempo Não é possível fazer uma carreira na Administração- Direta Estadual – Custo, LRF e Centralização
Em Busca de uma Alternativa Sem Saída o Gestor Municipal, muitas vezes, se expõe ao risco e segue sem resultados Fiscalização e Penalidade dos órgãos de Controle Baixos Resultados e Insatisfação da População Outras vezes Contrata por Pessoa Jurídica, OS ou OSCIP e segue ou com situação irregular, com os mesmos resultados e muitas vezes pagando os custos da Taxa de lucro/administração. Alternativa inicial estudada: Consórcios Públicos se mostrou menos adequada que a Fundação Estatal
O QUE É a Fundação Estatal?
Uma Fundação Estatal é... Um Novo Modelo de Gestão acompanhado de uma base Jurídico-Institucional que torna-o possível Descentralizada e mais Autonôma: Modelo da Autarquia Mais Ágil e Eficiente: Modelo das Empresas Estatais Uma Instituição Estatal, 100% Pública, Decentralizada e Especializada, exclusiva para a Prestação de Serviços Sociais ao próprio Estado, sem fins lucrativos, com gestão Contábil, gestão de Pessoal e Regime de Compras das Empresas Estatais.
Características Importantes das Fundações Estatais Defenderemos a não incidência da Lei de Responsabilidade Fiscal Não é Vinculada ao Orçamento nem Depende de repasses para gastos de pessoal e custeio Presta Serviços ao Setor Público num Mercado exclusivamente Público que lhe contrata se for eficaz e eficiente Tem em si a Lógica da LRF pelo Mecanismo de Precificação (se ficar inchada perde eficiência e deixa de ter preços públicos competitivos)
A Construção Singular da FESF 17 17 17 17
A Construção da FESF Formulação e Debate da Proposta desde início do Governo Aprovação no Coselho Estadual de Saúde e Conferência Estadual de Saúde: FE como uma das Modalidades de Gestão do SUS-BA Comissão Paritária do CES: Lei Complementar (aprovada dez. de 2007) Leis Autorizativas BahiaFarma e FESF Aprovação das Leis Municipais
Construção da FESF 240 Prefeitos Assinaram o Protocolo de Adesão O que representa quase 1400 Equipes de Saúde da Família Aproximadamente 110 Municípios Aprovaram as Leis Autorizativas 69 Entregaram toda a Documentação no Prazo Qualquer Município pode Celebrar Contrato de Gestão com a FESF
Construção da FESF Aprovado Recurso da CER para Programa de Instituição da FESF – o que garante autonomia até os Contratos Criação da FESF, Constituição dos Conselhos e Eleição da Diretoria Executiva Relação Singular com o Ministério Público Aprovado Programa de Desenvolvimento Interfederado da Estratégia de Saúde da Família Desprecarização Expansão com Equidade Qualidade na Atenção e Gestão
Construção da FESF Convênio de Cooperação Técnica com a SESAB Aprovação do PECS, Organograma e Quadro de Pessoal Inicial Composição da Equipe de Direção Diálogo com Tribunal de Contas do Estado e dos Municípios Processo de Contratualização
Singularidades da FESF! A FESF além de ser uma FE é a 1° Co- Instituída por vários Entes Públicos: é Interfederada - Intermunicipal! Uma Instância Inter-municipal criando um novo modo de Relação Reguladora e Cooperativa entre os Municípios Governança envolvendo diversos Sujeitos Sociais e menos afetada pelas mudanças eleitorais
Conselho Interfederativo 23 23 23 23
Conselho Interfederativo Órgão Consultivo e Supervisor da FESF-SUS Integrantes: Todos os Municípios Instituidores e Participantes 2 Representantes de cada Macro-Região dos Municípios Contratantes 4 Representantes da Secretaria de Saúde da Bahia Elege 4 Representantes para o Conselho Curador
Conselho Curador 25 25 25 25
Conselho Curador Órgão Deliberativo Superior da FESF Governaça envolvendo: Gestores Municipais e Estadual Conselhos: CES, Cosems e Con. Interfederativo Trabalhadores Usuários Outras Áreas do Governo - Intersetorialidade
Mas Pra Quê um Municípios Integraria e Participaria da FESF?
