Meios de prova. Depoimento pessoal..

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É o meio de prova pelo qual o Juiz interroga as partes (autor ou réu) para o ESCLARECIMENTO DE PONTOS CONTROVERTIDOS DA DEMANDA, ou mesmo para obter a.
Transcrição da apresentação:

Meios de prova. Depoimento pessoal.

Todos os meios legais, ainda que não especificados no CPC, são hábeis para fazer prova de algo. São meios de prova: depoimento pessoal das partes, testemunhas, documentos, perícias e inspeção judicial. Muitos apontam a exibição de documento ou coisa como meio de prova, mas, apesar disso, a coisa é controvertida.

Um dos meios de prova é o depoimento pessoal: conceitua-se como a declaração prestada pelo autor ou pelo réu perante o juiz, sobre os fatos objeto do litígio.

Juiz, de ofício, pode interrogar as partes, a qualquer momento?

Assim é a regra do artigo 342 ao afirmar que: “o juiz pode, de ofício, em qualquer estado do processo, determinar o comparecimento pessoal das partes, a fim de interrogá-las sobre os fatos da causa”.

Quem poderá requerer o depoimento das partes, além do juiz o fazer de ofício?

A regra do artigo 343 é cristalina ao dizer que “Quando o juiz não o determinar de ofício, compete a cada parte requerer o depoimento pessoal da outra, a fim de interrogá-la na audiência de instrução e julgamento”.

Afirma Daniel Ustárroz que não seria pertinente a própria parte requerer o seu depoimento pessoal, afirmando: “Por essa razão, costuma-se apontar, ao lado do esclarecimento dos fatos discutidos na causa, a provocação da confissão como finalidade do depoimento pessoal. Nessa linha, não há interesse juridicamente relevante na postulação do próprio depoimento, que deve ser indeferido”.

§ 1o A parte será intimada pessoalmente, constando do mandado que se presumirão confessados os fatos contra ela alegados, caso não compareça ou, comparecendo, se recuse a depor. § 2o Se a parte intimada não comparecer, ou comparecendo, se recusar a depor, o juiz Ihe aplicará a pena de confissão.

Quem inicia a depor?

Art. 344. A parte será interrogada na forma prescrita para a inquirição de testemunhas. Parágrafo único. É defeso, a quem ainda não depôs, assistir ao interrogatório da outra parte.

Art. 345. Quando a parte, sem motivo justificado, deixar de responder ao que lhe for perguntado, ou empregar evasivas, o juiz, apreciando as demais circunstâncias e elementos de prova, declarará, na sentença, se houve recusa de depor.

A parte pode levar escritos para depor?

Art. 346. A parte responderá pessoalmente sobre os fatos articulados, não podendo servir-se de escritos adrede preparados; o juiz lhe permitirá, todavia, a consulta a notas breves, desde que objetivem completar esclarecimentos.

A parte é obrigada a depor sobre todos os fatos levados à juízo?

Art. 347. A parte não é obrigada a depor de fatos: I - criminosos ou torpes, que Ihe forem imputados; II - a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo. Parágrafo único. Esta disposição não se aplica às ações de filiação, de desquite e de anulação de casamento.

Qual a principal motivação para que a parte requeira o depoimento pessoal da outra?

é que por meio deste depoimento poderá ser aplicada uma pena denominada de confissão. “Esta é a admissão de um fato que é contrário ao interesse da parte e favorável ao adversário”.

Art. 348. Há confissão, quando a parte admite a verdade de um fato, contrário ao seu interesse e favorável ao adversário.

Art. 349. A confissão judicial pode ser espontânea ou provocada Art. 349. A confissão judicial pode ser espontânea ou provocada. Da confissão espontânea, tanto que requerida pela parte, se lavrará o respectivo termo nos autos; a confissão provocada constará do depoimento pessoal prestado pela parte. Parágrafo único. A confissão espontânea pode ser feita pela própria parte, ou por mandatário com poderes especiais.

Art. 350. A confissão judicial faz prova contra o confidente, não prejudicando, todavia, os litisconsortes. Parágrafo único. Nas ações que versarem sobre bens imóveis ou direitos sobre imóveis alheios, a confissão de um cônjuge não valerá sem a do outro.

Art. 351. Não vale como confissão a admissão, em juízo, de fatos relativos a direitos indisponíveis. Art. 352. A confissão, quando emanar de erro, dolo ou coação, pode ser revogada: I - por ação anulatória, se pendente o processo em que foi feita; II - por ação rescisória, depois de transitada em julgado a sentença, da qual constituir o único fundamento. Parágrafo único. Cabe ao confitente o direito de propor a ação, nos casos de que trata este artigo; mas, uma vez iniciada, passa aos seus herdeiros.

Art. 353. A confissão extrajudicial, feita por escrito à parte ou a quem a represente, tem a mesma eficácia probatória da judicial; feita a terceiro, ou contida em testamento, será livremente apreciada pelo juiz. Parágrafo único. Todavia, quando feita verbalmente, só terá eficácia nos casos em que a lei não exija prova literal.

Art. 354. A confissão é, de regra, indivisível, não podendo a parte, que a quiser invocar como prova, aceitá-la no tópico que a beneficiar e rejeitá-la no que lhe for desfavorável. Cindir-se-á, todavia, quando o confidente lhe aduzir fatos novos, suscetíveis de constituir fundamento de defesa de direito material ou de reconvenção.