TM175 Tópicos Especiais em Engenharia Mecânica IV: Ética Parte II – O Indivíduo nas Instituições

QUALIDADE DE RELACIONAMENTO

Introdução Toda ação está motivada por alguma satisfação própria ou alheia A virtude da prudência inclina a tomar a melhor solução tendo em vista os princípios éticos

Introdução Ao decidir entre a satisfação própria ou alheia há a necessidade de um hábito prévio inerente: a virtude da justiça A quebra do equilíbrio entre o bem para si e o bem para o outro gera o relacionamento de má qualidade Da postura egoísta nasce a corrupção do relacionamento

A justiça nas relações Relações mútuas Obrigações morais De direito estrito Obrigações morais são aquelas das quais não se pode exigir retribuição P.Ex.: as advindas do relacionamento entre pais ou professores De direito estrito são aquelas das quais se exige o que é devido

Direitos e deveres É salutar a exigência dos direitos quando se equilibram com os deveres Os conflitos nascem quando se inclina excessivamente a balança para o lado dos direitos próprios A deve X para B Foco no direito B tem o seu direito a X Foco no dever A deve dar o X devido a B

O individualismo Preocupação excessiva consigo em detrimento da comunidade Diante do conflito de interesses pessoal e comunitário interpõe o próprio Defesa dos direitos alheios quando não há custo pessoal Nunca observa o direito do próximo se isto implica um dever pessoal Falta respeito aos demais e espírito de serviço O seus vínculos com os demais baseiam-se em interesses comuns

Mediocridade no relacionamento Acomodar-se para evitar o conflito “Não tem nada de mau, não estou prejudicando ninguém” “Não mato, não roubo, etc.”

Abertura ao outro A disponibilidade para os outros e o diálogo na busca da melhor solução se apóia na preocupação pelo bem do outro

Conseqüências da atitude sobre o ambiente de trabalho Individualismo Personalismo Irresponsabilidade Passividade Desperdício Ater-se ao estrito da sua função Tensão Responsabilidade Iniciativa Ordem Paz Satisfação compartilhada

Personalismo Visão do homem como ser individual, pessoal e social Dignidade do homem como pessoa Apóia-se em valores transcendentes e duradouros Respeito à liberdade pessoal Consciência da responsabilidade pessoal O cumprimento dos deveres para com o outro como meio de desenvolvimento pessoal e de auto-realização Fundamenta-se na consciência de que a realização plena do homem passa pelo outro

Personalismo A consideração pelo outro causa o respeito por ele e, conseqüentemente , leva a dar-lhe o que lhe é devido A medida da dignidade da pessoa está no que ela é, e não no que ela tem A grandeza da pessoa está no seu agir, não no que faz O critério econômico não pode ser o único no processo decisório, porque antes deve-se dar prioridade à pessoa

O relacionamento e o trabalho O trabalho não pode ser visto como simples recurso, mercadoria ou instrumento utilitarista O trabalho é encarado como serviço ao outro e, por isso, meio para que a pessoa cresça em plenitude e auto-realização Os binômios ganhar-perder e mandar-servir dão lugar ao servir-servir

Superação do jogo de soma zero A qualidade no relacionamento supera a concepção do ganha-perde e alcança a do ganha-ganha O que a empresa ganha em qualidade no fazer e no agir é reflexo da qualidade do fazer e do agir de cada pessoa, e vice-versa Aponta para a superação do conflito, dando lugar a esforços coordenados numa mesma direção Efeito sinergético em que a soma da contribuição de cada indivíduo considerado isoladamente é menor que a considerada em conjunto Funcionário Trabalho Produção Assiduidade Empresa Salário Alimentação Transporte e saúde

A Virtude da Justiça Hábito adquirido pelo exercício de dar a cada um o que lhe é devido Âmbitos de relacionamento De cada um com cada um De cada um com o todo Do todo com cada um Mais que não ser injusto (negativo), trata-se de ser justo (positivo) A solidariedade não está na linha do devido

Virtude anexa: a veracidade Integridade, caráter, franqueza Proporciona credibilidade Reflete-se no fazer: conformidade entre o resultado e a capacidade … e no agir: conformidade entre o tratado e o fornecido

Virtude anexa: a lealdade Cumprir o prometido Agir com franqueza Proporciona confiança ao relacionamento

Virtude anexa: a compreensão Colocar-se ao lado do outro Procurar entendê-lo Buscar as suas razões Deixar a órbita do “eu” Está na linha do ganhar-ganhar

Aquisição da virtude Exercício Exame Antecedente Concomitante Conseqüente