Pra quê a FESF! Art. 2º. A FUNDAÇÃO tem o fim exclusivo de, no âmbito do Sistema Único de Saúde do Estado, desenvolver ações e serviços de atenção à saúde, em especial a estratégia de saúde da família, de acordo com as políticas de saúde dos municípios instituidores e as políticas de saúde da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia e do Ministério da Saúde. § 1º. As ações e os serviços de saúde mencionados no caput serão desenvolvidos de maneira sistêmica, compondo uma rede regionalizada e hierarquizada, em nível de complexidade crescente do SUS do Estado da Bahia, da qual a Fundação é parte integrante. § 2º. A Fundação deverá observar todos os princípios, diretrizes e bases do SUS e da atenção básica brasileira
Pra quê a FESF! I- Desenvolver a Estratégia de Saúde da Família Equipes de Saúde da Família e Equipes NASF Ação Interfederada Constituindo um Sistema Público que Determina: Concurso, Distribuição, Mobilização, Avaliação e Remuneração dos Trabalhadores da Saúde da Família da Bahia Prover Profissionais em todo o Estado da Bahia Planejando e Regulando esse Mercado de Trabalho, o Expansão e a Qualidade da ESF Fortalecer a Capacidade de Contratualização da Gestão Local!
Pra Quê a FESF! II- Desenvover a Educação Permanente Responsabilidade da FESF! Trabalhadores FESF: Acolhimento Pedagógico Especialização em Saúde da Família Gestores e Trabalhadores do Município: Educação Permanente e Formação dos Gestores Municipais para Implantação da FESF no Município
Pra Quê a FESF II- Desenvolver a Educação Permanente: Tele-Saúde – Qualificação do Diagnóstico Consultoria Clínica à Distância Plataforma de Educação à Distância Módulos de Formação para necessidades Específicas Saúde Indígena, Quilombola e Carcerária Práticas Integrativas e Complementares
Pra Quê a FESF III- Desenvolver, Modernizar e Informatizar a Gestão Municipal Mudança do Modelo de Gestão: Apoio Institucional, Gestão do Cuidado, do Trabalho e da Educação Sistemas de Monitoramento e Avaliação da Qualidade Informatização das Unidades IV- Mais Agilidade, Economicidade e Escala nas Compras e Contratações
Equidade e Qualidade no SUS Bahia Com Recursos do Governo Federal, do Estado e aproveitando a facilidade da FESF para conseguir financiamento internacional poderá promover Lógicas de Equidade Fazer chegar aos Municípios mais Distantes o que não chegaria ou chegaria a altos custos Municípios Médios e Grandes como Centros de Atração e Desenvolvimento de Excelência Controlar os Preços e Apoiar os Municípios mais Pobres através de Subsídios
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Concurso público Inscrições: dezembro/2009 Provas: inicio de 2010 Provas acontecerão em cinco regiões da Bahia e em outras capitais do país para médicos Bahia: Salvador, Juazeiro, Barreiras, Vitória da Conquista e Ilhéus Brasil: Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Recife
Concurso público Equipes de Saúde da Família: Médico, Dentista e Enfermeiro Núcleos de Apoio à Saúde da Família: Especialidades Médicas da Portaria, Nutricionista, Fisioterapeuta, Terapeuta Ocupacional, Psicólogo, Farmacêutico, Professor de Educação Física, Assistente Social e Fonoaudiológo Gestão Municipal e da FESF: Especialista em Saúde Coletiva/Sanitarista Estrutura Administrativa da FESF: Assistente e Analista Administrativo, Advogado, etc.
Desafios!
Adesão dos Municípios: Crise, Custos da Desprecarização e Imediatismo Desafios Adesão dos Municípios: Crise, Custos da Desprecarização e Imediatismo Complexa Lógica Financeira e desafio do Setor de Contratos Complexa Lógica Jurídica Compartilhamento da Gestão do Pessoal e do Processo de Trabalho 38 38 38
Fortalecimento da Gestão Local Desafios Sistema de Monitoramento, e Avaliação e remuneração Variável em Função de Resultados Fortalecimento da Gestão Local Fortalecimento e Mudança de Agenda do Controle Social Produzir uma Nova Subjetividade no Trabalhador da Saúde da Família Governança, Participação, Mobilização Social e Sustentabilidade 39 39 39
O Desafio de Construir Concretamente o SUS “O Desafio é grande, os riscos de se experimentar o novo também, mas ainda mais danosa é a situação atual que agride a nossa população. É necessário ter ousadia, pois, o que não nos será perdoado é a passividade, a inércia ou a vacilação frente a problemas tão essenciais num momento de tanta esperança do povo baiano”. Jorge Solla março de 2007, em reunião do Colegiado da SES-BA