MICROBIOTA DA ORELHA DE CÃES SEM OTITE DA REGIÃO DE CURITIBA/PR Lucas Lubasinski Daniel IC Voluntária Prof. Luiz Felipe Caron; Isabela Dall’Agnol Canto.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Profa Leila Larisa Medeiros Marques
Advertisements

Métodos de Diagnóstico em Dermatologia Veterinária
Infecções da Corrente Sanguínea
COLETA, TRANSPORTE E PROCESSAMENTO
Identificação de microrganismos por testes bioquímicos
TESTE DE SUSCEPTIBILIDADE AOS ANTIMICROBIANOS (TSA) OU ANTIBIOGRAMA
A Bacilo Gram positivo B Coco Gram positivo cadeia
Contato: AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DO SÊMEN DE EQUINOS DA RAÇA MANGALARGA MARCHADOR   Camila Hamond1, Júlio Jacob2, Gabriel Martins 1,
Robert Koch.
MENINGITE CONCEITO: Inflamação das meninges,causada por um organismo viral, bacteriano ou fúngico.
Identificação de bactérias presentes em aparelhos celulares
Estudos retrospectivos de zoonoses no Estado do Paraná e municípios da Região Metropolitana de Curitiba Nathalia Terra Ferreira e Souza Iniciação Científica.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS INFECÇÕES HOSPITALARES
Paula Roberta Ferreira F2 setor retina ISCMSP
Provas de Concursos Anteriores
AULA 4 Função Exponencial.
MICROBIOLOGIA – AULA4 Estafilococos e cocos G+ relacionados Estreptococos, Enterococos e bactérias semelhantes a Estreptococo.
AUTOMEDICAÇÃO EM ESTUDANTES DE MEDICINA
Envolvidos em Meningites
Staphylococcus.
COCOS GRAM- NEGATIVO NEISSERIAS.
AVALIAÇÃO DA SOROPREVALÊNCIA DE ERLIQUIOSE EM CÃES ATENDIDOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UFPR-CAMPUS PALOTINA Evelyn Regina Marchioro Iniciação Científica.
Prof. Dr. Sergio Albertino otoneurologia.uerj.br
OTITE MÉDIA AGUDA Prof. Dr. Sergio Albertino otoneurologia.uerj.br.
Sistemas Operacionais Escola Politécnica – PUCPR Prof. Luiz Lima
BACTÉRIAS GRAM POSITIVAS
Candidíase (=candidose, monilíase)
Bacilos Gram Negativos não fermentadores (Pseudomonas e Acinetobacter) Faculdade de Farmácia Universidade Federal do Pará/UFPA Belém/PA Profa. Marta Chagas.
1/40 COMANDO DA 11ª REGIÃO MILITAR PALESTRA AOS MILITARES DA RESERVA, REFORMADOS E PENSIONISTAS - Mar 06 -
Streptococcus e Enterococcus
Produtos Participantes
Meios de Cultura.
SOLVER – EXCEL Prof. Antonio Carlos Coelho
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA EM CÃES
Luís Madeira Martins Júnior. , Amilton Paulo Raposo Costa
Brucelose em cavalos carroceiros de Curitiba e Região mETROPOLITANA
SIMULADO PARA A PROVA PRÁTICA
ARACAJU (SE) – BRASIL Eugênia Hermínia Oliveira Valença ( Universidade Federal de Sergipe-UFS), Maria Inês Rebelo Gonçalves (UNIFESP), Roberto Salvatori.
Teste de Endotoxinas bacterianas
DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES
Higienização das mãos de Profissionais de Saúde
Título do Trabalho: Verificação da Atividade Lipolítica de Pseudomonas Isoladas das Lagoas de Tratamento de Dejetos de Suínos e de Efluentes de Abatedouros.
Aula 11 - Teste de hipóteses, teste de uma proporção
CINÉTICA DE BIODEGRADAÇÃO: UTILIZAÇÃO DE MICROORGANISMOS SELECIONADOS E IMOBILIZADOS EM BIOMASSA PARA TRATAMENTO DE EFLUENTES. Jair Juarez João (PQ) e.
INTRODUÇÃO E OBJETIVOS
DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES
“Daisy” Faculdade de Medicina Veterinária Actividades Hospitalares V –
INFECÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR
NEUTROPENIA FEBRIL Jefferson Pinheiro
Tinea Capitis nas crianças do Hospital de Clínicas de Curitiba - Paraná, Brasil: análise de 98 casos. Mariana Nunes Viza Araújo – Pesquisa Voluntária.
DIPLOCOCOS E NEISSÉRIAS
Estudo da prevalência de infecções bacterianas em animais de laboratório em um período de 5 anos ( ) Clarice Yukari Minagawa, Silvio Rogério Cardozo.
DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Universidade Federal de Santa Maria.
Infecções da Corrente Sanguínea
DISCIPLINA DE PEDIATRIA II
Difteria Definição: Doença infecciosa aguda
Staphylococcus e Microrganismos Relacionados.
Controle Microbiológico de Produtos não estéreis
Bacilos Gram-negativos não Fermentadores
Enterococcus faecalis
Isolamento e identificação dos Estreptococos
DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Universidade Federal de Santa Maria.
Meios de cultivo utilizados na Bacteriologia Clínica
Isolamento e identificação dos Estafilococos
Staphylococcus Profa. Cláudia de Mendonça Souza Depto. Patologia
INSPEÇÃO HIGIÊNICO-SANITÁRIA E TECNOLÓGICA DO ABATE DE AVES
UPCII - Microbiologia 2015/2016
Culturas puras e características culturais
Transcrição da apresentação:

MICROBIOTA DA ORELHA DE CÃES SEM OTITE DA REGIÃO DE CURITIBA/PR Lucas Lubasinski Daniel IC Voluntária Prof. Luiz Felipe Caron; Isabela Dall’Agnol Canto A otite externa é uma doença inflamatória que acomete o meato acústico externo de forma crônica ou aguda, sendo motivo de 4 a 20 % dos atendimentos veterinários segundo estudos. Sua causa é multifatorial, dependente de fatores predisponentes, que alteram o microambiente do meato, favorecendo a otite; fatores primários, os quais causam a otite e nem sempre podem ser solucionados; e fatores perpetuantes, que exacerbam e mantém o processo inflamatório local, caso das infecções bacterianas. Este estudo teve como objetivo identificar as bactérias presentes no meato acústico externo de cães sem sinais clínicos de otite externa, observando se permanecem as mesmas durante a otite, por meio da comparação com trabalhos já publicados sobre o assunto. Foram coletadas amostras de cães com idade variando entre 4 meses e 12 anos, sendo 16 fêmeas (64%) e 9 machos (36%), das raças SRD, Yorkshire, Pastor Belga, Pinscher, Golden Retriever, Spitz Alemão, Pastor Alemão, Shih-Tzu e Cocker. 32 colônias bacterianas de 7 diferentes grupos foram isoladas de 17 (68%) amostras, sendo 12 (48%) das amostras com crescimento de múltiplos isolados 8 (32%) sem crescimento bacteriano, somando 32 isolados bacterianos. Bacilos Gram Negativos (Enterobacteriaceae e Pseudomonas sp.) foram a bactéria mais observada (25%), seguida de Staphylococcus Coagulase Negativos (21,9%), Staphylococcus aureus (15,6%), Micrococcus sp. e Corynebacterium sp. (12,5% cada), Streptococcus sp. (9,4%) e Bacillus sp. (3,1%). Em estudos semelhantes realizados anteriormente, Staphylococcus foi o gênero predominante (variando as porcentagens de SCN e SCP) seguido pelos bacilos gram positivos e mais raramente bacilos gram negativos, além disso, os mesmos gêneros foram isolados de animais que apresentavam otite externa. Foram coletadas 25 amostras do meato acústico de cães sem sinais de otite por meio de swabs estéreis, no Hospital Veterinário UFPR, clínicas e propriedades particulares em Curitiba, as amostras foram semeadas em meio de cultura, incubados em estufa bacteriológica por 24-48 horas a 37ºC, as colônias foram isoladas e analisadas realizando testes bioquímicos. Merchant, S. R. Microbiology of the ear of the dog and cat. In: Gotthelf, L. N. Small animal ear diseases: An illustrated guide, 2. Ed. St. Louis: Elsevier. 2005. p. 187 – 201. Radlinski, M. G., Mason, D. E. Diseases of the ear. In: Ettinger, S. J., Feldman, E. C. Textbook of veterinary internal medicine Vol 1 7 Ed. St. Louis: Elsevier. 2010. Medleau, L., Hnilica, K. A. Doenças das pálpebras, unhas, saco anal e conduto auditivo. In: __. Dermatologia de pequenos animais. 1. Ed. Roca. 2003. Colônias bacterianas isoladas em Ágar Chocolate Provas bioquímicas realizadas em tubos de ensaio Os resultados sugerem que as infecções bacterianas presentes nas otites externas caninas são bactérias comensais do meato acústico externo, que são afetadas por mudanças no seu microambiente devido à outros fatores, inerentes ao animal ou seu manejo, e se proliferam causando infecções oportunistas. O aumento no índice de isolados de bacilos gram negativos pode ser atribuído à pequena amostra utilizada, ou a fatores regionais.