INSTITUIÇÕES, ORGANIZAÇÕES E GRUPOS.

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Transcrição da apresentação:

INSTITUIÇÕES, ORGANIZAÇÕES E GRUPOS. FUNCIONAMENTO GRUPAL INSTITUIÇÕES, ORGANIZAÇÕES E GRUPOS.

Instituição: É um valor ou regra social que serve como guia básico de comportamento e de padrão ético para as pessoas. Instituição é o que mais se reproduz e o que menos se percebe nas relações sociais. ( Ministério por exemplo). Organização: É o corpo de regras e valores da sociedade. As instituições sociais serão mantidas e reproduzidas nas organizações. Portanto, a organização é o pólo prático das instituições. (Ministério da Saúde por exemplo). Grupo: completa a dinâmica de construção social, o lugar onde a instituição se realiza. O grupo é o sujeito que reproduz e que, em outras oportunidades, reformula tais regras, é sujeito responsável pela produção dentro das organizações. ( pessoas que trabalham no Ministério da Saúde).

A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DOS GRUPOS NA PSICOLOGIA. Os primeiros estudos sobre grupo foram realizados no final do séc. 19, denominada “Psicologia das massas”, com o pesquisador Gustav Le Bon. A psicologia social surge dos estudos das massas, através de Kurt Lewin (refugiado Alemão) em 1930. Hoje sabemos que as pessoas se unem e formam massas compactas muito organizadas e autônomas, como o objetivo claro e racional, como foi o caso das “diretas já” em 1984. Lewin desenvolveu uma teoria sobre grupos, que a partir dela surgiu o cognitivismo. O trabalho de Lewin impulsionou o desenvolvimento dos estudos sobre grupos nos E.U.A., tanto nas industrias como nas Forças Armadas. Mas Mayo se deparou como fenômeno das “relações interpessoais” (entre operários, entre operários e a administração). Esta pesquisa praticamente inaugurou a área da Psicologia Organizacional.

Lewin desenvolveu uma teoria sobre grupos, que a partir dela surgiu o cognitivismo. O trabalho de Lewin impulsionou o desenvolvimento dos estudos sobre grupos nos E.U.A., tanto nas industrias como nas Forças Armadas. Mas Mayo se deparou como fenômeno das “relações interpessoais” (entre operários, entre operários e a administração). Esta pesquisa praticamente inaugurou a área da Psicologia Organizacional.

A DINÂMICA DOS GRUPOS. Segundo os estudos de Lewin, a dinâmica de grupos abordados foram: coesão do grupo, liderança e realização do grupo, e as propriedades estruturais do grupo. Solidariedade mecânica: * Nos grupos que predomina a “mecânica”, são formados subgrupos, ou seja, as famosas “panelinhas”. Processo Grupal: Quando as panelinhas se estabelecem, os fenômenos grupais anteriormente mencionados passam a atuar sobre as pessoas e sobre o grupo, isto recebe o nome de “processo grupal”. Coesão Grupal: * A coesão é a forma encontrada pelo grupo para que seus membros sigam as regras estabelecidas. A certeza da fidelidade dos membros para o grupo é denominada “coesão grupal”.

Os motivos individuais são tão importantes para a adesão ao grupo e na escolha do mesmo. Outro aspecto é a resposta que o grupo dá às diferenças individuais, elas são aceitas desde que não interfira nos interesses do grupo. (ex. Torcedor do timão se afiliar a torcida do mancha). * Lewin desenvolveu em 1935 e 45 uma teoria sobre liderança de grupos (democráticos e autoritários), ele detectou que os grupos democráticos são, ao longo prazo, mais eficientes e que os grupos autoritários são pouco produtivos q que seus membros são apenas cumpridores de tarefas, ao contrário dos democráticos que são autônomos.

Grupos Operativos Mais recentemente, o francês Pichon Riviere, desenvolveu uma abordagem de trabalho em grupo( a qual denominou “grupos operativos”). “O grupo operativo se caracteriza por estar centrado, de forma explicita, em uma tarefa que pode ser o aprendizado, a cura, o diagnóstico de dificuldades etc.Sob essa tarefa, existe outra implícita subjacente a primeira, que aponta para a ruptura das estereotipias que dificultam o aprendizado e a comunicação” Osvaldo I. Saidon Na verdade, o grupo operativo configura-se como um modo de intervenção, organização e resolução de problemas gurpais.

Grupos Operativos Mais recentemente, o francês Pichon Riviere, desenvolveu uma abordagem de trabalho em grupo( a qual denominou “grupos operativos”). “O grupo operativo se caracteriza por estar centrado, de forma explicita, em uma tarefa que pode ser o aprendizado, a cura, o diagnóstico de dificuldades etc.Sob essa tarefa, existe outra implícita subjacente a primeira, que aponta para a ruptura das estereotipias que dificultam o aprendizado e a comunicação” Osvaldo I. Saidon Na verdade, o grupo operativo configura-se como um modo de intervenção, organização e resolução de problemas gurpais.

O processo grupal O desenvolvimento de uma Psicologia Social e Crítica, levou tanto Silvia Lane quanto Martin-Baró, a desenvolver uma consistente crítica aos modelos teóricos existentes.O fundamental nesta visão é considerar que não existe grupo abstrato mas, sim, um processo grupal que se reconfigura a cada momento . Silvia LAne detecta categorias de produção grupal: 1: Categoria de produção: a produção das satisfações de necessidades do grupo está diretamente relacionada com a produção das relações grupais. O processo grupal caracteriza-se como atividade produtiva de caráter histórico.

2: Categoria de dominação: os grupos tendem a reproduzir as formas sociais de dominação. Mesmo um grupo de características democráticas tende a reproduzir certas hierarquias comuns ao modo de produção dominante. 3:Categoria grupo-sujeito: trata-se do nível de resistência à mudança apresentada pelo grupo. Grupos com menor resistência à autocrítica e, portanto, com capacidade de crescimento através da mudança, são considerados grupos- sujeitos. Os grupos que se submetem cegamente às normas institucionais e apresentam muita dificuldade para a mudança são os grupos-sujeitados.

A categoria de produção pode ser entendida como a influencia subjetiva da dinâmica do grupo no seu produto final, na realização de seus objetivos. Um grupo que se organiza para formar um conjunto de rap estará, necessariamente, submetido as condições históricas do momento de sua organização. Por exemplo, o grupo certamente terá , como objetivo, algum ganho financeiro, já que é um imperativo do tipo de sociedade em que vivemos a comercialização da produção social. Este fator interfere na dinâmica do grupo, que terá de discutir a forma de cobrir as suas despesas e a divisão de lucro.

Um grupo de rap terá algumas opções , mas o grupo formado no escritório de uma empresa multinacional terá uma ordem de organização determinada pelos objetivos ligados à produção daquela empresa. E aqui já entramos na segunda categoria descrita por Lane: a dominação. Assim, quando se trata do trabalho numa fábrica, o grupo tenderá a ser bastante verticalizado (diretor, gerente, chefe,encarregado e operários). Entretanto existe a possibilidade de o grupo exercer a negação deste processo de imposição social.Chegamos à terceira categoria: grupo-sujeito. O grupo-sujeito é aquele que critica as formas autoritárias de organização e procura estabelecer uma contranorma. Isto somente é possível quando o grupo consegue esclarecer a base de dominação social, historicamente determinada, e encontra forma de organização alternativas(como é o caso das formas autogestionárias de organização grupal).

BIBLIOGRAFIA FURTADO, Odair. Psicologias. Uma introdução ao estudo de psicologia. Editora Saraiva. 13ª edição reformulada e ampliada. - 1999.