GM-861 Difração de raios X Sugestão de leitura: X-Ray Methods, Clive Whiston, Analytical Chemistry by Open Learning, John Wiley & Sons, 1987
Difração de raios X A difração de raios X é uma técnica fundamental em mineralogia, pois é com ela que se pode determinar as posições atômicas dos elementos na estrutura cristalina a estrutura dos minerais. Um uso mais corriqueiro da difração de raios X, é a identificação de minerais e de materiais cristalinos cujas estruturas já são conhecidas
A descoberta dos raios X - 1895 Wilhelm Roentgen (1845-1923)
Primeiras radiografias Rifle de Roentgen Radiografia da mão de Bertha, esposa de Roentgen (22/12/1895)
Raios X raios catódicos Não eram afetados por campos elétricos e magnéticos. Podiam penetrar sólidos, com profundidades que dependem da sua densidade. 1897: J.J. Thomson mostrou que os raios catódicos eram corpúsculos com carga negativa: elétrons Suspeitava-se que os raios X fossem ondas eletromagnéticas, mas não se conseguia observar o fenômeno da interferência, típico de ondas.
1912- Max Van Laue sugeriu que o comprimento de onda dos raios X era muito pequeno para poder provocar fenômenos de difração em fendas ou grades usadas para a luz visível. A alternativa seria usar cristais que tem planos regulares, próximos entre si
Padrão de difração da vesuvianita Ca10Mg2Al4(Si2O7)2(SiO4)5(OH)4 , obtido num filme (negativo) fotográfico. Os pontos representam camadas ou planos da estrutura cristalina. O espaçamento entre os pontos é proporcional ao espaçamento entre os planos do cristal. Qual a simetria que é possível reconhecer nesta imagem?
Espalhamento de ondas de raios X Onda espalhada Onda incidente Frente de onda esférica
Duas fontes pontuais interferem construtivamente na direção das setas
O espalhamento raios X por uma família de planos de um cristal
Produção de raios X num tubo água ânodo janela de Be raios X filamento de W
Produção de raios X característicos fotoelétron núcleo Elétrons incidentes
Emissão de raios X – linhas K raio X ou núcleo raio X
Espectro de raios X de um metal Intensidade energia
Espectro de raios X de um metal K= K1+ K2 Intensidade energia
ABSORÇÃO RAIOS X sólido >líquido>gás I= I0e-m x I= I0e-x I= intensidade transmitida I0= intensidade incidente = coeficiente de absorção linear x= espessura sólido >líquido>gás I= I0e-m x m = coeficiente de absorção de massa ou de atenuação
Linha K do Cu após passar por filtro de Ni K= K1+ K2 Intensidade energia
de tubos de raios X comuns Comprimento de onda dos raios X: 0,1-100 Å Cristalografia de raios X : = 1-3 Å de tubos de raios X comuns metal K (Å) Cr 2,29100 Fe 1,937355 Co 1,790260 Cu 1,541838 Mo 0,710730
Raios X Orientação do cristal Feixe difratado Detetor de raios X
Exemplo de difratômetro de raios X
Exemplos de preparação de amostra
Estruturas cristalinas de SiO2 vidro de SiO2 cristobalita (alta) cristobalita (baixa) quartzo quartzo quartzo quartzo cristobalita (baixa) cristobalita (alta)
Identificação de minerais Os três picos mais intensos são utilizados para iniciar o procedimento de identificação, na sua ordem de intensidade, comparando-os com dados dos arquivos PDF (powder difraction file do ICDD, International Centre for Diffraction Data, www.icdd.com). Se elas coincidirem com uma substância, as posições e intensidades dos demais picos são comparadas com as do arquivo.
Exercício 1:completar a tabela com o difratograma fornecido No. da linha 2 (graus) d (Å) Altura do pico (mm) I/Il
Difratometria de raios X Análises simples, em amostras pequenas; método não destrutivo Identificar fases presentes (>5%), incluindo polimorfos Não se aplica a compostos amorfos ou ausentes no PDF Sobreposições de picos dificultam a identificação Contaminantes (soluções sólidas) deslocam os picos das suas posições normais Orientação preferencial ou com ordem/desordem